CAPÍTULO 01 - ALGUÉM APERTOU O BOTÃO DE RESTART
Vai dar merda, eu sei. Eu estava acordado mais uma vez... Bem, nesse momento agora eu estava acordando, mas me referia a... vocês entenderam. Eu dormi por mais algumas centenas de anos, até a língua estava diferente... Quero dizer, aquele gostosinho, aqueles cachorros... aquela negona desgraçada que me atirou, eu sei que foi ela... Depois vou contratá-la como general, pois ela era bem badass. E que bala foi aquela que me fez dormir tanto? Digo, não dormi tanto novamente... Isso é tudo confuso... Eu acordei e acordei em um tempo louco, estou certo! Roupas, fala, objetos e artefatos. Digo, olha só para isso! O que é que é isso??? Ah, eu estou de cabeça para baixo. Isso parece um... vidro? Tem um tubo enfiado em mim, e não é por trás, pena... É bem na minha garganta... Por mais que eu quisesse que fosse o gostosinho barbudinho cheirosinho não o era, até porque juro que não tem como ele ter um tubo tão grande para me enfiar até fundo na garganta.
Abri mais meus olhos e avaliei o ambiente. Meu cabelo estava para cima, e eu para baixo, imerso nesse líquido fedido e estranho... e viscoso. Bem, já tomei banho mamãe. O ambiente parecia uma espécie de... laboratório. Tinha um velho de um bom mal gosto musical, dançando, olhando papéis, telas, cantando... Eu não conseguia ouvir direito, parecia estar em catalão a letra, mas não era por isso que não conseguia ouvir, era por conta desse líquido não tão líquido assim. Anzinho do céu, será gala? Eca! Gala gelada, odeio, dormida de um dia pro outro... e quanta gala... Não... Não era viscosa como esperma... não era branca, era... rala? Que se dane!
Flexionei os joelhos, um diacho começou a fazer um barulho infernal, luzes vermelhas começaram a piscar e o velho se virou para mim com a mão na cabeça. Espero que alguém tenha lavado meu pinto nesse banho escroto, porque eu estou de saída e... parem de ler agora e vão lavar o pinto direito! E foi pensando na higiene de meu pinto que eu chutei com as duas pernas o... vidro, sei lá, era frágil demais para um vidro, pois assim que minha bunda colou no fundo - que delícia - meus pés quebraram o material vagabundo com muita facilidade.
A gala estranha inundou o local, eu caí por aí, arranquei o tubo com muita dor da garganta, e não gostei. Uma rola seria mais macia.
_Viado quem me entubou nessa merda vai se arrepender - eu disse ficando de pé de frente para o velho vestido de... cientista? - Onde é a festa fantasia vovô? Roupa horrível. Alguém me traga um vinho, e uma faca, tesoura, alguma merda que eu possa usar para cortar essa miséria de cabelo, não aguento mais desembaraçar essa miséria, pelo amor de qualquer coisa.
O velho tirou do bolso uma tesoura enorme, tão grande quanto meu piupiu quando ereto.
_Meu avô, o senhor usa isso onde? - o questionei tomando de suas mãos trêmulas. Joguei o cabelo para frente e cortei em qualquer altura. Quando suspendi a cabeça, meu cabelo bateu no meio das costas.
_É, a altura tá boa, agora vamos para a franja...
Fiz um armengue no cabelo, algo de camadas até os ombros. Ficou ótimo, parecia que a vadia da minha tatatataravó tinha cortado. Peguei o resto do cabelo no chão, era maior que eu já, e dei ao idoso
_Tome velho, pra fazer uma peruca babadeira para por na sua cabeça oca.
Tava tão gostoso pensar e falar nessa língua! Será que eram essas as palavras que consegui sugando o sangue salgadinho daquele pedaço de mal caminho? Ah, claro! Dã! Incluindo algum conhecimento desse tempo maluco. Ai, algo me diz que essa era sua língua, mas não eram palavras que ele usava. Estrangeiro em relação a essas pessoas? Não quero saber.
Ah. Fui frouxo por não tê-lo sugado logo de início, e perdido tempo perguntando se ele me entendia. É que... eu não acreditei que estava de pé novamente, e com alguém com o mesmo cheiro, a mesma aura que ela... ou ele... era a segunda vez que ela voltava como homem, mas dessa vez parecia estar mais gostosa que antes. Não via a hora de me enfiar dentro dela... Dele... Qual era mesmo o nome? Acho que não importa agora... Estou feliz, mas triste... Mais uma era aqui, que diabos, tava gozando no meu sonho em sono profundo, quem teve que acionar o... Parei de pensar e comecei a procurar o Coração de Ruby e minha corrente... Droga... Estava no meu pulso, com uma das extremidades da corrente cravada nele, como deveria estar. Por um momento quase me caguei todo.
E foi cagado simbolicamente que entraram na porta alguns humanos altos, todos de preto, a negona fantástica e meu docinho, não acredito que ele tirou aqueles cachinhos castanhos e fez a barba... E cheirava a perfume... Prefiro o cheiro dele, mas não se pode ter tudo o que quer, não é? Se não as pessoas teriam meu C*
_Atirem para matar! - disse a super mulher.
_Não! Precisamos dele vivo! - falou o velho.
_Oi gato, você vem sempre aqui? - disse no ouvido daquele... Ah!
Eu havia puxado aquele pedaço de mal caminho e corrido para trás de um balcão reforçado aí. Ele se assustou e ficou gritando. Morrendo de medo. Eu o segurava para não cair no chão.
_Ele fez refém - disse a moça. Ela estava bem atrás do rapaz, na mesma linha da cabeça.
Ai gente, uó essas heterossexuais heteronormativas que não podem ver um viado que nem eu querendo roçar minha rola na bundinha de um suposto machinho. Bando de fan de 50 tons de cinza. Ninguém goza nessa merda.
Eu pensei nisso, sabe, sinceramente. Mas se eles atirassem para me atingir? O gostosinho ia morrer... E eu ia me deprimir novamente... e eu ia procurar um inferno empoeirado para dormir por mais mil anos de novo e... Estava cansado desse ciclo.
Sem pensar muito eu beijei o gostosinho, que começou a se acalmar e ficar um pouco confuso.
_Qual é seu nome? - o perguntei.
_An-Angelo Maro-cc-cc-cc-cci.
_Você tem medo de mim? - o perguntei.
_Você está nu - ele falou virando o rosto.
_E você está vestido.
_Um vampiro gay!?!?! Não brinca!!! - disse uma louca com o mesmo vestido que o avô e o gostosinho... Acho que é jaleco o nome.
_O que é gay? - eu perguntei para ela.
_Homo...homossexual? - ela respondeu.
_Gata, aprende uma coisa, nós vampiros somos bi, em sua maioria; uma parte grande, mas não majoritária, é pan, uma pequena parcela é heterossexual, e homo são menos ainda. Então é muito fácil você ver um vampiro com um macho do lado, mas não diz respeito de suas preferências sexuais. Em que ano você tá? Jesus Cristo!
_Que merda vocês estão fazendo? - disse a super mulher.
_O que é pan gente? Eu falei mas não faço menor noção dessa palavra - eu respondi.
_Isso é sem precedentes - disse a louca feliz.
_Não atireeeeeeeeeem - disse o doutor se metendo entre o casal e o bando de brutos à porta.
_Socorro - disse Angelo.
_Calma meu docinho - falei mordendo seu pescoço novamente.
Ele gritou e eu não sabia o que era mais delicioso, seu grito ou seu sangue. Eu ouvi tiros, e por isso havia levantado uma barreira com minha telecinese.
_Ele é especial - gritou a eletricamente a louca.
_Mas o que? - indagou surpresa a Maria grandalhona.
Lambi a ferida em Angelo, fazendo sarar. Percebi que ele tinha uma corrente no pescoço, quando a suspendi, vi um pingente de coração de ruby, igual o que eu dei a ela. Isso era coincidência demais! Isso era... Eu não podia ficar confuso, eu fui capturado por eles por abaixar a guarda... Mas quem poderia manter a guarda alta com esse gato? Digo, só meu pinto que iria ficar alto. Merda! Pare An! Me controlei, pois estava sem roupas.
_Abrace meu pescoço - disse a ele, que obedeceu com a carinha de dopado...
Eu havia bebido sangue demais dele. Suspendi suas pernas, colocando seus pés entrelaçados nas minhas costas, corri o mais rápido em linha reta que pude, fazendo um campo em minha frente para proteger Angelo. Nos esbarramos em todo mundo, quebramos paredes, tubos e tudo mais. Tentei não matar ninguém... E tentei guardar energia para não precisar beber mais seu sangue.
Eu subi em um beco em pé estranho com uma caixa esquisita. Elevador eu acho. E saí à superfície. O sol estava à pino, havia muito mato, nenhuma árvore alta, eu não sabia onde estava, tentei enxergar as estrelas, mas mal as via através da luz do sol. Eu deveria estar perto da linha do equador para o sol bloquear muito minha visão assim... Será mesmo? Agucei minha audição mas não ouvia nada direito. Linha do equador? Onde satanás verde era isso? Que merda branca era essa?
_Meu docinho, que reino é esse? - perguntei no ouvido de Angelo que estava em choque me apertando forte.
Comecei a beijar seu pescoço para acalmar ele, seu pinto estava subindo, e assim percebi que ele não tinha mesmo um tubo grande para alcançar as profundezas de minha garganta. A-cei-ta-ção! Vamos trabalhá-la! Mas tamanho não quer dizer muita coisa mesmo...
Depois de um tempo, ele começou a protestar a meus beijos, ele saíra do choque ouvimos sons e vozes vindo em nossa direção, então corri para o único lugar que não tinha gente louca atrás de nós. Enquanto isso Angelo estava já irritado me mandando o soltar... Ele batia nas minhas costas, e tentou me morder. Delícia! Adorei a mordida, mas confesso que não gosto que me batam nas costas, nunca me excitei com esse tipo de coisa sabe? Já bati muito, matei uma ex esposa no sexo, mas ela queria apanhar de madeira e a louca era vampira, poxa, essas coisas acontecem.
Parei quando percebi que havia civilização logo à frente. Comecei a olhar ao redor, ouvindo os sons estranhos, máquinas, pessoas, conexões... Aquilo estava me atordoando, e o sol queimava o chão, e meus lindos pezinhos precisavam de proteção.
_Estados Unidos da América - ele me disse.
_O quê? - eu perguntei.
_Não vou repetir, me tira... me solta, merda! - o obedeci derrubando ele no chão.
Ele tirou o jaleco e me deu.
_Você vai se queimar com esse sol - ownt que fofo, se preocupando comigo - não... não digo pegar fogo, já que... você não é vampiro, mas vai queimar o corpo - eu vesti o jaleco, olhei para ele... ele era lindo, seus olhos castanhos escuros me hipnotizavam.
_Viado, eu sou vampiro, ué! - eu respondi.
_Como? Mas como você está aqui, debaixo do sol? Você não é vampiro! Eu morri de medo eu... eu gritei feito um covarde e você... você é uma farsa, um... mago qualquer.
_Ei, não precisa me ofender assim, eu te amo, sou geladinho e sugo sangue mas tenho coração - o disse mostrando meu pulso com a corrente e o pingente. Era uma brincadeira de minha parte, mas acho que ele não entendeu.
_Como assim?! - ele indagou suspreso - o mesmo pingente da minha bisavó!
_Bisavó? Que idade você tem mesmo? - perguntei a ele.
_32... Vem cá, como você poderia estar dormindo em um lugar como aquele e... Por que infernos você sugou meu sangue... Duas vezes! - ele disse irritado.
_Qual o nome de sua bisavó? - o perguntei
_Antoninna Marocci.
_Não foi ela.
_Como?
_Eu não dei esse pingente a ela, dei a outra pessoa, não sei como você encontrou, mas tenho certeza que a mulher que eu dei o pingente deve ter sido roubada, depois de morta. Há muitos violadores de cova... Naquela época havia. E agora, de alguma forma esta com você... Seu... Gostoso.
_Sai de perto de mim, desgraça - ele gritou dando as costas e se afastando de mim. Eu o segurei por trás, o apertando, pus minha boca em seu ouvido e falei
_Você não vai fugir de mim, a gente ainda tem que encarar os leitores idotas que tem a vida pacata e linear xingarem no twitter de VinhoRosé por "fugir do tema". Viado realize, lê dois capítulos e diz que tem fuga do tema, tome no cu cavernoso!
_Por favor, não suga o meu sangue - ele disse tremendo de medo.
_Ora, sua atitude mudou tão rápido! Me obedeça então, se não te castigarei.
_Deixa... para com isso cara, eu não...
_Ah, e a propósito, eu sou vampiro, e não queimo no sol. Eu estou selado. Mas esse vai ser nosso segredinho tá? Onde fica esses unidos das américas nos estados dos gays que você me disse?
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