Laura 💴🎭

Observei o sorriso de Rei, mesmo com ele atrás de mim conseguir sentir, olhei aflita para aquela cena e ele se afastou de mim naquele quarto, enquanto a gente observava pela janela os meninos colocavam algemas nas mãos e pernas dela.

Laura: Isso é realmente necessário? - Olhei pra ele.

Rei: Só vamos descobrir de qual lado ela está, minha gata.- Puxou minha mão, cheirando meu pescoço.

Laura: Não quero ela machucada, Rei.- Ele me beijou, ignorando meu pedido e eu cedi, me agarrando nele.

Rei: Mete o pé, tá na hora...- beijou meu pescoço.

Eu sorri pra ele que balançou a cabeça e eu coloquei meu capuz, abrindo a porta de trás enquanto observei ele abrindo a porta da sala e saindo pra onde a Júlia estava. Antes de sair, fiquei tentando ver pela janela, mesmo de longe, o que ele faria, mas não conseguir.

- Chama o Rei aí pô, quero pegar meu bagulho com ele.- Escutei essa voz e outra de alguém mandando chamar.

Passei pelos meninos, vendo o Dedé, o único que sabia quem era eu desviar atenção dos meninos, mas eu acabei olhando pra cima e na mesma hora meu olhar bateu com o Perigo.

Ele me olhou e provavelmente não demorou muito pra ligar as coisas, pois mudou a expressão muito rápido. Eu virei o rosto e sai dali o mais rápido que pude, quando já tava um pouco mais longe tirei o capuz e me arrumei, quando tava descendo o morro pelo beco, senti meu braço sendo puxado pra dentro com força, fui jogada com as costas na parede e olhei pro Perigo.

Perigo: Tu é amante dele, não é? - Me sacudiu.

Laura: Quem é você? - Olhei pra ele sem entender, semicerrando os olhos e ele riu, colocando a mão na minha bochecha e apertando.

Perigo: A Júlia sabe disso? - Falou colocando meu rosto pra cima.

Laura: Me solta, larga.- Falei com raiva empurrando ele.- Isso não te interessa em porra nenhuma.

Perigo: Qual é gata, ainda tem ressentimento? - Sorriu debochado e eu fechei a cara.- Só porque eu não quis te pegar, ainda é apaixonada por mim?

Laura: Vai tomar no cu, você vai se foder...- Falei entredentes, lembrando de muita coisa do passado, que me fazia tremer.

Perigo: Ah coe, não fica assim... Só porque eu não te quis...- Antes dele completar, dei um tapa na cara dele.

Ele me soltou e se afastou, olhou pra cima e respirou fundo, eu ia embora, mas quando menos esperei, senti o seu punho fechado entrando em contato direito com meu rosto.

Seu murro foi tão forte que eu bati a cabeça na parede novamente e eu fiquei sem sentido por uns minutos, colocando a mão no peito. Ele deu um passo pra trás e me olhou, cuspindo sangue do provável tapa que eu dei, me encolhi fechando os olhos e ele saiu, passando a mão no rosto com a sua pior cara do mundo.