•Capítulo Vinte•
Julia
Estava me sentindo traída, o meu peito ardia dolorosamente, tinha me entregado completamente para Luke poucos minutos atrás, apenas para saber que fora traída, que na noite anterior ele estava com outra mulher.
Não consegui impedir que as lágrimas escapassem enquanto olhava para ele, para a confusão e depois para o reconhecimento. Aquilo doeu ainda mais, ver a verdade estampada ali em seu rosto.
- Eu sou uma burra! - exclamei para mim mesma, começando a procurar minhas roupas pelo quarto.
Encontrei a minha saia perto da cama e fui pegá-la, vesti rapidamente a mesma e fui atrás da blusa.
- O que você está fazendo? - Luke perguntou, ainda de pé na porta do banheiro. - Julia!
Grunhi de frustração quando não encontrei a maldita blusa.
- Julia. - Pulei com o susto, sua voz no meu ouvido, sua mão circulando o meu braço.
- Me solte! - puxei o braço de seu aperto, tampando os seios com os braços.
- Eu não transei com aquela mulher.
- Eu não me importo. - Avistei a blusa entre os lençóis da cama. A peguei e vesti, indo atrás das minhas sandálias de salto, que eu sequer sabia como haviam saído dos meus pés.
Descartei o fato de que eu não usava calcinha e fui para a porta do quarto, mas Luke agarrou o meu braço firmemente e me puxou para ele.
- Me solta Luke! - gritei, batendo em seu peito e tentando afastá-lo, tentando pensar com o cérebro e não com o meu corpo traidor.
- Não, porra! Não! - gritou de volta. - Acredita no que eu te digo, acredita em mim! - ele agarrou o meu rosto com as mãos fortes, me obrigando a olhá-lo. - Eu não te traí, eu nunca trairia você, eu não suporto sequer pensar em tocar outra mulher, Julia... - ele colou seu corpo ao meu, sua boca se aproximando da minha. - Você está sob a minha pele, em meus ossos, eu não consigo pensar em nenhuma outra mulher, só em você.
Foi impossível não ceder diante da sua declaração. Amoleci em seus braços, não conseguindo desviar o olhar de seus olhos azuis árticos, ora escuro, ora claro.
- Só eu? - minha voz saiu baixa, um suave sussurro.
Luke sorriu e beijou os meus lábios, sorrindo contra a minha boca.
- Só você, meu bem. - Então ele me beijou, sedento, forte, cheio de paixão, o fogo entre nós crescendo e lambendo nossos corpos, envolvendo-nos no fogo ardente da paixão novamente.
Tirei a toalha que envolvia os meus cabelos e vesti a camisa de Luke por cima do meu corpo nu e dolorido, que exibia as marcas de sua posse. Suspirei de felicidade, tirando os cabelos de dentro da camisa e fui para fora do quarto e para a cozinha. Luke estava fritando bacon, vestindo apenas uma calça de moletom cinza.
Fui por trás dele, não me preocupando em ocultar a minha presença e circulei a sua cintura com os braços, pressionando a minha frente contra ele.
- O cheiro está ótimo. - falei contra o meio das suas omoplatas.
Ele riu, o som penetrando no mais profundo do meu coração.
- Quero que se alimente bem. - Me afastei dele e encostei na bancada ao seu lado, cruzando os braços sobre os seios. Ele olhou para mim, seu olhar se demorando em sua camisa em meu corpo. - Está linda com a minha camisa.
Olhei para baixo, meneando afirmativamente.
- Ficou ótima em mim mesmo.
Luke meneou a cabeça, rindo.
Ele colocou o bacon em um prato e me entregou, apontando a mesa. Fui até a mesma, colocando o prato em sua superfície redonda de vidro, que estava posta com pratos, copos e talheres.
- Tem geleia e manteiga na geladeira, pegue o suco também. Tem leite se quiser. - Olhei para suas costas enquanto ele mexia os ovos que ele acabava de quebrar na panela e sorri, meu peito apertando com algo arrebatador, quase doloroso.
- Sim senhor. - Ouvi sua risada e fui até a geladeira pegar o que ele pediu.
Peguei o suco de morango que tinha ali e levei para a mesa para depois pegar a manteiga e a geleia.
- Luke. - Chamei, um pensamento repentino vindo à mente.
- Sim? - ele olhou sobre o ombro rapidamente, chamando a minha atenção para as longas cicatrizes que iam do ombro até embaixo e sumia no cós de sua calça de moletom.
- Essas cicatrizes... - ele travou o corpo, mas me obriguei a continuar. - ...como conseguiu elas?
Luke deu de ombros como se aquilo não fosse nada, ele virou o ovo em outro prato e trouxe para a mesa, evitando olhar para mim.
Ele foi até o armário e pegou o pacote de torradas e outro de pão. Veio até a mesa e colocou em cima da mesa na minha frente. Me sentei então, frustrada por ele não ter respondido.
Luke pegou a pequena tigela de frutas e trouxe para a mesa, só então se sentou.
- Coma. - Ordenou, de repente frio.
Não falei nada, peguei uma torrada e passei manteiga na mesma, dando uma pequena mordida.
Ele colocou um pouco de suco em um copo e deslizou o mesmo na minha frente. Peguei o copo sem olhar para ele e tomei um gole, devorando o resto da torrada.
- Fui pego. - Olhei para ele, surpresa.
- Pego?
Ele colocou um pouco de ovo e bacon e colocou em um prato que tinha posto ali. Deu uma garfada e comeu a seco, só então levantando o olhar para o meu.
- Por russos. - Todo o meu corpo gelou, me lembrei no mesmo instante de uma vez que ela me alertava para ficar longe dos russos, sejam bons, ou maus.
Me apressei a tomar mais um gole do suco, olhando atentamente para ele.
- Russos, mafiosos? - Luke estreitou os olhos diante a minha pergunta.
- Sim. - Ele deixou os ovos com bacon de lado e pegou a jarra com suco, derramando um pouco em seu copo. - Como sabe deles?
Dei de ombros, tentando não deixar o nervosismo que me consumia aparecer.
- Todos aqui sabem sobre os russos. - Respondi, minha voz trêmula pelo nervosismo.
- Estava na Rússia e eles me confundiram com um dos italianos. - Ele sorriu sombriamente, me fazendo tremer. - Fiquei nas mãos deles por mais de seis horas, sendo espancado e açoitado. Eles queriam informações, mas apena mandei eles se foderem.
- Você é maluco? Eles poderiam ter te matado! - exclamei, perplexa em com sua atitude.
- Eles iriam me matar de qualquer jeito, anjo, ninguém é pego pelos russos e sai vivo, não depois de ver os seus rostos. - Ele deu de ombros. - De todo modo, saí de lá e eles não são mais uma ameaça para mim.
A forma como Luke falou aquilo fez um calafrio percorrer a minha coluna. Tinha algo sob aquilo tudo, Luke estava mentindo para mim, e eu estava mais que disposta a descobrir o que ele estava escondendo.
Tapei os ouvidos, tentando bloquear o barulho alto do toque do meu celular. Estendi o braço, procurando às cegas na mesinha de cabeceira, mas me encontrei caindo.
Gritei alto quando bati de lado no chão.
- Julia! - olhei para cima, para Luke que ria, piscando algumas vezes para adaptar a minha visão de acordo com a luz fraca do abajur.
- Você está rindo de mim? - Perguntei, estreitando os olhos para ele.
Olhei ao meu redor, estávamos na sala, havíamos dormido no sofá após uma longa seção de sexo. Luke se sentou completamente nu, o fino cobertor felpudo escorregando em seu colo, expondo aquele V definido e os ossos do quadril. Ignorei o meu corpo traidor, tirando o foco de onde não devia, e voltei a olhar para o seu rosto.
- Não fui eu que caiu do sofá. - Seu tom era zombeteiro, brincalhão, o que fez o meu peito apertar dolorosamente com aquela nova sensação.
- Era para você estar me confortando, perguntando se eu me machuquei, não rindo de mim. - Passei a mão pela minha lateral, fazendo uma careta quando toquei o lado direito do meu quadril.
- Você está bem, querida? - perguntei, seu olhar debochado escurecendo quando desceu sobre os meus seios nus e pelo meu corpo.
Ele estendeu a mão na direção do meu seio, mas dei um tapa em sua mão, me levantei com um resmungo e joguei os cabelos sobre os ombros, olhando-o de cima.
- Eu estou ótima. - O sorriso de Luke sumiu, seus olhos estreitando em minha forma. - Onde está o meu celular, tenho certeza que acordei com ele tocando.
- Ele está aqui. - disse com um ar autoritário, mostrando o celular, esse que estava em sua mão.
O celular começou a tocar novamente, mas Luke não me devolveu, em vez disso ele olhou o número na tela e sorriu para mim antes de atender e colocar no viva-voz.
- Julia? - a voz de Janete chegou até mim através do celular.
- Janete, querida. - respondeu com um tom arrastado, quase sexual, um leve ronronar.
Todo o meu corpo formigou, meus mamilos ficaram rígidos e meu núcleo apertou excitado. Como diabos ele conseguia ser tão sexy? O homem mais sexy que já vira, que já ousara tocar.
- L-Lu... Lu... Lu-lu... - Ri ao ouvir Janete gaguejar, a risada baixa e arrastada de Luke seguindo a minha. - Luke. - Conseguiu dizer por fim.
- Como foi a sua noite? - arregalei os olhos, indo até ele e tentando tirar o celular da sua mão, mas Luke circulou a minha cintura com o braço livre e me sentou em seu colo.
- Mi-minha noite?
- Não responda esse idiota. - falei alto, tentando novamente tomar o celular de sua mão. - Está tudo bem?
- Idiota? - Luke sussurrou em meu ouvido, sua mão desceu lentamente pela minha barriga e entre as minhas pernas, seus dedos deslizando entre as minhas dobras.
- Luke... - o murmúrio saiu baixo, meu corpo derretendo em calor liquido sobre os seus dedos.
- Está sim. - Paralisei ao ouvir Janete. - Eu liguei porquê estou voltando para o Brooklyn e pensei que talvez você fosse querer ir comigo até a estação do metrô.
- Claro! - exclamei, levantando do colo de Luke rapidamente. - Você está indo agora?
- Sim... - ouvi uma voz masculina ao fundo, e a reconheci imediatamente como a voz de Késsio.
- Não se apresse, aproveite um pouco enquanto eu me arrumo aqui.
- Nós. - Luke falou, ainda sentado no sofá.
- O quê?
- Nós nos arrumaremos, vou até lá com vocês.
Levantei uma sobrancelha inquisidora, essa que dizia, "Eu posso me cuidar sozinha", mas Luke não se importou com isso tampouco. Se levantou e passou por mim com o celular ainda na mão.
- Estamos indo Janete. - Ele encerrou a chamada, não esperando uma resposta de Janete.
- Você é um grosso. - Resmunguei, tomando o celular da sua mão quando ele estendeu o mesmo para mim.
- Sou? - sua pergunta carregava um tom malicioso, que me fez corar instantaneamente.
De repente eu estava muito ciente da minha nudez. Olhei ao redor a procura de alguma peça de roupa, mas a sala estava carente de qualquer tecido. A menos que eu utilizasse a cortina para me cobrir.
- Às vezes você age como um adolescente entrando na puberdade.
- Oh, mas eu estou longe de ser um. - Me virei e saí da sala o mais rápido que poderia, mas Luke me alcançou antes mesmo que eu chegasse na porta do quarto.
Ele me agarrou por trás, roçando a sua boca pelo meu maxilar e orelha.
- Eu vou te mostrar como um homem fode.
As ruas de Manhattan estavam movimentadas, os grandes arranha-céus em uma exibição orgulhosa. Olhar para cima, para esses grandes prédios que enviavam uma corrente elétrica pela minha espinha, um calafrio de medo.
A não menos de um ano atrás eu me encontrava no alto de um grande prédio, mais de vinte andares, a tristeza, o nojo tão predominante dentro de mim que se tornava angustiante. Naquele dia eu podia ouvir a voz de Walter na minha cabeça, seus xingamentos, suas palavras duras. Estava a menos de um segundo de pular quando me lembrei de Maggie, lembrei-me que ela tinha me vingado, tinha se infiltrado ainda mais no mundo do crime para me proteger daqueles que me caçariam em vingança pela morte de Walter Ashworth.
Então, alguns meses depois Luke apareceu. Foi estranho como o meu mundo pareceu virar de cabeça para baixo, as paredes feias e escuras foram caindo a cada minuto que eu passava na sua presença.
Não me sentia mais suja, não com ele. Luke tinha feito melhor por mim, tinha feito tudo melhor por mim. Só me importava ser boa para Luke, ser desejada por ele, em olhar em seus olhos e ver aquele carinho e ao mesmo tempo o desejo ardente brilhar em seus olhos.
A mão de Luke tocou a minha, dando um aperto leve. Olhei para ele que dirigia o carro com a mão livre, o breve olhar que ele me deu me disse tudo.
- Eu estou com você, querida.
- Eu sei. - Respondi com um sorriso. - Eu estou muito feliz, você me faz feliz.
Luke parou o carro em frente a um grande prédio de tijolos vermelhos e grandes janelas com vidros quadriculados de cores adversas, sabia que tinha aquele efeito apenas do lado de fora, do lado de dentro pareciam vidros normais, sem cor.
Essa parte de Manhattan era bem calma, mesmo que parte dos pequenos grupos de traficantes residissem aqui. Késsio não parecia se importar com isso.
- Nós vamos subir? - perguntei olhando para fora, sem saber se subia até o apartamento de Késsio, mesmo que não soubesse onde era.
- Não.
Olhei para ele.
- Por que não?
- Não vamos atrapalha-los. - Ele sorriu para mim, indicando o prédio.
Coloquei a cabeça para fora pela janela, ignorando os dois carros estacionados atrás do carro de Luke - seus seguranças, - e olhei para cima, corei no instante em que vi Janete pressionada contra a janela de vidros do quinto andar, aquela que dava de frente para a rua, seus seios nus amassados contra o vidro enquanto uma mão grande rodeava seu pescoço. Não conseguia ver sua expressão, nem precisava me perguntar quem era aquele homem que a levava brutalmente por trás, sabia que era Késsio.
Me sentei ereta no carro e olhei para Luke, envergonhada.
- Eles não têm nenhum pudor. - comentei, tentando quebrar o clima que tinha se instalado entre nós.
- Késsio pode ser bem persuasivo. - Ele não tirou seu foco de mim, vendo como eu reagia àquela situação.
- Estou vendo.
- Ele nunca antes trouxe uma mulher para seu apartamento. - Olhei para ele, ouvi a confusão em seu tom, a surpresa.
- Isso torna a minha amiga especial.
- De certa forma, sim.
Janete saiu do prédio carregando sua mala, me perguntei como ela tinha conseguido a mesma, já que a gente tinha deixado ela na minha casa antes de sairmos no dia interior.
Abri a porta do passageiro e fui encontrar com ela, que parecia um pouco desesperada para sair dali seu rosto vermelho como um pimentão, suas mãos que seguravam a mala tremendo.
Peguei a mala dela e passei um braço pelos seus ombros, não dizendo nada enquanto íamos até o carro. Um dos seguranças de Luke esperava com o porta-malas do carro aberto. Entreguei a mala para ele e abri a porta de trás para Janete, que entrou sem dizer uma única palavra.
Entrei logo depois dela e me inclinei para a frente.
- Vou com ela. - Luke concordou, sem dizer uma única palavra.
De esguelha, vi Késsio sair do prédio. Diferente da minha amiga, ele parecia muito calmo e recomposto. Olhei para Janete, que olhava para o homem enquanto ele ia até um dos carros atrás de nós e entrava.
Me virei para ela, peguei a sua mão entre as minhas e apertei.
- O que houve Janete? Por que você está assim?
Janete olhou para mim com um olhar abandonado, seus olhos brilhantes.
- Nada. - Ela fungou, desviando os olhos para nossas mãos unidas. - É que ele fode muito bem, sabe. É impossível não viciar.
- Deus, Janete. - Respondi com uma risada. - Amiga, você é adulta, pode vir quando quiser e vê-lo.
- Não, não vou fazer isso. Ele vai pensar que estou apaixonada por ele. - Ela fechou os olhos e expirou. - De certa forma, estou apaixonada pelo pau dele...
- Janete! - exclamei baixinho, olhando para Luke que dirigia o carro como se não tivesse ouvindo a nossa conversa.
- Eu tinha planejado ficar mais alguns dias, mas depois dessa noite não tem como continuar aqui. Eu sei que vou querer mais.
Janete esfregou o pescoço, soltando as minhas mãos e fixou o olhar no banco da frente.
- Você sabe que pode ficar o tempo que quiser, você é muito bem vinda aqui. - Toquei sua mão novamente, via a tensão em Janete, e não era apenas sobre Késsio. - O que foi Janete? Você sabe que pode contar comigo.
Ela engoliu em seco, parecendo envergonhada e perdida ao mesmo tempo.
- Condição financeira, amiga. O que eu recebo na boate não está cobrindo as despesas do mês e o aluguel. Estou à procura de um outro emprego, que tenha um salário melhor, mas não encontro. Estou com medo de ser despejada, não paguei o aluguel desse mês.
- Por que você não me contou isso antes? - minha voz saiu mais alta do que eu pretendia, o que fez Janete voltar seu olhar para mim. - De quanto você precisa?
- Não precisa Julia, de verdade. Eu estou atrás de um outro emprego.
- Quantos, Janete?
- 500. - Resmungou.
- O aluguel, certo? - ela concordou.
Abri a minha bolsa e peguei o talão de cheque, tinha muito dinheiro guardado e não o usava mesmo.
- Luke, você tem uma caneta para me emprestar?
- Sim. - Ele estendeu uma mão para o porta-luvas e abriu. Arregalei os olhos com a pistola que vi ali, mas não falei nada, apenas aceitei a caneta que ele me ofereceu.
Evitei o olhar de Janete enquanto escrevia a quantia e assinava o cheque para ela. Arranquei o pequeno papel e entreguei para ela.
- Julia! - Janete protestou quando olhou o valor. - Cinco mil dólares é muito, apenas os quinhentos está ótimo.
- Não. - Segurei sua mão livre, sorrindo para ela. - Não quero que você passe necessidade quando posso ajudá-la.
Ela negou várias vezes, mas soltou um suspiro quando viu que eu não mudaria de ideia.
- O Brooklyn fica aqui do lado, vai me visitar alguma hora. - Ela olhou para Luke, que dirigia pela entrada da estação. - Vocês dois.
Sorri para ela, dando-lhe um beijo na bochecha. Nos abraçamos por um longo tempo, até que ouvi o pigarrear de Luke.
Nos afastamos sorridentes.
- Fica bem, Janete. - Ela meneou a cabeça em concordância.
- Você também. - Tocamos nossos rostos e então saímos do carro.
Segurei a sua mão, ignorando os seguranças de Luke que saíram dos dois carros atrás de nós, incluindo Luke e Késsio.
- Ele está olhando para você. - comentei baixinho, dado uma olhada atrás de nós. Késsio matinha seu olhar fixo em Janete.
- Eu sinto-o... - Ela olhou para trás, nem sequer disfarçou. Eles trocaram um longo olhar, mas Janete quebrou o contato visual. - Sinto-o em cada passo que dou.
Bati em sua bunda, dando uma risada pelo seu olhar safado.
- Você não tem jeito.
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