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Visita inesperada

•Eva•


Em uma semana nada de relativamente interessante aconteceu por aqui e apesar disso não foi de todo ruim. Me ver longe de casa conseguiu me distrair por uns instantes do dia, mas volta e meia eu acabava me lembrando da minha mãe.

Agora eu carregava no peito o cordão que meu pai deu pra ela quando eles se casaram, era um cordão feito de prata, em formato de coração, com a letra A desenhada. A inicial do nome dela. Dentro havia uma foto do dia do casamento deles, ela sempre estava com esse cordão, mas por algum motivo ela não estava com ele quando viajou. Então agora eu o uso para me sentir perto dela. Me conforta sempre que parece que vou entrar em pânico.

Aqui não tinha ninguém com quem eu pudesse conversar sobre, não que eu pensasse em fazer isso, mas acho que a vida da Carolina é pouco movimentada. Sem o marido dela aqui, a única que vive por aqui é a irmã dele, Amália. Uma pessoa que com toda certeza não dá pra iniciar uma conversa civilizada.

Estava do lado de fora da casa, observando como o dia estava lindo e seria ótimo dar um passeio. Comecei a observar o carro que usavam e pensei em usá-lo para sair e respirar um pouco e por quê não? Eu já havia tido algumas aulas de direção e levava jeito pra coisa, não seria má idéia me distrair um pouco.

— Precisa que eu te leve a algum lugar, senhora? — Ramon, o motorista perguntou gentilmente.

— Não, obrigada — Sorri — Só preciso das chaves, não vou demorar — Ele me encarou desconfiado — E outra coisa, não precisa me chamar de senhora, apenas de E.. Carolina, está ótimo — Estendi as mãos para pegar a chave.

— Tem certeza? A senhora... Digo, você não costuma dirigir.

Como a Carolina é fresca....

— Não, desde o acidente — Uma voz feminina soou atrás de mim. Me fazendo dar um leve pulo pra trás.

Acidente?

— Não vai dar um abraço na sua cunhada favorita? — Ela tirou os óculos e esticou os braços, com um sorriso de orelha a orelha no rosto.

Eu tentava me lembrar quem ela era, tenho certeza de que a Carolina não me falou que tinha uma cunhada favorita, o que me deixa na saia justa. Mas não havia outra coisa a fazer, se não abraça - lá. Então foi o que fiz.

Ela tinha um cheiro doce, mas não enjoativo. Um cheiro gostoso. E o abraço dela era aconchegante, macio, encaixava perfeitamente....me fez lembrar da minha mãe. Então apertei mais o abraço.

— Isso tudo é emoção em me ver? — Ela riu, secando uma lágrima solitária que havia caído sem que eu nem percebesse.

Seus olhos eram um verde brilhante e desconfiados. E de repente uma estranha sensação de que ela sabia se apossou de mim.

— Eu sei que faz tempo que não ponho os pés aqui e as coisas podem ficar feias, mas espero que você não me deixe sozinha. — Apenas sorri

— Já fiz isso antes? — Tentei soar o mais confiante possível.

Porquê raios a Carolina não me falou dela? Elas parecem tão próximas... Tenho certeza de que ela sabe e se não sabe, desconfia.

— Sobre enfrentar os problemas não...

— Eu ajudo você — Peguei uma das malas, antes que ela comentasse mais alguma coisa que eu obviamente não saberia como responder.

Ela veio logo atrás, entramos e ela começou a observar a casa, assim como eu fiz quando entrei aqui pela primeira vez. Era tudo tão grande, um exagero eu acho, já que poucas pessoas moram aqui.

— Continua tudo igual — Disse observando ao redor — Eu ouvi mal ou você queria sair de carro? Por acaso você superou o trauma? — Ela se aproximou e foi inevitável encarar aqueles olhos de novo, hipnotizantes.

— Não.... Eu.... O que acha de levarmos suas coisas? — Tentei fugir do assunto

— Não prefere chamar alguém pra fazer isso? — Ela me encarou desconfiada.

E eu achando que ia ser fácil me passar pela Carolina, mas parece que essa... Eu nem sei o nome dela! Ótimo. Seja quem for, elas se conhecem bem.

— Se você preferir — Dei de ombros.

— Se você não se importar — Deu de ombros também

— Ótimo — Peguei uma das malas

— Ótimo — Disse ela repetindo o gesto.

Subimos todos os degraus que pareciam não ter fim, e andamos até o fim do corredor onde era o quarto dela para deixarmos as malas.

— E o Alex? Está bem? — Ela se sentou na cama — Vocês estão bem? — Puxei uma cadeira e me sentei de frente pra ela. Ao menos sobre essas coisas eu sabia o que responder.

— Ele está bem e de viagem, deve voltar a essa semana.

— Claro, ele não perderia o aniversário dele. — Disse despreocupada.

Aniversário?!

— Você já deve ter planejado tudo, não é? — Forcei um sorriso.

Agora eu vou mesmo ter problemas.

— Estou morrendo de saudades dele, faz anos que não nos vemos, desde... A morte dos nossos pais, você sabe — Assenti, sem nem fazer idéia — Não sei se ele vai gostar de me ver.

— Eu duvido muito — Me sentei ao seu lado — Mas, se ele não gostar, eu gostei de co... Ver você — Sorri

— Ótimo. Ao menos isso não mudou.


*



— Atende esse telefone, Carolina! — Era a quinta vez que eu resmungava a mesma coisa, enquanto andava de um lado para o outro no quarto — Temos que nos encontrar — Disse quando ela finalmente atendeu.

— O quê? Eva, não podemos ficar nos encontrando assim e eu tenho um problemão pra resolver o que quer que seja pode esperar — Dava pra ouvir seus passos andando de um lado para o outro também.

— Com certeza não pode esperar. E o que você aprontou?! — Sentei na cama

— Me diz você primeiro.

— Que tal você me contar sobre a sua cunhada favorita — Disse baixinho — Você podia ter me avisado!

— A Amanda está aí? — Soou surpresa — Mas faz anos que ela não vem pra casa.

— Então imagina a minha surpresa quando eu a vi e ela falando sobre assuntos que eu não fazia idéia do que responder? Você não vai gostar de ouvir, mas acho que ela sabe.

— Ela com certeza sabe — Disse tranquilamente

— O quê? Como sabe? E por que você está tão tranquila?

— Eva, existem pessoas que conhecem a gente até a alma e sei que você sabe disso.

Nesse momento me lembrei do Rodrigo. Eu nem ao menos me despedi dele, sabia que ele não me deixaria vir.

— E você pode confiar na Amanda — Suspirei

— Tem certeza? E se ela não acreditar em mim?

— Não precisa contar pra ela. Se ela revelar que sabe, apenas fale sobre os Lençóis Maranhenses e ela vai saber que está aí por escolha minha.

— O que tem os Lençóis Marenheces? — Perguntei curiosa

— Isso é uma longa história e uma que eu prometo te contar, mas não por telefone, você não entenderia. Agora eu preciso ir Eva, te vejo depois?

— Tudo bem. — Me dei por vencida. — Só me diz, como....

— Ele está bem. Bem, mal-humorado como sempre e não vendo a hora de se livrar de mim — Ri

— Ele está aí não é? — Ela apenas murmurou.

Eu sabia que ela estava perguntando se eu queria falar com ele quando não encerrou a ligação, ficando apenas esperando que eu dissesse algo.

— Está bem. Te vejo depois e quero saber que problema é esse que você se meteu — Avisei

— Prometo te contar tudo, mas eu preciso ir agora e Eva... Se cuida. — Fui pega de surpresa por isso, mas senti meu coração aquecer pela preocupação que ela estava sentindo por mim.

— Você também. — E encerramos a ligação.

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