Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

Aceito

•Eva•

Quase um mês se passou desde o dia em que a Carolina veio até aqui.

Felizmente ela nunca mais me procurou, mas suas últimas palavras não saiam da minha cabeça desde então.

"Você virá até mim"

Eu sabia que não, mas uma parte de mim sempre dizia "e se?"

Eu e o Rodrigo voltamos a conversar, mas ainda não era a mesma coisa de antes. Eu sabia que ele estava chateado, eu também estava comigo mesma.

Só de lembrar da hipótese de pensar em ajudar a Carolina me arrepia até a espinha.

Minha mãe ainda não havia voltado, mas sempre conversávamos por telefone, ela estava bem e eu morta de saudades. Minha mãe sempre foi minha melhor amiga, meu porto seguro.

Eu nunca conheci o meu pai, mas eu o imaginava pelas coisas que minha mãe sempre fazia questão de me contar sobre ele e eu sabia o quão bonito ele foi por causa das fotos.

Ultimamente tenho tido um sentimento de vazio, uma coisa que eu não consigo explicar e que me incomoda muito.

Resolvi ligar pra minha mãe, hoje ainda não nos falamos e vai ser bom conversar com ela. Ao passar pela lista de contatos no meu celular vi o número da Carolina. Uma vez, depois do dia em que ela esteve aqui, ela me ligou, mas ao ouvir a voz dela eu simplesmente desliguei e nem sei porquê salvei o número dela, mas apenas fiz.

Sai da lista de contatos e digitei o telefone da minha mãe. Tocou até cair na caixa postal. Talvez ela estivesse ocupada. Minha tia estava melhorando e isso era bom, significava que minha mãe voltaria logo.

Como, ela não me atendeu impulsivamente liguei para Carolina. No fundo eu queria saber como ela estava, queria que ao menos nós tentássemos uma aproximação, mesmo acreditando que ela seria contra, mas não custava nada tentar.

O celular tocou até cair na caixa postal.

Qual o problema dessas pessoas, não escutam mais o celular tocar?

Liguei outra vez. A verdade é que acho que eu estava me sentindo muito solitária ultimamente e criei uma teoria na qual eu e ela nos damos bem. Sem essa história de acordo.

Ela atendeu, mas outra chamada entrou. Era minha tia Rosa. Senti algo diferente, minhas mãos suaram.

"Para de besteira, Eva! Atende logo isso"

Sacudi a cabeça e encerrei a ligação com a Carolina. Falaria com ela depois.

— Tia? — Atendi. Ela ficou muda — Tia, tá aí? — Eu estava ficando nervosa. Nós nunca tínhamos conversado, na última vez em que a vi ainda era uma criança, então não sabia o que falar com ela e também pra quê ela me ligaria?

— Eva, sou eu, sua tia Rosa — Assenti, mesmo que ela não pudesse ver — Não sei como te falar isso — Sua voz estava embargada. Na minha cabeça se passava inúmeras coisas as mesmo tempo

— Só diz — Me sentei na cama

— A sua mãe... Ela... — Neguei em um sussurro quando ela disse a frase. Quando o som da voz embargada dela ecoou pela minha cabeça, quando assimilei o que ela dizia. Não! Negação.

Meus olhos se encheram de lágrimas, não podia ser! Não poderia ser verdade. Ela estava enganada, minha mãe estava bem, estava vindo pra casa.

Minha respiração estava acelerada, minha cabeça parecia girar, eu não conseguia sentir meu corpo. Eu estava em choque.

Ao fundo eu conseguia ouvir sua voz, chamando meu nome, mas não era essa a voz que eu queria ouvir. Não queria.

— Eva? O que aconteceu? — Nem me assustei quando ouvi o Rodrigo. Ele estava ajoelhado no chão, ao meu lado. Nem sei como vim parar aqui. — O que houve? Eu estava te chamando a um tempão e você...

— A minha... mãe...— Não consegui completar a frase, era impossível. Voltei a chorar e soluçar dessa vez, cobrindo o rosto com as mãos — Não pode ser Rodrigo — Ele me puxou para um abraço, passando a mão pelas minhas costas.

Eu só sabia chorar, soluçar, negar, negar e negar.

Não podia ser verdade. Não podia.

2 meses depois

Esses foram os últimos dias mais difíceis da minha vida, os piores.

Eu nem sabia qual tinha sido a última vez em que saí de casa sem ser o dia do enterro dela. Eu ainda chorava com facilidade só em lembrar, ainda me sentia culpada por não estar lá com ela, por não ter me despedido, por não ter dito uma última vez que eu a amava.

Eu sabia que precisava seguir em frente, viver minha vida, mas não era tão fácil por em prática. Eu sentia como se o chão fosse se abrir só de pensar em por os pés para fora da cama. A tempos eu não me encarava no espelho e nem via ninguém. Nem mesmo o Rodrigo.

Eu não queria ouvir os pêsames, não queria ouvir ele dizer que queria poder fazer algo pra me ajudar, eu só queria que isso parasse. Que essa dor sumisse, eu queria esquecer.

Com um certo esforço me levantei da cama e fui até o banheiro, assim que passei pela porta vi meu reflexo no espelho, eu estava horrível, com olheiras, olhos inchados, o cabelo desgrenhado, sem qualquer resquício da Eva que eu já fui algum dia. Eu era outra pessoa, mas ainda sim, eu era eu mesma de alguma forma.

E foi encarando meu reflexo no espelho que eu me decidi.

Se agora eu nem me reconhecia mais, se agora eu provavelmente nunca mais voltaria a ser quem era, podia usar isso pra algo.

E eu precisava mesmo de um tempo, precisava esquecer quem eu era e assim conseguir esquecer a dor que me sufocava.

Comecei a procurar pelo meu celular no meio de toda aquela bagunça, nem me lembro se ainda está carregado, se estiver vou encarar como um sinal. Assim que eu encontrar ele.

Resolvi vascular as gavetas da cômoda e o encontrei. Havia várias chamadas perdidas e mensagens do Rodrigo, mas nem me preocupei em responder, posso fazer isso depois.

Fui até a lista de contatos e liguei. Aguardei enquanto o telefone chamava. No quarto toque ela atendeu.

— Eu aceito! Aceito ficar no seu lugar e viver a sua vida por um tempo — Disse assim que ela atendeu, sem deixar que ela falasse — É só isso que eu preciso agora. Esquecer a droga da minha vida.

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro