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Capítulo 12

Pegue a minha mão
Respire fundo
Me puxe para perto
E dê um passo
Mantenha seus olhos
Presos aos meus
E deixe a música te guiar.
(Can I Have This Dance – High School Musical)


Lembro que nós estávamos sentados naquela cafeteria perto da universidade e perto do seu estúdio de dança abandonado. Nós dois usávamos o notebook para estudar, além de alguns livros antigos emprestados da biblioteca da faculdade. Eu tomava um chá quente, e você uma simples água com gás.

Os alto-falantes do lugar tocavam uma canção recente do Maroon 5, e eu notei que os seus lábios se movimentavam juntamente com o refrão da música enquanto você cantarolava baixinho.

Durante muitos dias eu me pegava olhando para você, mesmo que discretamente, enquanto a minha mente trazia à tona a lembrança de vê-la dançar no estúdio de dança abandonado. E, durante muitos dias, a única coisa que eu enxergava era a sua peruca. A única coisa que eu enxergava era as possíveis doenças que você poderia ter. Alopecia Total ou Universal? Explicaria a falta de cabelo e algumas idas ao hospital. Câncer? Bom, só causaria a falta de cabelo se você fizesse quimioterapia. Mas você não apresentava os demais efeitos colaterais do tratamento. Alopecia Areata? Explicaria tanto a falta de cabelo quanto as idas ao hospital e exames, afinal, é uma doença auto-imune.

Mas a minha mente se cansou de fazer esse exercício. A minha mente cansou de enxergar as doenças ao invés de você. Até que eu voltei a enxergá-la como a Saturn. Até que eu fingi esquecer que você se escondia de mim e de todos.

Por conta do horário, que, se não me engano, passava das oito da noite, só restava eu e você em toda a cafeteria. E eu gostava daquele lugar justamente por isso, Saturn, por ser mais reservado que a biblioteca da universidade.

E, por incrível que pareça, eu gostava de estar ali estudando com você. Confesso que, no início, fiquei relutante quando você apareceu na cafeteria dizendo que gostaria de estudar naquele lugar, ao meu lado. Mas, com o passar dos dias, fui ficando ansioso, esperando pela sua companhia. Realmente comecei a gostar de ficar sentado em silêncio ao seu lado. E realmente comecei a gostar de ouvir a sua risada quando fazíamos uma pausa de 5 minutos após longas horas de estudo.

Eu gostava da sua companhia, Saturn.

Lembro de sentir o seu olhar penetrar cada milímetro do meu rosto enquanto eu corrigia atentamente as nove páginas de cálculo que eu havia feito naquela noite. Sobre o canto dos óculos eu pude vê-la olhando para mim com a cabeça levemente inclinada para o lado.

Eu já não conseguia focar completamente na correção porque a minha mente lembrava-me constantemente que você estava me olhando. Lembro de respirar profundamente ao sentir o meu rosto começar a esquentar. "Saturn..." Sussurrei enquanto fingia arrumar a posição do óculos. "Você está me desconcentrando."

"Oh." Você exclamou. Logo em seguido pude vê-la piscar algumas vezes antes de desviar o olhar rapidamente, como se estivesse sido flagrada. "Desculpa." Você riu, e era engraçado porque você havia ficado tímida. "É que eu já acabei de estudar e, bom... eu acabei de notar que você tem uma mania quando está estudando."

Ergo os meus olhos da folha que eu estava tentando me concentrar e, então, levanto as sobrancelhas para você.

Você fechou demoradamente o notebook e os livros que você havia levado para a cafeteria. "Você sempre coça a nuca quando não sabe o que fazer." Você imitou a minha posição de minutos antes, justamente quando eu estava com dúvida de como prosseguir com a conta. Você voltou a olhar para mim e, então, sorriu.

"Ah." Foi tudo o que eu disse. Para ser sincero, Saturn, eu nunca havia reparado nisso antes. Voltei a minha atenção para a folha a minha frente, pressionando-me para terminar logo. Eu já estava cansado. "Bom, você também tem uma mania, Saturn." Os meus olhos corriam pela folha e pela tela do meu computador, conferindo cada linha da conta. Eu sabia que você ainda olhava para mim. "Você coloca a ponta da língua para fora quando está muito concentrada em algo."

"O que?" Você falou um pouco alto demais. "Eu jurava que havia conseguido parar com isso." Você colocou as mãos sobre o próprio rosto, visivelmente envergonhada. "As minhas irmãs sempre riem quando faço isso."

"Eu acho fofo." Sussurrei, dando de ombros. E eu sabia que você havia escutado pela forma com que você abaixou o rosto e olhou para o chão.

Alguns segundos de silêncio perseguiram a minha última fala antes de eu finalmente terminar de corrigir aquele enorme cálculo. Quando eu desliguei o computador, você voltou a olhar para mim, animada com o meu término.

Você fingiu tossir para chamar a minha atenção. Ergui os meus olhos em sua direção e você finalmente perguntou: "Quais são os seus planos para o fim de semana, garoto astrônomo?"

Era sexta-feira quando isso aconteceu. Lembro que beirava às nove da noite. Segurei o copo de chá entre as minhas mãos e terminei de tomá-lo antes de respondê-la. "Vou passar o fim de semana em casa, com a minha irmã, Sea. Os meus pais foram chamados para trabalhar no hospital neste fim de semana e a babá, como sempre, não está disponível." Apoiei o copo agora vazio sobre a mesa. "Ela quer assistir os 3 filmes do High School Musical comigo mas eu tenho que terminar esse maldito trabalho até sábado à noite." Apontei com a cabeça para os papéis espalhados ao meu lado.

"Bom, eu..." Você começou a dizer enquanto mordia o canto da bochecha. "Eu amo High School Musical. Se você quiser, eu posso fazer companhia à Serena enquanto você termina o trabalho do seu curso. Acho que dou conta do recado, afinal, eu sei todas as músicas do filme. As minhas irmãs também passaram pela fase do High School Musical. Além disso, eu não vou fazer nada de interessante neste fim de semana, então..."

Lembro de olhar para você com atenção. Era engraçado como você falava rápido quando ficava sem jeito. Saturn Marie Campbell estava se convidando para ir à minha casa e, por incrível que pareça, eu não estava nem um pouco incomodado com a ideia. "Saturn, não me entenda mal... Mas Sea não gosta de você."

Você levou a mão ao coração, fingindo estar ofendida com o que eu tinha acabado de dizer. "Ora, garoto astrônomo, essa é a oportunidade perfeita para fazê-la mudar de ideia."

Eu juntei os papeis que estavam jogados sobre a mesa e as coloquei em minha mochila. Peguei o meu notebook e, antes de sair da cafeteria, virei para trás e a encontrei me olhando com expectativa. "Leve jujubas coloridas, Sea adora elas. Saímos às 7 da manhã."

Lembro de juntar os lábios, escondendo o sorriso que insistia em nascer em meu rosto. Eu não queria deixar transparecer que estava animado com a ideia, Saturn. Animado em passar mais tempo com você.

Lembro que, após enviar o trabalho através da plataforma da universidade, caminhei calmamente até o fim do corredor, chegando, enfim, na entrada da sala de estar. O sol já havia se posto, trazendo o início da noite. E lá eu encontrei você e Sea dançando em frente ao grande sofá.

Encostei-me sobre a parede e observei atentamente vocês duas. Os seus pés estavam descalços e eles dançavam sobre o tapete branco. Você e Sea cantavam com todo o folego existente a música Can I Have This Dance do terceiro filme. Você fingia ser o Troy e minha irmã a Gabriella, e ambas imitavam a valsa que acontecia no telhado do colégio.

Eu sorria com toda a cena que acontecia bem diante dos meus olhos. Era bom ver a minha irmã se divertindo com alguém além de mim ou Nathan. Era bom vê-la se abrir desta forma com você, era bom ver que ela finalmente havia gostado de você. E era bom ver você se divertindo, Saturn. Era bom vê-la rir e cantar alto pelo apartamento ao lado da minha irmã. Era bom vê-la dançar, mesmo que de brincadeira.

"Ocean!" Você exclamou, parecendo estar animada em me ver ali. "Você já terminou o trabalho da faculdade?" Você movimentou os lábios, demoradamente. Talvez para Serena não ouvir. Balancei a cabeça levemente, respondendo que sim, eu estava livre. "Então vem dançar com a gente, garoto astrônomo!"

"É, Ocean! Vem dançar com a gente!" Foi a vez de Sea pedir.

Você caminhou até mim, demoradamente, enquanto cantava o refrão da música, fazendo-me rir alto. "Can I have this dance?" Você ergueu as mãos em minha direção, esperando pela minha resposta. Quando você notou que eu estava relutante, você completou com: "Por favor."

"Não." Balancei a cabeça para os lados, rindo da sua expressão de desapontamento diante da minha resposta.

"Vamos, Ocean, por favor. Por favorzinho." Ouvi Sea murmurar do outro lado do cômodo. Ela me olhava com as mãos juntas, em súplica. Céus.

Você inclinou a cabeça para o lado e sorriu, vitoriosa. "Vai mesmo desapontar a sua irmã, garoto astrônomo?" Você ergueu ainda mais a mão para mim, pedindo silenciosamente para eu aceitá-la. Continuei a balançar a cabeça em negação.

Vocês duas olhavam para mim com expectativa. Céus, eu odiava ceder às vontades de Serena porque ela se acostuma muito fácil com a minha boa vontade. "Isso é golpe baixo." Suspirei cansado ao aceitar o convite inusitado.

Você sorriu largamente ao sentir a minha mão repousar sobre a sua. Ao fundo percebi que Sea pulava em comemoração. Ela pausou o filme e voltou toda a cena do telhado entre esse Troy e a Gabriella. Como ela podia gostar tanto daquele filme idiota?

"Vamos lá." Você falou, prestando atenção em Sea. A minha irmã deu play novamente na cena, onde era possível ouvir as primeiras notas daquela música que eu já estava cansado de ouvir. "É bem fácil na verdade, é só fingir que está dançando no baile da escola, sabe?" Você segurou a minha mão. "Take my hand, take a breath. Pull me close and take one step."

"Eu não sei se esse é um bom momento para dizer, mas..." Comecei a dizer. Segurei a minha respiração ao vê-la dar um passo em minha direção. Olhei para a TV ao nosso lado e vi que os personagens faziam o mesmo. "Eu nunca fui ao baile da escola." Sussurrei. "Eu não gosto de festas no geral. Muitas pessoas em um mesmo espaço, música alta e bebida..." E o fato da garota que eu era a fim não aceitar ir ao baile comigo, mais isso é um mísero (gigantesco) detalhe.

"Sério?" Você me perguntou, surpresa. Ao perceber que eu estava sério, você completou: "Tudo bem, Ocean. Vamos fingir que este é o seu primeiro baile, então." Você sorriu gentilmente para mim. "Primeiro você coloca a sua mão aqui." Você segurou a minha mão livre e, então, colocou-a ao redor da sua cintura. Em seguida, você olhou para as nossas mãos juntas. "A outra nós deixamos deste jeito."

Senti os seus dedos abraçarem os meus.

"Certo." Sussurrei, balançando a cabeça, levemente. Começamos a dar passos tímidos sobre o tapete que revestia todo o chão da sala de estar. Olhei para baixo, conferindo se eu não estava pisando no seu pé, mesmo que sem querer. Minha coordenação motora nunca foi uma das melhores. "Estou fazendo certo, Saturn?"

"Está, está sim. Você está pegando o jeito, garoto astrônomo." Você falou, gentilmente. Segundos depois você segurou o meu rosto, erguendo-o para você. Novamente o ar ficou preso em meus pulmões ao reparar no quão próximos estávamos. "Agora tente não olhar para baixo."

Senti o calor da sua mão em meu ombro, perto do meu pescoço. Por um momento perguntei se a minha mão estava suando sobre as suas.

Os meus olhos repousaram em seu rosto e, automaticamente, um pequeno sorriso nasceu em meus lábios. Pela primeira vez desde que eu a conheci, percebi que duas pequenas covinhas apareciam em sua bochecha quando você sorria, e eu me perguntei como não havia reparado naquilo antes.

Você cantava a música do filme, mas a única coisa que eu conseguia de fato observar atentamente era nos pequenos e tímidos sorrisos que você dava entre uma frase e outra. E, céus, eu nunca me cansaria de ver o seu sorriso, Saturn. Nunca.

"Eu gosto do seu sorriso, Saturn." Sussurrei, num ato de simples e puro impulso. No instante seguinte eu me arrependi por deixar aquela afirmação escapar dos meus pensamentos mas, quando os seus grandes olhos verdes encontraram os meus... eu não mais estava arrependido.

"Obrigada, Ocean." Você sussurrou de volta.

Sem ao menos pensar duas vezes, a minha mão ao redor da sua cintura a trouxe para mais perto de mim, porque parte de mim havia gostado de estar próximo a você, Saturn. Mas, ao me perder no reflexo dos seus olhos, senti o meu coração bater fortemente dentro do meu peito, fazendo-me afastar de você, rapidamente.

Porque eu havia sentido o mesmo quando a vi caminhar sobre o parapeito da calçada, quando voltávamos do teatro, e eu tinha um grande medo de dar voz àquele sentimento ou pensamento. Porque eu tinha medo de onde aquilo poderia nos levar. De onde aquilo poderia me levar.

"Minha vez, minha vez!" Sea surgiu ao nosso lado, segurando o meu braço.

Afastamo-nos de vez. E, antes de dar total atenção à Serena, desviei novamente os meus olhos para você. Você me observava discretamente enquanto mordia o canto da bochecha, ansiosa. Você havia me olhado da mesma forma instantes antes? Você também tinha medo daquilo tudo, Saturn?

Após decretar firmemente que eu me recusava a cantar ou a dançar qualquer outra música do filme, Sea, parecendo estar totalmente derrotada diante da minha decisão, parou de tentar me convencer do contrário. A partir daquele instante, nós três assistíamos o fim do filme sentados no sofá, em silêncio.

Serena havia deitado as pernas em meu colo, ao mesmo tempo em que ela ocupava metade do sofá. E você, muito timidamente, havia apoiado a cabeça em meu ombro. Ao longo do tempo eu fui sentindo um pesar em meus ombros, e eu notei que você estava adormecendo ali.

Quando o filme finalmente acabou (amém), percebi que ambas dormiam profundamente sobre o sofá. Perguntei-me como eu poderia me levantar sem despertar vocês, e por isso esperei todo o letreiro subir, até que a tela da TV se tornou totalmente preta.

Lembro de virar o meu rosto em sua direção, analisando o ar entrar e sair dos seus pulmões, demoradamente. Sobre a grande janela que revestia a parede a nossa frente, era possível ver algumas estrelas brilhando ao longe, juntamente com a Lua, o que tornava possível ver o contorno do seu rosto em meu ombro.

E eu não queria acordá-la, Saturn. Eu desejava, mesmo que secretamente, poder adormecer naquela posição, ao seu lado.

"O filme acabou?" Você perguntou ao notar o quão escura a sala estava. Virei o meu rosto na direção contrária ao perceber que você havia acordado. "Serena está dormindo?" Você se inclinou, buscando observar Sea. Balancei a cabeça em afirmação, dizendo que ela parecia estar dormindo. "Quer ajuda para colocá-la na cama, Ocean?"

Respondi que não, e finalmente me levantei. Segurei o corpo adormecido da minha irmã e a coloquei na cama. Tomei cuidado ao tirar os sapatos dela e ao cobri-la com o seu cobertor. Beijei os seus ombros, como costumava fazer quando Sea sentia medo. Aquele gesto acabou se transformando num ato de carinho e cuidado entre eu e ela. Quando saí do quarto, notei que você estava no corredor, esperando por mim.

"Ocean, você acha que a Serena gosta de mim?" Você sussurrou enquanto seguia os meus passos de volta para a sala de estar.

"Céus, Saturn." Ri, balançando a cabeça para o lado. Arrumei o óculos em meu rosto enquanto pensava seriamente se eu acendia ou não a luz do cômodo. "Sea deve gostar mais de você do que de mim depois de hoje." Por fim, decidi não acender a luz. "Parabéns, você conseguiu o impossível."

Você ergueu os braços em comemoração e suprimiu um grito de felicidade. "Eu consegui o impossível."

Sorri com a sua animação. Não era fácil Sea gostar de alguém, principalmente se for alguma amiga minha. Minha irmã sempre teve muito ciúmes de mim. "Vem, eu quero te mostrar uma coisa, Saturn." Falei ao olhar para você.

"O que é?" Você caminhou ao meu lado, até o momento em que chegamos perto da janela, onde um dos meus primeiros telescópios estavam. "É um dos seus telescópios, garoto astrônomo? Meu Deus, ele é enorme."

Retirei o protetor do ocular e, então, iniciei a busca pelo objeto que eu queria mostrar a você. Olhei novamente para a janela, buscando alguma orientação em meio ao céu negro, e não demorou até que eu finalmente focasse naquilo que eu buscava.

"Vem cá, Saturn." Chamei-a novamente. "É só apoiar o seu rosto aqui." Apontei para o ocular.

Você olhou para mim, um pouco desconfiada do que viria a seguir, mas seguiu a instrução que lhe dei. "Oh, meu Deus!" Você exclamou, não sendo capaz de esconder a animação e o grande sorriso em seu rosto. Você retirou a sua atenção do ocular para olhar para mim. "Ela é linda!" Não demorou para você voltar a observar a imagem refletida no telescópio.

"Desculpa. Eu queria poder te mostrar Saturno porque sei que é um dos seus itens... Mas hoje ele não está visível na região em que estamos." Ajustei novamente o óculos em meu rosto, desviando os meus olhos de você. "Então pensei em te mostrar a Lua, que é uma das minhas imagens preferidas. E hoje ela está cheia, então é possível analisar todos os detalhes dela."

"Ocean." Você me chamou, fazendo-me voltar os meus olhos para você. "Não precisa se desculpar por nada. Mesmo porque isto é incrível!" E logo em seguido você voltou a sua atenção para o telescópio a sua frente. "Olha só! Dá para ver cada cratera na superfície dela. Meu Deus, é ainda mais lindo do que nas fotos."

Inclinei o meu rosto para o lado, prestando devota atenção em cada detalhe seu. Prestando atenção no jeito que você sorria verdadeiramente feliz com tudo o que os olhos capturavam. Prestando atenção na empolgação palpável em sua voz enquanto você me descrevia a Lua. Prestando atenção nos contornos do seu rosto.

"Eu amei, Ocean." Você repetia isso a cada novo detalhe que era possível observar. Você ergueu os seus olhos para mim, sorrindo. As covinhas em sua bochecha se tornaram evidentes. "Eu amei, Ocean, de verdade." Você sussurrou, timidamente.

Senti o seu corpo se aproximar do meu e, pela terceira vez naquele sábado, prendi a respiração quente dentro do meu peito. "Obrigada, garoto astrônomo." Foi tudo o que você falou antes de me abraçar como agradecimento.

E era bom sentir o calor dos seus braços ao redor do meu corpo.

– Saturn, você chegou a contar sobre este dia para Violet? Você chegou a contar que ficou tão nervosa e ansiosa quando se dispôs a me ajudar a cuidar da minha irmã? Você chegou a contar sobre a nossa dança improvisada na sala de estar no apartamento dos meus pais? Você chegou a contar à Violet sobre o meu nervosismo naquele momento? Você chegou a contar que eu mostrei a você cada mínimo detalhe da Lua só para vê-la sorrir?

Sorri fracamente.

– E eu ainda me pergunto se as suas mãos também suavam pelo nervosismo em meio a dança. Eu ainda me pergunto se você, em algum momento, também prendeu a respiração para mim. Eu ainda me pergunto se o seu coração bateu fortemente em seu peito naquela noite, assim como o meu. Eu ainda me pergunto se você, em algum momento daquela noite, também pensou que gostava do calor dos meus braços ao redor do seu corpo. Porque, Saturn, pouco a pouco você dominava todos os meus pensamentos.

Olho para o relógio estampado na tela inicial do celular. O horário de visitas havia chegado ao fim.

Fim do terceiro dia.

★★★

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