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A Promessa


Contagem! -a voz no alto falante diz

-Katha? -Jasmine a chacoalha

-O que aconteceu? -eu pergunto

-Ela não quer acordar! -ela me olha com desespero.

Me aproximo:

-Ei acorda- dou dois tapinhas no rosto dela.

-Será que ela está morta?

-Cala boca! -Jasmine fala com a voz embargada.

-Parem de brigar e chamem alguém! -digo

Lauren vai até a grade e grita por ajuda. Um carcereiro entra.

-Saiam da frente! -Um médico na cela 4, é urgente -ele fala no rádio.

-Jasmine se senta na cama ao lado, apoiando a cabeça nas duas mãos.

-Ela vai ficar bem -Lauren tenta consola-la.

O medico chega e a leva para a enfermaria.

-Oh meu deus, se ela morrer -Jasmine se lamenta.

-Montes está na hora da sua visita, vamos. -o guarda me chama.

Jasmine me olha e fala:

-Você vai mesmo?

-Vamos! Eu não tenho o dia todo. -o guarda resmunga.

-Tenho que ir, ela vai ficar bem. -eu falo.

-Você é uma vadia -ela se levanta e me empurra -Ela te acolheu como uma filha, e você quer ir lá transar, em quanto ela morre na enfermaria!

-Chega, Jasmine -Lauren entra na frente, impedindo que ela me bata.

O guarda abre a cela e se aproxima da Jasmine:

-Se controla se você não quer parar na solitária. -ele usa um tom baixo e incisivo.

Ele olha para mim e diz:

-Você vem ou não?

Eu caminho em direção a porta e ele me acompanha, enquanto caminho pelo corredor, consigo escutar a voz da Jasmine: ''Eu vou te pegar sua traidora!''

Chego em uma sala. E uma mulher me espera:

-Pegue isso.

Ela me entrega um lençol e camisinhas.

-Coloque o lençol antes de usar a cama, quando terminar o retire e jogue no balde.

Eu entro no quarto. Um homem está sentado na cama:

-Mariah?

Eu coloco um dedo na frente da boca pedindo para ele ficar em silencio. Começo a procurar alguma escuta:

-Quanto tempo, querido. – eu digo

-Fico muito feliz em te ver meu bem. -ele entra no meu jogo rapidamente.

-Como você está? -ele puxa assunto, em quanto eu continuo a procurar.

-Estou bem, eu acho.

Quando eu termino de falar, encontro a escuta atrás da cabeceira da cama. Pego um copo d'agua, e a coloco dentro.

-Certo temos pouco tempo, então fale logo -eu digo.

-O James falou que você era inteligente, isso é bom, vai tornar o trabalho mais fácil. Então ele tem uma proposta para você.

-Que proposta?

-Você mais do que ninguém sabe que a Hannah foi sequestrada.

-Sim, eu sei.

-A proposta é, ele vai tirar você daqui, e em troca você o ajuda a recuperar a Hannah.

-Por que eu?

-Eu não sei, mas ele falou que tinha que ser você. Então?

-Eu preciso pensar.

-Você não tem tempo Mariah, seu julgamento e daqui a 5 dias, e você matou seu porteiro. Você vai pegar no mínimo 5 anos de cadeia. Tenho certeza que você não quer passar esse tempo aqui.

-Ele morreu? -meu desespero e perceptível.

-Droga você não sabia?

Escuto passos apresados no fundo do corredor.

-Tira a camisa e deita na cama -falo secando as lagrimas.

-O que?

-Vai logo, eles estão chegando.

Eu retiro a escuta do copo d'agua e a seco com o lençol. Logo em seguida tiro a blusa e subo na cama:

-Se o James perguntar, não aconteceu nada -Ele me dá um beijo.

-Abra logo essa porta Montes! -Patrick diz

Levanto um pouco desorientada e abro a porta. Os guardas entram com tudo.

-Vá embora rapaz -Patrick diz

Filipi coloca a camisa e sai apressadamente. Patrick olha para mim.

-Onde está Montes?

-O que? -me faço de desentendida.

-Você sabe muito bem delegada. -ele usa um tom desafiador.

-Está aqui senhor. -um dos guardas mostra a escuta.

-Certo, podem ir.

Os guardas se retiram, e fica apenas nos dois no quarto.

-Montes, você sabe o que as detentas acham de pessoas como nós. Se elas souberem que você é Delegada, você vai sair daqui em uma maca de necrotério. Então, não me desafie.

Ele sai do quarto e fecha a porta. Depois de um tempo eu também saio. E o guarda me leva de volta para a cela:

-Katha -caminho na direção dela.

-Pode sair de perto traidora -Jasmine me empurra.

-Vai se foder!

Todas olham para mim impressionadas com a minha reação.

-Você não fez nada além de ficar se lamentando enquanto ela estava desacordada, se eu e a Lauren não tivéssemos chamado o carcereiro, ela teria morrido!

-Quem vai morrer é você, sua vadia! -ela me dá um soco na boca.

-Para com isso Jasmine! -Lauren corre na nossa direção.

-Já chega!

Katha se levanta e fica entre nós. Minha boca está sangrando.

-Mas que merda vocês estão fazendo? -a voz dela é debilitada

-Essa... -Jasmine tenta falar.

-Chega! Jasmine. Na minha cela eu exijo respeito. Se vocês têm algum problema para resolver, resolvam lá fora. Agora vão dormir!

Todas nos deitamos e não falamos mais nada durante a noite. Eu acabo acordando com a Katha tossindo.

-Me desculpe, querida. -ela fala quando percebe que acordei.

-Não tem problema -desço do beliche e entrego um copo d'agua para ela.

-Obrigada.

-Sinto muito, eu devia estar aqui quando você chegou. -minha voz e baixa.

-Sente-se -ela bate no espaço ao lado dela.

-A história do seu porteiro, você não quer me contar realmente o que aconteceu?

-Katha, o que acontece em Vegas fica em Vegas -eu dou um meio sorriso.

-Você é esperta garota -ela ri e tosse em seguida.

-Ele morreu. -eu digo inesperadamente.

-Minha nossa, e agora o que você vai fazer? -o tom dela e de preocupação.

-Eu não sei -coloco as mãos na cabeça.

Nós ficamos em silencio por uns minutos.

-Mariah eu posso te pedir um favor? – Katha fala baixo.

-Sim.

-Bem, estou com câncer em um estágio terminal, ontem eu desmaiei porquê meu corpo não aguenta mais -ela ri para aliviar o clima.

-Quanto tempo? – eu pergunto

-Pelo certo, eu não poderia passar de ontem. O medico disse que meu corpo está comprometido, se sempre que eu apagar ele me ''ressuscitar'' eu posso sobreviver uns 2 meses, mas eu não quero viver assim.

-Meu deus -meus olhos enchem de lagrimas.

-Ei não vai chorar -ela bate no meu braço.

-Então o que você quer que eu faça?

-Quando eu me entreguei, não imaginei que passaria 39 anos presa. Eu era como você Mariah, determinada e forte. Mas os anos foram passando e percebi que não sairia daqui, e que eu nunca poderia construir a minha família. Então as mulheres daqui se tornaram a minha família. Na verdade, eu quero te pedir duas coisas. A primeira é que você não pode desistir de sair daqui independente da sua sentença, não faça como eu fiz, e a segunda coisa e que você consiga um remédio para mim.

Ela me entrega um papel com o nome de um remédio.

-Eu não posso fazer isso, eu não vou te matar.

-Você não vai me matar, só me deixar morrer.

-Katha ela está te incomodando? -Jasmine acorda

Eu me levanto, para evitar uma confusão. Mas Katha segura minha mão:

-Me prometa -ela usa um tom quase inaudível.

Eu apenas balanço a cabeça positivamente.


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