•Capítulo Vinte e Quatro•
De repente, tudo começou a fazer sentido. O porquê de Julia morar em uma das casas da Famiglia, quem havia "matado" Walter, e como Walter chegou até ela. Mesmo antes de se unir a Famiglia, Maggie era conhecida por toda a cidade de N.Y, tanto por sua beleza quanto pela sua frieza ao executar seus trabalhos. Por isso todos a queria, tanto como amante como executora. Maggie era excepcional, e tinha se mostrado um grande trunfo para a Cosa Nostra.
"Então você não sabia?", ignorei o sarcasmo de Simona. "Também, não sabia que vocês estavam juntos, Julia não chegou a mencioná-lo em nenhuma de minhas ligações."
- Ela não sabe quem sou.
"Oh! Luke! Está mentindo agora?"
- Eu sempre menti. - Passara anos infiltrado na Bratva, e nesses anos ninguém sequer desconfiou de mim, sequer Matvei.
"É mesmo, havia me esquecido. Bom, Julia está sã e salva aqui." Ele faz silêncio por alguns segundos. "É por isso que seu soldado está espreitando os arredores do meu prédio, certo?"
- Ele não está sendo nem um pouco discreto. - Resmungo, frustrado com tudo.
"Não, ele está sendo um fodido filho da puta, me seguindo por qualquer lugar que eu vá."
- Esse é o trabalho dele...
"Pois mande-o se apressar e vir falar comigo, Antonella está ficando agoniada achando que são os russos."
Reviro os olhos, soltando um bufo.
- A sua mulher é mais do que capaz de lidar com os russos. - Falei, mal contendo a ironia em minha voz.
"Não. Ela lidou com uma velha, não com um homem."
- Não subestime-a.
Ele bufa do outro lado da linha.
"Ela está grávida, seu idiota!"
Arregalo os olhos, surpreso e feliz por ele ao mesmo tempo.
- Você é rápido, tem o quê, três meses?
"Ah, cale a boca." Ouço sua risada, e não posso evitar que um sorriso se espalhe pelo meu rosto. "De que outra forma eu a seguraria?"
- Vocês são casados, não tem como ela sair disso, a não ser mort...
"Não ouse terminar!"
Gargalho, ainda não acreditando que aquela menina pegou Simona pelas bolas.
- Certo. Tenho problemas para resolver.
"Russos?"
- Sim, e eles tem me dado trabalho.
"Foda, precisa de ajuda?", sua pergunta me pega desprevenido. Todos me viam como o temido subchefe da Cosa Nostra Novaiorquina, mas ninguém sabia quem realmente era o homem por trás de toda essa fama temível. As coisas que tive que passar para chegar até aqui, deixar minha verdadeira identidade de lado e ir morar nas ruas, fugindo da morte que a minha própria família pôs sobre a minha cabeça. Então tive a chance de retornar as minhas origens, e provei que era digno de fazer parte da Famiglia novamente, sacrifiquei a minha saúde mental ao ir para o território inimigo e me infiltrar no meio daqueles vermes, e depois de anos, ser descoberto e torturado por horas a fio. Passei a mão em meu rosto, sentindo meu peito doer.
- Não, estamos segurando bem as coisas aqui.
Depois de mais algumas palavras, desligamos.
Chamo Dantas e Caio para o meu escritório e assim que eles entram eu começo a falar:
- Eu já sei por onde começamos com Matvei.
Caio e Dantas se entreolham por um momento.
- E como seria? - Dantas é quem pergunta primeiro.
- Charlie Torrance.
- E como faríamos isso? - Caio pergunta, perecendo interessado.
- Daremos um tempo, alguns poucos meses, deixaremos ele achar que esquecemos nossa pequena rixa. - molhei o lábio inferior com a ponta da língua. - Sabemos que ele está sendo manipulado por Matvei.
- Sim, Charlie não teria inteligência suficiente para bolar um plano bom o bastante para interromper uma de nossas cargas.
- Sim, - concordo com Caio. - É aí que Késsio entra.
- Késsio? Mas ele não está aqui.
- Não, - Olho para Késsio. - Mas ele vai fazer o trabalho perfeito... - Na realidade, Késsio adoraria ver a amiga de Julia novamente, mas eu não ia falar isso para Caio e Dantas. - Vou passar um tempo com Julia na minha casa na Ítalia, vou voltar quando for a hora de Késsio entrar nessa.
A boate estava lotada naquela noite. Raiva e saudade tomavam conta de mim, não conseguia ficar longe de Julia, e tinha pouco mais de um dia que não a via. Mas me acalentava saber que ela estava mais segura na Ítalia, e logo estaria me juntando a ela. Matvei não seria um problema fácil de resolver, e ele esperava que fôssemos para cima dele agora, mas não faríamos isso, acabaríamos com a Bratva por dentro, começando a aniquilar os menores, até chegar nele. Por isso, sabia que manter Julia longe era uma bobagem se fosse somente ele, mas agora temos Walter e ele é a prioridade nesse momento. Toda vez que me lembrava da porra que ele fez com Julia, meu sangue fervia. A vontade de persegui-lo e matá-lo com as minhas próprias mãos nuas era muita, mas o rato sabia se esconder. Desde que Julia o vira observando-a algumas noites atrás, tenho homens espalhados por toda a cidade a procura dele.
A única opção víavel que eu tinha nesse momento, era me acabar no álcool.
Caio, eu e Dantas nos sentamos nas banquetas do bar e pedimos nossas bebidas, as mulheres já nos olhavam sugestivamente, mas só Dantas e Caio correspondiam a seus olhares. A mulher que queria estava a um oceano de distância.
Nossas bebidas chegaram e eu me apressei a beber, o amargor descendo rápido pela minha garganta.
- Estarei por perto se precisar, chefe. - Caio gritou sobre a música alta para mim, eu concordei e ele se foi com uma morena.
Dantas já tinha outra morena se esfregando nele ao meu lado, mas sequer me importei com aquilo. O homem não não tinha nenhuma expressão, apenas bebia sua bebida em silêncio enquanto a mulher continuava a acariciá-lo com mãos ansiosas.
Suspirei, desde que sua namorada grávida morreu a anos atrás Dantas se mantém assim, fechado, e suas tendências sociopatas só vem aumentando.
Ele mata sem pestanejar, e é ótimo em sumir com corpos, por isso não me preocupo quando o trabalho precisa ser feito, ele sempre está lá para fazer. Ele vive pela Famiglia, e não mulher e nem sequer seu irmão que o faça se desviar desse caminho.
Eu, por outro lado, tenho Julia. Faria qualquer coisa por aquela mulher, mataria por ela, e morreria por ela.
JULIA
Acordei naquela manhã com Antonella batendo na porta do meu quarto de hotel. Antonella insistira muito para que eu ficasse na cobertura com ela e Simona, mas não queria atrapalhar a privacidade deles. Agora me arrependia, esse quarto era muito silencioso, e sentia falta de Luke. Agora estávamos a caminho de um restaurante para nos encontrarmos com a minha outra irmã, Veronica, que eu ainda não conseguia acreditar que estava viva.
- Veronica é um amor de pessoa, Nicola, seu marido, provavelmente vai estar lá com ela por um momento. - Ela olha para mim, - Ele também é bem legal, muito bonito... - Antonella suspira.
- Simona sequer pode saber que eu pensei nisso.
Rio baixinho e ela ri de volta.
- Simona é bem ciumento então?
- Bem, sim. Mas é um ciúmes saudável.
- Te entendo, tenho um... - parei antes de falar namorado, não sabia bem o que Luke e eu éramos, mas podia chamar isso de um relacionamento.
- Oh! Você tem um namorado? - Sua pergunta entusiasmada me pega desprevenida, passara tanto tempo sozinha que tinha me esquecido como era ter amigas, exceto por Janete.
- Bem, não sei posso chamar disso o que temos, mas a gente já está a pouco mais de um mês juntos então... Eu não sei, ele não me pediu oficialmente em namoro.
- Não vai demorar a acontecer, confie em mim. - ela me olha de esguelha enquanto dirige. - Eu não tive a chance de ter um namoro decente, mas não trocaria o casamento repentino com Simona por nada, ele é... Perfeito.
Relaxo enquanto ela fala de Simona, e pelas suas palavras ele parece ser um ótimo marido por baixo daquela máscara de homem mau.
- Espero que Veronica não tenha ficado chateada por não termos nos visto ontem, eu fiquei muito mexida depois de Mag apertar a minha mão. - falo, olhando para minha mão, a mesma que Maggie apertou.
- Ela entendeu bem, você está muito abalada com tudo isso. E eu tenho fé que Maggie vai melhorar, ela é a mulher mais forte que eu conheço.
- Ela é.
Passamos o resto do trajeto até o restaurante em silêncio.
Antonella estaciona em uma vaga a poucos metros do local e saímos. Ambas andamos até o restaurante, meu coração dando pulos em meu peito enquanto penso em Veronica e que vou ganhar uma nova irmã, uma que poderei compartilhar meus segredos e sentimentos com ela, assim como é com Maggie.
Entramos no lugar lotado, o restaurante chique todo trabalhado na cor marfim, as mesas redondas e de todos os tamanhos, para todos os números de pessoas.
- Por aqui. - Antonella me chama, indicando para o fundo do restaurante, onde a parede é de vidro e oferece uma linda vista da rua movimentada. - Ela está ali. - Antonella aponta para a mesa do canto onde uma mulher e um homem estão sentados de costas.
Nos aproximamos, e não consigo tirar os olhos da mulher, de seus cabelos castanhos escuros caindo suavemente em ondas pelas suas costas. Como se sentindo o meu olhar, ela se vira, e me encontro sem ar ao olhar para os seus olhos escuros, o formato do rosto muito parecido com o de Maggie.
Ela me observa até que estou me sentando em uma das cadeiras do outro lado da mesa, minha garganta seca de repente.
- Veronica, essa é Julia. - Antonella nos apresenta entusiasmada.
Olho para Veronica e ela olha de volta para mim, uma encarando a outra pelos próximos e torturantes segundos.
- Julia. - estremeço ao ouvir a sua voz, ela tem a mesma entonação que Maggie, ela lembra Mag em seu jeito de falar, em seu formato do rosto... e agora, vendo-a de perto, é tímida como eu. - Eu estava muito ansiosa para te conhecer.
Nada sai da minha boca pelo próximo minuto, a minha garganta está muito seca e dentro de mim um turbilhão de emoções toma conta. Vejo que Veronica entende errado o meu silêncio, pois seus olhos se enchem de lágrimas e ela engole alto.
- Amor... - Só então presto atenção no homem ao seu lado, seus cabelos longos até os ombros e loiros, seus olhos uma mistura de azul e verde. Agora entendi o que Antonella quis dizer no carro, se não bastasse o rosto, ele parece ter um corpo atlético.
Vendo Veronica naquele estado, decidi que era hora de falar algo, mesmo que lutasse para isso com a minha garganta seca.
- Eu... hu... - Antonella coloca um pouco de água em um dos vários copos na minha frente, ela pega da jarra que até agora eu não tinha visto, estava no meio da mesa, e me entrega.
Tomo um gole agradecida e olho pra Veronica, que agora me olha esperançosa.
- Desculpe por isso, minha garganta está um caos, estou lidando com muitas coisas nos últimos meses. É um prazer finalmente te conhecer, depois de passar todos esses anos achando que estava morta... Maggie e eu nunca perdemos a esperança de que você estivesse viva.
E não tínhamos perdido, pelo menos Maggie não. Eu não me lembrava de Veronica, pois quando ela foi levada do orfanato eu ainda era um bebê, se Maggie não tivesse falado que tínhamos uma irmã desaparecida eu nunca saberia sobre a existência dela.
- Estou muito feliz por encontrá-la, não tive a chance de conhecer Maggie, mas pelo que Antonella me falou, ela me parece ser uma mulher fantástica.
- Ela é, a melhor pessoa que eu conheço. - E Luke, que conseguira me afastar do meu trauma, se não fosse por ele eu estaria trancafiada em algum lugar com medo das pessoas como eu ficava antes.
- Já que foi tudo tranquilo, eu vou me retirar e deixar vocês conversarem. - O homem, que suponho ser Nicola diz, já se levantando.
- Oh! Esse é Nicola, meu noivo! - Veronica diz, ela segura a mão de Nicola na dela, fazendo parar de pé perto dela.
- É um prazer. - cumprimento.
- Digo o mesmo. - ele me olha rapidamente, então se abaixa e dá um beijo casto nos lábios de Veronica antes de se retirar, atraindo os olhares femininos enquanto sai do restaurante.
- Então, me conte mais sobre você e Maggie. - Veronica pede ansiosa.
Passo as próximas horas conversando com Veronica e Antonella no restaurante, por voltar da 15h da tarde estamos dentro do carro com Antonella e a caminho do prédio onde Simona trabalhava, Antonella estava ansiosa para chegar lá.
- Estou doida para ver Simona! - Antonella fala de repente.
Veronica - que se sentou do bando de trás comigo, - e eu nos entreolhamos, rindo pelo entusiasmo repentino de Antonella.
- Segure-se um pouco, podemos ver o fogo subindo de você. - Veronica falou.
- Depois que eu engravidei isso tem ficado frequente. - ela choramingou, apertando o volante.
- Você quer que eu dirija? - Veronica perguntou, preocupada agora.
Antonella negou com a cabeça, molhando os lábios e olhando direto para a rua. Estávamos quase lá.
- Você está de quantos meses? - perguntei, afim de quebrar um pouco sua tensão.
- Quase dois, é tão hilário né? Eu me casei e apenas alguns meses depois estou grávida. - ela meneou a cabeça. - Isso não estava nos meus planos, mas Simona e eu nunca nos importamos com proteção, então os únicos culpados somos nós. No fim, eu sei que serei uma ótima mãe.
Olhei para ela, vendo que ela tinha medo, não sei se por achar que não seria uma boa mãe ou por algo que aconteceu no seu passado.
- Você vai ser, está em toda você.
Ela me lançou um sorriso agradecido.
Alguns minutos depois ela estava estacionando em frente ao prédio, não atrás como foi da primeira vez que estive aqui.
Não prestei muita atenção no prédio, queria acabar logo com isso e ir descansar. Saímos do carro e Antonella e Veronica esperaram esquanto eu dava a volta no carro.
- Fique em minha casa, Julia. - Veronica disse assim que me aproximei dela e de Antonella.
- Não quero incomodar, o hotel que estou hospedada é ótimo também.
- Você não será um incomodo, poderemos passar um tempo juntas. - ela parecia ansiosa.
- E Nicola? Vocês já conversaram sobre isso?
- Sim, ele não vai se importar, acredite em mim. - ela segura as minhas mãos. - quero passar um tempo com você, e estamos reformando a nossa casa a pouco, venha e junte-se a nós.
Pensei naquilo por um momento. Veronica é minha irmã e quer me conhecer melhor, e eu quero passar mais tempo com ela e não ficar sozinha naquele quarto de hotel.
- Tudo bem. - respondi com um sorriso.
- Estou me sentindo traída. - Antonella falou perto de nós. - Você não quis ficar comigo.
- Ah, não é isso, e você sabe, você e Simona precisam ficar sozinhos sem ninguém para incomodá-los, e você sabe disso.
Ela soltou uma risadinha.
- Eu sei. Agora vamos, eu preciso ver meu marido. - rimos e entramos no prédio.
Fiquei surpresa ao entrar no que parecia um cassino, mas também tinha uma pista de dança e bares em cada lado do espaço.
- É um dos negócios de Simona. - Antonella fala. - Ele usa esse lugar como base, qualquer um que queira falar com ele tem que vir aqui.
Não respondi, continuamos andando para o fim da boate-cassino e subimos um lace de escadas, viramos alguns corredores e novamente, estávamos no corredor onde o escritório de Simona ficava.
- Eu vou ver Maggie. - falei, parando no meio do corredor. Veronica parou também e Antonella parou mais a frente.
- Eu vou estar com Simona, me avise quando for embora.
- Tudo bem.
- Eu vou com você. - Veronica falou para mim.
- Okay, então vamos. - nos despedimos de Antonella e fomos para o quarto onde Maggie estava.
- Ainda não entendi porque Maggie tem que ficar aqui. - Falei, estávamos em frente a porta do quarto.
- É mais fácil de proteger, pelo menos foi isso que Simona e Nicola me falaram.
- Estranho, a base de Simona, onde todos sabem que ele está, principalmente seus inimigos.
Veronica deu de ombros.
- Eu também não entendo, mas foi isso que eles disseram.
Abri a porta, ansiosa para ver Maggie. A luz estava acesa dessa vez, mas não tinha ninguém no quarto.
Maggie estava deitada, seus cabelos escuros penteados e seu rosto sereno. Parecia estar dormindo. Queria que fosse isso.
- A expressão dela está mais... Serena. - Veronica falou enquanto nos aproximavamos da cama.
- Sim, ela parece calma.
Nos sentamos uma de cada lado de Maggie, cada uma segurando uma mão.
- Olhe só para ela, nem a conheci e já a amo. - O que Veronica disse me fez olhar para ela.
- É impossível não amar Maggie. Ela esteve comigo no momento mais difícil da minha vida. - Mordi o lábio. Ter mais uma pessoa para compartilhar o que eu passei, uma outra pessoa que dividiria suas dores comigo e que estaria lá comigo quando eu precisasse, era entusiasmante.
- Eu nunca tive ninguém além do meu pai. - ela olhou para a mão de Mag, que ela segurava. - É reconfortante, depois do que tem acontecido nas últimas semanas, perder papai, quase perder Nicola... Agora achar Maggie, que eu sequer me lembro da existência. Isso é melhor do que eu imaginei. - ela sorriu para mim. - E agora tem você.
- É bom saber que tenho você também, é horrível ficar se sentindo sozinha.
- Temos uma a outra. - ela soltou a mão de Maggie e estendeu-a para mim.
- Sim... - segurei a sua mão. - Temos uma a outra.
A casa de Veronica parecia estar em reforma, a sala era modesta e tinha um piso de madeira claro, as paredes pareciam estar sendo pintadas de novo, era agradável e acolhedor o lugar.
- Reformamos os quartos primeiro, queríamos nos mudar para cima o quanto antes.
- Para cima? Como assim subir? - ela riu.
- A casa de Nicola era no porão quando vim para cá. - ela me chamou com a mão enquanto entrava no corredor pequeno de frente para a porta da frente, mais um corredor virando para a esquerda e outro para a direita, uma porta bege no final de cada um.Veronica continuou indo reto até entrarmos em uma ampla cozinha recém reformada, as paredes claras armários de aço inoxidável nas paredes, tudo de última geração.
- Uau, aqui é lindo! - Exclamei, olhando ao meu redor.
- Fico feliz de saber, estávamos receosos, pensamos em mudar várias vezes.
- Vocês tem bom gosto.
Ela foi para a geladeira e pegou uma jarra de suco e queijo.
- Coma. - ela apontou o queijo. - Vou preparar o jantar para nós enquanto isso. Tem rosquinha de leite também.
Sorri, vendo o quanto Veronica estava empolgada.
- Veronica, vou deixar a mala da sua irmã no quarto de hóspedes! - Nicola gritou do corredor.
- Tudo bem! - gritou de volta, colocando o queijo e o suco em cima da bancada.
Fui até lá e me sentei em umas das banquetas, cortando uma fatia de queijo. Veronica colocou um copo na minha frente e um pacote de biscoitos de leite na minha frente.
- Eu amo essas rosquinhas, Nicola sempre compra, elas derretem na boca. - comentou enquanto enchia o copo de suco e o empurrava para mim.
Coloquei uma na boca e gemi quando ela derreteu na minha boca, o gosto era simplesmente... Incrível.
Peguei o meu celular do bolso e tirei uma foto, então abri o chat de conversa vom Luke e adicionei uma legenda.
"Precisa comer dessas, elas derretem na boca."
Sorri e cliquei em enviar. Esperava que entendesse o duplo sentido das minhas palavras.
- Vou fazer frango assado com batata, você gosta? - desviei a minha atenção do celular.
- Sim. - uma mensagem chegou e corri para abrir, como pensei, era Luke.
"Prefiro a sua boceta na minha boca," arregalei os olhos, dando uma olhada em Veronica, que estava mais ocupada descascando batata. Então outra mensagem chegou. "Vou te ligar essa noite."
Molhei os lábios ansiosa, mal podia esperar para me perder em sua voz.
Meninas, me desculpem se tiver muitos erros ortográficos, eu escrevia no word e ele corrigia automaticamente, mas houve um problema e eu tô tendo que escrever por outro lugar. Tentei corrigir ao máximo.
Espero que tenham gostado e até o próximo capítulo!
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