Capítulo 12 - Duas Surpresas e Uma Desgraça (continuação 3)
Em Buenos Aires o dia está a nascer, e Angie acorda e corre para a casa de banho, de novo o mesmo enjoo. Assim que se sente melhor, resolve descer até á cozinha e fazer um chá, talvez seja apenas os nervos da conversa que irá ter com Angélica. Quando termina de fazer o chá ouve passos, volta-se e vê Brenda...
- Desculpa, acordei-te?- Pergunta Angie preocupada...
- Não, eu acordo mesmo cedo, gosto de preparar o pequeno-almoço, e agora com visitas ainda mais. Mas e tu?
- Vim fazer um chá...desculpa acabei por remexer um pouco nas coisas á procura...
- Não te preocupes...mas estás bem, pareces um pouco pálida.
- Sim, devem ser apenas nervos, dão para me por indisposta, é só isso. E com tudo o que se tem passado: o José, a Vilu e agora falar com a minha mãe...sei lá acho que o meu corpo reagiu desta forma enjoos, tonturas, cansaço...
- Angie, posso fazer-te uma pergunta, e só me respondes se quiseres...- e como Angie concorda, Brenda continua...- Angie há quanto tempo estás com esses enjoos, essas más disposições, esse cansaço.
- Não sei...há umas semanas, não sei...mas porque é que tu estás a perguntar.
- Angie, já ponderaste a hipótese de não serem nervos, de ser outra coisa completamente diferente.
- Brenda onde é que queres chegar?
- Achas possível...estares...estares grávida?
- Grávida...não...quer dizer não sei. Achas que...não a Clara ainda é tão pequena...e a Vilu está no hospital. Já para não falar do José que...Não eu não posso estar grávida...ou posso?
- Calma. Vamos fazer uma coisa, a que horas vais falar com a tua mãe?
- Estava a pensar em ir depois do almoço, agora de manhã queria marcar a visita da Ludmila ao asilo e depois ir ao Estúdio com a Ludmila.
- Ok, então fazemos assim enquanto tu estás no Estúdio com os miúdos, eu vou comprar o teste. Quando chegares antes do almoço fazes o teste.
- Brenda...eu não posso estar grávida. Não é o momento certo, não com tudo o que se está a passar.
- Angie, vamos pensar numa coisa de cada vez. Vamos primeiro ter a certeza de tudo. Depois de saberes pensamos no que fazer.
- Obrigada, és uma boa amiga...eu não sei o que faria se...Obrigada.
- Vamos, vai descansar mais um pouco, até porque se estiveres...precisas de descanso.
Angie volta assim para o seu quarto, mas não consegue deixar de pensar na possibilidade de estar mesmo grávida. Poderia mesmo ser verdade? Começou a pensar e de facto podia ser, ela estava atrasada e os enjoos, as tonturas. Na gravidez de Clara ela nunca tivera tonturas mas lembra-se dos enjoos. Sem se aperceber ela acaricia o seu ventre, e se realmente ela estivesse à espera de um filho, seria maravilhoso, porém assustava-a, José queria tirar-lhe Clara e se ele soubesse desde filho ela ficaria sem ele também. E Vilu estava no hospital, não era a altura ideal para mais um filho, mas sem saber porquê ela estava feliz com a possibilidade, apesar de todos os seus receios era mais um fruto do seu amor por Gérmen. De repente repara que Ludmila olha para ela com uns olhos de sono mas muito séria...
- Bom Dia Lu, conseguiste descansar?
- Sim...Angie vens comigo...ao Estúdio? Eu não sei se vou conseguir dizer alguma coisa...
- Sim está descansada e se já acordaste, que tal ligarmos para o asilo para marcar a visita para amanhã?
- Sim...ligas tu?- pergunta Ludmila, que apesar de se mostrar "feliz" está algo ansiosa.
- Sim, tens a certeza que queres fazer isto?- pergunta Angie, Ludmila acena que sim com a cabeça, Angie liga para o asilo e fala com o médico de Priscila e marcam a visita para o dia seguinte de manhã...- Pronto, combinado para amanhã de manhã.
- Obrigada Angie, também vais comigo certo?
- Sim, claro que sim. E tenho uma ideia, porque não falamos com a Naty hoje para ela ir connosco?
- Não sei, ela vai querer que eu desista da ideia tal como o Fede e eu não quero discutir com mais ninguém.
- Ludmila a Naty é a tua melhor amiga, sempre esteve ao teu lado mesmo quando erravas e nunca te abandonou, tenho a certeza que vai ser a primeira a dizer que sim.
Ludmila abraça-se a Angie, sabendo no fundo que ela tem razão. Naty nunca a deixou, sempre a apoiou mesmo quando esta errava. Ela sabia que podia contar com a Naty, e assim se levantaram e se arranjaram. Tomaram o pequeno-almoço os quatro juntos e saíram em direcção ao Estúdio.
Ambas se emocionaram quando entraram, ambas tinham saudades daquele local que tinha sido as suas vidas durante tantos anos. De repente viram Naty e Maxi saírem da sala de música com Beto. Naty e Ludmila abraçaram-se cheias de saudades uma da outra, Maxi cumprimentou Angie e depois foi a vez de Beto que chorava de emoção deixando cair tudo o que tinha na mão para a abraçar. Depois chegaram Broduei e Camila, Francesca e Diego com Gregório, e por fim Andrés. Estavam todos juntos de novo...todos menos Violetta, Leon e Fede.
- Angie que bom que voltaste? E Vilu, onde está a Violetta?- pergunta Fran que estava cheia de saudades da sua amiga, Angie e Ludmila olham-se como que a perguntar-se quem iria falar.
- Angie...fala tu, eu não consigo.- diz Ludmila abraçando-se a ela.
- Bom meninos que tal sentarmos-nos todos primeiro...- e apesar de estarem visivelmente ansiosos todos obedecem...- Bem...acontece que a Violetta...bem ela...
- Angie fala logo...o que é que aconteceu á Vilu?- diz Cami quase a gritar com Angie...Pablo olha para ela e esta apercebe-se...- Desculpa Angie...
- Tudo bem Cami, bem a Vilu está no Hospital...- todos ficam a olhar para ela mas deixam-na continuar...- Ela está em coma há três semanas, teve um derrame cerebral, mas pelo que me disse o Gérmen ontem, parece que está a reagir.
- Angie, nós queremos ir vê-la...por favor onde é que ela está. Eu quero ir ver a minha amiga.- Diz Francesca com lágrimas nos olhos.
- Eu sei que todos querem ir vê-la, mas é impossível...nós saímos de Buenos Aires para nos escondermos do avô de Vilu, e não podemos arriscar que ele descubra onde nós estamos.
- Mas a Vilu é nossa amiga...não podemos deixá-la sozinha...- diz Cami.
- A Vilu não está sozinha...-diz Ludmila falando finalmente...- O Leon está com ela.
- Vamos fazer assim, o Estúdio entra de férias daqui a uns dias, e nessa altura e depois de pensarmos bem como o fazer sem levantar suspeitas vocês vão todos ver a Vilu.
Todos sorriram, apesar de estarem preocupados...mas sabiam que Vilu iria sair desta ela sempre fora forte...a melhor deles todos. E como ela própria dizia "Juntos eram mais"...e sempre iriam estar juntos apesar de estarem longe fisicamente haveria sempre um elo muito grande entre aquele grupo que nunca seria destruído.
Os professores foram todos para a sua sala, Ludmila e Angie ficaram mais um pouco para falarem com Naty sobre a ida ao asilo, e tal como Angie dissera esta nem pensou duas vezes e logo disse que sim e enquanto Angie foi falar com os professores, Ludmila ficou com os colegas. Pablo dera o dia aos que trabalhavam no Estúdio e Gregório também liberou Diego. Assim ficaram todos no Zoom cantando, dançando e relembrando os momentos que passaram no Estúdio...e relembrando Violetta.
Quando chegou a hora de almoço, Ludmila foi com o grupo almoçar enquanto Angie voltou para casa com Pablo e Brenda. Depois do almoço as senhoras desculparam-se e foram as duas para cima. No quarto de Angie, Brenda deu-lhe o teste, esta foi até à casa de banho e depois de o fazer saiu e sentou-se na cama junto de Brenda.
- Angie, o que é que se passa? Até parece que não queres estar grávida.
- Não é que eu não queira mas...a verdade é que tenho medo. E se aquele homem consegue a guarda da Clara e depois...
- Angie, primeiro não vais perder a Clara, sem segundo não vais perder este filho, e por último Gérmen nunca irá deixar o pai tirar-te os teus filhos.
- Se ele ganha em tribunal, nem o Gérmen poderá fazer nada. E agora com a Vilu...
- Angie por favor, acalma-te. Vamos por partes, primeiro temos que confirmar o resultado, já passou tempo suficiente, vai buscar o teste...
- Eu...- Brenda olha para ela dando-lhe um sorriso que lhe dá algum animo...ela vai até à casa de banho e...- Eu...
- Angie, por favor desembucha...eu estou grávida não posso estar nesta ansiedade...
- Pois, eu acho que também não posso porque...deu positivo...eu estou grávida...eu nem acredito.
- Eu sabia...eu sabia que estavas. Estou feliz por ti...
- Eu estou grávida, e apesar de todos os meus receios e de achar que não é uma boa altura...eu estou feliz...estou muito feliz.
- É claro que estás, é um ser vivo que cresce dentro de nós. É algo mágico e maravilhoso.
- Sim...é maravilhoso.- e coloca as suas mãos no seu ventre e ambas se abraçam felizes.
- Ei...posso entrar.- Diz Pablo, Angie esconde o teste rapidamente no bolso das calças...- Desculpem interromper, mas Angie está na hora, isto se queres boleia.
- Sim quero, dá-me só um minuto...- dizendo isto vai até À casa de banho escondendo o teste dentro do seu "necessaire", e desce ao encontro de Pablo, despede-se de Brenda que não tinha que ir ao Estúdio, por causa da notícia que tinham dado, assim decidiram dar o dia de descanso aos miúdos. Nesse dia ela tinha apenas um ensaio com Francesca para a gravação do disco, mas esta estava destroçada ao saber que a sua melhor amiga estava em coma há semanas, era como se lhe tivessem tido que tinha perdido uma irmã, pois Violetta era mais que uma amiga para Fran.
A viagem até casa de Angélica foi feita em silêncio, Pablo conhecia o suficiente de Angie para saber que ela estava nervosa e quanto menos lhe perguntasse melhor, Angie agradecia a descrição do amigo.
E a verdade é que estava nervosa com a conversa que teria com a mãe, contudo a única coisa em que ela pensava era naquele novo ser que ela tinha a crescer dentro dela, em como ela diria a Gérmen, será que ele ficaria feliz, será que Vilu estaria bem quando o bebé nascesse, e Clara como reagiria quando o bebé nascesse ela teria já quase dois anos será que teria ciúmes...e enquanto pensava em tudo isto chegaram à porta de casa de Angélica, á casa que fora de Angie.
- Ei...chegámos...- Angie despertou do seu mundo...e suspirou...- queres que vá contigo?
- Não. Obrigado Pablo, mas tenho que fazer isto sozinha. É uma conversa entre mãe e filha.
- Tudo bem mas se precisares de alguma coisa...diz. Eu vou estar no Estúdio.
- Obrigado Pablo...por tudo.
Dá-lhe um abraço sorrindo, Pablo era muito mais que um amigo, era um irmão. Sempre esteve lá quando ela necessitava: quando o pai a ignorava, quando Maria morreu, quando Gérmen desapareceu com Violetta, quando quase deixou o estúdio depois do pai morrer. Sempre esteve perto dela apoiando-a, protegendo-a, assegurando-se que ninguém lhe fazia mal e que estava bem.
Saiu do carro, despediu-se de Pablo e seguiu caminho até à porta, e tocou à campainha. Mas quem viu não foi a mãe...era a última pessoa que poderia ou queria ver...José...mas o que é que ele estava ali a fazer...não podia ser...
- Angeles. Pensei que tivesses em França a trabalhar...voltaste?
- A minha mãe? E o que é que faz aqui?
- Vim ter com uma amiga...
- E desde quando é amigo da minha mãe. Você não é amigo de ninguém...nem deve saber o significado dessa palavra.
- Porque é que não entras, a tua mãe explica-te melhor...
- Eu não quero explicações, quero vê-lo longe daqui, longe da minha mãe e longe da minha vida.
- Angie...para, por favor para...- diz Angélica aparecendo por trás de José e abraçando a filha.
- O que é que ele está aqui a fazer? Mmamã, tu sabes que ele me tirou tudo, ele arruinou a minha vida...
- Angie por favor...o José cometeu muitos erros sim. Mas o Gérmen também os fez e tu perdoaste-o. E ele tornou a fugir levando as minhas netas de novo.
- Porque ELE o obrigou.- apontando para José...- Mamã, o Gérmen fugiu para proteger a Vilu e a Clara, e pediu-me autorização, não o fez sem...
- Tu sabias...mas ele fugiu com a tua filha...
- Não,ele não fugiu. Ele foi apenas...foi para que ELE não as afastasse do pai, já que da mãe ele conseguiu-o fazer graças a uma chantagem mesquinha.
- Angie! Chega, eu já sei de tudo. O José errou, mas está a tentar resolver os seus erros...está a tentar fazer o melhor para todos.
- Como assim sabes de tudo, mamã do é que estás a falar? Ele contou-te...contou-te do papá?
- Sim e não. O José contou-me o que se passava, mas o que ele não sabia nem tu, é que eu já sabia de tudo. Ou de quase tudo...- Angie olha para a mãe espantada, sem saber o que dizer...- Eu soube que o teu pai me tinha traído, ele próprio me contou, eu só não sabia quem era essa mulher.
- E agora sabes...porque ELE te contou...
- Sim porque o José me contou, porque houve alguém que teve coragem de me contar...
- Eu tentei mamã, eu juro que tentei. Mas achas que foi fácil para mim saber que tudo o que o papá me contou antes de morrer era verdade? Achas que foi fácil para mim separar-me do Gérmen, da Vilu e da Clara só para não te fazer sofrer?
- Eu sei que também sofreste, mas nós sempre estivemos juntas nas tristezas e nas alegrias...tu sempre confiaste em mim, e de repente...
- Porque eu não queria que tu sofresses, é assim tão difícil de perceber.
- Não, mas devias ter confiado em mim. Eu sou tua mãe...
- Mamã tu sabias sobre a Luzia, tu sabias que ela existia?- pergunta Angie com algum receio, mas ela tinha que saber o que a mãe sabia.
- Sim, o teu pai podia ter muitos defeitos mas ele nunca conseguiu esconder-me nada, ele não conseguia mentir. Mas eu também sabia que o teu pai nunca abandonaria Maria. Só depois de ela morrer, percebi que o tinha perdido, na verdade eu perdi-o muito antes de tu nasceres mas fingi que não via...
- Mamã, porque é que...- Angie não conseguia aguentar mais as lágrimas, era mais forte que ela, talvez fossem as hormonas que estivessem a falar mais alto...
- Porque é que não o deixei? Porque quando tu nasceste eu pensei que talvez conseguíssemos voltar a ser uma família, tu e Maria mereciam ter uma família, e apesar de tudo ele era vosso pai. Depois quando Maria morreu eu não consegui deixá-lo daquela forma tão frágil...tão perdido. E tu precisavas de um pai, tinhas acabado de perder a tua irmã...
- Mas nós nunca fomos...nós nunca fomos uma família porque apesar de vivermos juntos eu nunca tive um pai...
- Eu sei, eu sei que o teu pai não foi o melhor pai do mundo, mas era o teu pai e pensei que mesmo sendo como era, tu poderias viver numa família
- Família mamã? Um pai que me ignorava e que muitas vezes mais parecia um desconhecido; tu vivias preocupada com Maria se ela comia, se ela estava doente, se tinha tudo na mala para mais um concerto...se não fosse Maria eu tinha crescido sozinha, sem ninguém.
- Angie...eu sempre te amei, nunca te quis colocar de parte. Mas a verdade é que tu e Maria sempre foram tão unidas que eu muitas vezes me sentia a mais. Desculpa se te magoei, desculpa se te fiz sentir...- Angélica abraça Angie como que a pedir-lhe perdão por tudo o que a fizera passar, esta se por um lado se sentia magoada por outro sabia que a mãe sempre a amara...
- Desculpa...desculpa...- diz Angie continuando a abraçá-la...
- Angie eu quero que saibas que apesar do seu feitio o teu pai amava-te...tu eras o seu Angelito, o seu pardalito...nunca deves duvidar disso.
- Não o papá nunca me amou...eu era uma lembrança da filha que ele tivera com Rosário e que ele perdeu ao ficar connosco. Mamã...nunca te deste conta de nada? Porque é que achas que o papá queria que eu fosse estudar para fora? Nunca pensaste porque é que ele nunca me apoiou no Estúdio?
- Não o teu pai adorava ouvir-te, ele adorava ouvir-vos ás duas, a ti e a Maria...
- Sim a mim e à Maria. Mamã ele disse-me...quando eu o encontrei...ele...ele morreu nos meus braços...ele contou-me tudo, que nunca me quis, que te pediu para...
- Angie...tu nunca me contaste nada disto. Porquê?
- Porque eu não queria que tu sofresses, porque apesar de tudo ele era meu pai e eu amava-o.
- Perdoa-me...por favor perdoa-me...- e abraçam-se as duas, como se naquele abraço tudo o que ficara no passado escondido fosse perdoado, mas Angie continuava sem perceber o que é que José estava a fazer ali.
- Mamã. Ainda não me respondeste...o que é que ELE está aqui a fazer?
- Angie...eu e o José...nós...estamos a "reconhecer-nos"...
- Mamã, diz-me que não é o que eu estou a pensar! Não podes estar a falar a sério, ele está a querer tirar-me a minha filha, e tu estás...
- Angie, ouve querida, não foi nada planeado...simplesmente aconteceu. E em relação à guarda, eu concordo com ele, o Gérmen fugiu com as minhas netas. E eu quero ver Clara crescer, eu perdi a infância de Violetta, eu não vou perder a de Clara. Mas tu podes vir viver com elas e connosco...já falámos os dois sobre isso.
- Eu não estou a acreditar nisto...eu não posso acreditar...mamã tu estás a falar a sério? Tu vais mesmo fazer isto?
- É para o bem da Clara e da Vilu, querida nós só queremos o bem delas.
- Mamã...tu vais separá-las do pai e da mãe...achas que isso é o melhor para as duas? Não, eu não vou permitir...mamã...por favor...por favor não me faças isto, eu imploro-te...
- Já está feito Angeles...- diz José que até ali se tinha mantido em silêncio...- O Gérmen deve estar a receber a notificação do tribunal...eu ganhei o recurso, eu vim dar a notícia à tua mãe. O Gérmen tem uma semana para voltar e entregar-me a Clara e a Violetta.
- Não...não eu não vou permitir. Mamã, não me faças isto...por favor...
- Desculpa Angie, mas eu não vou ficar sem ver a minha neta crescer...
- Angeles...- diz José...- se tu sabes onde eles estão então é melhor avisares o Gérmen, porque para além de ficar sem as filhas se ele não acatar a decisão pode ser acusado de rapto...
Angie fica sem saber o que fazer, olha para Angélica e percebe que ela fala a sério, e fica sem saber o eu dizer ou mesmo de pensar. A sua própria mãe virara-se contra ela, se bem que Angélica não sabe que a própria Angie fugira com Gérmen, porém nada justifica o facto de esta estar do lado daquele "homem"...sem saber mais o que dizer ela acaba por sair de casa de Angélica completamente destroçada.
Ela segue pelas ruas sem saber muito bem para onde ir, não pode voltar para casa de Pablo pelo menos não naquele momento, qualquer um deles vai perceber que algo se passou e o que menos Angie quer, é dar explicações seja a quem for. Chega finalmente ao Parque que existe bem perto do Estúdio e encosta-se a uma árvore, deixando-se cair a chorar, quase a gritar de mágoa, tristeza, dor, desilusão; uma mistura de sentimentos que lhe saiam do corpo e da alma através das lágrimas...que a sufocavam e a levavam quase a um estado de loucura...de repente alguém coloca uma mão no seu ombro...
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