CAPÍTULO 32 - ALGUÉM NÃO TEVE DESCANSO (parte 8)
O cara tinha barba aparada... De etnia mista... Pois não consegui dizer se era latino, ou branco, ou asiático... ou afrodescendente, por causa da combinação estranha de seus olhos estirados, nariz redondo, cabelos lisos e claros, barba loira e estirada.
-O chefão, eu presumo – eu falei com sorriso de um dente a outro...
Avancei segurando meu machado em sua direção. No primeiro golpe que eu consegui dar, ele desviou junto com o jovem desmaiado, com cabelo longo, loiro ou ruivo, acobreado... Eu tive a impressão de que era An... mas não era ele...
-Bocchan... – gritava o espadachin tentando se levantar, cheio de danos.
Logo percebi que o nome dele deveria ser esse... Mas não entendi o que um japa estava fazendo com um gêmeo de An. E se An teria gêmeo...
Pensamentos fúteis... Espero que o chefe e a Chloë estejam me vendo...
-Eu não tenho interesse em você... – disse o brutamontes
-E eu tenho total interesse em você – eu falei.
Ficou estranho quando disse isso em voz alta...
Sem mais conversas eu avancei para cima do gigante, ele não hesitou, não soltou o jovem, que às vezes parecia uma jovem. Os outros lobos cinzas remanescentes nem chegavam perto, parece que esse moço é um alpha, dado as proporções do perigo e das contingências que estávamos inseridos.
A luta seguiu de forma vergonhosa, eu não conseguia sequer acertar um golpe nele. Mesmo grande e pesado, ele se esquivava rapidamente e não soltava o jovem, que acabou acordando.
-AAAAAAAAAAH – gritou o de trança loira acobreada... se debatendo.
-Cala a boca criança – ele disse projetando seu braço em direção ao rosto do rapazinho.
Eu tratei de avançar mais uma vez e desferir um golpe de machado. Ele teve que se esquivar mais uma vez, mas eu havia o acertado, superficialmente. Esse golpe deu oportunidade ao rapazinho conseguir se soltar torcendo o braço do brutamontes.
-Por... – eu fiquei estupefato com o feito.
-Seu pestinha – disse o alpha
-FREYA-CHAN É MAIS VELHO QUE VOCÊ, BAAAAAAAAKA! – disse o rapaz dando língua como se fosse uma criança.
Ele estava de pé, mas estava com o corpo cheio de hematomas.
-Fica esperto! – eu falei avançando em mais um golpe sobre o alpha.
-Eu não tenho tempo para essas brincadeiras – ele disse segurando o meu machado com as duas mãos e arremessando para trás.
Eu não soltei o machado, logo, fui projetado para trás juntamente com minha arma. Quando levantei eu avistei o brutamontes de perto socando a cara da criatura felpuda, enquanto o ruivinho, loirinho, sei lá o quê, estava ansioso e acuado.
-Hey! – eu gritei – seu adversário sou eu!
Mas ele não se virou... Droga!
Corri em sua direção, ao passo em que via o chefe vindo em direção contrária ao encontro do brutamontes.
-Mamma – Disse o rapaz dando alguns passos para trás.
-Deixe-o em paz – bradava o chefe
-Vou te levar também... – explicou o brutamontes.
Eu enfim alcancei o alpha, desferi um golpe em suas costas de cima para baixo, ao passo em que o chefe tentava cortá-lo com o cutelo em suas mãos. O alpha se desviou rápido de meu ataque, mas por algum motivo, que desconheço – e o próprio brutamontes também, pois estava com uma cara de surpreso – o chefe conseguiu fazer um corte profundo em seu braço.
-Mas o que?! – o brutamontes pensou.
-Whoa – eu abri a boca olhando para o chefe que tinha um vermelho escarlate brilhando.
Eu queria surpreender, mas acabei sendo surpreendido. Eu não fazia ideia do que estava acontecendo.
-Eu vou te levar também, seu imbecil – disse o grandalhão segurando o corte no braço – peguem-no.
Covardemente, os lobos maiores, vieram para cercar o chefe. Eu pensei rápido e me uni a ele.
-Onde está Chloë? – perguntei
-Bolando um plano – ele me respondeu.
Percebi que não conseguia mais ver o jovem, ou o japa, ou a criatura furry.
-Eu dou cabo desses lobos, você pega o chefe – eu disse, reconhecendo que não seria útil lutando contra o chefão.
-Não precisava falar – Marocci me respondeu furando o bloqueio dos lobos.
Assim que ele pulou sobre o primeiro, eu já estava o golpeando da direita para a esquerda, cortando sua garganta. Esses lobos são grandes mas não são dois!
Os outros quatro estavam quebrando a formação, parece que quando o bando não consegue manter sua "soberania", a organização é afetada... talvez a moral do grupo sempre caia em casos assim.
Não importava naquele momento, apenas derrotar todos eles era importante.
E voltei a investir contra eles.
Morderam minha perna direita, outro as minhas costas. Eu não sei o que eles vão fazer, ou se vão conseguir destruir minha roupa especial revestida, eu teria que focar em matá-los assim que possível.
Um dos lobos pulou bem em minha frente. A desvantagem do machado era que eu deveria estar em uma certa distância do inimigo, e não era o caso. Eu dei um soco em seu focinho e empurrei meu machado em seu rosto. Apenas fiz um corte de leve nesse desgraçado.
O chefe teve mais sorte, ele estava veloz, brilhando... Recebia socos, mas revidava. Não sei como ele estava conseguindo sustentar uma luta de alguns minutos com aquele gigante.
Senti minha perna mais leve nos segundos que prestei atenção no chefe... E logo foram as costas, quando me virei, o jovem estava todo ensanguentado e sem expressões no rosto. Antes que eu falasse obrigado, por matar dois lobos de uma forma misteriosa que eu não sei como fora, ele pulou sobre mim e arrancou a mandíbula do que restava. Logo após, caiu sobre seu joelho.
-Bocchan, vamos – disse o japa – Domo-arigatou – ele me disse fazendo uma reverência.
Logo, deram as costas e sumiram. Da direção onde eles estavam, a Chloë estava apoiada na pedra como se fosse desmaiar. Eu tive um impulso de ir até ela, mas ela estava apontando para o chefe e o chefão lutando. Entendi o recado.
-Ainda estou aqui! – gritei contra o brutamontes investindo um ataque.
-AQUELES INÚTEIS! NÃO AGUENTARAM NEM LUTAR CONTRA VAMPIROS! – gritou o chefão revoltado.
Eu assumi a esquerda, pois o brutamontes parecia destro, e deixei o chefe com a direita. Era o lugar dele... O momento dele... e o meu também! Eu estava ali lutando com ele novamente, só que cada vez mais sincronizado e cada vez mais perto. Se eu não me conhecesse eu diria que devo ter sorrido por um bom tempo...
Aquilo era incrível... foi por isso que eu ingressei a Força da Noite... Foi para esse motivo! Seria a arma que iria ferir o mal que nos assola há milênios... Seria a arma que sustentaria a humanidade e subjugaria o mal...
Em meio à luta eu recebi um soco do chefão no meu abdomem, e fui atirado mais uma vez... Mas não larguei mu machado, novamente... Eu sabia que iria cair, mas iria levantar duas vezes mais experiente e com mais garra!
Foi o que aconteceu!
Assim que levantei eu estava preparado para mais! E comecei com o pé direito! O que me fez cair e sentir a maior dor que eu já senti em minha vida.
-Merda – falei baixinho, tentando camuflar que eu havia quebrado a perna direita.
Eu fui então me arrastando em direção aos dois. Chefe estava cansado, os seus olhos estavam parando de brilhar, ele já estava apanhando mais que golpeando... Ele precisava de mim...
-Chefe! – eu gritei me aproximando o mais rápido possível.
Por conta disso... O alpha esmurrou Marocci, que voou longe.
-NÃO! – gritei desesperado e me movendo o mais rápido possível.
-Você quer ser importante, sua ferramenta inútil? – perguntou o brutamontes.
-SEU DESGRAÇADO! – eu berrei.
Ele veio até a mim, segurou nas minhas mãos, que carregavam o machado. Eu senti os ossos das minhas mãos serem esmagados e virarem farinha.
Eu não gritei... Mas por vergonha... Não queria que Marocci ou Chloë me vissem assim...
-Char... les... – falou Marocci tentando se levantar.
-Vocês me atrasaram, sabe-se lá como... – começou a reclamar o chefão – Vocês vão pagar, e depois eu irei atrás dos outros, seus idiotas.
-Não... – falei quase choramingando.
Logo o chefão soltou minhas mãos e ficou muito sério. Eu caí para trás e comecei a me arrastar, me afastando dele com os meus cotovelos... Estava tudo embaçado, eu... estava chorando... Mas não era medo... Era...
Talvez fosse medo... Mas eu não acredito que isso está acontecendo... Eu não... Servi, no final das contas...
-El beso que tu me diste – ouvi uma voz serena por de trás de mim – me llenó de fuego. Ah mi querido cariño, joven me sentí otra vez. La lame que me diste, mi cuerpo se estremeció en tu juego. Ah mi querido cabrón, joven me sentí otra vez, enton... ces...
Era An.
-Como? – o chefão não estava entendendo
-La sorisa que tu me diste, mi culo fez se abrir, Ah mi papito te amo, y la forma en que me pones... tu polla... Leche, dáme lo papito... tu leche, dáme-lo papito... por supuesto que a mí no me engañas, en mi tu polla me pone estraña... OOOOH, papito! OOOOH dáme lo, papito, soy tu cabrón, tu puta tu hembra... una lechita, entonces yo merezco, pardona me... yo soy...
-CALA A BOCA! – gritou o brutamontes com lágrimas nos olhos.
-Grosso – An disse parando de andar.
Nesse momento percebi que ele segurava uma cabeça em suas mãos.
-Aqui – ele a jogou para o chefão, que a agarrou – achei ali na esquina. Eu ia meter minha rola, mas lembrei que necrofilia é um crime pesado. E também, tem muito dente essa cabeça, não ia gostar... Por outro lado, o buraquinho de meu moranguinho – ele sorriu.
An virou-se para mim, se agachou e perguntou:
-Por acaso você viu um viadinho branco e ruivinho, com um japonês fraco e uma criatura fedida, peluda parecendo um gato?
-Eles... fugiram... – o respondi sorrindo.
Agora o bixo vai pegar para você, chefão!
-Ah, graças ao deus dos viados! Obrigado amorzinho, essas feridas vão sarar, tá certo? – ele disse aliviado.
-Você... o matou... – o brutamontes falou largando a cabeça no chão.
-É, ele estava me impedindo de vir ver meu Moranguinho – ele disse andando em direção à Marocci e desviando do alpha.
-Você tá um trapo – disse An levantando Marocci – Mas o que é que esse daí fez com você?
Marocci não disse nada, apenas forçou um beijo em An.
-Calma... – An tentou parar – Aqui não, precisamos fugir da cidade e... Matar esse coiso ali.
-Não importa mais – disse Marocci – Entra logo em mim – eu ouvi essa frase engolindo à seco.
An lambeu o pescoço de Marocci e cravou suas presas. Marocci ficou gemendo como se estivesse tendo um grande orgasmo. Logo, desmaiou. An o deitou mais afastado.
-Se contenta com isso por enquanto, meu Moranguinho... Agora preciso matar um animal, tomara que a Agência Nacional do Meio Ambiente não me persiga. – ele disse – Nossa, ele gozou só com uma sugada de sangue... Me sinto revigorada por enquanto.
-Acabou com seu showzinho, sua puta? – o alpha disse.
-Não, ainda tenho que decidir mesmo se vou meter minha rola na boca de seu querido irmãozinho morto, falecido, derrotado. – disse An mandando um Beijo.
-SEU DESGRAÇADO! – gritou o Alpha.
-Você acha que é o único aqui que está extremamente irritado, não é? – An perguntou com os olhos vermelhos – Eu vou acabar com essa tua raça, e enfiar a desgraça no seu cu! Veremos quem é o mais irritado!
Os dois foram combater, e eu apenas podia assistir calado, me espantando em cada golpe que ocorria.
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