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CAPÍTULO 3

 Pela janela do seu quarto, Adeel admirou o céu de Éo como se fosse a primeira vez. Uma noite sem nuvens ou tempestades era extremamente rara naquele planeta gélido. A linha vertical, fina e brilhante, formada pelo anel planetário, só era visível nestas ocasiões e, especialmente naquele dia, o ciclo trazia Lefter, a lua mais bonita, com sua coloração azul-turquesa. Um pouco abaixo, branca e menos chamativa, Satiris, a Lua de Ferro, como os antigos chamavam na época em que a exploração do metal ainda era permitida.

— Major Adeel — chamou uma voz do comunicador preso à sua cintura.

— Na escuta, Nur — respondeu prontamente. — Já pedi para não me chamar assim — soltou o ar com uma risada. — Crescemos juntos!

— Desculpa, mas o Conselho não me deixaria pilotar sequer uma nave-lixeira se eu te chamasse do que você merece. — Desta vez os dois riram bastante. — Mas é sério — interrompeu, contendo o riso —, Zahra está te esperando numa chamada por vídeo.

— Tudo bem — respondeu rápido —, já estou a caminho. Desligo.

O jovem Major caminhou pelos corredores do alojamento em direção à sala de comunicação. Um clima alegre tomava o local. As pessoas ficavam mais felizes em noites bonitas como aquela.

— Meu amor, que saudade! — gritou a mulher de pele negra e olhos grandes no outro lado da tela. — Você está muito magro. Não está se alimentando direito, né? Sabia que eu precisava ter ido com você. Nur prometeu que te faria comer alguma coi...

— Calma! — interrompeu Adeel, colocando as mãos para o alto. — Eu tô bem. A tela emagrece mesmo — mentiu.

— Mentiroso — retrucou. — Eu bem sei que você odeia a comida do alojamento. Vou levar alguns bolinhos quando for aí te ver.

Adeel sorriu.

— Não precisa. Já te falei. A instalação do módulo de agricultura está quase acabando. Acho que no máximo em três luas cheias eu estarei aí. Casaremos no início da Estação Vazante, como você sempre quis.

Zahra apertou os lábios e fechou os olhos para segurar a emoção.

— Jura? Nem acredito! — franziu de repente a testa numa expressão séria. — Apocs ou Zandrares? — indagou assim que lembrou dos dois satélites de Sion e suas diferentes fases.

Antes que Adeel pudesse responder, a transmissão foi interrompida. Um falatório tomou conta da sala. O Major esperou alguns minutos, pois sabia que aquele tipo de interferência acontecia muitas vezes. Acabou desistindo quando um engenheiro avisou que o problema poderia ser na antena. Amanhã eu ligo pra ela, resolveu. Então, foi conferir como estavam as instalações do novo módulo. Nem acredito que em breve teremos frutas frescas, pensou assim que olhou para o relógio digital e lembrou do que tinha para o jantar.

— Nur — chamou no comunicador enquanto caminhava pelo espaço comum da colônia: uma espécie de centro, com diversas praças e árvores de folhas amareladas, comuns em Sion. Havia ali circulação constante de pessoas que viviam na colônia, sob um domo translúcido que dava uma excelente vista para o céu.

— Estou escutando, Major — respondeu a voz do outro lado do aparelho.

— Já falei pra me chamar pelo nome — retrucou —, ou vou ter que dar uma ordem?

— Fala logo! — o amigo riu. — Gosto de mexer contigo.

— Você pode liberar minha entrada no módulo de agricultura? Esqueci o meu cartão de acesso no quarto.

— Ué, o senhor não estava numa chamada com a Zahra?

— Sim, mas a transmissão caiu. Problemas na antena, eu acho.

Um curto silêncio antecedeu a resposta.

— Estranho... As antenas são responsáveis pela comunicação interna também. Não estaríamos conversando se estivessem com problemas.

Adeel colocou o dedo indicador no painel ao lado da porta dupla de vidro e viu seu rosto aparecer no visor.

— Estranho mesmo. — Olhou para o céu através do gigantesco domo de proteção ao adentrar o gigantesco espaço que seria dedicado às plantações da colônia. — Satiris também não está em posição de interferência — conferiu a posição da lua menor. — Deve ser algo em Sion.

— Sim, vou ver com...

O comunicador ficou mudo segundos antes de toda a luz da colônia se apagar. Adeel chamou o amigo mais algumas vezes, mas o comunicador estava apagado. Desligado. Assim como o seu relógio e tudo mais que funcionasse com energia. Pulso eletromagnético, pensou com os olhos arregalados. Explicava a falha nas comunicações externas e aquele tipo de apagão.

Adeel quebrou o vidro do módulo de agricultura para sair e passou, desta vez a passadas largas, pelo centro, muito agitado e confuso por conta da escuridão. Correu desesperadamente para a sala de controle. Teriam de consertar os geradores agora mesmo caso não quisessem morrer sufocados.

— Major, todas as comunicações foram cortadas — informou Nur logo que viu o amigo entrar na sala. — Nenhum equipamento funciona.

— Eu sei — respondeu. — Mande a engenharia se concentrar nos geradores. Sem eles, só teremos mais doze horas de oxigênio. — E, falando baixo no ouvido do homem negro e alto: — acho que foi um pulso eletromagnético. Pode ter sido um ataque.

Nur olhou para o superior, abaixou a cabeça, pensativo, e tornou a olhar.

— Quem o senhor acha que faria isso? Deve ter sido apenas uma tempestade solar.

— Acho pouco provável. Além disso, Tchuk e Lola, nossas outras luas, nos protegeriam de uma tempestade solar. Consertem os geradores. Quero oxigênio e defesas funcionando o mais rápido possível — olhou para a grande janela panorâmica da ponte de controle e apontou para o céu. — Reconhece aquelas estrelas?

As luzes, cinco ao todo, tornavam-se maiores à medida que os segundos se passavam. Nur arregalou os olhos azuis e saiu correndo para a sala dos geradores antes que Adeel dissesse mais alguma coisa. Se aquilo fosse realmente um ataque, não haveria como lutar ou pedir ajuda.

As naves eram grandes, feitas de um metal escurecido e liso. Definitivamente não eram siônicas. O formato triangular, sem janelas ou portas, chamava a atenção. Não faziam qualquer barulho e sequer pareciam ter propulsores, pois flutuavam como se estivessem dentro d'água. Permaneceram levitando sobre a colônia por alguns minutos.

A energia ainda não havia sido restabelecida. Adeel observava os objetos voadores pelo domo do espaço comum, junto com todos os outros militares da colônia. Os civis já estavam no abrigo, a vinte metros no subsolo. Restava agora esperar o próximo passo.

— Major — chamou uma voz feminina por trás de sua cabeça.

— Munira — ele reconheceu a jovem soldado de cabelos vermelhos —, alguma notícia dos geradores?

— Não, senhor, mas o pessoal conseguiu consertar o laser da torre.

— Ótimo — respondeu, aliviado. — Levem uma equipe e fiquem a postos. Vamos tentar comunicação, mas precisamos estar preparados... — O jovem Major foi interrompido por um estrondo, que o jogou ao chão, seguido de outro e mais outro.

Estavam atacando. Adeel ficou aterrorizado ao calcular que as explosões vinham da área dos geradores. A torre também queimava à sua direita. O olhar dos soldados era de espanto. Ninguém jamais havia visto algo como aquilo. Em todos os 27 anos de colonização extra-siônica, era a primeira vez que viam sinais de vida inteligente. Tinham apenas armas pequenas para se protegerem de uma força daquele tamanho; pedras para combater gigantes.

— Todos para os abrigos — gritou o Major. — Agoraaaaaaaa!

Uma luz forte tomou abruptamente o ambiente e cegou Adeel. Também não ouvia absolutamente nada. O que é isso? Sentiu seu corpo ser envolvido por algo muito quente e úmido, que o apertava e travava seus movimentos. Uma onda dolorosa o privou de todos os sentidos, e apenas a agonia tomou seu corpo. Então é isso que sentimos quando morremos?, pensou antes de tudo se apagar completamente. 

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