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CAPÍTULO 16

 O corpo da médica permaneceu no chão da Ponte por pelo menos uma hora, até que um tripulante corpulento tomou a iniciativa de levá-la para a enfermaria. Todos estavam em luto. Era difícil encontrar alguém que não gostasse de Adamma. A jovem de 24 anos era o ser mais amável e solícito daquela nave. Sempre disposta a conversar sobre os problemas dos outros, mas nunca falava muito sobre si própria. Talvez por não ter muito o que falar. Não viveu nenhuma das aventuras que, com certeza, sonhou. Estudou em casa até os dezesseis anos, quando se mudou para Phog, cidade central do País 4, onde ficava a escola de Fisiologia. Lá, estudou medicina até os vinte anos. Depois, entrou para a Força Aérea e trabalhou na Enir-7, até o dia de sua morte precoce. Nunca precisou dos créditos que ganhara com seu trabalho, pois vinha de uma família rica do País 12, que gozava de certo prestígio na sociedade siônica. A verdade é que era apaixonada pelas missões espaciais do passado. Colecionava recortes de jornais, artigos e até mesmo relíquias da gloriosa Era de Ouro da Força Aérea. Por isso, aceitou trabalhar naquela nave velha. Para, da forma que podia, viver a vida que sempre sonhou: em busca dos mistérios do universo.

— Pelo menos ela viveu pra fazer um salto quântico e ver um buraco negro com os próprios olhos. Foi um dos primeiros seres vivos a presenciar algo assim — comentou o imediato com a Capitã, que olhava sem expressão para o corpo sem vida à sua frente.

— Isso não minimiza a morte dela, Paki — balançou a cabeça negativamente, ainda fitando o cadáver.

— Não — respondeu rapidamente, como que para se justificar —, mas ela sempre quis fazer parte da história espacial. Só estou dizendo que ao menos isso ela conseguiu.

Os dois permaneceram de pé, em silêncio, ao lado da maca onde o tripulante musculoso colocou Adamma. Quase não ouviram a cadeira de rodas de Adeel aproximar-se.

— Jad me disse que a encontrou desacordada aqui na enfermaria assim que recobrou a consciência.

Zahra permaneceu calada. Foi Paki quem respondeu:

— Major — fez reverência com a cabeça —, encontramos parte do cinto dela acoplado ao assento. Deve ter se rompido e isso enganou os sensores. Pela lesão na cabeça, imagino que tenha morrido na hora.

— Uma fatalidade, com certeza.

— Sim — o imediato levou a mão aos olhos —, ela era muito querida por todos.

— Tenho certeza que sim — franziu a testa, preocupado. — Eu lamento, Capitã — olhou diretamente para Zahra. — Uma hora teremos que conversar sobre as estratégias de retorno a Sion. Eu não me importo se nunca mais vai querer falar comigo, mas esta tripulação necessita que volte a comandá-la.

Paki arregalou os olhos, assustado, olhou para a Capitã, voltou a olhar para Adeel e encarou a Capitã novamente. Nunca ouviu ninguém falar daquela maneira com ela. Estava em dúvida se deveria sair da sala, para não ser inconveniente, ou se seria realmente deselegante sair e deixar os dois numa conversa constrangedora. Era uma situação muito complicada. Ficou esperando um sinal para decidir o que fazer.

— O senhor está certo, Major — respondeu Zahra, educadamente. Virou-se e olhou diretamente nos olhos do seu antigo noivo. — Peço perdão pela minha ausência na última viagem. Assumo completamente a responsabilidade pelas falhas.

— Zahra, você não precisa ser formal comigo — Adeel se aproximou, lançando um olhar fulminante ao imediato, que bateu em retirada imediatamente. — Conheço você muito bem e sei que odeia falar dessa forma. Só quero que trabalhemos juntos para voltarmos pra casa e descobrirmos o que aconteceu ao nosso planeta. Depois conversaremos sobre nós dois.

— Peço então que o senhor se atenha aos assuntos relativos à missão.

— Está bem — revirou os olhos. — Goly baixou as mensagens enviadas desde que partimos.

— Goly?

— O rapaz careca que fica no computador da Ponte. Não acredito que você ainda não saiba o nome dos seus tripulantes.

— Claro que sei — desdenhou. — O que tinha nas mensagens que o... — estalou os dedos duas vezes, com os olhos fechados, tentando lembrar.

— Goly...

— Eu sei! — soltou, decepcionada, desistindo da pose. — O que tinha nas mensagens?

— Sion vem tentando contato conosco há mais de dois anos. Parece que vocês saltaram esse tempo todo quando estavam do outro lado.

— Dois anos?

— Sim. As mensagens são, em sua maioria, nos procurando. Pararam há cerca de catorze meses, quando começaram os alertas de invasão. Goly explicou sobre o sistema de alerta de pulso implantado depois da primeira invasão. Boa ideia.

— Foi o seu pai quem inventou. Além de instalarmos proteções eletromagnéticas em toda a nossa rede, criamos uma espécie de armadilha. Colocamos um dispositivo remoto em Zandrar conectado a diversos outros pontos do sistema solar, como Lefter, Éo e algumas Sentinelas. Se algo fizesse esse dispositivo parar de funcionar, um pulso alienígena, por exemplo, um dos pontos ainda não atingidos enviaria um sinal de SOS imediatamente.

— Parece que foi o que aconteceu — sorriu. — Meu pai é um gênio mesmo.

— Ele é, sim — Zahra devolveu o sorriso por alguns segundos, mas ficou séria quando percebeu o que fazia. — Só não entendo uma coisa. Nós não tínhamos que ter topado com uma dessas naves em algum momento da missão?

— É estranho termos nos desencontrado assim, mas o universo é gigantesco. Fora a passagem na Fissura Magna, existem várias formas disso acontecer. Acho que tivemos sorte até aqui. Essa nave não tem armas, nem é muito rápida. Não sei o que faríamos se encontrássemos esses caras.

O comunicador de Zahra tocou:

— Senhora, algumas Sentinelas ainda estão funcionando. Estavam vagando sem rumo pelo sistema. Redirecionei o controle e agora respondem aos nossos comandos.

— Faça uma varredura para verificar alguma presença estranha.

— Sim, senhora.

Adeel encarou-lhe inquisitivamente.

— Ah, Goly — chamou novamente —, bom trabalho.

Silêncio precedeu a resposta.

— Obrigado, senhora. A senhora está bem?



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