Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

•Prólogo II•


Ainda naquele dia...


— Julia! Estou tão ansiosa, consegui os nossos ingressos para o show e arranjei um para Charlie também. Eu sei, eu sei que odeio ele, mas pensei que você ficaria feliz se eu levasse aquele encosto com a gente... — Maggie disse assim que atendeu.

— Maggie... — a interrompi, a minha voz embargada pelo choro, e pela dor.

A dor não só física, mas psicológica. Tudo doía, mas o pior era me sentir daquele jeito, suja, imunda. Eu estava nojenta, me sentindo usada. Walter tirara algo de mim sem a minha permissão, ele me forçou... Ou talvez eu tivesse culpa daquilo ter acontecido?

— Julia? Você está bem? — Maggie perguntou, sua voz assumindo um tom preocupado.

Hesitei em falar para ela o que tinha acabado de acontecer. E se ela ficar com nojo de mim?

Respirei fundo, tentando, em vão, ignorar aquela sensação pegajosa na minha pele. Ou o vômito secando no meu rosto e cabelos, ou a dor entre as minhas pernas... Aquela dor infernal.

— Eu p-preciso que você venha me... Ajudar... — parei de falar quando o choro voltou, forte.

— Onde você está? — podia ouvi-la abrir a porta do nosso apartamento, que ficava a cinco andares acima de mim. — Onde você está? Julia, me fale agora!

— No corredor... P-perto das escadas... —  parei, ouvindo ela socar o botão do elevador do outro lado da linha.

— Infernos! — ela gritou, irritada. Pude ouví-la descendo as escadas apressada. — Eu estou indo, estou indo!

— Por favor... — implorei, chorando, sentindo o medo se arrastando pela minha coluna só de pensar que Walter e os outros voltariam.

— Estou chegando, não se preocupe, vou estar com você em segundos.

Olhei para os dois lados do corredor, sentindo o bolo subir pela minha garganta novamente. O cheiro estava insuportável, era nojento, a sensação era a mais nojenta.

Pude ouvir passos apressados vindo das escadas, virei para olhar no momento em que Maggie apareceu, o celular pressionado no ouvido. Ela me olhou, assustada, horrorizada, e correu para mim, sem parar por um momento, ela veio até mim, colocando o celular no bolso de trás da calça jeans.

— Julia... — murmurou, se abaixando na minha frente, tocando o meu rosto, não se importando que eu estava toda suja, e imunda.

Olhei para baixo, com vergonha, vergonha dela me ver assim.

— Me tire daqui, por favor. — pedi, sufocando as lágrimas, o choro.

— Quem fez isso com você? — perguntou,  visivelmente preocupada. Ela segurou os meus braços, pelas minhas axilas, e me ajudou a levantar, instantaneamente senti algo quente escorrer entre as minhas pernas, uma olhada, e vi que tinha muito sangue e sêmen.

Gemi de dor, segurando a blusa esfarrapada sobre os meus seios.

Maggie desceu a minha saia e se abaixou para pegar a minha bolsa. Assim que o fez, ela começou a me ajudar a andar na direção das escadas.

— Julia, me responda. — insistiu.

Soluçei, todas aquelas imagens, ainda muito frescas, voltando na minha cabeça.

— Walter.

Maggie me levou para o apartamento, assim que entramos eu me separei dela e fui por conta própria para o banheiro. Ouvi seus passos atrás de mim enquanto me apressava para o pequeno cômodo, desesperada por um banho.

— Julia...

— Não, Maggie. Eu preciso ficar sozinha, por favor. — entrei no banheiro e segurei a porta aberta, olhando para ela, que me olhava aflita. — Só não... Só não saia do apartamento, eu não quero ficar sozinha aqui.

Maggie engoliu em seco, seus olhos descendo pelo meu corpo maltratado.

— Eu posso te ajudar... — Começou, mas a interrompi antes mesmo que ela terminasse.

— Eu preciso ficar sozinha por um tempo. — Parei de falar, sentindo a bile subir pela minha garganta novamente quando as imagens voltaram a minha cabeça, os sons... — Eu vou... Eu... — fechei a porta, batendo-a com força, desesperada.

Me recostei nela e coloquei a mão sobre a boca, sentindo as lágrimas descerem pelo meu rosto.

Solucei, vendo as imagens uma e outra vez na minha mente. Elas não paravam de vir, me assaltavam uma e outra vez. Então me lembrei de colocar a mão nele para me afastar... A mesma mão que cobria a minha boca...

Tirei a mão da boca rapidamente e corri para a privada, foi o tempo certo para que o vômito saísse, nada mais que líquido branco e pegajoso.

Vomitei tudo o que não tinha no meu estômago, chorando ao mesmo tempo, querendo que aquela sensação de estar sendo sufocada em mim mesma acabasse.

Depois que terminei, me levantei, cambaleando, e tirei as botas de saltos-altos, o que sobrara da minha meia-arrastão, e a blusa amotoada ao redor da minha cintura. Joguei tudo no lixo do banheiro, as botas e meias foram juntos, e entrei na banheira vazia.

Liguei o chuveiro, me enfiando completamente debaixo do jato quente de água abundante, deixando-a me lavar das impurezas — mesmo que artificialmente, por que eu sempre seria imunda por dentro, onde ele esteve.

Peguei a bucha grossa e passei o sabonete, esfregando a minha pele até essa ficar irritada. Lavei cada canto meu, cada dobra, cada vale. Esfreguei bem os cabelos com shampoo e escovei os dentes três vezes debaixo do chuveiro. Quando me senti mais ou menos limpa, coloquei o tampão na banheira e me sentei ali, deixando a água quente do chuveiro que caía sobre mim enchê-la.

Então as lágrimas voltaram a fluir de novo, junto com a água que lavava o meu rosto, caindo pelo meu corpo, pelo hematoma que se formava no meu estômago, pelo corte raso na lateral do meu seio, pelo pequeno corte na minha nuca. A água lavava tudo no meu exterior, junto com as lágrimas.

Mas a água não lavava as memórias.






ME SENTEI OFEGANTE, SENTINDO O MEU CORAÇÃO bater acelerado dentro do meu peito. Podia ouvir a risada dele, ela ainda ecoava na minha mente, isso estava me deixando doente.

Podia sentir seu toque asqueroso e nojento na minha pele, em lugares que ele não deveria ter tocado. Podia sentí-lo dentro de mim, estava doendo, ardendo.

As lágrimas desceram pelas minhas bochechas novamente, essa era a segunda vez que eu acordava essa noite tendo pesadelos... Não, me lembrando do que tinha acontecido a apenas algumas horas atrás.

Olhei ao redor, pelo quarto escuro. Podia ver seu sorriso ali, na escuridão, vitorioso.

Liguei o abajur com pressa, olhando novamente, mas ali não tinha nada, apenas o quarto e os móveis.

A maçaneta da porta girou lentamente, o pânico me inundou.

Ele tinha voltado, voltado para fazer aquilo de novo!

Um grito de desespero saiu do fundo da minha garganta, alto, ecoando por todo o quarto. Me encolhi em cima da cama, gritando e gritando. Podia ouvir os seus passos se aproximando, a sua risada nojenta...

— Julia, sou eu. — A voz de Maggie chegou até mim, passando através daquele turbilhão de sensações horrendas. — Julia?

Olhei para ela entre os meus dedos. Maggie tinha sangue na camisa impecavelmente branca e decotada.

— Maggie? — me sentei abruptamente, me preocupando. — Você está bem?

Maggie só então pareceu perceber o sangue na roupa dela.

— Sim, eu estou bem. — ela se sentou na beira da cama e tocou o meu rosto com carinho. — E você, está melhor?

— Sim. — menti, querendo que ela não me tocasse, mas não falei isso. Maggie e eu estávamos juntas desde sempre, ela sempre cuidou de mim.

— A gente precisa sair daqui, querida. — falou de repente.

— Sair? Por que a gente tem que sair? — o meu coração palpitou dentro do meu peito com euforia. Sair daquele lugar era o que eu mais queria.

— Eu matei Ashworth Júnior, o pai dele vai colocar todos os seus capangas aqui no Brooklyn atrás de nós. A essa hora, a pequena groupie de Ashworth Júnior deve estar a caminho do buraco de tráfico deles.

Fiquei calada, digerindo tudo aquilo que Maggie soltou em cima de mim.

— Walter está morto? — perguntei, ainda não acreditando.

— Sim, rasguei a garganta do infeliz na primeira chance que eu tive. — Maggie suspirou, aparentando estar frustrada. — Tinha planejado sequestrá-lo e torturá-lo, mas não consegui, tinha os outros três e eles conseguiram escapar....

Meneei a cabeça negativamente. Ele estava morto, morto!

— Vamos sair daqui, Julia, não podemos ficar fazendo hora. — Maggie se levantou e me estendeu a mão.

Ignorei a sua ajuda e me levantei com um pulo, corri para o meu guarda roupas e peguei uma calça jeans e a primeira camisa que vi na minha frente, essa que era de babados e muito desgastada. Vesti a roupa o mais rápido que o meu corpo dolorido permitia e assim que estava pronta, segui Maggie para fora do  quarto.

Fizemos nosso caminho pela sala, tentei não ficar assustada quando Maggie se abaixou e pegou sua Agram 2000¹ de cima da mesa de centro e a empunhou, uma mala de alça em seu ombro.

Corri direto para a porta e a abri, segurando-a aberta para Maggie. Juntas, saímos do prédio e fomos para o carro, prontas para deixar aquele lugar infernal.


















































¹Agram 2000

A Agram 2000 é uma submetralhadora croata baseada no modelo M12 da Beretta. O grande número de ex-forças especiais Agrams na Croácia após a Guerra da Independência da Croácia, bem como a disponibilidade de um supressor de som, a tornaram uma escolha popular para os criminosos. 






Hehehehe! Sei não eim? O que vocês acharam em meninas?

Espero que tenham gostado!

Até o próximo capítulo!

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro