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Capítulo 7 - Saturno

— O que é aquilo? - Iven perguntou ao meu lado – Deveríamos nos aproximar?

— Ainda não - respondi e logo me aproximei do telão, estávamos na rota de Arthorius quando vimos uma nave, ela estava se distanciando enquanto um corpo começava a vagar pelo espaço, no começo eu achei que fosse alguma espécie de traje vazio até que o que havia nele se debateu por um tempo e logo depois parou, seja lá quem estivesse ali havia morrido, ou desmaiado.

— Saturno... Poderíamos ir até lá e ver se a pessoa precisa de ajuda – Iven sempre foi o tipo de garota que se preocupa de mais com as outras pessoas, o problema é que esse ser que foi deixado ali poderia ser qualquer coisa.

— Não sei se é uma boa ideia, pode ser uma pessoa mal-intencionada e se for algum castigo para invasor? - falei tudo aceleradamente, odiava situações assim.

— E se for alguém inocente?

Ficamos nesse impasse por alguns minutos até que fui vencida, Iven foi até o compartimento vestir seu traje espacial enquanto eu fui para o painel de comando, porém quando estava prestes a deslocar a nave em direção ao corpo um sinal de alerta apareceu no painel emitindo um som enquanto a opção de camuflagem foi automaticamente acionada.

— Mas que merda? - falei comigo mesmo, uma nave pequena passou a cerca de dois quilômetros de onde estávamos indo em direção ao corpo, aumentei o zoom e tive uma visão mais ampla da nave que estava lá fora.

Era uma nave razoavelmente pequena, diria que tinha cerca de apenas três compartimentos, normalmente naves como aquela serviam para interceptação, tentei localizar o número de IP da nave, mas não obtive sucesso, seja de onde fosse aquilo ela não tinha tecnologia de Tecnotec, ou seja, provavelmente é de algum planeta pouco desenvolvido ou que não fizesse parte do corpo aliado.

— O que aconteceu? - Iven veio correndo e olhou para a cena lá fora.

— Parece que seja lá o quem fosse aquela pessoa, recebeu ajuda.

Naquele momento vimos uma pessoa sair de dentro da nave enquanto era segurado por um cabo, ela agarrou o corpo do outro que estava vagando no espaço e logo em seguida ambos foram puxados.

— Que bizarro – Iven falou observando enquanto a nave saia pouco tempo depois.

— Bom, o que me preocupa mais é o fato de que a nave em que essa pessoa estava está na rota de Arthorius, não sei exatamente como eles irão passaram pelo centurião de asteroides, mas... - minha fala morreu, eu já havia pegado aquele desvio uma vez e quase não sai viva de lá.

— De qualquer forma devemos seguir em frente, se o cara foi resgatado vamos seguir – Iven tomou seu lugar no piloto, colocamos em velocidade máxima, em menos de cinco horas estaríamos em Arthorios, precisava da ajuda de Álice o mais rápido possível.

Reprogramei nossa rota e logo em seguida peguei meu comunicador, respondi a algumas mensagens de Marcus e logo fui ver as notícias que rolavam, a maioria era sobre processos ambientais e planetas que estavam recebendo ajuda para o desenvolvimento de tecnologia, algumas era sobre invasões que aconteciam, passei por uma notícia de um grupo que teria fugido do planeta deles, Airon, eu não conhecia esse planeta mas torcia para que esse grupo estivesse bem, já havia ouvido falar de Airon, é um planeta que tem tecnologia boa, eles fazem parte do projeto Nêmesis, esse projeto existe para que haja interligação entre os planeta, como se fosse uma liga planetária que fazem acordos e garantem a paz entres os planetas participantes, mas a maioria desses planetas não tem ligação nenhuma com Tecnotec, o que me faz questionar o quanto avançados tecnologicamente eles são.

— Olha, aquela nave entrou em nosso radar – Iven me mostrou o ícone de uma nave, estavam a cerca de cinco quilômetros de distância – Se eles pretendem ir para Arthorius nesse ritmo, vão chegar lá com um atraso de duas a três horas após a gente, deveríamos enviar uma solicitação de ajuda? - ela me perguntou e voltei a olhar para o ícone.

— Envie uma mensagem criptografada, se obtivermos resposta iremos ajudar.

— Okay – ela começou a digitar os comandos e logo enviou, não demorou muito e uma imagem de incompatibilidade acendeu na tela – Que estranho, aparentemente a mensagem foi rejeitada.

— Ou ela não chegou até eles – Iven franziu o cenho.

— Não estamos tão longe deles para que a mensagem seja perdida.

— Mas se eles não tiverem tecnologia o suficiente eles não iram receber a mensagem criptografada. — Suspirei e olhei novamente aquele pequeno ícone piscando em nosso radar, estávamos praticamente em paralelo a eles, a diferença é que estávamos a cinco quilômetros de distância. - De qualquer forma vamos seguir para Arthorius, irei mencionar essa nave assim que encontrar Kendra.

Iven apenas assentiu e voltou a monitorar nossa rota, logo mais estaríamos em Arthorius então eu alertaria Kendra ou Álice, precisava falar com elas antes de seguir em direção ao planeta Zurik.

Pouco tempo depois pousamos em Arthorius, esse planeta quase nunca muda, atravessamos a barreira de proteção e pousamos em solo vermelho.

— Eu sempre me impressiono com o fato deles usarem a tecnologia para barrar determinados invasores – ela disse olhando para o mar, havia tecnologia presente nos dois quilômetros próximos a divisa da areia com a água do mar.

— Realmente, é algo bom para nós, mas infelizmente ruim para alguns – falei e logo começamos a andar em direção a sede onde Kendra ficava.

Passamos pelo centro, era sempre bom voltar aqui, de alguma forma eu sentia que ali era uma casa onde eu sempre podia voltar, mesmo com todas as coisas que Kendra insiste em falar que eu fiz.

Subimos até o prédio e logo encontramos Álice ela estava conversando com alguma pessoa, provavelmente aprovando algum tipo de projeto.

— Anos se passam e você não muda nada – falei assim que o cara saiu de perto dela.

— Hey! - ela exclamou sorrindo e logo me abraçou - Que bom te ver! JaJá faz o que? Quase um ano?

— Pra mim não pareceu tanto tempo, andei viajando muito.

— Imagino que sim – ela respondeu e logo após cumprimentou Iven – O que exatamente atrás aqui Reyna?

— Preciso da sua ajuda com um rastreamento e informações sobre minha mãe, talvez Kendra possa me ajudar com isso.

— Bom, eu espero que você consiga ajudar dela, infelizmente eu naonão posso ajudar muito - Álice respondeu e um sentimento de pesar caiu sobre mim, andamos em silencio em direção a sala de Kendra.

— Será que algum dia ela vai me perdoar por... seja lá o que eu fiz? - perguntei pouco antes de chegarmos à porta central.

— Eu espero que sim - Álice respondeu e logo entramos na sala – Kendra temos visitas.

Era sempre estranho quando estávamos no mesmo ambiente, como se algo ali faltasse, mas eu não sabia e nem tinha a resposta para o que exatamente.

— Bem-vindas, vocês jajá são de casa então dispenso apresentações, o que querem? - ela disse assim que nos viu.

— Por que você acha que precisamos de alguma coisa? - Iven respondeu, ela não gostava de Kendra.

— Você só me procura quando precisa de ajuda – Kendra respondeu direcionada a mim – Mas se isso é uma visita social então lamento dizer meninas, mas tenho coisas para fazer – ela se levantou de onde estava indo em direção a estante próximo a grande janela que havia ali.

Houve uma troca de olhares silenciosa entre mim e Álice, ela sabia que havia conflitos entre nós então logo passou por mim puxando Iven para fora, me aproximei de onde Kendra se encontrava.

— Preciso de algumas informações, é por isso que estou aqui – falei e logo ouvi um suspiro.

— É claro que está aqui só por isso – ela se virou com um meio sorriso estampado – Afinal porque mais viria.

— Olha eu não vim aqui pra brigar nem nada do tipo, eu preciso de qualquer informação que ajude a encontrar minha mãe, qualquer coisa, principalmente sobre o projeto.

— Não sei muito sobre o que elas estavam fazendo, o que sei é o que todos sabem – ela respondeu de forma mais suave e logo nós duas estávamos sentadas frente a frente.

— Deve ter alguma coisa, encontrei um sinal de IP semelhante a que elas usavam recentemente, veio de Zurik, irei até lá assim que sairmos daqui – respondi, Kendra podia ser dura as vezes, mas assuntos de família sempre mexiam com ela.

— Olha, eu estive presente com meus pais durante algumas reuniões, mas na maioria eu não prestava tanto atenção, uma das coisas na qual me lembro é que tanto sua mãe quanto Regina estavam tentando criar laços entre as crianças e as pessoas externas.

— Criar laços? Como assim? O projeto delas era basicamente pegar pessoas que estavam expostas a morte de alguma forma e fazer com que essas pessoas sobrevivessem, principalmente jovens, o que criar laços tem a ver com isso? - respondi rapidamente.

— Tem razão, esta era a ideia central do projeto, mas meus pais disseram que elas tentaram realizar esse procedimento em bebês.

— Bebês estes que estavam fadados a morte prematura.

— Também, mas ouvi uma conversa uma vez, dois dos bebês que elas tentaram reanimar foram expostos a uma outra situação, o objetivo era "criar" pessoas mais racionais para evitar conflito, isso seria feito com a implantação de um chip conectado em algum ponto da cabeça que teria acesso direto a parte do cérebro que é responsável pela parte lógica, creio que seja o direito, mas ao mesmo tempo se isso saísse de controle esses bebes teriam seu lado direito ativado através de uma memória de uma pessoa específica, essas pessoas foram apelidadas de conectores, basicamente a pessoa poderia ter influência sobre esses bebes e as pessoas que eles iriam se tornar quando adultos.

— Então você está me dizendo que minha mãe e Regina tentaram criar pessoas que são controladas por um chip, mas que ao mesmo tempo é codependente de uma outra pessoa?

— Esses bebês que vingaram foram chamados de Androides, e sim, é exatamente isso o que estou dizendo.

— Isso não faz sentido, é horrível! Colocar alguém à mercê de um Androide.

— Mas o lado bom é que salvaria vidas se desse certo e os Androides não seriam manipulados, apenas seriam influenciados, pense que em um cenário onde você é o Androide e supomos que você poderia atacar alguém e seu Conector estivesse próximo e dissesse para você não atacar a pessoa em questão, você hesitaria, mas isso não quer dizer que não faria o que quisesse.

— Como sabe tanto sobre isso? - perguntei, afinal isso não parece algo que elas iriam compartilhar com qualquer pessoa.

— Porque eu me voluntariei pra ser Conectora de uma pessoa – ela respondeu enquanto se reclinava na cadeira.

— Pouco antes da morte dos meus pais sua mãe veio até nós.

— O que? - respondi quase que imediatamente, se minhas contas estivessem certas os pais de Kendra morreram ao que seriam equivalentes a dois anos após elas "sumirem".

— Pois é, foi uma surpresa – ela respondeu me olhando – fato é que Clara veio até mim pedir ajuda, ela precisava de alguém para ser conector de um dos experimentos e eu me voluntariei, na época estava com quatorze anos, mesma idade que você, eu fui levada até um planeta sem muita tecnologia, não tive contato com muitas pessoas somente Clara, as vezes Regina aparecia e um tal de Connor, minha função era basicamente ficar com o Androide, eu precisava criar laços, era uma garota, eu nunca soube o nome dela, nós ficávamos jogando jogos, conversando, eu ensinava pra ela coisas sobre outros planetas e curiosidades..

— Como se você fosse amiga dela ou algo assim?

— Exatamente, éramos separadas por um vidro, eu a via, mas ela nunca me viu, na verdade parte do rosto dela estava coberto por uma máscara, na época ela estava doente.

— E o que aconteceu depois? - perguntei.

— Eu vim embora, sua mãe disse para aguardar que ela entraria em contato, mas claro, ela nunca o fez desde então e posteriormente eu deixei de saber sobre o Androide.

— Só isso? Quer dizer, você ia lá e conversava? Como isso pode fazer com que alguém crie laços? Conversamos com pessoas a maior parte do tempo.

— Olha eu não sei ok? Algumas vezes nós ficávamos ligadas por cabos, como se estivéssemos fazendo uma transfusão de sangue a moda antiga, em uma das vezes eu acabei sentindo uma dor de cabeça forte demais e pelo jeito a garota também.

— Como se os seus sentimentos estivessem ligados ao dela? E você jajá tentou sentir o que ela sente?

— Não seja idiota Saturno, eu não sinto nada.

— Se está afirmando isso é porque tentou – falei e ela suspirou – De qualquer forma agradeço pelas informações.

Falei e me levantei, ela permaneceu sentada olhando para algum ponto atras de mim.

— JaJá tentou falar com os Gêmeos? - Kendra disse antes que eu pudesse sair.

— Não, estarei indo para Tecnotec no evento que terá, por que eu deveria falar com eles?

— Pergunte a eles sobre o terceiro cientista, quando tudo começou, o projeto, era composto por três pessoas, Clara, Regina e mais um cara, Heren ou Henry? Algo assim, mas Regina acabou cortando o cara do projeto, ele queria criar máquinas humanas, sem sentimentos, totalmente manipuláveis.

— Você me disse que o experimento foi realizado com dois bebês, você por acaso saberia quem são os pais deles?

— Não - ela disse desviando o olhar – Na verdade há boatos dizendo que os bebês eram os próprios filhos.

— O que? Eu não...- aquilo era o maior absurdo que eu ouvia - Acho que eu saberia se eu fosse um Androide! E saberia se eu tivesse uma irmã - falei me exaltando.

— Acho que saberia sim – ela me encarou e por um breve momento vi pena em seus olhos.

— Muito obrigada pela ajuda, de verdade! - respondi e sai de vez daquela sala, era muita coisa para assimilar e pouco tempo para agir.

Desci para o Hall de baixo e encontrei Iven com Álice, conversamos por um tempo enquanto comíamos e logo estávamos indo em direção a nossa nave.

— Antes que eu me esqueça, nós vimos uma nave na rota do planeta, se a intenção deles for entrar em Arthorios eles devem estar próximos de chegarem – falei para Álice.

— Ficarei de olho! Obrigada por avisar, deveria vir mais vezes – ela disse e logo me abraçou, Álice era a única que ficou ao meu lado quando Kendra se virou contra mim.

— Tentarei vir, pode deixar! - falei entrando na nave.

Iven já estava em seu lugar de posição, dei o comando e poucos segundos depois estávamos subindo, a visão de Arthorius era sensacional, ele seria um planeta no qual eu viveria quando envelhecesse, eu só espero que até lá Kendra volte ao normal comigo.

— Descobriu o que queria? - Iven perguntou após algum tempo.

— Eu não sei exatamente o que queria descobrir, mas claramente encontrei mais respostas do que queria, infelizmente nem todas foram agradáveis.

— Não duvido, vindo daquela garota.

— Não fale assim dela, ela é uma boa pessoa, mesmo que não pareça ela se importa.

— Bom, infelizmente essa parte eu não conheço, afinal, o que aconteceu entre vocês?

— Kendra diz que eu abandonei ela e os pais, mas eu não me lembro disso, a unica coisa que lembro é de sair do planeta, minha mãe veio me buscar, ela estava com Regina e havia mais alguém com a gente, eu só lembro de me despedir da minha mãe e acordar um tempo depois.

— Então ela te odeia por que você saiu do planeta com a sua família?

— Não exatamente, quando eu saí do planeta ele estava sendo ameaçado de ataque, eu deveria ficar com a Kendra e os pais dela, ajudar nos planos, mas eu sumi e os pais dela morreram – suspirei, eu sabia que tinha certa culpa, mas não é como se eu pudesse ir contra as vontades da minha mãe - Fato é que quando acordei eu pensava que tinha dormido por algumas horas, mas já haviam se passado quase um ano e meio.

— Que? Que tipo de sono é esse? - ela me olhou indignada.

— Fui descobrir tempos depois que fiquei em um uma espécie de coma induzido, criogenia ou algo assim, foi nisso que me colocaram, quando acordei eu estava no planeta das fadas, me recuperei e voltei a ficar em forma, fui atras de Kendra e quando cheguei em Arthorius ela já não queria nem me ver, eu tentei explicar, mas ela não me ouvia ou não acreditava no que eu dizia.

— Confesso que até eu ficaria com dúvidas – respondeu olhando para a grande imensidão que havia ao lado de fora – Porque exatamente estamos indo a Zurik?

— Marcus disse que houve um burburinho, algo sobre Clara ter aparecido, primeiro ela foi vista em Atlântida e logo após em Zurik, preciso confirmar se é mesmo verdade!

— Tudo bem, sabe que pode sempre contar comigo.

Agradeci por isso e logo fui até minha poltrona, o caminho seria um pouco longo e sem muito o que fazer, eu precisava encontrar minha mãe, precisava encontrar respostas o mais rápido possível. 

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