CAPÍTULO NOVE | OLIVIA.
"Oh, eu te amo, eu te amo
Eu amo, eu amo, eu amo a Olivia"
— Olivia (One Direction).
Nas semanas que se seguiram, a rotina de Olivia e Fabrício ficou cada vez mais cheia de encontros e momentos roubados pelos corredores da faculdade. Entre provas, trabalhos e a correria do fim do semestre, eles sempre davam um jeito de se encontrar, mesmo que fosse por alguns minutos.
Olivia, sempre concentrada nas aulas e no trabalho na biblioteca, começava a perceber que Fabrício tinha uma habilidade impressionante de surpreendê-la nos momentos mais inesperados. Uma vez, durante uma aula particularmente tediosa de bioquímica, ela recebeu uma mensagem dele. "Olha pela janela." Ela disfarçou o olhar, como se não estivesse fazendo nada suspeito, e viu Fabrício no pátio lá embaixo, segurando uma folha A4 com a frase: "Você me faz perder a concentração." Liv tentou não rir alto, mas a sensação de calor no rosto denunciava o quanto aquela bobagem a afetava.
Outra vez, no meio de um turno cansativo na biblioteca, ele apareceu com um café e um croissant. Sem dizer nada, só entregou para ela com um sorriso e foi embora antes que a garota pudesse sequer agradecer. Ele sempre sabia como fazê-la se sentir especial, mesmo nos dias mais estressantes.
Agora, algumas semanas depois, Olivia estava se arrumando para mais um encontro com ele. Mas, desta vez, não seria um encontro rápido no intervalo das aulas ou nos corredores. Ele havia convidado ela para ir até a República Tcheca, onde morava, e Olivia sabia o que aquilo significava. A noite prometia ser mais especial.
Ela estava em frente ao espelho, vestindo uma saia preta de cintura alta e uma blusinha branca que destacava sua pele. O cabelo, que normalmente estava preso em um rabo de cavalo ou em um coque apressado, agora caía liso e escovado sobre os ombros. A maquiagem era sutil, mas destacava seus olhos e sua pele. Ela passava um gloss brilhante quando as meninas da República das Imperatrizes começaram a perceber a mudança.
— Ué, tá indo pra onde toda lindinha assim, Oli? — Bruna perguntou, levantando uma sobrancelha enquanto a observava deitada no sofá da sala.
Camila apareceu logo atrás, com um sorriso malicioso no rosto.
— Pois é, dona Olivia... De saia, maquiagem, cabelo solto... Vai encontrar quem, hein? — a cacheada cruzou os braços, claramente pronta para zoar a amiga.
Olivia rolou os olhos, fingindo desinteresse.
— Isso não é da conta de vocês, suas fofoqueiras. — ela respondeu, ajustando a blusa no espelho do corredor.
As duas garotas não deixaram barato.
— Ah, então quer dizer que você vai encontrar o Fabrício, né? — Bruna continuou, já rindo. — E vai demorar, pelo visto.
— Uuuuhhhh! — Camila acompanhou, estendendo as vogais com uma voz provocativa. — Vai demorar, hein? Vai levar a noite toda, eu tô vendo!
Olivia soltou uma risada, sabendo que não tinha como escapar das provocações.
— Eu não tô negando nada, mas também não tô afirmando. — ela deu de ombros, pegando sua bolsa e passando por elas em direção à porta. — Mas vou no Fabrício, sim, e vocês que se virem aqui. — disse antes de abrir a porta.
As meninas explodiram em risadas e gritos enquanto a loira saía da casa. Bruna jogou uma almofada nela, que desviou com agilidade, mandando o dedo do meio para a dupla antes de fechar a porta com um sorriso.
Caminhando até a República Tcheca, Olivia sentia a brisa noturna acariciando seu rosto. O coração estava levemente acelerado, não só pela expectativa de ver Fabrício, mas pelo simples fato de como ele conseguia mexer com ela. Os encontros, as mensagens, as surpresas... Tudo isso fazia com que ela se sentisse cada vez mais envolvida. E, naquela noite, ela sabia que seria diferente.
Assim que avistou a casa dele, o coração bateu mais forte. Ela sorriu sozinha, ansiosa para ver onde essa noite os levaria.
Logo, Olivia chegou na porta da República Tcheca e tocou a campainha, já sentindo a expectativa crescendo no peito. Ela mal teve tempo de respirar antes da porta se abrir com um estardalhaço, revelando Dom com um sorriso malicioso no rosto.
— Olha só quem veio nos visitar! — ele exclamou, apoiando-se na porta como se fosse o porteiro de um hotel cinco estrelas. — O que foi, Olivia? Viu que não consegue ficar longe da gente?
Ela revirou os olhos, mas não conseguiu segurar o sorriso.
— Dá licença, Dom. Não é de você que eu tô atrás. — respondeu, tentando passar por ele, mas ele se colocou no caminho, exagerando no teatrinho.
— Ai, claro! Ela veio pelo príncipe encantado Fabrício. — Dom colocou a mão no coração, fingindo estar ofendido.
Antes que Olivia pudesse responder, Fabrício apareceu atrás dele, com uma expressão já irritada.
— Sai fora, Dom. — ele empurrou o amigo de leve, que deu alguns passos para trás, rindo. — Deixa de ser idiota.
Dom ergueu as mãos em sinal de rendição, mas a provocação estava longe de acabar.
— Ah, tá bom, tá bom! Não precisa se exaltar, Fabrício. — ele piscou para Olivia, ainda rindo. — Todo mundo aqui sabe que você tá apaixonado, mesmo.
Os outros rapazes que estavam na sala começaram a rir e a zombar de Fabrício.
— Ihhh, o Fabrício tá amarrado! — Whisky gritou, provocando risos ainda maiores.
Fabrício revirou os olhos, já um pouco corado, e tentou argumentar.
— Vocês são insuportáveis, sério. — ele balançou a cabeça, mas ao ver que Olivia também estava rindo, desistiu. — Ok, ok, tá bom, vocês venceram.
Olivia, envergonhada, levantou as mãos em rendição.
— É, vocês pegaram a gente. Felizes agora?
Os rapazes continuaram a rir e provocar por alguns segundos, mas logo se cansaram e voltaram ao que estavam fazendo. Fabrício pegou Olivia pela mão e a puxou em direção à escada.
— Vem, vamos subir antes que eles inventem mais besteira. — ele sussurrou, levando-a para o andar de cima.
Quando chegaram ao quarto dele, Fabrício fechou a porta e suspirou, claramente aliviado de estar longe dos amigos.
— Desculpa por eles serem tão idiotas às vezes. — disse rindo. — Sério, eu não sei como ainda aguento esses caras.
Olivia riu junto, sentando-se na cama dele com um sorriso tranquilo no rosto.
— Relaxa, eu achei engraçado. — ela deu de ombros, enquanto seus olhos começavam a analisar o quarto dele, do mesmo jeito que ele havia feito quando foi ao dela algumas semanas antes. — Mas, agora que estou aqui... seu quarto é bem mais arrumado do que eu esperava.
Fabrício riu, sentando-se ao lado dela na cama.
— Eu sei, eu sei. Parece até que alguém arruma isso aqui pra mim, né? — o rapaz brincou, olhando ao redor.
Ela soltou uma risadinha, e seus olhos pousaram sobre a prateleira com vários livros, ao lado de uma pequena coleção de pôsteres de filmes que ela reconhecia. Havia uma leve bagunça de roupas sobre a cadeira do computador, mas nada demais. O quarto tinha uma atmosfera acolhedora, com uma decoração simples, mas com personalidade.
— Gostei dos pôsteres. — Olivia comentou, apontando para a parede. — Temos um gosto parecido pra filmes, pelo visto.
Fabrício sorriu e se inclinou um pouco mais perto dela.
— Que bom que gostou. — ele disse, com a voz mais baixa. — Mas sabe o que eu gosto mais?
— O quê? — Olivia perguntou, levantando uma sobrancelha.
Ele olhou diretamente nos olhos dela antes de responder, em um tom mais suave.
— De você aqui, comigo.
Ela sentiu o coração acelerar levemente com o comentário, mas não deixou transparecer, apenas riu de leve.
— Que brega. — Olivia respondeu, divertida, mas sem resistir ao elogio.
Fabrício se inclinou mais, pressionando um beijo suave contra os lábios dela. As mãos dele desceram suavemente até a coxa dela, traçando um caminho lento e carinhoso. Ela fechou os olhos por um segundo, aproveitando a sensação do toque.
— É sério. — Ele disse entre um beijo e outro, os lábios ainda tocando os dela. — Eu queria que fosse assim pra sempre.
Olivia abriu um sorriso, e então deu uma olhada para a TV pendurada na parede.
— Então, o que vamos assistir?
Fabrício deu de ombros, pegando o controle remoto e ligando a televisão.
— Pode escolher o que quiser. — ele disse, ajeitando-se na cama, e Olivia fez o mesmo, encostando-se contra os travesseiros. — Mas, aviso logo, se você escolher algo muito chato, eu vou acabar te beijando mais do que assistindo.
Ela riu, cutucando ele de leve com o cotovelo.
— Ah, é? Vamos ver então. — Olivia escolheu um filme qualquer, mas sabia que a concentração deles não duraria muito.
Eles estavam deitados na cama, com "De Volta para o Futuro" passando na TV, mas Olivia mal conseguia prestar atenção no filme, mesmo que fosse um de seus favoritos. A presença de Fabrício ao seu lado, os pequenos toques e os olhares que ele lançava em sua direção já a deixavam inquieta. Não demorou muito até que o filme se tornasse apenas um plano de fundo.
Fabrício, percebendo o desinteresse dela pela trama, virou-se de lado e, com um sorriso travesso, passou a mão suavemente pelo braço de Olivia, provocando arrepios. Ela o olhou, com uma expressão que misturava curiosidade e desejo, e então o puxou para mais perto, selando seus lábios nos dele em um beijo profundo e cheio de urgência.
Os beijos começaram lentos, mas logo ficaram mais intensos, como se o mundo ao redor desaparecesse. Fabrício a puxou pela cintura, deixando-a ainda mais próxima, enquanto as mãos dele traçavam o contorno das costas dela, explorando cada detalhe.
Em um impulso de confiança, Olivia tirou a blusa que estava usando, revelando seu sutiã de renda branco. Fabrício, que havia interrompido o beijo por um segundo para respirar, parou completamente e a olhou nos olhos, surpreso.
— Quer isso mesmo? — ele perguntou em um tom sério, mas carinhoso, seus dedos roçando de leve a barra da saia dela, sem tirar os olhos dos dela. — Só quero ter certeza que você está confortável.
Olivia, mesmo com o coração acelerado e as borboletas no estômago, sorriu. O jeito cuidadoso de Fabrício fez com que ela se sentisse segura naquele momento, e isso a acalmou.
— Claro, tenho certeza. — ela respondeu suavemente, tocando o rosto dele com carinho. — Só... vai com calma, tá? É a minha primeira vez.
Fabrício piscou lentamente, como se processasse a informação, e então assentiu, o sorriso suave retornando aos seus lábios, feliz que ela confiasse nele para esse momento.
— Eu prometo, Liv. Vou devagar, do jeito que você quiser. — disse, em um tom tão genuíno que fez Olivia relaxar ainda mais.
Ele a beijou de novo, mas desta vez de forma mais lenta, mais delicada. A mão dele desceu até a cintura dela, acariciando a pele nua com cuidado, sem pressa. Olivia suspirou contra os lábios dele, aproveitando o momento, o carinho, a sensação de se entregar aos poucos. Ela sentia o toque de Fabrício como uma mistura de calor e segurança, e cada movimento era atencioso, como se ele estivesse se certificando de que ela estava confortável a cada segundo.
— Se tiver qualquer coisa... — Fabrício começou, a voz dele quase um sussurro entre os beijos. — Você me avisa, tá bom?
Ela sorriu novamente, sentindo-se cada vez mais à vontade com ele.
— Pode deixar. — Olivia respondeu, divertida, e o puxou para mais perto.
O ritmo entre eles se manteve calmo, Fabrício respeitando o tempo dela, enquanto o filme continuava a rodar, completamente ignorado na TV. A confiança entre eles, construindo-se naquele momento, os conectava de uma forma que nenhum dos dois jamais havia sentido antes.
Os dedos continuando a traçar padrões suaves na pele dela, sem pressa. Ele queria que ela se sentisse confortável, queria que ela soubesse que não havia necessidade de apressar nada. Ele a beijou de novo, dessa vez com mais delicadeza, cada toque leve e cuidadosamente pensado, como se ele estivesse mapeando cada parte dela.
Os beijos continuaram, lentos e cheios de ternura, e a cada novo toque, Fabrício tomava o cuidado de verificar se ela estava confortável. Olivia respondia com pequenos suspiros e sorrisos, sentindo-se cada vez mais à vontade com a intimidade crescente. Ele era cuidadoso, como se soubesse exatamente como ela queria ser tratada. Quando Olivia retirou o sutiã, Fabrício parou por um momento, admirando-a, como se estivesse vendo algo precioso.
— Você é linda, Liv... — Ele sussurrou, e os olhos dele brilhavam com sinceridade, enquanto ele traçava beijos suaves pela clavícula dela.
Ela corou, um sorriso tímido surgindo em seu rosto enquanto sentia a intensidade do olhar dele. Aquele elogio, vindo de Fabrício, parecia mais significativo do que qualquer outro que ela já tivesse recebido. O jeito que ele a olhava não era apenas sobre o corpo dela, mas sobre quem ela era por completo.
As mãos dele continuaram a deslizar com gentileza, explorando cada curva com carinho. Ele a tratava como se estivesse lidando com algo frágil e especial, e isso a fazia se sentir ainda mais conectada a ele. Os beijos desceram para o pescoço, e logo ela se viu completamente entregue, cada toque despertando algo novo dentro dela. Fabrício parecia conhecer cada limite, cada momento em que ela precisava de uma pausa ou de mais tempo.
Logo, o mais velho foi descendo, até chegar na barra da saia dela, a puxando para baixo com delicadeza junto da calcinha branca.
Olivia sorriu com expectativa e quando Fabrício beijou sua intimidade, deixou escapar um gemido, imediatamente colocando as mãos nos fios loiros dele.
— Fab...
Olivia estava de olhos fechados, sentindo os lábios do garoto explorarem seu corpo e, mesmo que ela estivesse ansiosa, não se preparou para o momento em que a língua dele encontrou o ponto sensível entre suas pernas. Ela não conteve um gemido e levou a mão até a boca em uma tentativa inútil de se controlar.
Olivia se sentia mole, a vibração em sua intimidade a deixando à beira da loucura. Ela puxou Fabrício para si, beijando-o e entrelaçando suas pernas no quadril dele, não perdendo a oportunidade de apertar a bunda definida e arrancar um gemido dele.
— Você tem camisinha? — perguntou.
— Tenho. — ele deu mais um beijo nela antes de se levantar, sentindo o membro duro ansioso.
Olivia ficou observando o rapaz andar nu pelo quarto, se questionando o que ele fazia para ter um corpo tão definido.
Já com a camisinha no lugar ele voltou para a cama e levantou seu olhar para Olivia. Por um segundo ele parou, apenas olhando a garota nua na cama.
— Qualquer coisa, me avisa, tá? — ele disse baixinho, os lábios roçando a pele dela.
Olivia apenas assentiu, sentindo-se segura em seus braços. Ela sabia que poderia confiar nele para fazer tudo no ritmo certo.
Quando Fabrício finalmente a penetrou, ela gemeu alto, fechando os olhos com força ao sentir o membro dele a rasgar vagarosamente.
— Ah! Espera um pouquinho! — ela pediu.
— Me desculpa, linda. — o loiro disse, beijando a testa dela com ternura.
Logo, Olivia se acostumou com a queimação mo meio das pernas e assentiu para que o mais velho começasse a se mover suavemente. Olivia sentia o calor do corpo de Fabrício sobre o dela, e, apesar do nervosismo inicial, havia uma sensação de paz, uma certeza de que estava no lugar certo, com a pessoa certa. Ele a beijava como se quisesse memorizar cada detalhe, e ela retribuía, sentindo seu coração acelerar a cada vez que os olhares se encontravam.
A respiração suave dele contra sua pele a acalmava, dissipando qualquer traço de nervosismo que ainda restava.
— Está tudo bem? — ele sussurrou, os olhos castanhos fixos nos dela, transmitindo um carinho genuíno.
Olivia assentiu, mordendo o lábio inferior enquanto uma sensação de paz tomava conta dela.
Cada toque dele era como uma melodia suave, como se quisesse eternizar aquela sensação. Ele a olhava como se ela fosse a pessoa mais preciosa do mundo, e Olivia se sentia exatamente assim. Quando os lábios de Fabrício encontraram os dela, o beijo foi doce, lento, cheio de uma ternura que fazia seu coração acelerar.
— Você é perfeita, sabia? — ele disse, entre um beijo e outro, o tom da voz baixo, mas cheio de sinceridade.
Ela sorriu, o rosto corando de leve.
— Para de me fazer corar... — ela murmurou, tímida, mas sem conseguir esconder a felicidade que sentia.
— Não consigo evitar. — Fabrício riu, o som grave e aconchegante. — Não consigo tirar os olhos de você.
Os movimentos dele eram delicados, cada gesto cuidadoso, e Olivia sentia a conexão entre eles se aprofundar a cada segundo. Não era apenas sobre o físico; havia algo mais, algo que ligava suas almas. Ela se permitiu relaxar completamente, confiando nele, sentindo-se segura e amada.
— Eu estou com você, sempre — ele sussurrou contra seus lábios. — E quero que saiba o quanto você é importante para mim.
Olivia sentiu o coração disparar de vez. Não era apenas a forma como ele a tocava ou como seus corpos se encaixavam, mas a profundidade de suas palavras. Naquele momento, ela soube que estava exatamente onde deveria estar — com Fabrício, envolvida em um amor que ela nunca tinha imaginado sentir antes.
O ápice veio como uma onda de emoções, ambos gemendo em sincronia. E quando tudo terminou, Fabrício a envolveu em seus braços, beijando-lhe a testa suavemente.
Depois, deitados lado a lado, os corpos ainda aquecidos, Fabrício passou os dedos pelo cabelo dela, afastando as mechas que estavam bagunçadas. Olivia se aninhou no peito dele, sentindo-se incrivelmente à vontade.
— Eu não sabia que podia ser tão bom. — ela murmurou, os olhos pesados de sono, mas com um sorriso nos lábios.
— Só é assim porque foi com você. — Fabrício respondeu, beijando a testa dela.
Eles ficaram ali, em silêncio por alguns momentos, ouvindo apenas as respirações suaves um do outro. Não havia necessidade de palavras. Tudo o que precisavam estava naquele momento compartilhado, na tranquilidade que sentiam estando juntos.
E, antes de pegar no sono, Olivia sussurrou, meio rindo:
— Acho que não te considero mais um idiota.
Fabrício riu baixo, apertando-a contra o peito, e respondeu:
— Eu me esforço bastante pra isso.
Com os sorrisos ainda nos rostos, os dois pegaram no sono, os corações em sintonia, como se o mundo lá fora não importasse mais.
Olivia acordou cedo naquela manhã, a luz suave do sol entrando pelas frestas da janela e iluminando o quarto de Fabrício de maneira delicada. Ela estava deitada ao lado dele, em silêncio, apenas observando os traços serenos do rosto dele enquanto dormia. Ele parecia tão diferente daquele cara provocador que ela conhecia pelos corredores da faculdade. Ali, em meio ao sono, Fabrício tinha uma expressão tranquila, quase inocente.
O peito dele subia e descia devagar, o rosto relaxado, com os cabelos loiros bagunçados caindo sobre a testa. Olivia se pegou sorrindo ao notar o contraste entre o homem que ele era desperto e o que ela via agora. Com a luz do sol destacando os traços fortes, a linha do maxilar e as sobrancelhas arqueadas, ela sentiu o coração se aquecer. Havia algo sobre vê-lo assim, vulnerável e sem as máscaras de charme que ele normalmente usava, que a deixava completamente encantada.
Ela estendeu a mão devagar, sem querer acordá-lo, e tocou levemente o contorno da mandíbula dele com a ponta dos dedos, como se estivesse traçando cada detalhe, memorizando a sensação da pele dele contra a sua. Cada detalhe parecia mais real naquela manhã tranquila. A barba por fazer, que costumava irritá-la quando ele provocava, agora lhe parecia parte do charme que ela tinha aprendido a amar.
Olivia suspirou, lembrando-se da noite anterior, do jeito gentil com que ele a tratou, da paciência e carinho que ele demonstrou. Era um lado dele que ela nunca tinha visto antes, e isso a fazia perceber o quanto estava completamente envolvida.
De repente, Fabrício mexeu-se levemente, o rosto virando na direção dela, e os olhos dele começaram a se abrir, ainda pesados de sono. Ele piscou algumas vezes, ajustando-se à luz da manhã, até que seu olhar se focou nela. Um sorriso preguiçoso apareceu no rosto dele, e ele suspirou, satisfeito.
— Bom dia... — ele murmurou, a voz rouca de sono, enquanto levava uma das mãos ao rosto para esfregar os olhos.
Olivia sorriu, sentindo o coração acelerar um pouco só por vê-lo assim, tão despreocupado.
— Bom dia. — ela respondeu, a voz suave.
Ele a observou por alguns segundos, o olhar dele passeando pelo rosto dela como se tentasse decifrar o que estava passando pela cabeça dela naquele momento.
— Faz tempo que tá acordada? — ele perguntou, a voz ainda baixa.
— Um pouco. — ela respondeu, ainda traçando os detalhes do rosto dele com os olhos. — Estava te observando dormir.
Fabrício riu de leve, meio sonolento, e ergueu uma sobrancelha.
— Me observando? — ele brincou, a voz carregada de charme natural, embora ainda levemente rouca. — E o que você descobriu?
Olivia sorriu, mordendo o lábio, enquanto pensava na resposta.
— Descobri que você fica incrivelmente tranquilo quando dorme. Nada do Fabrício irritante de sempre. — ela provocou, os olhos brilhando com diversão.
Ele riu, aquele riso gostoso que sempre fazia o coração dela dar uma leve cambalhota no peito.
— E eu achando que você gostava de mim do jeito que eu sou... — ele disse, puxando-a levemente para mais perto, envolvendo-a em um abraço preguiçoso.
— Eu gosto. — ela admitiu, com um sorriso mais sincero. — Muito, até.
Fabrício ficou em silêncio por alguns segundos, o sorriso dele se tornando mais suave, quase contemplativo. Ele passou a mão devagar pelo cabelo de Olivia, enrolando uma mecha nos dedos, enquanto a olhava de perto.
— Eu não acho que alguma vez já me senti tão à vontade com alguém. — ele confessou, a voz saindo baixa, quase num sussurro.
Olivia se inclinou um pouco mais, o rosto próximo ao dele, e sorriu.
— Nem eu. — ela respondeu, sinceramente.
Fabrício olhou para ela por mais alguns segundos, os olhos dele brilhando com algo que parecia ser mais do que apenas carinho. Ele levou a mão até o rosto dela, acariciando a bochecha de leve antes de inclinar-se e beijá-la, um beijo suave e cheio de carinho, como se quisesse prolongar aquele momento.
Quando se separaram, Olivia o encarou, sentindo a felicidade aquecer o peito.
— O que foi? — ele perguntou, rindo levemente ao notar o olhar fixo dela.
— Só estava pensando... — ela começou, passando os dedos pelos cabelos bagunçados dele. — Que você não é nada do que eu pensei que fosse.
— Ah, é? — Fabrício riu, inclinando-se para beijá-la de novo, mas dessa vez no pescoço, o que fez Olivia fechar os olhos por um segundo. — E o que você achava que eu era?
— Um completo idiota selvagem, que só queria irritar todo mundo. — ela riu, o corpo relaxado enquanto ele continuava a distribuir beijos leves no pescoço dela.
— Selvagem? — ele ergueu a cabeça, rindo alto dessa vez. — Nunca me chamaram disso.
— Pois é, um selvagem irritante e convencido — ela provocou, rindo junto com ele.
Fabrício balançou a cabeça, ainda rindo, e a puxou mais para perto, enterrando o rosto no pescoço dela, deixando escapar um suspiro satisfeito.
— Bom, talvez eu fosse isso mesmo... até você aparecer. — ele disse, beijando o ombro dela com delicadeza.
Olivia riu e lhe deu um pequeno empurrão de brincadeira, o corpo dela todo aconchegado contra o dele.
— Ah, claro — ela zombou, rolando os olhos. — Muito dramático.
— Sério! — ele respondeu, rindo, e depois olhou para ela com um brilho nos olhos. — Não realmente consigo parar de pensar em você, Liv. Tá difícil esconder isso dos outros, até.
Ela sentiu o rosto esquentar, o coração disparado.
— Então, por que você tenta esconder? — ela perguntou, a voz saindo mais suave do que ela esperava.
Fabrício sorriu, os olhos dele passeando pelo rosto dela, e depois se inclinou, beijando-a novamente, dessa vez de forma mais apaixonada, como se a resposta estivesse naquele beijo.
Quando finalmente se afastaram, ele olhou nos olhos dela, e murmurou:
— Acho que não quero mais esconder.
Olivia sorriu, o coração explodindo de felicidade. Eles ficaram ali, trocando olhares e beijos preguiçosos, até que o sono foi embora de vez e o mundo começou a acordar lá fora.
— Você é linda .— Fabrício sussurrou depois de um tempo em silêncio, beijando o ombro dela, e Olivia riu de leve, mordendo o lábio.
— Eu sei que sou. — ela tentou brincar, mas seu coração estava acelerado demais para parecer casual.
— Modesta também, né? — ele provocou de volta, mas o tom de voz dele era baixo, como se o momento fosse tão delicado que ele não queria quebrar a conexão entre eles.
— Não se acostuma. — Olivia sussurrou, de forma provocativa, enquanto descia as mãos pelas costas dele até parar na cintura. Fabrício sorriu contra a pele dela e riu.
— Difícil não me acostumar quando você está assim, tão perfeita.
Fabrício sorriu contra o pescoço dela, seus lábios roçando suavemente a pele de Olivia enquanto sentia o perfume floral delicado que ela usava. Ele a puxou mais para perto, seus corpos colados na cama, e quando a boca de Olivia encontrou a dele, o beijo foi lento, profundo, carregado de emoções que pareciam estar crescendo dentro de ambos desde o começo.
No meio do beijo, em um sussurro suave e repentino, Fabrício parou por um segundo, os olhos fechados, e disse:
— Eu amo você, Olivia.
As palavras saíram como uma confissão sincera, sem artifícios, e o coração de Olivia pareceu parar por um momento. Ela ficou completamente sem palavras, os olhos arregalados por um instante, mas logo um sorriso tímido surgiu em seu rosto.
— O quê? — ela perguntou, rindo nervosa, mas com uma felicidade evidente nos olhos. — Você... você tá falando sério?
Fabrício sorriu de volta, os olhos brilhando de uma forma que ela nunca tinha visto antes.
— Tô. — Ele deu de ombros, como se fosse a coisa mais simples do mundo. — Eu te amo. Achei que você já tinha percebido isso, Liv. Eu gosto de tudo em você... o jeito como você ri, o jeito como você me provoca, como você fica linda quando tá irritada. — ele segurou o rosto dela com cuidado, os polegares acariciando suas bochechas. — E agora, quando você tá aqui comigo, assim... Não consigo mais esconder.
Olivia sentiu um calor diferente se espalhar por seu corpo. As palavras dele ecoavam em sua mente, e de repente, tudo fazia sentido. Fabrício, com todos os seus gestos, provocações e olhares intensos, sempre estivera ali, mas agora ela via tudo com clareza.
— Eu... — Olivia respirou fundo, como se tentasse achar as palavras certas. — Eu acho que também te amo. — ela mordeu o lábio inferior, insegura, mas não desviou o olhar. — Mesmo que você ainda me tire do sério o tempo todo.
Fabrício riu, puxando-a para mais um beijo, dessa vez mais suave, cheio de carinho. Quando eles se afastaram, Olivia ainda sorria, o coração batendo rápido.
— E agora? — a loira perguntou, os olhos brilhando. — O que isso faz da gente?
Fabrício a olhou com ternura e brincou:
— Acho que isso faz de nós um casal, né?
Olivia riu, encostando a testa na dele.
— Um casal... — ela repetiu, como se estivesse experimentando a palavra pela primeira vez. — Um casal com você. — Olivia riu novamente, como se a ideia fosse quase surreal.
— Parece difícil de acreditar? — Fabrício perguntou, rindo junto com ela.
— Um pouco. — admitiu. — Quero dizer, você... Ah, não sei. — Olivia deu de ombros, ainda rindo. — Você é todo cheio de tatuagens, o jeito que andava pelos corredores, as histórias que eu ouvia... Sei lá, parecia que você só fazia o que queria e pronto. Não tava nem aí pra ninguém.
Fabrício riu, balançando a cabeça enquanto ouvia.
— Bom, talvez eu fosse meio assim antes... mas então você apareceu e começou a me olhar com aquela cara de "você é um idiota" e eu não consegui mais te tirar da cabeça. — ele falou com um sorriso suave, beijando-a novamente, e Olivia retribuiu o beijo, sentindo o coração derreter a cada palavra.
— Eu realmente achava que você era um idiota. — Olivia brincou, rindo, e ele riu junto.
— Então, o que te fez mudar de ideia? — ele perguntou, provocando.
— Talvez tenha sido quando você começou a ser mais... carinhoso. — ela deu um sorriso malicioso. — Mas não muito. — Olivia piscou para ele, fazendo Fabrício rir mais.
— Não muito, né? — ele repetiu, beijando-a no pescoço dessa vez, fazendo-a arrepiar.
Eles passaram longos minutos trocando selinhos, conversando sobre as primeiras impressões, rindo das diferenças entre o que pensavam um do outro no começo e o que realmente havia se mostrado. Cada confissão era recebida com risos, abraços e toques suaves, enquanto o clima ao redor deles ficava cada vez mais leve e íntimo.
— Eu te adoro assim, Liv — Fabrício sussurrou em um momento, os dedos acariciando o braço dela. — Solta, à vontade. É como se eu finalmente estivesse vendo quem você realmente é, e isso me faz te amar mais ainda.
Olivia se aconchegou nos braços dele, deitando a cabeça sobre o peito de Fabrício, sentindo o calor do corpo dele a confortar.
— Também me sinto assim... — ela disse, quase num murmúrio. — É como se eu pudesse ser eu mesma com você.
— E você pode. — Fabrício respondeu, beijando o topo da cabeça dela com carinho. — Sempre.
A luz da manhã já entrava com mais força pelas janelas quando Olivia finalmente se espreguiçou e percebeu que era hora de voltar para casa. Ela suspirou, sentindo o calor gostoso do corpo de Fabrício ao lado do seu, mas sabia que não poderia ficar ali para sempre.
Com cuidado, ela se levantou da cama, jogando as pernas para fora e começando a procurar suas roupas espalhadas pelo quarto. Fabrício, ainda deitado, apenas a observava em silêncio, os olhos passeando por cada detalhe do corpo dela enquanto ela caminhava pelo quarto.
— Tá me olhando por quê? — ela perguntou, jogando um sorriso provocador por cima do ombro, ciente do olhar dele sobre ela.
Ele riu, apoiando a cabeça no travesseiro.
— Difícil não olhar. — respondeu com aquele tom charmoso que fazia o coração dela acelerar. — Você é linda.
Olivia revirou os olhos, embora o elogio tivesse trazido um sorriso bobo aos lábios dela. Ela continuou a procurar sua calcinha, mas não a encontrou em nenhum lugar visível.
— Você viu a minha calcinha por aí? — perguntou, olhando para ele.
Fabrício ergueu a mão, exibindo a peça de roupa com um sorriso travesso.
— Tá comigo. — disse, balançando-a no ar.
Olivia cruzou os braços e deu alguns passos até ele, fingindo irritação.
— Fabrício, devolve. — ela tentava parecer séria, mas a provocação em seus olhos denunciava o quanto estava se divertindo.
— Vem pegar. — ele desafiou, o sorriso se alargando.
Ela riu e, num movimento rápido, avançou até ele, tentando pegar a peça de sua mão, mas Fabrício foi mais rápido, puxando-a de volta para a cama e roubando-lhe um beijo, cheio de brincadeira e carinho.
— Você é muito chato. — ela resmungou contra os lábios dele, mas sem parar de beijá-lo.
— Eu sei. — ele respondeu, rindo, antes de soltá-la para que pudesse finalmente se vestir.
Depois de alguns minutos, já devidamente arrumados, eles foram juntos até o banheiro. Olivia pegou uma escova de dentes descartável que Fabrício tinha guardada, e os dois ficaram lado a lado na frente do espelho, escovando os dentes em silêncio, mas trocando olhares divertidos pelo reflexo.
— Parece até que a gente mora junto. — ele comentou com a boca cheia de espuma.
— Não se empolga. — Olivia respondeu, rindo e dando um pequeno empurrão nele com o ombro.
Quando terminaram, Olivia pegou sua bolsa e estava pronta para sair. Fabrício olhou para ela e notou que o ar frio da manhã se intensificava do lado de fora.
— Tá frio lá fora. — ele disse, já se aproximando do armário. — Pega isso.
Ele puxou um moletom vermelho escuro da faculdade, com "Direito" escrito em letras grandes na frente, e entregou para Olivia. Ela olhou para a peça e, antes de vesti-la, não resistiu à provocação.
— Ah, sim. Moletom de futuro advogado. Bem o seu estilo, hein?
Fabrício riu, observando-a enquanto ela vestia o moletom que ficou grande demais, caindo até o meio das coxas dela.
— Você fica bem melhor com ele do que eu. — ele disse, puxando-a para mais um beijo rápido.
Quando desceram as escadas e chegaram à sala, onde os outros rapazes da República Tcheca estavam jogados no sofá e espalhados pelo ambiente, os olhares logo se voltaram para eles.
— Olha só quem tá saindo toda agasalhada do quarto do Fabrício. — Dom comentou com um sorriso malicioso.
— Tá rolando, hein? — Joel completou, rindo, enquanto o grupo se juntava nas provocações.
Olivia sentiu o rosto esquentar, um pouco envergonhada com tanta atenção, mas antes que pudesse dizer qualquer coisa, Fabrício levantou a mão, impaciente.
— Cala a boca, vocês! — ele disse, sério, mas com um sorriso no canto dos lábios ao perceber que Olivia estava corada. — Deixem a minha garota em paz.
Aquelas palavras só fizeram o grupo rir ainda mais, mas Fabrício os ignorou, voltando-se para Olivia.
— Vamos embora. — ele disse, segurando a mão dela e a puxando para a porta, sem dar chance para mais provocações.
Quando chegaram ao carro, ele a ajudou a entrar e deu a volta para o lado do motorista. Durante o caminho até a República das Imperatrizes, o silêncio entre eles era confortável, mas cheio de sentimentos não ditos. Quando estacionou em frente à casa dela, Fabrício a olhou com um sorriso.
— Obrigado por ontem. — ele disse, a voz baixa e suave.
Olivia sorriu de volta, os olhos brilhando com a lembrança da noite.
— Eu que agradeço.
Eles se inclinaram ao mesmo tempo, e o beijo que trocaram foi lento, doce, e cheio de significados. Quando finalmente se separaram, Olivia abriu a porta do carro e, antes de sair, olhou para ele uma última vez.
— Te vejo por aí? — ela perguntou, ainda com um sorriso nos lábios.
— Sempre. — ele respondeu, sorrindo.
E com isso, ela saiu, puxando o moletom de Fabrício mais para perto do corpo enquanto caminhava em direção à casa. O frio da manhã já não parecia tão intenso.
Logo, entrou em casa com o moletom de Fabrício quase cobrindo todo o corpo, tentando ser o mais discreta possível. O som de risadas e vozes vinha da cozinha, onde as meninas estavam tomando café da manhã, e ela sabia que, se elas a vissem daquele jeito, o interrogatório seria inevitável. Ela tentou passar rapidamente pelo corredor em direção ao seu quarto, mas, claro, foi notada.
— Olivia, volta aqui! — a voz de Camila soou firme, mas brincalhona, e Olivia parou no meio do caminho, mordendo o lábio com um sorriso travesso, já sabendo que não tinha escapatória.
— Não adianta fugir, Oli! — Carol chamou, rindo. — Queremos saber tudo!
Suspirando, Olivia se virou lentamente, com o rosto ainda iluminado por um sorriso tímido. As meninas estavam todas reunidas em volta da mesa, com xícaras de café nas mãos e olhares curiosos.
— Não tenho nada pra contar. — Olivia tentou disfarçar, mas o sorriso em seus lábios a traiu.
— Ah, não tem? — Bruna arqueou uma sobrancelha, a expressão claramente cética. — E esse moletom, hein?
Nesse momento, o olhar de todas se voltou para a peça de roupa que Olivia vestia, o grande "Direito" estampado na frente. Foi quando Carol, com sua irreverência de sempre, disparou a pergunta que fez Olivia perder a compostura de vez.
— Deu pra ele, Olivia?
A pergunta foi tão direta e inesperada que Olivia, mesmo tentando manter uma pose séria, não conseguiu segurar a risada. Ela levou a mão à boca, tentando conter o riso, mas já era tarde demais. As meninas explodiram em risadas junto com ela, e Camila, sempre a mais protetora, apenas balançava a cabeça, sorrindo.
— O quê? Não! — Olivia tentou negar, mas estava rindo demais para ser convincente.
— Ah, tá bom! — Rafa brincou, fazendo gestos exagerados com as mãos. — Você tá com o moletom do cara, tá rindo toda boba, e quer que a gente acredite que nada rolou?
Olivia revirou os olhos, ainda rindo, e se aproximou da mesa, já sabendo que seria impossível fugir das perguntas. As meninas estavam claramente empolgadas e curiosas, os olhos brilhando enquanto esperavam por mais detalhes.
— Tá, tá, eu conto. Mas não vou entrar em muitos detalhes, ok? — ela avisou, ainda com o sorriso estampado no rosto.
As meninas assentiram, mas Olivia sabia que, no fundo, queriam saber tudo. Ela se recostou na cadeira e começou a contar de forma resumida, descrevendo a noite que passou com Fabrício, mas sem entrar em momentos muito íntimos. Apenas mencionou que passaram o tempo juntos, conversaram e, bem... uma coisa levou à outra.
— E foi... diferente, sabe? — Olivia disse, com um leve brilho nos olhos. — Eu estava nervosa, mas ele foi super carinhoso.
— Claro que foi, né? — Anita disse com um sorriso travesso. — Ele tá na sua, Oli, não é óbvio?
Olivia revirou os olhos, mas por dentro, uma parte dela sabia que Anita tinha razão. Fabrício havia sido cuidadoso, atencioso, e o jeito como ele a tratou naquela noite mostrou um lado dele que ela não esperava.
— E agora? Vocês estão juntos? — Carol perguntou, ansiosa.
— Não é nada sério... ainda — Olivia respondeu, mordendo o lábio, meio insegura. — A gente tá só... curtindo, sabe?
— Ah, "só curtindo". — Rafa repetiu, com um tom zombeteiro. — Até parece!
As meninas começaram a rir de novo, claramente felizes por Olivia, e embora ela estivesse envergonhada com tantas perguntas, também estava radiante por dentro.
— Ok, chega de interrogatório! — Olivia finalmente disse, se levantando da cadeira com um sorriso. — Vou pro quarto arrumar minhas coisas.
— Vai, vai! Mas depois você conta mais, hein? — Camila disse, ainda rindo, enquanto Olivia se afastava.
— Não prometo nada! — ela respondeu por cima do ombro, jogando uma última risada para as meninas, antes de correr para o quarto, com o coração leve e um sorriso que parecia não querer sair do rosto.
Ela entrou no quarto e fechou a porta, encostando-se por um momento e respirando fundo. Aquela manhã, cercada pelas brincadeiras e alegria das amigas, apenas ampliava a sensação boa que ela já sentia. Colocando sua bolsa sobre a cama, Olivia começou a ajeitar suas coisas, o moletom de Fabrício ainda envolvendo seu corpo, e o calor daquela peça de roupa a lembrava, a cada segundo, da noite anterior.
Ela estava feliz. Feliz de verdade.
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