Coronel 🥷

Coronel: Você tá certo pô, eu te entendo! - Ele me encarou.- Mas se a gente for ficar tem que fazer isso direito, Jorginho é cria nosso, faço o que precisar pela segurança dele também! - Gaspar confirmou com a cabeça.

Orelha: Jae, cês quer me foder eu vou fingir que não tô percebendo! - Falou jogando a cabeça pra trás.- Dois bagulho, Luana fica longe até essa porra terminar, e outra parada, fazer de tudo pra não ser pego de maneira nenhuma.

Gaspar: O foda é esse irmão, por mim eu rodava o mundo atrás do Fábio agora. Não quero tá longe quando meu filho nascer, nem deixar ela sozinha! - Falou olhando em volta.

Coronel: A gente só vai começar com esse bagulho depois o moleque nascer.- Falei sério.- Evitar tá botando a cara fora do morro, não render pra nada! Quando o moleque nascer e tiver tranquilo, a gente termina.

Orelha: Pô mas é isso viado, por que não acabar com isso agora pra o moleque nascer e a gente não precisar se preocupar com isso depois?!

Gaspar: Porque não tem como saber quando vai parar mano! Se o Fábio tá sozinho, se tá com polícia, outra facção. Não tem como saber se vai ser guerra de um dia ou guerra de meses, é isso que fode! - Falou negando.

Coronel: Relaxa irmão, fica tranquilo! Vai dar tudo certo, do jeito que tem que ser! - Bati na cabeça dele vendo a médica entrar na sala.

— Vocês são parentes do Davi trindade? - Orelha me olhou coçando a cabeça.

Coronel: Isso mesmo, ele tá bem? - Falei me ajeitando na cadeira.

— Passou pela cirurgia, ocorreu tudo bem e ele está estável, não há nada com que se preocupar. Só vai precisar de muito repouso.- Respirei aliviado.

Gaspar: Isso pra ele é tá de férias.- Orelha riu e a médica saiu avisando que a gente podia ver ele de manhã.

Orelha: Se depender do Goiaba ele passa o resto do ano aqui de repouso, maluco tá no spa.- Gastou.- Usando meu nome maneiro né?! Altos nome aí e lança logo o meu.

Coronel: Ih viado, mente tava cheia e eu ia me preocupar com nome?! Médica perguntou, eu tava nervosão. Olhei pro lado e tu tava, lancei o Davi mermo.

Gaspar: Fica com ciúmes não pô, tu é o único Davi.- Bateu na cabeça dele gastando e eu soltei uma risada.- E aí, geral vai ficar?

Orelha: Vou em casa, volto de manhã.- Falou olhando o relógio.

Coronel: E tua mulher vai deixar? - Falei coçando a cabeça e ele fechou a cara se jogando na cadeira.

Gaspar me olhou rindo e negou com a cabeça, já eram três da manhã e logo menos amanhecia. Não dei vinte minutos pro Orelha tá dormindo bem tranquilo na cadeira, Gaspar tinha recebido uma ligação da Luana e eu sai do hospital pra fumar um cigarro.