Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

CAPÍTULO 11

 — Zahraaaa! — a professora chamou a atenção da linda adolescente de tranças negras, na última fileira, que conversava sem parar com o rapaz ao seu lado. — Você pode me responder?

— Desculpa, senhorita Naim — a menina olhou assustada, sorrindo levemente. — Qual foi a pergunta mesmo? — A turma toda riu baixinho.

A mulher magricela meneou a cabeça negativamente, como se não acreditasse no que estava acontecendo:

— Você precisa prestar mais atenção às aulas, Zahra. Suas notas estão cada vez piores. Já tem dezesseis anos, e eu esperava que fosse mais responsável. — O volume das risadas aumentou consideravelmente, e a professora teve de bater as suas palmas bem ritmadas para que a turma ficasse quieta. — Quero um trabalho com dez mil palavras sobre a ascensão e queda do império Braduzi — a menina ameaçou protestar, mas a professora prosseguiu antes que ela conseguisse pronunciar qualquer coisa. — Manuscrito, por favor.

A jovem achou melhor calar-se antes que uma nova exigência colocasse o seu dia de descanso em maior risco.

— Adeel, você poderia responder a pergunta? — a professora se voltou para o rapaz quieto, de cabelos curtos, na primeira cadeira.

Ele olhou de relance para trás, onde a antiga amiga resolveu se sentar com sua nova turma. Sentia saudades de sua companhia, mas agora ela preferia ficar com pessoas mais interessantes e legais. Na verdade, tudo corria muito bem há seis meses, mas a abrupta notícia de que Adeel retornaria ao País 3 abalou a amizade dos dois. Ele foi designado ao mesmo serviço para o qual seu pai fora escalado há seis anos, agora que os módulos principais da Colônia de Éo estavam praticamente prontos. Depois disso, Zahra se afastou e vinha se comportando de maneira diferente; mais rebelde e desinteressada. Não estudava como antes, nem participava das aulas da senhorita Naim, sua professora predileta. Era como se fosse outra pessoa no corpo daquela menina genial que ele conheceu tão bem.

— Claro — respondeu sem titubear. — Os Braduzi são o primeiro povo de que existe relato. Viveram há três mil anos na região onde hoje se encontra o País 6, mas há traços de sua civilização por todo o Continente Jommo e em algumas ilhas do Arquipélago de Wu.

— Muito bem — a professora apertou seu ombro em sinal de reconhecimento. — Alguém poderia me dizer quais são os legados mais importantes desse povo? — O silencio continuou. A professora encarou a menina de pele negra que outrora fazia questão de responder às suas perguntas, mas dessa vez apenas uma carranca desinteressada lhe era devolvida. Ela está se perdendo.

— As pirâmides? — uma menina de cabelos loiros, quase brancos, respondeu sem muita certeza.

— Mais ou menos — meneou a cabeça em concordância para não desanimar outros alunos. — Os Braduzi são os responsáveis pelas antigas pirâmides que encontramos ao longo do Continente Jommo, mas sua principal contribuição foi o primeiro mapeamento de toda Sion. Foram, acima de tudo, grandes exploradores. Até hoje usamos a divisão braduzica na nossa geografia. Os 21 países foram demarcados por eles há mais de dois mil anos. São também os precursores da Matemática e da Física que usamos hoje, além do calendário lunar.

Um jovem gordo e ruivo levantou a mão.

— Sem saída ao banheiro agora, Wofi. — A turma toda riu.

— Não, senhorita Naim. Eu quero perguntar outra coisa.

A professora não conseguiu esconder o espanto. Wofi era um péssimo aluno, talvez o pior que já tivera, mas resolveu dar corda e ver até onde ele iria.

— É claro, pode perguntar.

— Se os Bradoki ...

— Braduzi — corrigiu-o imediatamente.

— É... Se os Braduzi eram tão bons assim, por que não estão vivos até hoje?

A mulher de coque firme fitou o menino de cabelos vermelhos por alguns segundos. Não é que ele estava prestando atenção?

— Uma ótima pergunta, Wofi — coçou a ponta da cabeça, ainda sem acreditar. — Somos todos descendentes desse povo, contudo, a civilização entrou em misterioso declínio há dois mil anos. Ninguém sabe bem o que aconteceu, mas os estudiosos acreditam que uma forte epidemia pode ter dizimado a população braduzica. Os sobreviventes se espalharam e povoaram toda Sion. — O jovem levantou o braço mais uma vez. Aquilo era, definitivamente, um recorde. — Sim, pode perguntar — desta vez, estava esperançosa.

— Agora eu posso ir ao banheiro? — Toda a sala riu, inclusive a professora.

***

— Ei! — Adeel agarrou o braço de Zahra enquanto ela quase corria para não ter de falar com ele na saída da aula. — Preciso conversar com você.

— Não posso. Agora eu tenho um trabalho idiota pra fazer — continuou andando sem sequer olhar para o rosto do rapaz.

— Eu te ajudo. Tenho muita coisa sobre os Braduzi lá em casa. Podemos fazer uma apresentação e...

A menina parou e o encarou, brava. Ele se calou imediatamente.

— Eu já disse que não quero mais conversar. Nem sei por que éramos tão amigos. Somos muito diferentes um do outro. Acho melhor mesmo você voltar praquele país nojento no meio do mato e esquecer que algum dia me conheceu — uma lágrima escorreu dos olhos da garota. Sua voz ficou trêmula. — Nerez-da-Terra? Nem gosto tanto dessa fruta esquisita. Foi você quem me convenceu...

As palavras eram duras, mas Adeel, no fundo, gostava do que estava vendo. A amiga estava sofrendo com a sua partida e talvez a notícia que tinha para lhe dar melhorasse as coisas entre os dois.

— Escuta! — falou alto e colocou as mãos nos ombros da amiga, como sempre fazia para interromper seu falatório sem fim. — Eu conversei com o meu pai. Minha família decidiu ficar aqui no País 5. Parece que precisam de um bom engenheiro em Zandrar, e o melhor ponto de partida pra lá é aqui mesmo.

Zahra arregalou os olhos. Seu coração palpitava forte. Um bolo na garganta parecia querer lhe sufocar. Era um misto de alegria e alívio. Um pouco de arrependimento pelo que fizera também. Como se desculpar por ter sido tão horrível com a pessoa que mais amava no mundo? Seu melhor amigo continuaria por perto. Continuaria seu. Em um ato inesperado, mas certamente ensaiado várias vezes em sua mente, a menina agarrou o jovem pelas laterais do rosto e deu-lhe um beijo demorado. Era a sua primeira vez. A dele também. 


Leia Também:

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro