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Indo atrás da verdade


•Carol•



Depois de deixar a Eva no hospital com o Rodrigo - mesmo com um aperto no peito ao fazer - Fui até a casa onde cresci acreditando ser minha.

Agora algumas coisas faziam total sentido pra mim em não ser filha biológica da Vanessa e do Otaviano.

Entrei em casa sem esperar que alguém viesse atender a porta, afinal, até onde todos sabiam aquela também era minha casa. Estava tudo quieto demais, o que foi estranho, mas um som de pisadas me fez olhar para trás, em direção a cozinha.

— Senhorita, onde estava? Estão todos preocupados — Uma das funcionárias da casa disse surpresa ao me ver.

— Preocupados com o quê? — Me sentei no sofá

— Ora, com o seu sumiço repentino — Ela disse me acompanhando com o olhar.

Sumiço?

A Eva.

Balancei a cabeça assentindo.

— Onde está a Van... Minha mãe — Agora eu sentia um gosto amargo na boca ao dizer tais palavras.

— Está na sua casa, junto com os outros. — Assenti, agradecendo.

Então eu teria que ir até lá. Que inferno!

Quase meia hora depois cheguei no meu tão amado lar. Agora todas as vezes em que eu voltava aqui, minha pernas pareciam frear, na tentativa de me impedir. Soltei a respiração, afastando qualquer idéia de não fazer isso.

Entrei e tudo estava quieto demais. Parecia uma epidemia de silêncio. Ouvi som de passos no andar de cima e fui até lá, talvez fosse a Amanda. Não era ela, mas ao menos era quem eu estava procurando.

— Por que está aqui? — Perguntei e ela se assustou ao me ver de repente.

— Filha, finalmente! — Desligou o telefone e veio até mim na tentativa de um abraço, mas a parei esticando o braço.

— Onde estão todos? — Ela me encarou sem jeito

— O Alex saiu e a Amanda foi ver se conseguia alguma notícia sua. Aliás, vou ligar pra eles — Peguei o celular de sua mão, antes que ela pudesse desbloquear a tela.

— Ótimo! — Eu não queria conversar com ela com terceiros em volta. — Vem! — A puxei até meu quarto que ficava próximo.

— O que há com você? Primeiro você fica toda diferente, depois some sem dar uma explicação e volta como se nada tivesse acontecido e agora age comigo desse modo? — Tranquei a porta.

—Sou eu quem tenho perguntas aqui, Vanessa — A ignorei, cruzando os braços.

— O que deu em você? — Ela estava genuinamente surpresa pelo meu jeito.

— Quando ia me contar? — Ela uniu as sobrancelhas em dúvida  Que eu não nasci de você — Falei gesticulando — Quando ia me contar? — Voltei a repetir

— Que brincadeira é essa?!

— BRINCADEIRA? — Falei em um tom mais alto — Eu quero a verdade, agora! — Segurei ela pelos braços — AGORA! — Ela me olhou assustada e eu a soltei

— Quem te contou? — Passou a mão no braço onde eu havia deixado algumas marcas

— Não importa. É melhor você me contar... Tudo. Senta — Apontei para uma poltrona — Estou ouvindo — Falei quando me sentei em uma cadeira, de frente pra ela.

Ela me encarou por alguns longos minutos antes de começar.

— Eu estava com 24 anos. Eu não podia ter filhos, mas eu queria ser mãe — Continuei impassível, enquanto ouvia ela tentar me amolecer com aquela história — Seu pai e eu...

— Não! — A interrompi — Você e  o Otaviano.

— Certo. Nós, tentamos a adoção legal, mas o seu pai... O Otaviano. Estava envolvido em alguns problemas ilegais, então fomos impedidos. A única maneira que eu encontrei foi... — Ela parou de repente.

— Me comprando. Não tenha vergonha de quem você é.

— Eu não queria que fosse desse jeito — Ela estava chorando. Eu me sentia horrível por não me sensibilizar com a cena, mas talvez eu fosse mais parecida com ela do que eu pudesse imaginar — Mas...

— Mas é assim que pessoas como você agem. Eu quero um nome — Me Inclinei pra frente — Quem foi que me vendeu pra você?

— Eu não sei — Secou o rosto

— Você não sabe? — Levantei. Eu estava começando a perder a paciência — Você não sabe? — Me agachei ficando próxima a ela

— Faz tanto tempo... Eu... Eu não me lembro — Desviou o olhar de mim

— Você não sabe — Me levantei e andei pelo quarto — Você não se lembra... — Respirei fundo e quando me dei conta já estava com as mãos no pescoço dela — Me fala Vanessa, ME FALA AGORA! — Ela me olhava surpresa. Não. Ela estava assustada.

Até eu estava. Aquele assunto estava mexendo mais comigo do que eu pensei que aconteceria.

— Te...Teresa — Ela disse finalmente — Me... Me solta — Foi quando eu percebi que ainda estava com as mãos em volta de seu pescoço.

Eu a soltei, me afastando. Então era mesmo a maldita Teresa.

— Desculpe — Ela ainda massageava o pescoço — Eu... É que essa história... Não queria ferir você.

— Está tudo bem — Ela tentou sorrir.

Agora a única coisa que eu tinha certeza de que precisava fazer, era ir atrás dessa mulher e escutar o porquê dela ter feito isso comigo. E pior ainda, por ter me separado da Eva.

— O que você vai fazer agora? — Ela estava mais próxima de mim agora, dei um passo pra trás pela surpresa.

De forma alguma contaria pra ela o que eu pretendia fazer. Talvez ela nem se importasse, mas se ela ainda tivesse contato com a Teresa, ela obviamente avisaria.

— Não sei. Mas eu quero pedir que faça uma coisa por mim — Ela assentiu — Diga ao Otaviano que fique bem longe de mim, se ele ousar se aproximar... — Serrei os punhos — Eu acabo com ele.

— Nunca entendi — Ela se pronunciou quando me aproximei da porta — O motivo de você ter se afastado dele, vocês eram tão próximos quando você era criança.

Eu sabia o motivo. Eram memórias que infelizmente eu não conseguia esquecer. Eu não lembrava de tudo detalhadamente, mas era sempre quando ele se aproximava ou me dizia coisas que me faziam perder a razão que a maldita sensação de impotência tomava conta de mim e fazia com que as memórias voltassem.

— Você diz que não sabe — pus a mão na maçaneta e a encarei por cima do ombro — Mas adivinha? Não acredito em você.

Antes que ela pudesse dizer qualquer coisa em sua defesa - como ela acreditava - saí do quarto e parei de ouvir sua voz, pois outra em especial me chamou atenção. Aquela era uma voz que eu dificilmente esqueceria.

— Eu não sabia que agora, a casa dos Monteiro se converteu em uma casa de caridade — Disse do topo da escada.

No final dela, mais do que pares de olhos me observavam. Entre eles, Amanda, Alex, a insignificante Amália e - ao que parecia - a nova hóspede da casa, Suzana Sanches.

— Onde você estava? — Alex praticamente gritou — Como você pôde sumir assim desse jeito? Sem dar uma explicação a quem quer que fosse?

— Não se faça de preocupado, querido — Comecei descendo os degraus — Não parece que você sentiu muito a minha falta, afinal já encontrou uma substituta ou estou enganada? — Me aproximei dele — Não convence ninguém com esse teatro.

— Eu estava preocupado com você — Ele agarrou meu braço

— E você Suzana — Afastei a mão do Alex do meu braço — Você se jogar da escada daquela maneira teria que ter alguma consequência, não é? — Me referi ao fato dela estar em uma cadeira de rodas.

— Você sabe muito bem que eu não me joguei — Me encarou ofendida — Você me empurrou, mas por sorte isso, é temporário. — Ri

— Se eu tivesse empurrado você — Me apoiei nos braços da cadeira, ficando bem próxima a ela — Pode ter certeza de que você não estaria aqui, com esse sorrisinho no rosto.

Ela cobriu o rosto com as mãos e emitiu um som parecido com choro. Era parte do teatro dela. Qualquer um que a conhecesse, saberia.

— Chega Carol! — Alex me puxou fazendo com que eu o encarasse — Amália, tire ela daqui — Se dirigiu a irmã.

— Vai defender sua amante na minha cara? Na MINHA CASA — Levantei a voz — Por que essa casa ainda é minha.

Eu não estava com ciúmes, mas foram todas as vezes que eu vi eles flertando um com o outro enquanto ainda estávamos juntos, todas as vezes em que encontrei outro perfume em sua camisa, todas as vezes que ele chegava tarde da noite com cheiro de bebida que me fizeram agir dessa forma. Eu só estava pondo pra fora tudo que ficou entalado na garganta por tanto tempo e que estava prestes a me consumir por completo.

— Não comece com...

— Sabe... Eu sempre me perguntei o porquê de você ter largado ela pra se casar comigo, mas eu nunca entendi, por mais que eu tente... Bom, além daquele maldito contrato, óbvio — Ri sem humor

— Que contrato? — A voz da Suzana soou, mas além dela o olhar da Amanda também me dizia que ela não sabia.

O que não era surpresa pra mim, eu confiava nela com a minha vida e mesmo depois do que eu fiz a ela, eu sabia que ela não se vingaria de mim assim. Não desse jeito.

— Ele não te contou?

— Chega, Carol!

— Você nunca me amou, não é? — Me aproximei dele — Nunca... E sempre se arrependeu de ter casado comigo. Me diga de uma vez, deixe de ser um covarde!

— Eu não sou nenhum covarde — Disse sem me encarar

— Acabe de uma vez por todas com isso Alex — Suzana como era de se esperar se pronunciou — Entregue de uma vez o divórcio pra ela e nos livre dessa...

— Veja o que vai dizer, por que nada me impede de esbofetear sua cara — Voltei para o Alex — Já que sempre tem que fazer o que te mandam, escute a Suzana que ao menos uma vez na vida disse algo inteligente — Eu estava forçando, ela podia ser uma creatina, mas era bastante inteligente — Me livre de uma vez por todas desse maldito elo que nos une.

— Eu não vou fazer isso.

— Por que? Não é porque me ama, disso eu sei. Você...

— Você sabe? O que aconteceu com você?... — Seus olhos passeavam por mim em busca de algo.

Algo que ele não encontraria, porque eu não era a Eva. Não era a Carolina que ele acreditava ter passado esses últimos meses. Ele estava com ela todo esse tempo, no fundo ele sabia a diferença entre nós duas, ele sentia.

— Eu achei que estivéssemos acertando as coisas e do nada, você...

Parei de ouvir o que ele dizia e comecei a pensar. De qualquer forma eu tinha que conseguir o divórcio e por várias razões, obviamente a que me levou até este dia, eu não abriria mão de nada do que é meu, nada! E agora - mesmo eu não querendo admitir - tinha o Rodrigo. Aquele maldito intrometido. Ao mínimo sinal de pensamento meu corpo todo reage a ele. E também o motivo não menos importante, a Eva.

Ela podia não me contar, mas eu sabia que ela estava nutrindo sentimentos pelo Alex. E eu realmente não me importava, eu não o amava a muito tempo e fui eu quem a colocou nessa situação, mas eu sentia por ela. Se ela quiser levar isso adiante o Alex vai ter que saber a verdade e mesmo que eu assuma toda a culpa, não sei se ele a perdoaria.

— Me faça um favor — O interrompi — Me peça o divórcio de uma vez e tudo vai se resolver.

E antes que ele ou qualquer um ali pudesse me impedir, fui embora.

Aquela definitivamente não era mais a minha casa.

1 semana e meia depois

— Por que eu não posso ir? — Eva insistia pela milésima vez. Eu revirava os olhos pela mesma quantidade de vezes.

— Já disse, uma de nós precisa estar aqui e além do mais você tem um jantar importante — Sorri maliciosa pra ela enquanto fechava a mala.

— E que sorriso é esse? — Rodrigo quis participar da conversa

— Não é nada...

— É só um jantar importante com o filho do médico da família. Bom, na verdade agora ele é o médico da família. É só uma coisinha que fazemos todo ano — Respondi.

— E o que tem esse médico de especial? — Rodrigo quis saber. Percebi que ele estava com ciúmes e eu claro, estava adorando atiça - lo.

Desde que ele saiu do hospital nós passamos mais tempo juntos, o que me levou a perceber e aceitar de uma vez por todas que eu estava perigosamente me apaixonando por ele. E ele, bem... Ele não era do tipo que escondia o que pensava ou estava sentindo.

— Ele é muito educado, bonito e muito, muito cheiroso — Fechei os olhos para enfatizar e sem querer acabei lembrando do porquê de saber bem disso.

Rodrigo revirou os olhos e fechou a cara, eu segurava o riso.

— Parece até que você sentiu de perto — Eva comentou

— Não só parece, como fiz. — Passei por ela ao levar a mala para próximo da porta.

— Carol! — Me repreendeu — Você...

— Se eu dormi com ele? Sim, mas foi apenas uma vez. Eu estava carente e sozinha e ele me ofereceu o ombro pra chorar — Fiz um biquinho.

— Vou levar essa mala para baixo — Rodrigo passou por mim sem me encarar. Ele estava mesmo com ciúmes.

— Eu estou brincando! — Falei alto o suficiente para que ele escutasse — Eu não estou brincando — Sussurrei para Eva, sorrindo.

*

— Eu realmente queria ir com vocês — Eva disse horas mais tarde.

— Sabe que pode ser perigoso, não sabemos quem é essa Teresa e nem o que ela faz agora. Esse é de verdade o maior motivo por eu insistir pra você ficar. Já não basta o Rodrigo atrás de mim — Lancei um olhar para ele que estava ao meu lado.

— Sem mim você não vai a lugar algum.

— Parece até minha sombra — Resmunguei.

Mas na verdade eu estava feliz por ele estar disposto a ir comigo. No fundo eu tinha receio do que podia encontrar. Afinal, quem procura, acha.

— E eu fico mais tranquila se vocês forem juntos já que eu não vou. Sei que vão cuidar um do outro — Eva nos puxou para um abraço, cada um de um lado. Deixei um beijo em sua cabeça e meu olhar se encontrou com o do Rodrigo.

Logo Eva e Rodrigo foram embora e eu fiquei sozinha com meus pensamentos. Eu queria a verdade e essa era uma certeza, mas a ideia de não saber ser o melhor me fazia querer desistir de tudo. Simplesmente fingir que nada disso aconteceu, voltar pra minha vida e seguir em frente.

Mas então eu pensava nas coisas que eu tinha agora:

Um forte laço e uma amizade que crescia cada dia mais com uma irmã que eu nunca pensei que teria, mas que eu sempre quis e desejei nos momentos mais difíceis. E claro, o Rodrigo. Eu nunca imaginei que meus sentimentos por ele pudessem chegar a esse ponto, mas eu realmente estava apaixonada e isso só aumentava cada dia mais, por mais que eu tentasse esconder.

Mas amanhã eu irei atrás da verdade e seja ela qual for, sei que terei apoio, se precisar.

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