Reencontro
Ultimamente não consigo dormir, hoje foi um dos vários dias que vejo o sol nascer ''Trummmm'' Meu celular toca:
-Hey Mariah, foi mal pelo horário.
-Sem problemas já estava acordada.
-São 4:30 da manhã, eu faria de tudo para estar dormindo. -ela boceja -Você está bem?
-Sim, estou bem, alguma novidade Layla?
-Você tem um interrogatório marcado, a Carla encontrou a casa do sobrinho do Sergio.
-Que bom, está marcado para que horas?
-Para as 12:00.
-Ok, obrigada Layla.
-Mariah, você está bem mesmo? sua voz está péssima.
-Sim, estou bem, até mais tarde beijos.
-Beijos.
Não aguento mais olhar para o meu apartamento, já decorei cada detalhe daqui. Vou descer um pouco, talvez falar com Seu Rodrigo ajude o tempo a passar- abro a porta e caminho pelo extenso corredor. Porquê a porta do apartamento da dona Lurdes está aberta? ela nunca deixa assim -isso me intriga, então decido bater na porta. Dona Lurdes- eu a chamo batendo na porta, mas ela não atende. Melhor eu descer e falar com Seu Rodrigo, talvez ela possa ter saído e deixado a porta aberta. -nossa será que estou virando uma vizinha fofoqueira ou uma paranoica? Não sei qual é o pior. Então, desço as escadas até a recepção:
-Seu Rodrigo?
-Olá querida, como vai?
-O senhor sabe se a dona Lurdes saiu?
-Eu não a vi passar e está muito cedo para comprar pão.
-Pois é...
-Por que, aconteceu alguma coisa?
-Não sei, é isso que vou descobrir agora -ando rapidamente em direção as escadas -Obrigada, seu Rodrigo.
-Não a de que.
Subo as escadas:
-Dona Lurdes, estou entrando -abro a porta lentamente.
A casa não tem ninguém, além do seu cachorrinho de estimação arranhando a porta: -Ei garoto o que foi?
Ele continua arranhando a porta, então eu decido abri-la:
Lá está ela estirada em uma poça de sangue com um papel na mão nele está escrito ''É isso que acontece com quem fala demais.''
-Dona Lurdes, me responde! Por favor, acorda.
Ligo para a policial e eles chegam rapidamente:
-O que aconteceu aqui, senhorita? -um dos policiais perguntam
-Achei ela caída aqui. -aponto para ela, minha ficha ainda não caiu.
-Simplesmente assim, você a encontrou caída no chão?
-Eu sai do meu apartamento para ir à portaria, encontrei a porta dela aberta, então eu desci e perguntei para o Rodrigo se ele havia a visto, ele disse que não, então eu subi e encontrei o cachorro arranhando a porta eu a abri e....- engulo seco.
-Certo, eu entendi, mas de qualquer maneira você está aqui teremos que conduzi-la para a delegacia.
-Sério? então eu deveria deixar a senhora caída no chão e ir embora como se eu não tivesse visto nada?
-O que a senhorita deveria ter feito eu não sei, mas sei o que eu devo fazer que é leva-la à delegacia, vamos. -ele segura meu braço para me conduzir até a porta.
-Ok, ok eu vou, mas antes posso me despedir do cachorro?
-Rápido -ele solta meu braço.
-Hey Mike, eu vou voltar para te buscar ok? -Eu tiro o bilhete, que encontrei com a dona Lurdes e coloco na coleira dele. – Até mais garoto.
-Chega, vamos.
Então ele desce comigo as escadas, até a viatura:
-Entre, rápido. -ele diz
-No camburão é sério isso?
-Estou com cara de quem está brincando? -Ele me empurra para dentro do camburão.
É uma viagem curta, mas para mim parece uma eternidade.
-Vamos saia -o policial abre o porta-malas
Mal da para acreditar que quando eu era criança, meu sonho era andar no porta-malas do carro.
-Espere um pouco- ele retira algemas do cos da calça.
-Isso já é demais!
-Colabore senhorita, vamos, coloque as mãos para frente.
Ele me algema, me leva até a grande porta da delegacia, devo ressaltar que a CIT, não se da muito bem com a INT(Investigadores de Thamburg). Já trabalhei aqui por um tempo, digamos que foi uma experiência única:
-Laura- o policial chama atenção da recepcionista.
-Olá Paulo, vou chamar alguém para atendê-los.
-Não precisa, Laura.
Meu dia não poderia ser pior.
-Olá Mariah, como vai?
-Pareço bem, Janne? -mostro as algemas.
-Definitivamente não. -ela sorri -Pode deixar ela comigo Paulo, somos grandes amigas não é Mariah?
Janne era minha parceira de campo trabalhamos um bom tempo juntas, mas nunca tivemos um relacionamento muito ''saudável''.
-Certo, senhorita Javonsk. -o policial vai embora e entrega as chaves das algemas para ela.
-Vamos Mariah precisamos ter uma conversinha.
Ela me leva até a sala de interrogatório:
-Sente-se -diz apontando para a cadeira. -Então, quanto tempo que não nos vemos, senti saudades
-Imagino -sorrio torto.
-O que você anda fazendo, ainda trabalha na creche (CIT)?
-Se isso aqui é um bate papo entre amigas, pode tirar isso né? -levanto meus braços algemados.
-Mariah, Mariah, eu imaginava muitas coisas sobre você, mas pode acreditar que assassinato não era uma delas.
-Eu não matei ninguém.
-Claro e eu nasci ontem, vamos Mariah admita.
-Eu não matei ninguém, porra!
-Certo você sabe tanto quanto eu que a INT é bem diferente da CIT, nos seus métodos de extrair informações. -ela retira um taser do bolso:
-Janne pare já com isso!
Lucay Santos o coronel da INT, até hoje ele ainda não se conformou com a minha saída, ele é um cara legal, um pouco persuasivo, mas legal.
Janne abaixa o taser.
-Isso é inadmissível, ela não devia estar algemada -ele pega as chaves da mão dela e abre as algemas. -Sinto muito, Mariah podemos conversar no meu escritório, por favor?
-Eu não deveria estar aqui, não mesmo.
-Você é patética, Mariah. -Janne se levanta e vai embora.
-Você sabe como a Janne e Mariah, ela sempre olhou você como uma rival e não como aliada. Ela deve ter visto seu chamado e mandou fazerem isso com você. Eu sinto muito -ele usa um tom desconsolado.
-Desde quando a Janne manda na INT?
-Desde quando você saiu, vocês juntas eram a dupla perfeita independente dos seus problemas pessoais quando tinham que trabalhar juntas eram impecáveis, quando entrou para a CIT eu fiquei apenas com a Janne que apesar dos seus defeitos é uma ótima agente e é ela que faz a INT continuar de pé. Foi um grande baque quando você saiu Mariah, você faz falta -ele ri.
-Do que você está rindo? -eu pergunto.
-Você e a Janne, mesmo distantes continuam disputando.
-É melhor eu ir, Lucay.
-Mariah, eu torço todo dia para que você volte, e supere o que aconteceu.
-Eu sei que a culpa não é sua que meu pai morreu, Lucay, ele era um egoísta e morreu como um. A INT não tem nada a ver com isso.
-Você não imagina o quanto eu fico feliz em ouvir isso de você. Então, isso quer dizer que tem possibilidade de você voltar? Mariah, a CIT não foi feita para agentes como você, e você vai descobrir isso por conta própria. E eu vou estar aqui para recebe-la.
-Até mais, Lucay. -caminho até a porta.
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