Capítulo 08
Isabel ficou completamente vermelha, pois não estava acostumada àquilo.
— Sebastián! Eu...
Ele sentiu que ela estava nervosa demais e concordou com a cabeça.
— Muito bem. Eu vou tomar banho no outro quarto enquanto você se arruma, aqui. Pedirei que alguém te auxilie.
— Obrigada — Isabel agradeceu baixinho.
Ele beijou-lhe os lábios de maneira bruta, e a mordeu de leve, apenas para atiçar-lhe o desejo.
— Nos vemos em alguns minutos.
E assim ele se foi. Isabel sorriu, sentindo-se muito boba.
Não demorou para que alguém batesse à porta. Era uma moça de cabelos castanhos, com olhos cor de avelã. Ela olhou Isabel de cima a baixo e sorriu, mas Isabel sentiu que aquele sorriso não era sincero. Não, era de deboche.
— Senhorita Guillén! Eu sou Rocio. Sebastián pediu que eu a ajudasse.
"Sebastián", Isabel pensou... A mulher a chamou de "senhorita", mas se referiu a Sebastián como se eles fossem íntimos. "Pode ser que todos os empregados o tratem assim..." Isabel pensou, buscando se acalmar e não maldar os empregados, sem nem conhecê-los.
— Olá, Rocio! Eu sou Isabel! Entre, por favor! Ah, e não sou mais senhorita e nem Guillén, mas a Senhora Alarcón.
Rocio mantinha um sorriso cínico nos lábios. Ela entrou e olhou o quarto.
— Eu não esperava que a senhorita fosse ficar aqui.
Isabel franziu o cenho. Não só não gostou da moça voltar a chamá-la de "senhorita", como por não ter entendido o significado daquelas palavras.
— O que você quer dizer com isso, Rocio?
A moça deu de ombros e se virou para Isabel.
— É que este não é o quarto de Sebastián. Na verdade, fica bem longe do dele.
— Este não... — Isabel olhou em volta e, realmente, não havia nada ali. O quarto era composto de uma grande cama de casal, uma cômoda, um pequeno sofá e um guarda-roupas. Mas não havia um enfeite, um porta-retratos. Nada. Era mais como um quarto de hóspedes.
— Não — Rocio foi até a cômoda, que era o móvel mais próximo à Isabel e abriu as gavetas. — Vê? Não tem nada. Este aqui é um quarto de hóspedes. E nem fica no corredor da família.
Isabel sentiu um aperto no peito.
— Deve ser porque Sebastián quer que eu me sinta mais relaxada em um local só meu. Não estou acostumada a morar com outra pessoa, no mesmo quarto.
Isabel sorriu de leve, mas Rocio abriu um sorriso estranho.
— Sabe, Isabel... Vamos ser sinceras, sim?
— Claro. O que há para me dizer?
Rocio ficou mais próxima de Isabel.
— Você... — ela olhou Isabel de cima a baixo. — Não é muito o estilo do Sebastián. Ele gosta de mulheres mais ativas, sabe? Mais vividas.
Isabel cerrou os olhos, apertando os lábios, já perdendo a paciência.
— Como quem? Você? — Isabel sentiu que Rocio estava sendo maldosa com ela.
— Sim. Ele prefere mulheres como eu — Rocio encarou Isabel. — É claro, eu não tenho status para me tornar a Senhora Alarcón, e eu entendo. Não sou ambiciosa a esse ponto. Mas saber que Sebastián adora a minha companhia...
Isabel foi até a porta e a abriu.
— Rocio, obrigada pelo seu tempo, mas não preciso da sua ajuda. Por favor, deixe-me.
— Claro, senhora.
Rocio se foi, com um sorriso nos lábios. Isabel fechou a porta e sentiu as lágrimas enchendo seus olhos. Aquela mulher com certeza foi ali apenas para provocá-la!
"Falarei com Sebastián... Não acredito que ele permitirá que ela permaneça aqui!"
Isabel foi para o banho e tentou não chorar, ou acabaria com os olhos inchados e ela queria estar perfeita para o marido. Ela sorriu ao se lembrar que agora era uma mulher casada e com o homem dos sonhos.
Ela secou os cabelos, colocou a camisola que ela e a mãe escolheram juntas. A mãe garantiu que aquela era a roupa adequada. Camisola longa, de seda, na cor vinho. Realçaria a pele, os cabelos e os olhos de Isabel. A camisola não possuía transparências, mas sim um bonito decote, uma fenda nas pernas e marcava de leve as curvas do corpo da loira.
Quando Sebastián bateu a porta, ela fechou os olhos, respirou fundo e girou a maçaneta, abrindo caminho para o marido. Ele a olhou de cima a baixo e logo entrou no quarto. Assim que o barulho indicando que a tranca fora girada foi ouvido, ele a puxou para si.
— Eu não aguento mais. Você é lindíssima!
Ele a beijou com paixão e Isabel se deixou cair nos braços dele. Sebastián a levou para a cama e assim que as pernas dela bateram no colchão, ele a deitou, cuidadosamente.
— Sebastián, você sabe que e-eu nunca... — ela olhou para baixo, insegura. Ao saber da fama de mulherengo de Sebastián, afinal, ela mesma fuxicou na internet depois que Noelia compartilhou aquilo com ela, as palavras de Rocio voltaram à mente de Isabel.
— Eu sei, meu amor. Eu vou ser cuidadoso, prometo. Confie em mim. Você vai se lembrar com carinho da sua primeira vez.
Sebastián nunca havia se deitado com uma virgem. Mas ele seria carinhoso com Isabel. Ele podia não amá-la, e tinha sim planos ruins para ela, mas...
"A queda será ainda mais dolorosa", a voz maligna falou em sua mente. Não foi exatamente esse o motivo de ele querer dar a ela aquela noite de amor, mas já que também serviria aos planos dele...
Ele beijou-lhe o pescoço e ela fechou os olhos, sentindo um calor subir-lhe pelas faces e se espalhar pelo corpo inteiro.
— Sebastián...
Mais beijos e com cuidado, ele retirou-lhe a camisola e as carícias com a boca desceram pelo pescoço de Isabel.
Quando Sebastián a tocou na intimidade, Isabel foi às nuvens. Sebastián foi totalmente carinhoso, um cavalheiro. Isto é, até que não conseguisse mais se controlar, depois de já ter garantido que ela havia alcançado o clímax.
Deitados na cama, ela em cima de seu peito, Sebastián acariciava-lhe as costas e os cabelos.
— Eu te amo, Sebastián.
Ele sentiu uma pontada no peito, mas voltou a endurecer o coração. Sebastián sabia que era perigoso se deixar emocionar com Isabel. Sim, saber que ele foi o primeiro, lhe deu uma sensação de poder e a vontade de ser o único a possuir o corpo da mulher em seus braços. Mas ele não se deixaria sucumbir!
— E eu amo você, Bel.
Ele mentiu e beijou a testa dela. Isabel decidiu que conversaria a respeito do quarto e da criada atrevida pela manhã. Aquela noite era deles dois.
Eles conversaram coisas triviais e acabaram por adormecer, juntos.
Pela manhã, quando Isabel acordou, ela se viu sozinha na cama. Não havia qualquer sinal de Sebastián.
Ela fez sua higiene pessoal, sentindo suas partes íntimas um pouco doloridas, mas sorrindo, mesmo assim. Sebastián foi perfeito e ela se sentia tão diferente!
Ao sair do quarto, ela encontrou-se com uma senhora e resolveu abordá-la.
— Bom dia! Eu sou Isabel... — ela falou e a senhora se virou para olhá-la, sorrindo.
— Ah, Senhora. Bom dia. Eu sou Juanita.
— Prazer, Juanita! Poderia me dizer onde está o meu marido, por favor? O Sr. Alarcón.
A idosa olhou para baixo e franziu os lábios.
— Senhora, o Senhor Alarcón viajou bem cedinho.
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