•Capítulo Dezesseis•
Luke
Julia se virou e agarrou a esponja de banho, esfregando-a agressivamente na pele delicada dos braços, então na barriga, no rosto, nas mãos. Ela parecia aterrorizada, traumatizada na verdade.
— Julia. — Chamei, me aproximando dela.
Toquei o seu braço e ela encolheu o corpo, se afastando o máximo possível de mim. Respirei fundo, sentindo o meu interior revirar com a ideia do que aconteceu com ela para tal desespero. E eu já tinha uma ideia do que era.
— Julia, querida, você está se machucando. — falei o mais calmo que eu conseguia.
Ela não me respondeu, continuou esfregando a pele com a esponja como uma louca. Não esperei que ela arrancasse a pele fora dos ossos bem ali na minha frente, agarrei Julia pela cintura, ignorando os seus gritos atormentados e levei ela para o quarto. Coloquei Julia em cima da cama e olhei ao meu redor, a procura de algo que pudesse colocar nela.
Voltei para o banheiro e peguei uma toalha que estava pendurada perto do box, ouvia o choro de Julia e aquilo estava acabando comigo. Tinha que haver algo que eu pudesse fazer para ajudá-la a superar aquilo.
Estava determinado a acalmá-la quando voltei para o quarto, mas o sangue em minhas veias acelerou quando vi Julia sentada no chão ao lado da cama segurando uma faca em sua mão.
— Porra! — exclamei, deixando a toalha de lado e corri até ela. De onde infernos tinha vindo aquela faca?
Me ajoelhei na frente dela, não me importando com o fato de estar nu, e tomei a faca de sua mão, ignorando seus protestos.
— Você pare, porra! — ordenei, usando o mesmo tom que usava com os meus soldados.
Julia olhou para mim, seus olhos verdes arregalados, então ela pareceu perceber o que estava fazendo. Ela piscou várias vezes, então franziu os lábios e olhou para baixo. Segui o seu olhar e vi os novos cortes, em meio aquele monte de cicatrizes irregulares em seu quadril.
Peguei a toalha do chão um pouco atrás de mim e pressionei nos cortes, agradecendo aos céus por eles serem rasos.
Enquanto olhava para o rosto de Julia, me lembrava daquela noite a mais de um mês atrás, quando olhara pela janela de sua cozinha e a vira encolhida em um canto, se cortando.
— Me desculpe. — A sua voz saiu baixa, triste. — Eu pensei que estava... Estava... — ela mordeu o lábio inferior que começou a tremer. — Eu achei que estava bem.
Olhei para Julia por mais alguns segundos. Estava claro o que acontecido com ela, já vira esse mesmo olhar nos olhos da pequena menina Elisa, e odiava por Julia ter passado por isso também.
— Isso tem a ver com Walter? — perguntei, me lembrando quando Julia murmurou esse nome enquanto dormia, e parecia igualmente aterrorizada.
— Como... Como você sabe sobre Walter? — ela me olhava horrorizada agora.
— Você falou o nome dele enquanto dormia. — Julia meneou a cabeça freneticamente e se levantou rapidamente, o que me fez levantar também. Joguei a toalha para ela, que pegou e enrolou em torno do corpo e eu fui em busca da minha calça que estava em algum lugar do quarto.
Assim que a encontrei, vesti-a sem cueca mesmo pois ainda passaria em casa para me trocar.
Se queria ter essa conversa com Julia, não seria nu.
— Walter... Não era para você saber sobre ele. — Ela passou as mãos pelos cabelos molhados que ainda pingavam. — Ele... Eu...
— Ele abusou de você. — Julia parou e me olhou, incrédula.
— Como você sabe?
— Eu não sou tolo, Julia. Quando você disse o nome dele na noite passada, parecia apavorada, e agora, juntando com a sua reação agora a pouco...
— Luke... — ela se aproximou de mim com hesitação. — Eu vou entender se você não quiser mais nada comigo, estou tão suja, estou destruída além do reparo.
— Não, querida. — Me aproximei dela e enlacei sua cintura com um braço. — Você não é suja, e definitivamente não está destruída.
Julia olhou em meus olhos por alguns segundos, então ela me surpreendeu quando agarrou a minha nuca e me beijou, sua língua mais ousada, quente e sedutora dançando com a minha em nossas bocas.
Tirei a toalha do seu corpo com um puxão e segurei suas coxas, levantando-a e fazendo-a circular a minha cintura com as pernas. Sua boceta estava quente, mas carecia de lubrificação. Eu mudaria isso rápido.
Levei ela para a cama, ouvindo os seus suspiros enquanto ela me beijava e eu retribuía, profunda a ardentemente.
Parei o beijo e a coloquei deitada na cama.
— Veja, — falei, olhando o seu corpo perfeito espalhado na cama, a boceta rosada que me chamava, sentindo o seu cheiro, que flutuava até mim. — Você é perfeita.
Abri a braguilha da minha calça e a tirei, observando enquanto Julia me olhava atentamente.
— Abra as pernas para mim, querida. — Pedi, saindo de minha calça e indo até ela.
Julia espalhou as pernas e eu lambi o lábio inferior, vendo como ela estava ficando excitada tão rapidamente. Tinha aquela fina trilha de pelos bem aparados, como uma seta, apontando para o seu clítoris. Não havia algo mais sexy do que aquela visão.
Puxei Julia mais para a beira da cama pelo tornozelo e subi em cima dela, não dei tempo para que ela pensasse em nada, beijei sua boca com fome voraz, devorando-a, louco de desejo por aquela mulher.
Julia agarrou os dois lados da minha cabeça e parou o beijo quando eu pressionei contra ela, esfregando o meu pau na boceta molhada.
Ela jogou a cabeça para trás e um gemido baixo e rouco saiu da sua boca, e isso fez o meu pau contrair de tesão, como ela era sexy.
Abaixei a cabeça e suguei um mamilo duro na minha boca, mordiscando e voltando a sugar. Julia gemeu novamente e eu não pude me segurar, segurei o meu pau e o guiei para a sua entrada melada.
— Luke. — Exclamou um pouco hesitante, segurei sua cintura com as duas mãos e a levei para o meio da cama enquanto deixava beijos pelo seu pescoço, então nos virei, sentando-a em cima de mim.
— Foda. — Murmurei, não esperando para entrar nela.
A boceta de Julia apertou o meu pau dolorosamente, me fazendo fechar os olhos de prazer. Aquilo era demais, a maneira que ela controlava sua boceta, apertando e soltando no momento certo.
Senti suas mãos nos meus ombros e logo depois a sua respiração nos meus lábios, abri os olhos e encontrei os verdes dela. Tive que beijá-la, ver o prazer em seu olhar era demais.
Circulei suas costas com um braço e segurei os cabelos da sua nuca com a mão livre, parando o beijo e a forcei para baixo e contra mim.
— Vou te foder agora. — Grunhi em seu ouvido, e ao ouvir o gemido suave em resposta comecei a entrar nela, impulsionando para cima cada vez mais forte, gemendo como um louco enquanto a boceta dela apertava o meu pau sabiamente.
Julia cravou as unhas em meus ombros, ofegante, sua barriga contra o meu abdômen contraindo com o orgasmo que eu sabia que estava próximo.
Acelerei os impulsos, grunhindo cada vez que saía e entrava nela, apertando-a cada vez mais contra mim.
— Luke! — Julia gemeu o meu nome e gozou ao redor do meu pau, apertando ao meu redor deliciosamente, de tal maneira que não consegui me segurar e gozei junto com ela, dentro dela.
— Querida. — falei depois de um segundo, ainda ofegante. — Esquecemos a camisinha.
Julia
— Pode parar aqui, por favor. — falei para o motorista de Luke.
Ele parou em frente a farmácia e eu saí, seguida por Janete, que se debruçou na janela da frente e falou algo com o homem.
— Janete! — exclamei, sabendo que, seja lá o que for que ela falou com ele, não prestava. O homem era lindo, de tirar o fôlego na verdade.
— Estou indo! — retrucou, se afastando da janela e vindo para mim. — Qual é o seu problema? Você já tem um homem gostoso só pra você, deixe-me arrumar um para mim!
— Tinha que ser logo o motorista? Ele tende a ser assustador, sabia?
— Mas é lindo de tirar o fôlego.
— Maluca. — Ela riu de mim, e fomos juntas para a farmácia.
Assim que entramos, fomos para o balcão e eu pedi a pílula do dia seguinte.
— Oh... — Janete começou, mas apenas olhei para ela, um olhar de aviso.
Ela se calou e ficou quieta enquanto eu pagava pela pílula.
Assim que saímos da farmácia e entramos no meio das pessoas que andavam na calçada, falei:
— O que foi, Janete?
— Ouvi gritos hoje mais cedo. — Ela olhou para mim, que corei no mesmo instante. — Eram gritos de doer os ouvidos, aterrorizados.
— Ah. — Olhei para a frente, paramos no passeio, esperando o sinal ficar vermelho para que pudéssemos atravessar a rua.
— Não vai me dizer o que era? — perguntou quando percebeu que eu não ia falar nada.
— Eu tive uma recaída. — falei, e nesse momento o sinal vermelho. Travessei a rua com Janete em meu encalço em meio ao amontoado de pessoas.
— Por causa do que aconteceu anos atrás?
— Sim
— E o que Luke disse sobre isso?
Olhei para Janete, franzindo o cenho pela sua curiosidade.
— Ele aceitou tudo isso. — Respondi, voltando a minha atenção para os nossos arredores.
— Uau.
Janete e eu fomos almoçar em um restaurante depois disso. Mais tarde, estávamos sentadas em um banco perto do parque local quando um carro preto de luxo desconhecido parou na nossa frente. Olhamos uma para a outra, prontas para correr. Mas então a janela do carro deslizou aberta e um Luke sério apareceu na janela de trás.
— Uma hora dessas na rua? — perguntou, parecia sério, mas eu via o brilho de diversão em seus olhos.
Olhei as horas em meu celular e meneei a cabeça.
— São sete horas ainda.
— Entrem, vou deixá-las em casa. — Olhei para Janete, e ela meneou a cabeça afirmativamente.
— Tudo bem.
Luke abriu a porta e saiu, indicando o interior do carro para mim e Janete. A todo momento, ele olhava a nossa volta, como se esperando ver alguém ou algo. Não prestei muita atenção aquilo, podia ser apenas coisa da minha cabeça. Afinal, não tinha motivo para Luke estar tão cauteloso.
Entrei no carro e Luke entrou ao meu lado. Não queria ficar entre ele e Janete, ter a minha amiga ao meu lado tagarelando e Luke do outro lado não era exatamente o que eu planejava.
O carro voltou ao trafego movimentado de Manhattan e todos ficaram em silêncio, mas isso não durou muito tempo, pois Janete logo perguntou a Caio.
— Então, Caio, você é apenas o motorista de Luke? — Olhei para o espelho frontal do carro, Caio não tirou os olhos da rua, e tampouco parecia interessado na pergunta de Janete.
Olhei para a minha amiga, que esperava ansiosa por uma resposta dele.
— Sim. — Sua resposta foi curta, pude ver a careta de Janete de esguelha e suspirei, afinal, sabia que essa seria uma tentativa frustrada, Caio não parecia nem de longe o tipo de homem que se relacionava.
Meu corpo ficou tenso quando senti a mão de Luke na minha coxa, agradeci aos céus por ter vestido uma calça jeans e não a saia que Janete me incitou a vestir mais cedo. Olhei para ele, pedindo silenciosamente para ele tirar a mão de mim. Não porque me sentia mal, mas sim pelo contrário.
Luke apenas sorriu para mim e voltou a atenção para a rua, observando através do vidro escuro do carro com interesse renovado. Entramos em uma avenida bastante movimentada, franzi o cenho, aquela era o centro de Manhattan, não sabia o que estávamos fazendo ali.
— Luke, a minha casa fica para o lado oposto. — falei, agarrando a sua mão com a minha.
— Preciso passar em uma de minhas boates antes de leva-la para casa. — Ele enlaçou seus dedos nos meus. — Não se preocupe, serei rápido.
Engoli em seco, mas não disse nada.
Passamos por vários edifícios iluminados por luzes neon e estabelecimentos comerciais. O passeio estava lotado de pessoas que andavam em todas aas direções, todas amontoadas umas nas outras.
O carro desacelerou aos poucos, até que parou em frente a um grande estabelecimento de paredes pintadas de preto, com várias mulheres paradas no passeio em frente a ele, todas com o mínimo de roupas e a maquiagem pesada.
— Luke. — Arfei, começando a ficar com medo.
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