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Viagem

•Eva•



— Então você gosta de andar de bicicleta?

— E... De tomar sorvete — Levei o dedo ao sorvete e logo na ponta do seu nariz.

Alex riu feito criança e antes que ele pudesse me alcançar, corri como se minha vida dependesse disso.

Parei sem me importar o que aconteceria quando senti que precisava de ar e uma pontada forte na barriga, eu não era mais a mesma criança atleta de anos atrás. Me joguei em um banco vazio e olhei para o lado a procura dele e se não fosse pela falta de ar eu teria rido horrores, quando vi ele com as mãos no joelho e a língua quase pra fora, como um cachorro quando põe a cara pra fora da janela do carro.

— Eu... Não conhecia...esse... Seu lado — Ele se sentou ao meu lado, ofegante.

— Tem muitas coisas em mim que você não conhece — Pisquei quando o ar voltou a circular corretamente pelo meu corpo.

Esses últimos dias tinham sido um verdadeiro sonho. E eu tinha medo de quando eu tivesse que acordar e tudo isso acabasse.

— O que aconteceu com seu sorvete? — Perguntei quando não o vi com ele.

Ele olhou confuso para as próprias mãos e voltando o olhar para onde ele havia parado, vimos o que restou do sorvete no chão. Eu ri e ele seguiu. Era uma coisa que ele vinha fazendo muito ultimamente. Rir.

Ele tinha um belo sorriso.

— Sabe o que deveríamos fazer hoje a noite?

— Hum — Resmunguei com interesse, mas antes que ele pudesse começar a falar meu celular tocou.

Eu não pretendia atender, mas sem me dar conta já tinha atendido o celular no automático.

— Oi! — Escutei do outro lado da linha. Um oi contente.

Franzi as sobrancelhas ao ouvir e ao perceber de quem vinha a voz.

— Eu preciso atender, é importante. — Falei quando o Alex pediu que eu desligasse e me afastei dele para falar — Carol? — Eu sabia que era ela, mas queria ter certeza.

— Oi irmãzinha! O que tem feito? 

O que fizeram com você? - pensei

— Eu...

— Na verdade eu tenho uma coisa importante pra falar com você. Uma que na verdade acaba um pouco com o meu bom humor.

— Ah, então essa é você de bom humor? — Não resisti.

Mesmo que não pudesse ver, sabia que ela tinha revirado os olhos.

— Engraçadinha. Voltando ao assunto, você precisa vir pra cá.

— Onde?

— Como onde, Eva? Não seja tonta. Segundo a Teresa ela só vai contar o que queremos saber para as duas. Ela está se fazendo de difícil depois que eu disse umas verdades pra ela.

— Você não brigou com ela, não é?

— Não quer mesmo que eu responda, né? Enfim. Você vem e o mais rápido possível, eu preciso....

Enquanto ela falava eu só conseguia pensar nas coisas que eu teria que deixar para trás. Nas coisas que haviam me prendido nos últimos dias e que eu sabia que ao deixar me machucaria. O Alex estava com um bico e remexia os pés, era o que ela fazia quando estava impaciente. Ele apertava os olhos quando pensava e dizia incoerências quando estava com sono, mas resistia em ceder. Eram coisas que eu vinha percebendo, sem nem me dar conta.

Não era como se fosse uma surpresa. Eu sabia que não era a minha vida e que acabaria uma hora ou outra, mas agora eu não queria aquilo. Que acabasse.

— ... Dois dias, tudo bem? — Voltei a ouvir a voz da Carol.

— Tudo bem. — Disse

— Está tudo bem, Eva? Eu não estou vendo você, mas tem uma coisa estranha que me avisa quando você não está bem. Você quer me contar alguma coisa?

Sorri fraco. Era realmente uma coisa estranha, eu também sentia. As vezes eu tinha sensações que não tinham nada a ver com o que eu estava fazendo ou com o que estava acontecendo comigo, isso era porquê era algo com ela, mas que também me afetava de alguma forma.

— Conversamos quando eu chegar. — Olhei para o Alex quando senti o olhar dele sobre mim — E você, alguma novidade? — Eu não ouvi, mas sabia que ela estava sorrindo.

— Conto quando você chegar. É uma coisa incrível.

— Imagino que sim, não posso ver, mas imagino que se não parar de sorrir vai rasgar o rosto.  — Ri

— Para com esse negócio de saber o que estou sentindo — Disse humorada — Tchau! Te vejo em dois dias.

— Te vejo em dois dias.


*

— Finalmente você voltou! Pensei que iria embora e não veria você — Falei ao ver a Amanda e nos abraçamos.

Fazia duas semanas que não nos víamos.

— Não seja exagerada, eu só fiquei fora por alguns dias — Disse se afastando

— Semanas — Corrigi.

Ela deu de ombros se sentando em uma poltrona do quarto.

— E que história é essa de você ir embora?

— Primeiro me conta, como foram as coisas? Você foi fazer umas fotos de casamento e passou duas semanas fora! Que casamento longo foi esse? — Quis saber me sentando em uma poltrona ao seu lado.

— Talvez eu tenha conhecido alguém — Tentou segurar o sorriso, mas foi inevitável.

— Talvez é? Não vai me contar? —  Falei quando ela ficou em silêncio.

— Não sei se devo.

— Por que não? Não somos amigas?

— Somos, mas a Carol é sua irmã e...

— E o que tem a ver? — Ela não respondeu, mas seu silêncio era uma resposta. — Vocês?...

— E você e o Alex? — Mudou de assunto — Parece que duas semanas foi tempo suficiente pra vocês começarem alguma coisa, ele pareceu muito contente quando cheguei. Não tirou um sorrisinho do rosto e quando falou de você... É um sorriso idiota igual a esse que você está na cara — Lhe dei um tapa no braço

— Não seja boba!

— Só digo a verdade — Ela passou a mão no braço, onde eu tinha atingido — Você falou com a Carol sobre isso?

— Vou falar, mas... Ela já desconfia — Dei de ombros

— E pra ela tudo bem?

— Ela reagiu bem quando era uma hipótese, enfim, tenho que contar uma coisa, preciso viajar daqui a dois dias.

— Viajar pra onde? Era o que você queria dizer quando disse que iria embora? — Assenti.

Expliquei pra ela o pouco que sabia sobre o que seria essa viagem e o que aconteceu desde que descobrimos que a Carol e eu somos realmente irmãs.

— Então... você vai?

— Não posso não ir.

— E o Alex? O que disse pra ele?

— Nada. Não sei o que dizer pra ele.

— Então você vai simplesmente ir?

— Claro que não, mas também não sei como contar que preciso viajar.

— Como assim precisa viajar e pra onde? — Dei um salto quando ouvi a voz dele bem atrás de mim. — Pra onde você vai? — Ele insistiu na pergunta, olhando pra mim.

— É uma viagem comigo — Relutante ele olhou para a irmã — É uma viagem de trabalho, sabe que a Carol é curiosa, ela se interessou pelo lugar, mas ficou sem jeito de falar com você.

Ele olhou pra mim desconfiado.

— Eu vou indo, preciso arrumar algumas coisas — Amanda aproveitou a primeira oportunidade para se safar. Ela piscou pra mim antes de sair, enquanto Alex ainda estava de costas pra ela.

— Ficou chateado por eu decidir viajar com a Amanda? — Perguntei quando ela saiu. Ele balançou a cabeça andando na minha direção.

— Fiquei surpreso por você ficar sem jeito para me falar isso — Seus braços entrelaçaram minha cintura — Você sempre faz o que quer — Sorri sem jeito. Evidentemente não era eu — É bom você sair, respirar novos ares — Sua mão tocou meu rosto.

— Concordo — Levei minha mão até sua nuca o aproximando de mim e o beijei.

O beijo foi se intensificando e eu sabia como aquilo acabaria, como sempre acabava a duas semanas. Eu já não resistia a me entregar pra ele e agora muito menos, já que aquela era a nossa despedida.

Eu não sabia o que viria a acontecer quando ele descobrisse a verdade e de qualquer forma eu contaria depois de voltar, não podia mais continuar enganando ele.

Meus dedos hábeis já estavam se livrando dos botões e da camisa que ele vestia. Me livrei da blusa que eu ainda usava e ele me puxou pela cintura nos aproximando ainda mais, alguns passos para trás e caímos na cama.

*

— Se eu tivesse deixado você dirigir quando nos conhecemos, saberia que você não é a Carol logo de cara — Amanda soltou o celular e recostou a cabeça no banco do passageiro — É bom ter uma motorista.

— Engraçadinha!

— Não contou pra ela que eu estava vindo, contou?

— Não — Olhei pra ela rapidamente — Ela vai gostar da surpresa.

— Felizmente não sou um parente incoveniente que aparece do nada — Rimos.

— Não, não é.

Ficamos na estrada por mais meia hora até chegarmos a cidade. Havíamos saído bem cedo de casa e eu estava ansiosa para saber o que a Teresa tinha para nos contar, além de estar morrendo de saudades da minha irmã e do Rodrigo.

— Ela não atende — Falei pela quarta vez.

— Tenta ligar para o seu amigo — Amanda falou cruzando os braços ao se encostar no carro.

— Claro.

E nada. Mais três ligações e nada. Poderia não ser nada, mas eu estava começando a me preocupar. Eles não sumiriam assim sabendo que eu estava vindo.

— Você com certeza é a Eva — Uma voz doce atrás de mim disse. Me virei na direção.

— Eu conheço a senhora? — Perguntei e ela se aproximou de mim.

— Realmente tão iguais e tão diferentes — Ela sorriu e tocou meu rosto — Recepções diferentes para uma tia.

Senti meu rosto se contorcer em dúvida. Mas logo entendi quem era ela.

— Teresa — Falei.

Ela sorriu gentilmente. Mas ela tinha um sorriso frouxo nos lábios. Eu não a conhecia, mas ainda assim senti que havia alguma coisa errada.

— Uma pena nos conhecermos assim. Eu queria conversar com vocês e explicar tudo, mas com o acidente...

— Acidente? — Senti meu corpo gelar ao ouvir a palavra — Que acidente?

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