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Conversa de família




•Carol•

A viagem de carro durou oito horas e poucas conversas, mesmo com toda insistência e habilidade do Rodrigo para isso. Porém, eu não conseguia parar de pensar no que fazer e como quando estivesse frente a frente com a Teresa. Que segundo ao diário da Ana, a tal era tia da Eva e até onde ela sabia a mesma ainda morava no convento onde entregou a Eva, mas a última e única vez que trocaram contato foi no dia da adoção da Eva, então era possível que essa Teresa nem estivesse mais lá, ou pior ainda talvez ela nem estivesse mais viva. E tudo isso só aumentava ainda mais a minha frustração e raiva por ela.

— Vamos ou você achou o banco do meu carro bastante confortável? — Fui despertada pela voz do Rodrigo.

— Nem um pouco confortável.

Eu estava tão perdida nos meus pensamentos durante a viagem que nem percebi quando paramos. Ao sair do carro não foi difícil perceber que aquela era uma cidade pequena e com poucos visitantes, já que nos olhavam com uma certa curiosidade.

— E quente — Disse completando meu pensamento

— Eu? Sempre — Rodrigo apareceu do meu lado com uma mala em cada mão. Revirei os olhos.

— O lugar — Seguimos até uma pequena hospedaria.

Talvez esse lugar ser tão pequeno não fosse de todo modo ruim. Em cidades pequenas todos se conhecem e se a Teresa estivesse aqui, alguém saberia me dizer.

— Precisamos de um quarto — Rodrigo se dirigiu ao rapaz da recepção que nos olhou intrigado.

— Dois — Corrigi — Não vou dormir com você, querido. Ainda nem nos casamos — Brinquei

— Está bem, é você quem vai pagar mesmo — Lhe dei um tapa no braço

— Infelizmente para a senhora só temos um quarto disponível — O rapaz disse olhando diretamente para mim, enquanto Rodrigo tentava esconder o riso

— Você está de brincadeira comigo, não está? — pus aos mãos em cima do balcão

— Não — respondeu, sínico. O encarei desconfiada, mas peguei as chaves.

— É melhor você não se achar o engraçadinho — Avisei

— Eu nem disse nada ainda — Respondeu atrás de mim.

Eu não queria mesmo dormir com o Rodrigo. Na verdade eu queria, o que eu não queria era ter que dividir um quarto com ele, uma cama... Eu estava louca por ele a muito tempo e aqui não era o lugar pra isso, afinal, não viemos em uma viagem de casal, mas ao ter que dividir um quarto com ele e uma cama - ao entrar no quarto não foi difícil ver que só havia uma e nenhum sofá - seria mais que difícil resistir aos meus próprios impulsos.

Era comigo que eu estava preocupada e não com ele.

— Então vamos procurar por ela. Quanto menos tempo ficarmos aqui, melhor — Falei indo em direção ao banheiro.

Viagens de carro não são nada agradáveis, principalmente para uma bexiga cheia.

— Rodrigo, eu acho que você deveria... — Parei de falar quando vi que ele estava deitado na cama, a respiração leve.

Ele com certeza estava dormindo, meu primeiro instinto foi ir até ele, minha vontade era de acorda - lo, porém eu sabia o quanto ele estava cansado. Por causa do meu problema com direção ele dirigiu a manhã inteira. Parei para observar - lo dormir. Seus olhos ficavam levemente puxados quando fechados, igualmente aos lábios. Exatamente do mesmo modo quando ele mentia, levemente puxados para o lado. Era tão levemente que chegava a ser quase imperceptível.

Percebi que estava sorrindo feito uma boba. Desfiz o sorriso e alguns segundos depois bocejei.

Já que não iria a lugar algum sem ele, então descansaria ali, ao lado dele. Mesmo com alguns centímetros de distância eu conseguia sentir perfeitamente o calor que emanava seu corpo e me agradava da estranha e bem vinda sensação que sua presença me trazia.




*





Exaustão. Eu sentia como se um caminhão houvesse passado por cima de mim ou como se eu não dormisse a dias, mas foi a sensação de sufocamento que me fez despertar de vez, alguma coisa muito, muito pesada estava em cima de mim.

Foi ao abrir os olhos que notei braços e pernas - que não eram meus - em volta de mim. Esse homem tinha que ser intrometido até nisso?

— Oh meu querido — Cutuquei ele — Sai de cima de mim.

— Agora não meu amor, só mais cinco minutinhos — Ele murmurou sonolento.

Ele disse mesmo amor? Sorri

Ele estava com o rosto bem próximo do meu e minha maior vontade agora era de beijar ele, mas eu tinha outra coisa pra fazer. Uma conversa importante pra ter com uma pessoa específica, uma que com certeza destruiu minha vida.

Uma sensação nada agradável se apossou de mim apenas em pensar no momento em que eu teria ela, cara a cara.

— Rodrigo saí de cima de mim! — Bati nele fortemente

— Aí! — Ele gemeu — O que foi? — Me encarou

— Temos que ir falar com a Teresa. Agora! — Ele continuou a me encarar com aqueles castanhos e profundos olhos — Eu gostaria muito que saísse de cima de mim — Ele aproximou mais nossos rostos

— Mesmo?

Não. Eu não queria seu idiota!

— Se não for me beijar logo então sai. De. Cima. — Um segundo. Foi o tempo exato que demorou para ele tomar meus lábios nos seus.



*



— Acha que ela vai receber a gente? — Voltei minha atenção para ele ao ouvir sua voz.

Poderia ser coisa da minha cabeça, mas havia uma caminhonete vermelha parada próxima de onde estávamos, normal, exceto pelo fato de eu ter visto a mesma - ou uma muito parecida - quando chegamos mais cedo.

Bati na grande porta de madeira antes de responder sua pergunta.

Não foi difícil de encontrar o convento. Era o único da cidade e ficava na saída da mesma, essa foi a parte fácil, a difícil seria achar a Teresa e fazer ela falar comigo.

— Se ela não me receber, sei quem ela vai adorar ver — Sorri sem mostrar os dentes e ele me encarou confuso. Antes que pudesse dizer algo, a porta foi aberta. Um som alto e estridente.

Uma noviça apareceu, jovem e muito bonita, ela nos encarou curiosa e eu me apressei em dizer que precisava ver a Teresa, ela me encarou desconfiada e disse que iria verificar. Enquanto isso poderíamos esperar por uma resposta do lado de dentro.

Tudo ali parecia antigo. As grandes e grossas portas de madeira, as paredes feitas de pedra eram frias ao toque e se não fosse a luz elétrica, eu diria que estávamos a alguns séculos atrás.

Rodrigo tocou meu braço quando a noviça voltou acompanhada de duas mulheres mais velhas. Seria uma delas a Teresa?

Uma delas nos encarava com indiferença e a outra me olhava intrigada.

— Por que procuram pela Teresa? — Uma delas perguntou na mesma indiferença de seu olhar.

Pensei no que dizer. Dizer a verdade? Talvez.

— Sou Eva. — Não foi preciso olhar para o Rodrigo para saber que ele me encarava, podia sentir o olhar dele sobre mim — A sobrinha dela. — Sorri.

Não sorri por que estava feliz, mas por quê seria uma coisa que a Eva faria. Tudo que eu não poderia sentir era felicidade a expectativa de ver essa mulher.

— Eva — A que me encarou intrigada, disse com a voz doce — Eu sabia que você me lembrava alguém. Venha, vamos conversar um pouquinho, seu amigo pode esperar aqui fora.

— Por que? — A pergunta saiu antes que eu pudesse pensar. Ela me olhou com interesse e depois para o Rodrigo.

— Acho que nossa conversa deva ser apenas em família, afinal é a primeira vez que nos vemos pessoalmente com você sendo uma adulta. — Olhei para ele que sorriu para mim.

— Está tudo bem, não vou sair daqui sem você — Apertou minha mão. Me senti aliviada por isso. Assenti e fui com a Teresa.

— Há muito tempo eu queria te ver, Eva. Você me lembra muito a sua mãe... — Ela parou de repente e se sentou, apontando para cadeira a frente dela, onde me sentei — Como está a Ana?

Morta Não a encarei quando disse, mas o som que ela fez foi suficiente para saber que ela estava surpresa. — Assim como minha verdadeira mãe, não? — Sua surpresa agora era dupla — Foi a ela que se referiu a minha semelhança, não foi?

Eu já havia visto fotos da mãe da Eva e elas não tinham nada físico em comum.

— Estou surpresa por você saber.

— Imagina como eu fiquei ao descobrir. Porém há uma coisa que eu não consegui entender — Ela me encarou, esperando eu prosseguir — Por que não me perguntou sobre a minha irmã? O outro bebê que estava comigo.

Ela ficou tensa, o corpo reto, estava completamente séria. Eu havia tocado na ferida.

— Achei que a sua mãe havia contado sobre isso também.

— Infelizmente você é única que sabe o que aconteceu, tia. Por isso estou aqui e quero respostas.

— A única resposta que tenho é a que dei aos seus pais quando eles vieram buscar você. A outra bebezinha ficou muito doente por causa da chuva que vocês foram expostas e não resistiu. Você precisava ver como seus pais ficaram ao ver você Eva — Ela sorriu mudando de assunto — Segurando você nos braços e...

— Não foi o que eu perguntei — A interrompi — O que você fez? — Ela se levantou pondo as mãos firmemente na mesa

— Acho melhor deixarmos essa conversa para um outro dia quando estiver com os ânimos mais calmos, você parece agitada, sobrinha — Lançou aquele sorriso falso novamente, soltei uma risada nasal

— Acho que você não me entendeu Teresa — Me levantei me aproximando dela — Quero saber o que aconteceu com o outro bebê — Ela caiu sentada na cadeira.

— Não sei onde você está querendo chegar Eva...

— Carolina! — Ela estava impedida de sair, pois minhas mãos estavam uma de cada lado da sua cabeça — Esse é o meu nome — Ela me encarou boquiaberta — O nome da criança que você vendeu miseravelmente. Você me vendeu não foi? Admite!

— Eu... Eu não...

— Admite! Fala! Você me tirou a minha irmã sua cretina maldita. Eu vim até aqui porquê eu quero que você confesse.

Minha respiração já estava descontrolada, eu já não sentia mais a necessidade de fingir ser a Eva e tentar saber a verdade de maneira educada. Já que ela faria a injusta condenada, eu seria o carrasco dela.

— Não tenho nada que confessar — Foi nesse momento em que minhas mãos foram de encontro ao o pescoço dela. Se ela não me diria a verdade, então não me serviria de nada.

— ADMITE TERESA, ADMITE DE UMA VEZ! Fala pra mim o que você fez — Minha voz saiu embargada.

— O...o que va..i mu... mudar? — Tentou falar

Talvez ela estivesse certa, o que mudaria? Mas eu queria, eu precisava que ela confessasse. Precisava. Enquanto estava em meus pensamentos eu nem percebi que alguém havia entrado e agora me afastava da Teresa e seu rosto vermelho. Ela respirava ofegante, recuperando o ar e outras ajudavam ela.

— Ei — A mão do Rodrigo estava sobre meu rosto — Você está bem? — Ainda voltando de meus pensamentos olhei para ele, assentindo. Ele deixou um beijo no topo da minha cabeça e me segurou pela cintura.

— É bom você não sumir — Disse diretamente para Teresa quando estava prestes a passar pela porta — Você ainda tem muito o que me contar e se eu achei você uma vez, posso fazer de novo. Então é melhor que esteja aqui quando e eu voltar.

Ela não disse uma palavra e eu esperava que não dissesse. O nosso encontro certamente não foi como nenhuma das formas que eu imaginei. Isso conseguiu ser pior.





*




— Eu vou tomar um banho. Você vai ficar bem? — Rodrigo estava agachado a minha frente com as mãos apoiadas em meus joelhos.

— Eu estou bem. Não sou criança — Nesse momento eu só queria fazer uma coisa e eu sabia que ele tentaria me impedir.

— Não custa nada cuidar — Forcei um sorriso sem mostrar os dentes. Ele se levantou, foi até o banheiro fechando a porta.

Eu não queria sair assim, as escondidas, mas havia certas coisas que eu só conseguia digerir quando bebia e fumava um pouco. Peguei minha bolsa e sai do quarto.

Parei no primeiro bar que encontrei. Eu não tinha tempo e muito menos paciência para procurar o melhor e talvez naquele lugar esquecido do mundo este fosse o único.

— Uma dose dupla de uísque — Pedi ao atendente.

E esse foi o primeiro de muitos daquela noite.

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