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ZERO ─ goodbye, goodbye, goodbye

Ivanova estava perto.

Finalmente, após longos anos aprisionada naquele reino feérico que se tornava poeira enquanto seus habitantes se transformavam em demônios que possuíam corpos imortais e belos, ela estava próxima de alcançar sua liberdade, próxima de realizar seu sonho de escapar da miséria de Hybern e conhecer as terras cheias de magia do continente feérico chamado Prythian.

Ela piscou seus olhos, afastando as lágrimas de felicidade que já ameaçavam cair de seus belos olhos, e guiou suas mãos até as saias do vestido que utilizava, segurando-as entre seus dedos. Simples e discreto, tão diferentes das vestimentas que se obrigava a vestir para poder ter algo para comer no final do dia. Certamente, caso a visse daquela forma, Theodor iria soltar alguma piada que a faria socá-lo e dar boas risadas.... Nova quase podia ouvir sua voz e visualizar seu sorriso contendo toda a audácia que só Theo parecia ter.

Não. Não pense nisso, não pense nele. Você está tão perto. Seus pensamentos a fizeram piscar os olhos mais uma vez, conforme o barulho causado pelo choque dos seus saltos na madeira envelhecida do pequeno porto se tornava o único som que seus ouvidos feéricos poderiam captar, além do coração que batia suavemente dentro do peito da figura encapuzada que a esperava em um pequeno barco.

─ Devo confessar que estou surpresa por você estar aqui na hora certa, Dopp.─ Soltou a prostituta, lançando seus fios castanhos para suas costas em um único gesto quando chegou ao final da ponte, seus olhos fixos na figura coberta por um capuz. Ela franziu o cenho ao não ouvir uma resposta do macho. Nova conhecia Dolphin a mais tempo do que realmente desejava, ela sabia que nunca jamais ele não responderia uma de suas típicas e infantis provocações. Confusa, a fêmea se inclinou para frente, pronta para encontrar o motivo por trás do silêncio incomodativo de Dopp, mas antes que pudesse sequer tocá-lo, uma voz interrompeu o silêncio do porto acompanhado por passos apressados.

─ IVANOVA!

Por um momento, Iva buscou uma forma de escapar da fêmea que corria em sua direção. Talvez se jogar no mar noturno não fosse uma boa ideia, porém poderia valer a pena, tudo para não falar ou estar próxima de Kira, não depois dela ter arrancado a única felicidade que Ivanova teve após longos anos sendo consumida por seus próprios demônios. Porém, parecia ter sido tarde demais, pois a fêmea já estava ali com seus olhos transbordando uma falsa inocência.

─ Graças a Mãe, você ainda está aqui.─ Soltou Kira, a parceira de Theo.

Ivanova reprimiu a vontade de jogá-la nas águas frias e escuras, afinal ela mesma havia dito para Theodor que tudo estava bem e que entendia, porém isso não significava que Iva não se pegava pensando no quanto desejava um futuro infeliz para os dois, mesmo que ainda amasse o macho.

─ O que está fazendo aqui, Kira? Já não basta simplesmente acabar com tudo que eu tinha com Theo?─ Rosnou a prostituta, sentindo as pontas de seus dedos formigarem, seu poder implorando para que ela fizesse a fêmea em sua frente desaparecer, mas, Ivanova os reprimiu. Ela não poderia sequer imaginar o quão mal Theodor ficaria ao perder Kira, a sua maldita parceira, infelizmente a hyberniana não iria realizar um de seus maiores desejos naquele exato momento.

Kira franziu suas sobrancelhas bem feitas, os olhos enganosos ganhando um brilho magoado que não atingiu Ivanova.

─ Eu vim aqui, apenas para desejar uma boa viagem.─ Murmurou ela, sua voz frágil.─ Theo havia me dito o quão importante isso é para você, então pensei que...─ Os dentes de Ivanova rangeram. Ótimo, então era ele arranjar uma parceira para contar tudo que guardou dentro de si por anos e revelou a ele. Ótimo, Theo.─ Não achei que você se incomodava com Theo e eu?

─ Claro que não imaginava, como você poderia? Não é como se eu e Theo estivéssemos trepando e você não sabia disso.─ Soltou de forma sarcástica. Kira ergueu uma de suas sobrancelhas, um sorriso surgindo em seus lábios. Ah, finalmente...

Somos parceiros. Não deveria ter esperado que Theo a escolhesse, não quando você não passa de uma prostituta imunda que se deita com qualquer um.

─ Realmente eu me deito com qualquer um, me deitei com Theo, não foi?─ Proferiu Ivanova, seu rosto não transparecendo o quanto as palavras frias e cruéis de Kira havia fincando em seu coração como adagas extremamente afiadas.

As fêmeas se encararam por um longo tempo, até uma risada vinda de Kira romper o silêncio.

─ Sabe, Ivanova, realmente acreditei que você seria um problema mas agora eu só vejo uma garota que não faz a mínima ideia do que tinha em mãos, uma prostituta suja sem um pingo de ambição. Sinceramente, você deveria estar mais do que feliz, afinal Theodor está mais do bem em minhas mãos agora que você irá desaparecer.─ Disse a Grã-Feérica. Mais uma risada rompeu o silêncio, porém ela vinha de Nova que se aproximava de Kira, a prostituta não ousou desviar seus olhos das orbes mentirosas. Novamente, as pontas de seus dedos formigaram, mas a feérica não se preocupou em reprimir as lambaredas que suavemente dançavam entre seus dedos.

─ Não sei o porquê que veio até aqui, não sei porquê está falando dessa maneira comigo, mas saia daqui. Saia antes que eu seja a última pessoa que você verá antes de ser atingida pela morte.Rosnou Ivanova, utilizando toda a ferocidade que herdou da sua família cruel e sádica. Kira não tremeu, na verdade, seu sorriso aumentou ao ponto que suas gengivas se tornaram aparentes.

─ Não, Ivanova, eu serei o último rosto que verá.

Nova não teve uma chance de pensar quando algo reluzou na luz prateada da lua antes que seu peito fosse cortado, osso lentamente se partindo enquanto ela dava passos para trás, suas mãos seguraram o cabo da adaga cravada em seu peito, mas, suas mãos não chegaram a tentar puxar o objeto pontiagudo, pois Kira já estava lá, cobrindo as mãos da fêmea com as suas e forçando a lâmina para ainda mais dentro do peito de Iva. Tropeçando em seus próprios pés, a cabeça da fêmea contra a madeira do bote que deveria ter lhe levado até o destino que tanto sonhava.

Por segundos, vermelho cobriu a visão de Nova e quando desapareceu, Kira ainda estava lá. Suas mãos sujas de sangue seguravam a corda que mantinha o bote preso ao porto e um sorriso lhe faria parecer ainda mais diabólica. Ivanova piscou, seu olhar indo na direção do macho encapuzado e um grito sufucou a fêmea que engasgou com o próprio sangue vazando de sua boca quando se deparou com os olhos sem-vida de Dopp, o corte em seu pescoço era o motivo pelo qual sua túnica se encontrava encharcada de sangue e motivo pelo qual não havia a respondido.

─ Não se preocupe, foi uma morte rápida, ele mal deve ter sentido.─ Cantarolou Kira, despejando a corda que desprendeu do porto nas águas escuras e um pé sendo colocado em uma das laterais do bote. Ivanova abriu sua boca, pronta para mandá-la ir para o inferno, porém só conseguiu cuspir uma boa quantidade de seu próprio sangue.

Céus, naquele momento, ela queria gritar e chorar. Estava tão perto e agora estava sangrando, sendo entregue de bandeja para as mãos da morte. Céus, Ivanova estava morrendo. Morrendo, mas ainda havia inúmeras coisas que queria ter feito, coisas que sonhou durante toda sua vida até aquele exato momento. Tantas coisas que se arrependia completamente, e por mais que tivesse evitado a lembrança daquele rosto por semanas, ali estava ele surgindo novamente.

Céus, havia tanta coisa que ela desejava ter falado para ele. Ivanova queria dizer à Theo que ele poderia ter a feito sofrer como nunca mas nada desse mundo seria capaz de mudar o fato que Nova o amava como ninguém jamais foi capaz de amar alguém. E que por mais que ambos estivessem quebrados, ele foi a única pessoa que a viu da maneira que realmente era e tentou fazê-la ficar inteira novamente, da mesma forma que Ivanova tentou fazer com ele.

Mas, ela estava morrendo e nunca seria capaz de dizer aquelas palavras a quem amava. Ela estava morrendo e a única coisa que poderia fazer naqueles últimos minutos que restava era deixar com que sua mente se enchesse de memórias antigas e agridoces. Então, ela decidiu que iria se permitir visualizar todos aqueles momentos em que o vazio no peito se tornava invisível e nos últimos momentos de sua vida, Ivanova mergulhou em suas lembranças, desejando sentir algo além da dor dolorosamente insuportável em seu peito

E é nesse momento que essa história se inicia....

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