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CAPÍTULO 22

 A ponte estava cheia. Adeel entrou devagar, empurrando a cadeira com a mão direita, enquanto secava a boca machucada com a outra mão. As pessoas não perceberam sua presença até que começou a pedir passagem. Jad e Paki estavam de pé, como bons imediatos, ao lado da Capitã, que guiava a nave. Bem ao longe, um ponto avermelhado indicava a Floresta Rubra. A paisagem desértica começava a dar lugar a tufos de plantas com folhas vermelhas e amarelas, cada vez mais frequentes. Em pouco tempo o Major estaria de novo em sua terra, com seu povo.

— Senhora, a leitura térmica deu negativo novamente — disse Goly, o rapaz careca, do seu posto.

— Tente mais uma vez — ordenou Zahra.

— O que está acontecendo? — sussurrou Adeel a Paki.

— A leitura térmica não encontrou sinais de vida — respondeu abaixado, próximo ao ouvido do jovem cadeirante. — A Capitã já mandou o pobre garoto repetir a operação dezenas de vezes.

Um aperto tomou o peito de Adeel. Primeiro Zat e agora Ohm. Estava um pouco mais esperançoso quando soube que o País 3 havia resistido. Pelo visto, o que encontrariam era mais uma cidade-fantasma. Será que nem isso ele conseguiria? Será que não havia sobrado ninguém no planeta? Assim como os seus ancestrais, há milhares de anos, estariam fadados a reconstruir o mundo depois de um grande extermínio?

— O que aconteceu com a sua boca? — perguntou Jad.

— Um acidente. Estou bem.

Todos olhavam apreensivos a Floresta que crescia no visor. Estava quase como Adeel havia deixado: as copas das árvores muito altas, que não deixavam que um observador aéreo avistasse o chão. Os troncos escuros extremamente largos, cujos interiores ocos chegavam a servir como moradia para alguns habitantes.

Como um raio, uma espécie de bola de fogo passou muito perto da nave, fazendo Zahra desviar abruptamente. Mais uma bola surgiu, passando muito perto do casco da Enir-7.

— Goly! Que porcaria é essa? — gritou com o jovem operador.

— Não detectamos canhões de prótons. Devem ser armas por combustão —respondeu rapidamente o rapaz. — Continuamos sem sinais de calor.

— Isso é impossível! Quem está... — Puxou o manche mais uma vez para desviar de um tiro — ...atirando em nós?

— Não temos leitura nenhuma, estamos às cegas.

— Droga! — digitou uma sequência rápida e virou a nave para a esquerda. — Segurem-se! — puxou o manche para o outro lado e acelerou a nave.

Todos os que estavam na ponte foram arremessados para trás. Adeel teve que se segurar para evitar ser derrubado no chão. A Enir-7 fez um arco lateral, formando um trajeto em espiral que dificultava a mira dos inimigos. Era uma manobra arriscada, mas, se desse certo, deixaria a nave em posição de vantagem. O único problema era que a nave não tinha armas.

Paki vomitou no terceiro loop. Já estavam bem acima do ponto de tiro, mas Zahra passou direto, acelerou reto por mais algumas centenas de metros e freou a nave, jogando todos para frente. Circulou o pátio e pousou a Enir-7 exatamente no meio da Clareira.

— Eles estão atirando com armas de combustão. Duvido que sejam os invasores — respondeu a Capitã aos olhares assustados. — Ninguém usa isso há séculos.

— E o que faremos agora? — questionou Jad enquanto ainda se levantava, sentindo dor nas costas.

— Temos três pistolas de laser a bordo. Três de nós irão ficar de tocaia do lado de fora, enquanto o resto espera aqui dentro. Se forem habitantes de Ohm, Adeel fala com eles e resolvemos as coisas. Se forem inimigos, atiramos para matar o máximo que conseguirmos.

— Isso aí — Adeel concordou — mas quem vai descer?

***

Zahra, Jad e Paki desceram rapidamente da nave e posicionaram-se atrás das árvores com as únicas armas em suas mãos. Já haviam esperado quase trinta minutos; nenhum sinal de movimentação. Estavam quase desistindo e voltando, quando Jad avistou um grupo de cinco pessoas se aproximar da Enir-7. Empunhavam barras de metal, facas e pedras. Usavam roupas normais e eram, provavelmente, habitantes. Ou alguém se passando por habitante, pensou Paki. Os três permaneceram em silêncio, observando a movimentação tosca dos cinco. Como Zandrar estava cheia, fornecendo um pouco de luz naquela noite, foi possível identificar duas mulheres, uma loira muito bonita e outra ruiva, e três homens, dois bem parecidos, de cabelos longos, apesar de um ter barba e o outro não, além de um negro, alto e forte, com tranças nos cabelos.

— Podemos rendê-los facilmente se quisermos — afirmou Jad, olhando para Paki e depois para Zahra.

— Espera um pouco — respondeu a Capitã, apontando para uma região de sombra numa árvore gigantesca do outro lado da Clareira. — Tem outros ali. Acho melhor observarmos mais um pouco.

— E eu acho melhor vocês largarem as armas — soou uma voz feminina atrás da cabeça da Capitã, que se virou imediatamente apenas para ver seu imediato com um facão encostado em seu pescoço.

Jad largou a arma imediatamente e olhou assustado para Zahra, que permanecia com a sua em punho, mirando em direção à mulher misteriosa.

— Largue a faca! — ameaçou. — Ou eu juro que acerto a sua cabeça. Não costumo errar dessa distância.

— Não costuma mesmo — Paki completou, engolindo com dificuldade o pouco de saliva que ainda havia na boca.

A mulher de olhos puxados e rosto fino apertou mais a lâmina no pescoço de seu refém.

— Você não me acerta antes de eu matar o seu amigo.

— Menina... — meneou a cabeça enquanto sorria — O seu blefe só funcionaria se eu me importasse com a vida dele. Eu não vou largar a minha arma, pode matá-lo se quiser, mas isso só vai pesar na sua consciência.

As duas mulheres ficaram se encarando por alguns segundos. Parecia que saía faísca dos seus olhos. Zahra estava prestes a atirar na mão da rival quando ouviu uma voz masculina grossa cortar a escuridão:

— Largue o homem, Zétka! Essa mulher não é nossa inimiga. — O homem baixo, de cabelos grisalhos e meio careca, caminhou em direção às duas. A luz da lua revelou sua identidade.

— Ien, é você? — a Capitã reconheceu o homem de olhos puxados à sua frente e abaixou a arma imediatamente. — Nós pensamos...

— Que estivéssemos mortos? — sorriu — Eu não te culpo. Perdoe o temperamento da minha filha — ele fez um sinal, com a testa franzida, para que a jovem, que ainda mantinha Paki preso, abaixasse a arma. Ela o soltou imediatamente. — Os tempos são muito difíceis.

— Eu percebi. Viemos por causa do sinal. Ondas longas, muito esperto.

— O bom e velho rádio. O pulso deles derrete as placas eletrônicas, nunca vi nada igual. Então, tivemos que improvisar — arregalou os olhos como se lembrasse de algo. — Sua tripulação deve estar cansada. Vamos acomodar vocês. As pessoas ficarão alegres em vê-los.

— Quantas pessoas sobreviveram? Nosso leitor não detectou sinais de calor.

— Os leitores não devem detectar o calor no subsolo. Todos os cidadãos de Ohm estão vivos, graças aos esforços do meu irmão, Denk.

Zahra sentiu um frio na espinha ao notar o olhar de tristeza nos olhos do irmão de seu sogro:

— E onde está Denk? — perguntou, preocupada.

O velho apenas balançou a cabeça, e uma lágrima solitária escorreu pelo seu rosto.

Zahra levou as duas mãos à cabeça. Uma dor intensa latejava em sua têmpora. Não acreditava que aquele homem havia morrido. Era simplesmente a maior mente de Sion. Se alguém podia reverter as coisas, com certeza era ele. Tinha, no fundo do coração, a esperança de encontrá-lo.

— Adeel vai surtar — falou, olhando para Jad e depois, Paki.

— Adeel? — perguntou o velho — Você disse Adeel? O nosso Adeel? O que tem ele?

Assentiu, ainda séria.

— Eu tenho que te mostrar uma coisa.



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