Capítulo 17: Mudanças
Desprende o telefone das mãos umedecidas do suor, seria mais difícil do que imaginava.
_ Era ele!_ Pensou admirado e depois pega uma foto guardada ao bolso da calça. Olha com saudade aquele garotinho sorrindo na imagem.
_ Como eu quero te ver logo meu filho. Te pedir perdão por tudo.
Suas lágrimas deram de encontro a fotografia uma única lembrança que ele tinha de Rick. Nunca conseguira construir a figura do filho agora um homem crescido e irresponsável.
Várias vezes se perguntou em saber o que ele se tornou. Se estudou para ser alguém na vida, se fez faculdade ou trabalha para ajudar sua mãe a arcar com as despesas da casa. Perguntas sem respostas cruzavam a todo instante seus pensamentos._ Quanto a ela?_ Deve estar feliz longe de um monstro que a esmurrava com a perversidade junto do desrespeito, do meu machismo, da violência.
_ Ao certo ficou mais atraente e mais forte na vida._ Que saudades daqueles olhos dos quais me obrigavam a se apaixonar por todos os dias_
Pensamentos vinham à tona enquanto se revirava na cama onde seu corpo mal cabia. O ombro cobria todo a cabeceira, os pés ultrapassam o colchão.
Deitou de lado com as pernas flexionadas depois de sentir-se desconfortável. A saudade queima como uma brasa seu coração.
Recorda de tudo ao sonhar acordado. Dos beijos roubados que Rita retribuía desejando mais, o calor do seu corpo comunicando com o seu, atrevimento das mãos invadindo cada canto florescendo sentidos inesquecíveis de puro tesão. Ligou o ventilador de teto, pois o calor do quarto do hotel era de matar.
O ruído alto arranhado e o pouco vento que circulava não o atrapalhava de modo algum a recordar dos bons tempos. Pôs os braços atrás da cabeça e relaxa.
Suspirou e adormeceu mesmo ecstasiado da felicidade proveniente da liberdade em estar próximo da jornada de refazer seus caminhos com tijolos da sabedoria.
Longe do hotel
_Preciso fala cum tigo!_ O vibrador do celular de Rick alerta uma nova mensagem, cansado de permanecer deitado ao sofá verificou quem poderia ser. identifica de quebra Maicon, de acordo com a agressão ao vocabulário. Suas pernas doíam. Trocou de posição do estofado pequeno e duro como uma pedra.
Hesitou tocar seus dedos à tela para digitar uma resposta.
_Ondi tu tá?_Mais uma vez outra mensagem é anunciada. RICK tinha conhecimento da sua insistência. Maicon manda mensagens de texto a cada cinco segundos.
_Venha aki em kasa_o volume do vibracall aumenta seguido de uma música de heavy metal que servia como toque de chamada.
_ O que você quer?_ Perguntou sem sutileza nas palavras.
_ achei uma pasta contendo dinheiro, vamos gastar com bebidas_ Responde Maicon de um jeito alegre.
_ Me deixa em paz tá legal!
_ Agora é sério Rick preciso conversar contigo_ Pausou... Rick ouve uma discussão entre ele e sua avó, dona Mirtes. O som ressoava alto em seus ouvidos.
_ Foi mal!_ Essa velha não cala essa boca._ Me escuta, ainda sou teu parceiro, sei que tá bolado com o que houve.
Ele expulsou o ar com força na medida em que seu amigo termina.
_ Tu foi longe demais Maicon_ Tenho que desligar, e não me perturbe outra vez!_ Encerra a ligação sem permiti-lo dizer algo.
_ Idiota!_ Resmungou disfarçadamente ao notar Rita chegando carregada de sacolas grandes. Ele nada disse tentou entender aquela situação, talvez a mais inesperada do dia. Pudera, já tinha muito tempo que não a via fazendo compras.
_ Oi!.. o que está assistindo?_ Pergunta abaixando-se para guardar as compras.
_ Nada._ Respondeu desanimado encarando- a.
Ela parecia tão bem, tão feliz que por um instante achou estar no passado, examinou a alegria estampada em seu semblante, o cantarolado com os lábios semicerrados. Rita estava mais viva até a cor da pele, antes pálida ascendeu clareou como as luz dos seus olhos, dos seus cabelos.
_ Eu fico bem quando te vejo alegre!_ Argumenta quebrando o silêncio. Ela permanece calada, apenas esboçou um sorriso de canto.
_ Essa alegria tem nome?_ Rick podia deixar as coisas fluirem. Mas um desejo interior exige que esclareça sua indignação em saber da volta do pai.
_ Eu só quero estar melhor._ disse baixinho na hora que lava os alfaces espalhados sob a pia.
_ Eu li a carta_ Insistiu no assunto.
Rita murmura largando a faca de sua mão.
_ Que carta?_ Disfarçou ao ligar forte a torneira.
_ A carta escrita por ele. Eu achei aí pendurada na geladeira.
Ela arfou, antes de se explicar secou os dedos num pano de prato colorido bordado em seu nome.
_ Queria te falar na noite anterior, mas não me faltou coragem, afinal você ainda o odeia.
_ Nunca comente nada a respeito dele.
_ Já deu tempo dessa raiva passar, Rick!
_ Nada vai mudar o que eu sinto por aquele crápula._ E tem mais!_ Se ele voltar a morar aqui, quem sai sou eu.
Caminhou com rapidez pelo quarto.
Ela toma o isqueiro do fogão ascendendo um cigarro, precisava fumar para segundo ela, se acalmar
Continua. Votem e comentem pessoal.
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