02
Laura Rodrigues, 20 anos.
Júlia 🎀🐍
Olhei pra Laura que me olhava curiosa também, não sabia se levantava e ia olhar, ou se continuava quieta com minha amiga e prima fofocando, mas tu esperou? Porque a doida se levantou abrindo a porta.
Júlia: Ih fofoqueira, na minha casa e ainda vai fofocar.- Falei em tom de brincadeira saindo com ela.
Escutei um grito na sala e deu uma corridinha, na sala encontrei três homens armados e minha mãe no chão, sendo chutada por um dos homens.
Júlia: O que é isso, porra? - Gritei, vendo eles me olharem e minha mãe me olhando em súplica.
Janaina: Saí daqui, Júlia. Entra com a Laura.- Olhei pra trás vendo a minha prima e amiga olhando sem reação.
- Tu é a filha dessa vagabunda aqui? - Se aproximou de mim, batendo com o fuzil no meu rosto.
Mesma hora senti o ferro, papo reto manas! Bateu diretão na minha boca, coloquei a mão na boca e olhei pra ele, me afastando.
Laura: Ei! - Segurou minha mão.- Não precisa fazer isso.
Júlia: Quem são vocês? - Falei olhando pro homem que tava na minha frente.
- Nós num importa, o que importa é que a gente veio cobrar a vagabunda da tua coroa! - O outro falou.- Essa filha da puta, rata do caralho.
Júlia: O que ela fez? - Falei sem entender.
- Fala, porra! - Chutou as pernas da minha mãe que chorou e meu coração quebrou, tentei ir atrás mas o homem puxou meu cabelo me jogando no no sofá.
Janaina: Eu escutei umas informações e vendi pra polícia, filha...- Olhei pasma pra ela.
Então, a gente morava perto da Rocinha, em uns predinhos que tinha, o aluguel era super certo para nós, já que não tínhamos muita condições. Eu trabalhava numa lanchonete que tinha perto da praia e ganhava super bem, o que dava pra sobreviver e ajudar em casa.
Já a minha mãe, por mais que quiséssemos manter distância, começou a trabalhar como diarista pra casa do braço direito do dono do morro, eu nunca gostei dessa ideia, mas ele pagava super bem e era bom! Iria fazer um ano e nunca tinha tido se que, uma confusão.
- E agora, sabe o que vai acontecer? - Neguei, já sabendo.- Ela vai ser cobrada, sabe como é? Rato morre.
Laura: Não, pelo amor de deus.- Falou nervosa.
Tentei ir pra cima da minha mãe ajudar ela mas novamente o homem me pegou pelos cabelos, me jogando com tudo no chão e gritou na minha cara pra eu ficar queira. Laura começou a chorar desesperada e minha mãe mais ainda, eles saíram quebrando tudo de dentro de casa, Laura veio me ajudar e eu puxei ela pra fora de casa, seguindo eles mesmo estando sentindo muita dor!
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