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Carta na manga




• Carolina •

Há dois anos atrás fui apresentada ao meu atual marido, Alexandre Monteiro.

Nos conhecemos através de nossas famílias que mantinham e ainda mantém negócios em comum, através da empresa onde são sócios. Eu logo senti algo diferente por ele, ele era divertido, atencioso, cuidadoso comigo e não foi difícil me fazer envolver.

Em pouco tempo iniciamos um relacionamento sério e em alguns meses fui pedida em casamento por ele. Achei precipitado, ainda estávamos nos conhecendo, mas eu estava apaixonada e era ingênua — o que não foi a melhor combinação — Não foi difícil ser convencida pelo meu pai e pelo próprio Alexandre de que essa era a melhor coisa a se fazer para nós dois.

No início do casamento eu acreditava que éramos apaixonados um pelo outro, mas estava eu muito enganada. Percebi que eu queria mais do que aquela vida de esposa dedicada, minha ingenuidade foi se despedindo de mim e dando lugar a um sentimento de sagacidade. Eu não era boba, sabia perfeitamente reconhecer mentira quando a via, algo de útil eu tinha que aprender com meu pai, ele era um mentiroso nato e eu estava começando a perceber que o Alexandre não era muito diferente dele. Nas primeiras semanas eu dizia a mim mesma que era apenas besteira da minha cabeça, mas no fundo eu sabia que não. Principalmente quando ele cheirava a perfume de mulher e me dizia que estava com os amigos tomando um drink depois do trabalho.

Se nosso casamento era apenas por conveniência, então assim seria. Não daria o divórcio e ele também não o faria. Sabíamos bem que nosso casamento era benefício para ambas famílias, e eu não estava acostumada a sair perdendo. Não mais. Mas eu me recusava a viver minha vida trancada nessa casa, enquanto ele vivia por aí sabe – lá com quem e quantas. Eu queria viver, mas não teria mais do que algumas semanas de falsa liberdade sem que voltasse a essa vida “princesa presa na torre”. Eu precisava agir, precisa ter uma carta na manga pra usar ao meu favor. Precisava estar um passo a frente dos homens que controlavam a minha vida, como se eu fosse uma maldita marionete.

 

— Bom dia, amor! — Disse ao meu marido com um sorriso automático no rosto. Ele se aproximou, vestindo apenas com uma calça social.

Ele podia até ser um desgraçado infiel, mas era um ótimo amante.

— Bom dia, querida! — Ele disse me dando beijo no rosto — Precisamos conversar — Pousei o batom que estava em minha mão em cima da penteadeira.

— Sobre? — Perguntei olhando rapidamente para ele e voltei minha atenção para o espelho, terminando de passar batom nos meus lábios. Ele se voltou até a cama, pegando sua camisa social e seu paletó. — Você sabe muito bem Carolina — Disse firme e eu me virei em sua direção — Temos o jantar na casa dos Sanches e não quero desculpas dessa vez — Disse caminhando e ficando ao meu lado.

— Desculpas? — Falei incrédula — Então aqui vai sua resposta “sem desculpas”: Eu não vou a lugar algum com aquela gente — Disse com firmeza, ficando de frente para ele — Não suporto as invertidas do Reimond, já cansei de dizer e da última vez tive que lançar minha mão na cara daquele velho indecente. — Ele riu.

— Sabe que ele não faz por mal — Disse enquanto tentava dar um nó na gravata azul escura.

— Se você se importasse comigo não seria isso que diria — Me admirei no espelho — Fora que eu ainda pego você de flerte com a Suzana, aquela sua antiga...

— Eu não flerto com ela — Me cortou, Fazendo sinal para que eu o ajudasse com a gravata

— Mas ela flerta com você! O que pra mim é a mesma coisa — Arranquei a gravata de seu pescoço

— Sabe que eu só tenho olhos pra você, não é? — Disse agarrando minha cintura com suas mãos firmes

— Isso não é verdade, sabemos muito bem disso — Caminhamos pra trás até chegar na beira da cama

— É com você que eu sou casado — Beijou meu pescoço exposto — É a primeira mulher que vejo quando acordo — Beijou meu colo dos seios — E a última que vejo quando vou dormir — Se aproximou para beijar minha boca, mas o empurrei

— Não me interessa, não é o meu perfume que você cheira quando volta pra casa — Ele se aproximou e eu lhe dei um tapa no rosto — Deveria me dar o divórcio — Dei um sorriso forçado para ele

— Não vou fazer isso — Disse passando a mão na parte vermelha do rosto, onde o atingi — E você também não.

— Não — Afirmei, ele se aproximou de mim, me agarrando pela cintura. Sua mão acariciou meu rosto e me beijou de leve.

Eu sabia como acabaria, como em todas as outras vezes. Eu, ele, nus na cama.

Desabotoei sua camisa e joguei em qualquer canto do quarto, ele me beijava enquanto suas mãos habilidosas se desfaziam do vestido em meu corpo.

— No final eu sempre vou voltar pra você — Disse ofegante enquanto beijava meu pescoço. Segurei seu rosto, fazendo ele me encarar.

— Se eu voltar a sentir o perfume de outra em você, pode ter certeza que será a última vez — O ameacei. Ele me encarou com dúvida e incredulidade pelo meu tom de voz até eu acreditava que seria capaz de algo inimaginável.

Voltei a beija – ló e caímos na cama.




— No que está pensando querida? — Minha mãe perguntou quando voltou para sala onde eu a estava esperando.

— Preciso de férias — Respondi pegando o copo que ela me oferecia, a mesma se sentou ao meu lado. — Café? Você não tem algo mais forte? Como, uísque? — Sugeri

— Você percebeu que anda bebendo demais? — Me repreendeu

— O que eu percebi, é que não tenho feito as coisas que realmente quero — Me levantei indo até a mesinha da sala, onde havia garrafas de uísque. Me servi

— E por que não faz? — Negou com a cabeça quando a ofereci um copo

— Porque estou presa a um maldito casamento e não posso simplesmente sair dele. — Voltei a me sentar no sofá

— Não deixe que seu pai a ouça falando essas coisas

— Se ele pensa que pode me assustar está muito enganado. Não sou mais aquela garotinha que ele controlava e intimidava quando bem queria — A alertei — Deveríamos fugir, nós duas — Toquei sua mão quando ela começou a balançar a cabeça em negação — Fugir das garras desse animal

— Sabe que não posso...

— Não quer — A interrompi. — Eu vou aproveitar o que me resta da vida, nem que seja por alguns meses, sinto que tudo está passando e eu ficando pra trás, mas isso não vai ficar assim — Neguei com a cabeça e bebi o líquido do meu copo.

— O que você está querendo dizer? — Minha mãe perguntou e eu apenas lhe lancei um sorriso fechado.

— Nada, querida Olga. Nada. — Comecei a refletir.

Disfarcei um sorriso confiante que insistia em surgir nos meus lábios ao lembrar de quando me deparei com uma mulher idêntica a mim.

Talvez ela fosse a carta na manga que eu tanto procurava. Minha salvação.

A ficha ainda não havia caído, até agora parecia ser coisa da minha cabeça. Nunca pensei em ver ninguém tão parecida comigo, tão de perto. Talvez eu só começasse a acreditar quando finalmente a visse outra vez. Quando ela aceitasse a proposta que acabei de pensar.

Eu precisava encontra – lá. Encontrar ela e a convencer de aceitar minha idéia. Eu precisava que aceitasse e faria com que isso acontecesse se fosse necessário. Era minha chance e eu não iria desperdiçar, mesmo que tivesse custos eu não me importaria em pagar.

Agora eu preciso encontra – lá e convence – lá. Tenho que fazer tudo isso sozinha, não posso correr o risco de que alguém descubra e resolva usar isso contra mim. Infelizmente os inimigos estão por toda parte e a maioria não sei quem são, mas sei que estão próximos.

Me despedi da minha mãe e fui embora. Estava feliz por ter encontrado uma solução que resolveria o meu problema atual e garantiria o meu futuro.

Ou talvez fosse isso que eu dizia a mim mesma, até quem sabe um dia, começar a acreditar.


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