•Capítulo Quinze•
— Podem continuar, não parem por minha causa.
Franzi o nariz, me afastando de Luke com delicadeza e fiquei mais a frente dele, que parecia muito interessado na pessoa que estava em nossa frente.
— Janete, esse é o Lu...
— O seu Luke, eu sei. — Ela se aproximou nós com um sorriso no rosto, me lançando um olhar insinuante quando jurei matá-la silenciosamente. — Sou a Janete, amiga da Julia.
Luke olhou para mim, uma sobrancelha levantada em dúvida.
— Luke. — Retrucou, então se aproximou mais das minhas costas e pressionou bem sua ereção no fim da minha coluna.
— Sabe, eu não me importo de terminar o filme sozinha se vocês preferirem subir.
— Ótimo. — Luke respondeu, já colocando sua mão no meu quadril.
— Claro que não, falei que ia ver o filme com você.
— Duh! Julia, você está se ouvindo? — perguntou Janete, perplexa.
— Luke vai passar a noite, pode ver o resto do filme conosco.
— Posso? — olhei para Luke carrancuda.
Janete gargalhou, então olhou para Luke.
— Não tente contraria-la.
Me afastei de Luke de novo e fui até Janete, passando o meu braço no dela.
Nós viramos e andamos juntas, Luke nos seguindo de perto.
— Por favor, me diga que ele tem amigos como ele.
— Janete! — exclamei, olhando sobre o ombro para ver se Luke tinha ouvido aquilo. Ele apenas me deu um sorriso de boca fechada, que me fez suspirar.
Luke acariciava os meus cabelos enquanto víamos a mais um filme junto com Janete, essa que não parava de chorar. Na verdade, eu não estava prestando atenção no filme, mas sim em Luke atrás de mim. Estávamos embaixo de um cobertor e eu estava entre as pernas dele, usando seu tronco forte como apoio.
Compartilhávamos uma taça de vinho, já tínhamos acabado com a metade da outra — ou melhor, eu acabei, — e já estávamos nos encaminhando para metade da próxima. O álcool estava começando a fazer o seu efeito em mim e o sono já começava a se fazer presente.
— Você quer ir para a cama? — fiquei toda empolgada com a pergunta de Luke em meu ouvido.
— Quero. — Franzi o cenho ao perceber que a minha voz parecia mais longe que o normal, e um pouco estranha.
— Estamos subindo, boa noite. — Ele disse para Janete.
— Boa noite para vocês. — Ela falou de volta, antes de voltar sua atenção para a televisão.
Luke se levantou e eu tombei para trás, rindo.
Ele se abaixou e segurou os meus braços, me levantando. Não percebi o quão tonta eu estava até o momento em que tive que me colocar de pé.
— Uou! — exclamei baixinho, olhando ao meu redor. — Está tudo girando.
E que estrelas eram aquelas? Tinha realmente estrelas dentro da minha casa.
— Venha, engraçadinha. — falou Luke antes de me pegar em seu colo e me levar escada acima.
Tudo passou ao meu redor como um borrão, senti que estava sendo abaixada e logo senti o colchão macio embaixo de mim.
— Auunn, venha aqui! — choraminguei quando Luke se afastou.
Ele riu e tirou a camisa social, então a calça e ficou só de cueca.
Ele veio até a cama e eu sorri para ele da forma mais sedutora que poderia, mas ele meneou a cabeça em negação e riu de mim.
— Por que você está rindo de mim? — perguntei, observando-o puxar o edredom e me cobrir com ele, então, se enfiar debaixo do mesmo.
— Você fica adorável bêbada, querida. — Franzi o cenho, mas me aproximei mais até estar de frente para ele.
— Mas eu não estou bêbada. — falei, coloquei a mão em sua bochecha e me inclinei até tocar os seus lábios com os meus.
— Está sim. — Retrucou, devolvendo o beijo. Quando ele enfiou a língua na minha boca eu aprofundei o beijo, tentando subir em cima dele, mas Luke parou o beijo e me afastou alguns centímetros. — Não.
Acariciei o seu maxilar, olhando dentro dos olhos azuis.
— Julia, eu disse não. — Ele tentou me afastar, mas aproveitei da situação e subi em cima dele. — Julia!
— Eu estou consciente. — Choraminguei, queria tanto senti-lo, o seu toque, o seu beijo,
Me abaixei em cima dele e tentei beijá-lo, mas ele desviou virando a cabeça para o lado.
— Por favor. — Pedi baixinho, rebolando em cima dele, mas Luke não fez nada.
Luke segurou os meus pulsos, que estavam em cada lado da sua cabeça e em um momento eu estava em cima dele, no outro eu estava de volta cama, arfando e surpresa.
Meus olhos encheram de lágrimas e eu virei para o outro lado, puxando o edredom até o queixo. Funguei, e poucos segundos depois Luke estava me abraçando por trás, enfiando seu nariz no meu pescoço e inspirando. Ignorei o meu corpo e também Luke, vergonhosa por estar chorando por isso.
— Eu falei para você não beber muito. — Sussurrou em meu ouvido, me fazendo estremecer.
— Mas eu estou ciente. — A minha voz estava embargada e eu me senti ridícula por isso.
— Não, você acha que está. Podemos transar e você acabar se arrependendo de ter feito algo que não queria amanhã. — Ele circulou a minha cintura com o braço e me pressionou contra ele. — Eu posso foder você a manhã toda amanhã, gatinha, só quero que esteja sóbria.
Acordei na manhã seguinte com uma bela ressaca. A minha cabeça latejava e a minha boca estava com um gosto horrível.
Demorei um pouco para abrir os olhos, sentia que se o fizesse iria ter a sensação de mil agulhas perfurando-os, e também queria aproveitar um pouco o calor de Luke nas minhas costas. Ele ressonava baixinho, muito tranquilamente em meu pescoço.
Depois de alguns minutos apenas sentindo-o eu resolvi me levantar e ir para o banho, estava precisando, todo o meu corpo doía. Não me lembrava muito do que tinha acontecido na noite passada, apenas de Luke e eu subindo para o quarto. Será que... Não, Luke jamais faria algo comigo bêbada, tinha certeza isso.
Olhei sobre o ombro para Luke que dormia tranquilamente, ou fingia, já tinha percebido nesse pouco tempo que passara com ele que Luke podia fingir melhor que qualquer pessoa.
Suspirei, não queria pensar em Luke naquele momento, queria tomar o meu banho e escovar os dentes, era disso que eu precisava. E um comprimido para essa ressaca também.
Me levantei devagar e cobri Luke, parando para observá-lo. Ele ficava muito bem na minha cama, deitado de lado com aqueles cabelos loiros bagunçados em meu travesseiro.
Mordi o lábio inferior e suspirei, deliciada com a visão.
— Banho, Julia. — Resmunguei para mim mesma e saí pisando duro para o banheiro em meu quarto.
Escovei os dentes e depois tirei as roupas, indo para o box. Durante o banho, Luke entrou no banheiro como se fosse o dono do lugar e pude ver pelo box embaçado enquanto ele escovava os dentes, com o que deduzi, era a minha escova, já que ele não tinha trazido uma. Abri o box um pouco, colocando apenas a cabeça para o lado de fora.
Luke tirava a cueca, e ele não parou quando viu que eu estava olhando, ele fez isso tranquilamente e esvaziou a bexiga no vaso sanitário, e eu segurei a risada com a visão. Luke deu descarga e veio até mim, abrindo o box do banheiro e me obrigando a afastar para que ele entrasse.
Prendi a respiração quando ele chegou mais perto e entrou debaixo do jato de água quente. Encostei na parede, olhando como ele era magnifico, lindo, perfeito, um homem feito para deixar as mulheres malucas.
Luke fechou os olhos e enfiou a cabeça debaixo da água, passando as mãos por eles. O movimento fez todos os músculos do abdômen definido distenderem, e apenas isso me fez sentir a excitação entre as minhas pernas. Desci o olhar pelo seu corpo, passando pelo quadril estreito e chegando naquele V tentador, então a sua ereção, erguida orgulhosamente.
Franzi o cenho, sentindo o meu ventre esquentar com a vontade de tocá-lo, de senti-lo.
Não pensei quando estendi a mão e toquei seu abdômen, sentindo aquela pele quente e molhada como estava. O abdômen dele contraiu e relaxou levemente, olhei para cima, vendo que ele ainda estava de olhos fechados, as mãos descansando na cabeça embaixo da água.
Puxei o ar com força e desci mais a mão, percorrendo seu ventre então o V perfeito. Não pensei muito quando circulei seu membro, o ar tinha fugido de mim enquanto eu apenas sentia, como era quente e latejava em minha palma, grosso, com uma textura aveludada e dura.
— Mexa. — Olhei para cima ao ouvir o pedido na voz de Luke e o encontrei me encarando.
— Luke. — Sussurrei, soltando-o de súbito.
No próximo segundo Luke estava me prensando contra a parede fria de azulejos, seu corpo grande prendendo o meu. Imagens indesejadas começaram a assaltar a minha mente, um corpo muito diferente e cruel prensava o meu contra uma parede suja de concreto, no corredor imundo do antigo prédio que eu morava no Brooklyn.
— Luke. — A minha voz saiu abafada, o terror começava a me dominar, a minha pele formigava e as solas dos meus pés formigavam.
A minha garganta fechou dolorosamente quando tentei bloquear o choro.
Não podia estar acontecendo com ele, não com ele.
A sensação de germes sob a minha pele me fez gritar, empurrei Luke com toda a minha força e ele recuou, parecendo interessado na minha reação a proximidade dele de tal forma.
Eu só queria protegê-lo de mim, estava suja, fora uma burra quando achei que estava curada disso, quando achei que estava limpa.
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