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Reflexo



Foi há muitos anos atrás, debaixo de uma forte tempestade que parecia não ceder que nasciam as gêmeas Hernandez.

Era noite, uma noite chuvosa, talvez a mais chuvosa de todas as noites chuvosas que já haviam passado por aquela região e lá naquela pequena cidadezinha bem longe da civilização, Helena segurava com força a mão do seu amado Miguel, enquanto tentava trazer suas filhas ao mundo.

— Eu não consigo — Ela diz exausta balançando a cabeça.

Miguel olha para ela com um olhar sereno e carinhoso e sorri para tranquiliza - lá.

— Claro que consegue. — Afasta os cabelos que banhados de suor grudam no rosto da amada — Você é a mulher mais forte que eu conheço. — Ele sorri

E mais uma vez, dentre tantas vezes naquela noite Helena com a a ajuda da parteira e de seu companheiro, tenta novamente trazer suas filhas ao mundo.

Ela imaginava como deveria ser o rostinho delas, a cor do cabelo, se seriam tão escuros feito o seu. Se elas teriam os olhos claros e amistosos do pai. Mas ela sabia que como fossem, suas pequenas seriam perfeitas.

O primeiro choro foi ouvido, alto e forte. Miguel segurou a pequena enquanto a outra estava a caminho.

Helena estava tão exausta que não estranhou não ouvir o segundo choro, ela mesma se perguntava se ainda estava acordada. Foi quando buscou o olhar de Miguel e percebeu que algo estava errado.

— O que aconteceu? — Helena perguntou. — Deixem - me ver minhas filhas — Ela estava nervosa.

A parteira segurou a pequena nos braços, virando de costas para Helena que nervosa ameaçou levantar da cama, mas foi impedida por Miguel.

— O que há com minha filha? — Helena olhou chorosa para Miguel e quando ele estava prestes a responder foi calado pelo choro forte de uma das mais novas integrantes da família.

Ambos sorriram ao ter a pequena nos braços. Agora o amor deles estava ali também em formas físicas.

Poucas horas depois, quando as pequenas resolveram dormir, Miguel foi até Helena que estranhamente estava muito calada. Ao se aproximar ele percebeu que algo estava errado.

Helena estava suando frio e pálida. Miguel então foi atrás da parteira que não havia ido embora por causa da chuva que ainda caía fortemente.

— O que ela tem? — Perguntou desesperado algum tempo depois.

— Não há nada que eu possa fazer — A mulher cabisbaixa, balançou a cabeça em sentido negativo.

Nesse momento ele sentiu um forte aperto no peito. Sua visão ficou embaçada pelas lágrimas, ele estava perdendo o amor da sua vida. No dia em que deveria ser o mais feliz, o dia em que suas filhas vieram ao mundo. O fruto do amor deles.

A mulher saiu, deixando - os a sós.

— Não pode fazer isso — Miguel se sentou ao lado de Helena, pegando sua mão quase fria. — Não pode nos deixar Helena — Aproximou seus rostos.

Ela ainda respirava, isso era bom. Com dificuldade ela abriu os olhos o suficiente para que ele pudesse ver que ela o via.

— Prometa...

— Não. Não diga nada. Poupe suas forças. Você vai ficar bem, sei que vai — Sua voz embargada quase não era ouvida.

— Prometa que vai... Vai proteger nossas... Pequenas — Ela lutava para deixar os olhos abertos

— Eu prometo — Assentiu — Mas preciso de você comigo. Elas precisam — Ele não conseguiu segurar o choro.

— Vocês... São meu maior... Tesouro.

Foi quando disse essas palavras que Miguel viu pela última vez sua amada com vida.

Agarrado ao corpo dela, enquanto chorava e lutava pra acreditar na terrível realidade que se abateu sobre ele, nem ouviu quando a porta foi aberta as pressas.

— Precisa ir! — A parteira disse afobada. — Não está me ouvindo? — Miguel não mexeu um músculo para longe do corpo de Helena. — O senhor Hernandez já está sabendo onde a filha esta... Estava.

— Não me importa — Disse ele tão baixo que se ela não estivesse perto o suficiente, nem teria escutado.

— Sinto muito pelo que está passando Miguel, sinto pela pobre Helena — Olhou com pesar para o corpo inerte — Mas o que acha que vai acontecer quando o senhor Hernandez entrar aqui e ver que a filha está morta? — Miguel a encarou — Além de matar você, ele não vai ter pena alguma de suas filhas.

E nesse momento Miguel percebeu que ele ainda tinha que lutar por elas, mesmo que não quisesse mais lutar por si mesmo. Eram suas filhas, filhas da Helena e ele prometeu que as protegeria.

Depois de se despedir definitivamente do único e verdadeiro amor de sua vida. Miguel foi até o berço e com a ajuda da mulher pegou as filhas que dormiam tranquilas, ambas bem embaladas.

Tão inocentes, mal podiam imaginar tudo que estava acontecendo.

— Vá! Vá para o mais longe que puder, vou tentar atrasa - ló quando chegar aqui.

Ele olhou uma última vez para a mulher que amaria pelo resto de sua vida e foi embora. Para fazer o que prometeu. Proteger suas filhas.

26 anos depois......

— Mãezinha linda do meu coração — Eva beijou o rosto de sua mãe — Você sabe que eu preciso trabalhar, não tenho tempo para shopping e essas coisas. — Se virou descendo as escadas. Sua mãe foi logo atrás.

— Mas é o casamento do Theo, Eva! — Disse sua mãe quando elas pararam na sala.

— Não sei pra quê ele me convidou. Faz anos que a gente nem se fala — Eva pegou a bolsa e pendurou sobre o ombro.

— Mas vocês cresceram juntos — Ana tentou justificar.

— Nós brigávamos juntos, isso sim — Eva apontou — Mas se a senhora faz tanta questão... — Ana esboçou um sorriso ou ver que a filha havia finalmente cedido. — Vou passar lá depois do trabalho e ver se acho alguma coisa que sirva — Disse esfregando o dedo polegar no indicador — O que foi? Por que está me olhando assim? — Perguntou ao perceber que sua mãe a olhava diferente.

— Nada... — Respondeu pensativa — É só que... parece que foi ontem que você estava nos meus braços — Disse emocionada

— É dona Ana — Se aproximou — os filhos crescem — Deixou outro beijo no rosto de sua mãe e saiu.

No caminho para o trabalho, no qual Eva é recepcionista em um escritório de advocacia, onde a mesma faz o mesmo trajeto de caminhada por 30 minutos todos os dias, ela pensava o quão desafiador era agradar sua mãe as vezes.

*

— Bom dia, Eva — Amanda, sua chefe a cumprimentou assim chegou. Se encostando no balcão, onde Eva estava logo atrás.

— Muito bom dia, Amanda! — Depois de alguns anos de convivência, formalidade não era mais um requisito entre elas, quando estavam sozinhas. Eva sorriu ao perceber o brilho nos olhos da sua chefe — Parece que enfim você perdoou o coitado do Diego — Apoiou os braços no balcão.

— Por que acha isso? — Se fez de desentendida.

— Além do brilho nos olhos, sua blusa parcialmente aberta me diz isso — Eva segurou o riso

— Por que não me avisou antes? — Abotoou a blusa as pressas e Eva se entregou ao riso sem conseguir segurar por mais tempo — Por isso o Ramon da portaria não parava de balançar a cabeça quando passei.

—  Ele deve achar que você é uma depravada — Eva riu

— Agora ele deve ter certeza — Riu junto — Tem alguma coisa pra mim? — Mudou de assunto

— Uhum — Murmurou balançando a cabeça — Dona Vitória deixou essas pastas — Amanda pegou revirando os olhos — E tem mais, reunião às 10h.

— Faria de tudo pra um carro me atropelar agora — Pegou as pastas e seguiu para sua sala.

O dia passou tranquilo e rapidamente, o que era coisa rara já que Eva tinha sempre muito trabalho a fazer e o dia parecia que não chegaria ao fim nunca, mas hoje havia sido diferente.

Eva já estava de saída quando recebeu uma mensagem de sua mãe, lembrando - a sobre a promessa de passar no shopping e comprar um vestido para o casamento.

Casamento esse que ela nem queria ir, mas ela nunca foi muito de contrariar um pedido da mãe. E também não era de todo mal, a comida era uma ótima motivação a se levar em conta.

•Eva•

Após meia hora andando dentro daquele shopping lotado finalmente encontrei um vestido que fosse do meu agrado, nada muito chamativo, mas também nada muito simples. Peguei o mesmo e fui até o provador, como imaginei o vestido caiu super bem no meu corpo, ele era colado da cintura para cima e rodado na parte de baixo, com mangas curtas e vermelho e convenhamos, vermelho é sempre um acerto.

Fiquei admirada com o que vi no reflexo do espelho.... me vi naquele vestido e eu estava incrível, parecia até feito para mim, fazendo um sorrisinho aparecer nos meus lábios.

Mas uma outra coisa mais surpreendente do que o vestido foi vista por mim através do reflexo do espelho. Agora com as cortinas abertas era possível ver facilmente a movimentação da loja. Fiquei surpresa e até mesmo paralisada com o que vi, ou melhor quem vi...ou acho que vi.

Era uma mulher. Linda e terrivelmente parecida comigo, muito, muito parecida comigo. Ousaria dizer até que somos iguais, porquê ao olha - lá era como se eu mesma estivesse me encarando no espelho.  O que estava acontecendo, mas com duas versões de mim através dele. Eu ainda estava paralisada, a única parte do meu corpo que eu conseguia mover e sentir eram os meus olhos - será que não é o cansaço e eu estou imaginando coisas? - foi o que eu pensei. Continuei encarando nossos reflexos no espelho mas dessa vez encarei fixamente seus olhos e como se soubesse que faria isso ela fixou seus olhos nos meus.

Uma conexão inexplicável surgiu, era como se eu a conhecesse por toda a minha vida, mas isso não era possível. Fechei meus olhos e balancei minha cabeça negativamente tentando afastar aquela visão que eu estava tendo, pois só poderia ser isso, coisa da minha cabeça. Mas ao abrir os olhos ela ainda estava lá e me encarando aparentemente tão surpresa quanto eu. Parecia não acreditar no que estava vendo...assim como eu.

— Ei.... — Disse finalmente saindo do meu transe e agora indo na direção dela.

Se ela é real preciso mais do que a comprovação dos meus olhos para ter a certeza disso. Mas parecia que o destino não queria colaborar comigo, fazendo com que pessoas aparecessem na minha frente, o que me fez perde - lá de vista.

Parecia até que havia sido uma alucinação, que apenas eu a vi.

Fui todo o caminho do shopping até em casa pensando no que aconteceu lá, por algum motivo eu não conseguia esquecer. Talvez por ter sido meio louco demais. Várias perguntas ficaram rodando na minha cabeça... Mas são perguntas sem fundamentos, a razão me dizia que eu estava cansada e nada mais, era tudo produto de um corpo e mente exaustos.

— Você demorou — Minha mãe comentou abaixando o volume da tv assim que entrei em casa.

— É — Disse sem ânimo — Mas acho que você vai gostar bastante do vestido — Lhe entreguei a sacola.

Não iria nem tocar no assunto sobre o que aconteceu no shopping ou o que é bem mais provável, o que eu acho que aconteceu.

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