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CAPÍTULO 26

 — Entramos no cruzador — a Capitã avisou pelo rádio. — Vamos partir pra fase dois.

— Entendido — respondeu rigidamente Adeel. — Sejam rápidos.

O interior da nave era completamente diferente do que todos imaginavam. Paredes claras e um espaço aberto bem distribuído. Era uma espécie de Ponte de Comando, mas não parecia ter hierarquia de posições. Os assentos eram distribuídos aleatoriamente pela sala de chão azulado. Zétka e Jad foram vasculhar a parte de trás da nave, enquanto Paki e os gêmeos checavam a parte da frente. Zahra continuou onde estava, admirando a ausência de botões ou telas naquele compartimento. Como eles navegam?, pensou enquanto mexia num dos assentos flutuantes. Não tinha pés e, assim como a nave, sequer tocava o chão para permanecer firme. Sem janelas, visores ou qualquer tipo de controle.

— Lá atrás só tem vestiários e aposentos — Zétka informou assim que voltou da ronda. — Está tudo vazio.

Jad vinha logo atrás dela, seu rosto era de preocupação.

— Conseguiu descobrir como pilotar essa coisa?

— Não — respondeu sem olhar para ele. — Essa nave não tem nenhum botão, painel ou visor. Acho que não conseguiremos tirar isso daqui.

— Então é melhor voltarmos — completou o Tenente.

Paki e os gêmeos retornaram de sua ronda e relataram exatamente o que os outros haviam visto. Parecia que a nave não tinha lados definidos. Dependendo da ocasião, a frente virava lateral e a lateral virava costas, Oli teorizou. Aquela sala oval, definitivamente, era o centro de comando, mas como pilotar um cruzador que não tinha controles? Zahra caminhava em círculos, pensando no que poderia fazer para ativar aquela coisa. Tentou tocar nas paredes, sentar nas cadeiras flutuantes, mas nada adiantava.

— Parece que teremos que ir embora sem uma nave — comentou com o grupo antes de pegar o rádio para avisar Adeel. Parou por um instante, pensativa. — Jad — olhou para o homem ao seu lado —, quando você e o Adeel encontraram aquele mapa, como foi que o ativaram mesmo?

— Ele apertou alguns botões e o mapa apareceu, não foi tão difícil.

Assentiu. Adeel tinha certeza de que aquilo era um comunicador. Rasgou um pedaço de pano de sua própria roupa e jogou para o alto. Como numa dança, o tecido rodopiou no ar e parou de repente, flutuando em espiral no centro da sala oval. Todo mundo ficou olhando atentamente para saber o que mais aconteceria, mas nada mudou, o tecido continuou ali, em suspenso, como se alguma força o levantasse.

— Gravidade! — Zahra sorriu. — No planeta em que vocês estavam só tinha botões porque o buraco negro não permitia mais que manipulassem a gravidade com precisão — caminhou até o pedaço de tecido e deu um pequeno pulo em cima de onde estava.

Como um passe de mágica, um sistema solar apareceu, formando um holograma que tomava toda a Ponte. Todos os olhos brilharam com aquela visão majestosa. Era como se o espaço estivesse ali em miniatura.

— Parece que a tecnologia deles funciona à base de interações gravitacionais. — A Capitã, que flutuava a cerca de dez centímetros do chão, começou a navegar no mapa, viajando pelos sistemas, pressionando as luas de sangue e procurando algo específico. — E, ao que parece, um dos requisitos para isso ser possível é que o operador acredite que ela possa ser manipulada. — Deslizava pelos planetas, asteroides e buracos negros com cada vez mais velocidade, a ponto dos outros observadores não entenderem mais o que estava fazendo ou qual seria o seu objetivo. Até que parou.

A imagem mostrava uma megaestrutura esférica do tamanho de um planeta, mas sem atmosfera. Era feita de algum material sintético, talvez metal, intercalado com algo que parecia vidro, ou qualquer outra coisa translúcida que permitia ver o seu interior. Parecia ter vários níveis a partir do centro. Centenas de naves triangulares gigantes, tal como a que estava lá fora, orbitavam a esfera como se fossem satélites. Zahra tinha certeza de que se tratava da base espacial dos seus invasores.

Caminhou até Paki e pegou o rádio que estava em suas mãos.

— Sabemos pra onde levaram os siones — falou no rádio.

— Entendido — Adeel respondeu, sério. — Saiam daí o mais rápido possível.

— Não sabemos como ligar a nave.

— Eu sei que a mulher que eu amo dará um jeito. Adeus, meu amor. — O rádio ficou mudo.

— Adeel — chamou mais uma vez. — Adeeeeeel!

Zahra não entendia o que tinha acontecido. Ele disse que a amava e se despediu. O aperto no peito voltou a incomodar. O que ele estaria fazendo? Todos os rostos encaravam a Capitã em busca de uma definição. Ela queria ver o seu amado o mais rápido possível e, dessa vez, não faria nenhum jogo duro. Iriam finalmente se beijar e se amar para sempre.

— Sentem-se, todos — ordenou para a tripulação e caminhou em direção ao meio da Ponte de comando. Fechou os olhos e respirou fundo. Tomara que eu não caia, pensou antes de se jogar de costas.

Quando abriu os olhos, percebeu que estava flutuando, numa posição onde parecia estar sentada numa cadeira invisível. O mapa se apagou, mas Zahra sabia que poderia chamá-lo de volta a qualquer momento. Ela, na verdade, sentia que a nave era parte de sua consciência. Faria tudo o que ela quisesse. Estamos salvos.

— Saia daí — uma voz atrapalhou o seu raciocínio. Olhou para trás e viu Jad apontando-lhe a arma laser. — Saia daí agora.

— Você ficou louco! — Paki se levantou em defesa de sua Capitã, mas foi alvejado por um disparo rápido, que lhe derrubou no chão.

Mirou a arma novamente para Zahra e ordenou:

— Saia daí agora. Não vou pedir novamente — caminhou para mais perto ainda e encostou a ponta da arma na têmpora da Capitã. — Vocês — olhou para o resto do grupo —, joguem as facas e armas, ou acabarão como ele — apontou para o corpo morto de Paki. Todos jogaram as suas armas para perto de Jad.

— Eu sabia que não deveria confiar em você — Zahra bradou enquanto ficava de pé.

— Eu falei pra não virem. Falei pra irmos embora, mas vocês são a raça mais persistente e cabeça-dura que eu já vi — empurrou a Capitã e encostou a arma em suas costas. — Só queríamos um lar. Seria pedir muito? Depois de tudo o que ensinamos pra vocês, nos pagam dessa forma?

— Vocês mataram milhares de pessoas — foi a última coisa que Zahra conseguiu falar antes da primeira explosão, que estremeceu a nave, fazendo todos desequilibrarem e caírem, exceto Zétka, que tinha um controle fora do normal. O homem foi ao chão e, antes que pudesse levantar a arma novamente, uma lâmina afiada arrancou a sua cabeça com um golpe quase cirúrgico.

Muito sangue espirrou para todo lado, inclusive no rosto de Zahra. Zétka ainda segurava a faca com toda a força. Mais duas explosões puderam ser ouvidas. A Capitã retornou ao seu lugar e abriu um visor virtual que possibilitava a eles verem o que acontecia lá fora. A nave maior estava pegando fogo e algo descia do céu a toda velocidade. Zahra aumentou o zoom com as mãos e pôde ver o que estava causando aquele estrago: a Enir-7. Ela descia na vertical a toda velocidade, disparando as armas que Oli havia instalado. A rota era de colisão.

— Oli e Stin! — gritou. — Peguem as outras naves e saiam daqui imediatamente! — Os dois correram para fora sem questionar.

Abriu um canal de comunicação com a Enir-7:

— Adeel, pare com isso! Já pegamos as naves! — as lágrimas escorriam do seu rosto. — Você não precisa fazer isso. Você precisa ficar vivo. Saia daí! — o choro já descontrolava a sua voz. — Sai daí, por favor. Eu te amooooooooo! — gritou pela última vez.

Uma explosão poderosa, maior do que tudo que já havia visto, formou um clarão que cegou Zahra por alguns segundos. Sem que percebesse, havia conduzido a nave para longe dali. As outras duas, conduzidas pelos gêmeos, seguiam no seu encalço. Quando recuperou a visão, viu o monstro em chamas. Adeel estava morto. Como a vida poderia lhe pregar essa peça tão dura? Sofreu a morte do seu grande amor duas vezes na mesma vida. Ela não tinha mais forças. As lágrimas saíam como rios de seus olhos negros. Zétka estava ao seu lado, de joelhos no chão, chorando a morte do primo que mal teve a chance de conhecer. Ninguém teve chance.

Fechou os olhos e pensou em Ohm. A nave faria o resto.





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