15
Orelha 🎮
Nem fui pra casa, fui direto pra casa do Gaspar com a Luana porque tava querendo conversar com alguém, tava cansadão de levar as coisas na costas, e queria conversar com a Luana porque ela é uma mina que considero como irmã.
Orelha: O bagulho é o seguinte, Carina perdeu um bebê e por isso eu tô querendo ficar mais próximo, se ligou?! Ela tá mal, chorando o tempo todo, me pedindo pra ficar mais por perto, falando que a culpa é minha...- Falei gesticulando e a Luana se sentou no sofá coçando a cabeça.
Luana: Ela não pode colocar toda culpa em você quando aceita tudo que você faz calada esse tempo todo. Mas possa ser que seja a válvula de escape dela te culpar por isso, ela se sente melhor, mas é um filho que vocês perderam, como você se sente com isso?
Orelha: Na real nunca quis, sabe Lua? - Ela concordou.- E não tive tempo de sentir nada, o único bagulho que eu tô sentindo é culpa, por uma coisa que eu nem sei explicar.
Luana: Acho que vocês deveriam dar um tempo, amigo. Isso não tá fazendo bem nenhum pra vocês.- Neguei.
Orelha: Tá maluca? Se acontece algo com ela depois que eu termino com ela? - Neguei na hora.- Ela tá certa, a culpa foi minha porque se eu tivesse na casa com ela, talvez tivesse dado tempo de ir pro hospital mais rápido, ou não tivesse acontecido nada.
Luana: O pior que eu não consigo se te defender em nada, encontrar um argumento válido que te faça entender que não foi você. Mas ao mesmo tempo, me deixa nervosa porque você não consegue se segurar cara! - Me deu um tapa na orelha.
Orelha: Por isso tô distante cara, tenho que ficar com ela, fazer alguma coisa pra separar meu erro.- Ela me abraçou.
Luana: Entendo o que você quer fazer, mas isso não pode te afastar com os meninos, eles ficam mal. E você deveria conversar com eles também, eles vão te entender.- Fez carinho na minha cabeça.- E você pode levar elas pros lugares também.
Orelha: Ela não quer ir, quer que eu fique em casa com ela.- Luana me encarou.
Luana: Eu não consigo entender vocês.- Choramingou.
Orelha: Eu vou pra casa pra não dar b.o.- Falei me levantando.- Valeu Luaninha.
Luana: Quando precisar eu tô aqui.- Falou me abraçando.
Orelha: Segredo nosso.- Pisquei pra ela e fui saindo.
Meti o pé dali indo pra minha moto, cheguei em casa tava tudo em silêncio e quando eu entrei no quarto e a Carina me viu, me encarou.
Carina: Aonde você tava? - Falou alto.- Não se cansa de fazer merda cara?! Eu só precisava de você aqui.
Orelha: Tava com meus irmãos.- Falei passando pro banheiro.
Carina: Ou comendo qualquer uma que você via na minha frente.- Eu fechei a porta.
Joguei uma água no rosto respirando fundo, tirei minha roupa e fui tomar banho, mas passei maior cota ali enrolando até esfriar a cabeça.
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro