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Trinta e Cinco

A casa que ergui entre as árvores é grande demais.

Há muitos cômodos. Exagerei.

Mas Daikin parece feliz em ter uma árvore na sala e outra no meio de seu próprio quarto. Ele está agarrado a um Kosnahk estranhamente silencioso.

- Pai, preciso sair. Vocês vão ficar bem aqui, só evita ir até Kairon. Eles não estão lidando muito bem comigo.

Viemi faz aquela expressão de que sabe muito mais do que estou contando a ele.

- Sei que precisa fazer muitas coisas. Só se mantenha segura. Não quero perder você. - ele sussurra, enquanto me abraça.

Nigde está com Daikin no colo. Ela conta a ele uma história engraçada de sua infância curiosa. Daikin está entregue às gargalhadas.

Como posso machucar alguém que trata Daikin assim? Como vou deixar que ela se perca novamente?

Mas Ragok...

O que ela o fez sofrer...

Ela não é a única culpada, mas...

Preciso manter o foco. Quem sabe a opinião dele mude quando tudo isso acabar.

- Vamos, Nigde! Precisamos visitar Gwylio. E o exílio.

Ela sorri e coloca Daikin no meu colo. Encho meu irmão de beijos enquanto ele rí e me abraça apertado.

- Agora que tem poderes, cuide do papai, tá bem? Mas é para obedecer também. Eu volto logo.

Ele ri assim que vai para o colo do meu pai.

- Não haverá mal que chegue até vocês! - pronuncio.

Nigde e eu nos afastamos de onde agora é minha casa. Ela parece pensativa.

- Você está preocupada. - digo a ela.

- Você me disse que estou diferente. Fico imaginando o quanto. Eu percebo que o continente mudou. Não reconheço os rostos que vi até agora. Será que Gwylio mudou também? Quanto tempo se passou desde a Cultivação do continente?

Respiro fundo, fazendo alguns cálculos mentais.

- Seis mil anos.

- Eu nasci cem anos depois da Cultivação. Vivi mil anos e vi minha irmã receber o cristal que voce está usando. Porque não me lembro de mais nada se tudo isso de tempo se passou?

- Talvez Áliatra tenha te enviado do passado para ajudar a resolver os problemas de agora.

Foi exatamente assim. Mesmo que não tenha sido a Aliatra que ela tem por irmã.

Nigde respira fundo e muda de expressão. A alegria domina seu rosto novamente.

- Mostre como vai encontrar Gwylio. Ela viaja nas linhas do Senhor Tempo. É difícil de encontrar. - Nigde justifica.

Não, é não.

- Senhor Tempo, conceda a mim, que carrego os poderes de Zoí, encontrar a deusa que um dia viajou por suas infinitas linhas.

Fecho os olhos. A vastidão de um universo de estrelas brilha em minha visão. É como se eu pudesse ver cada ser na imensidão do continente.

Descubro que somos um único continente, mas que não visitei pessoalmente nem um terço dele.

Descubro que somos poucos sublimes, se comparados aos humanos.

Há um litoral que permeia todo o continente. Praias lindas. Praias que jamais visitei.

Em um ponto distante ao sul, posso ver uma caverna enfeitada de flores silvestres.

Posso ver Chirevo sentada ali.

Está definhando.

- Achei você! - sussurro.

Nigde abre seus braços e corre de encontro a irmã assim que pisamos no litoral.

Chirevo está morrendo. Nigde percebeu isso. Está chorando pela irmã que a traiu.

- Você não merecia essa dádiva. Deveria morrer sozinha. - digo a ela, sem me aproximar.

Posso ver Chirevo chorar. Nigde está inconsolável, abraçando o corpo moribundo da irmã.

- Minha mãe veio me ver. Depois de tanto tempo. - ela sussurra.

- Então sabe exatamente o que Ragok sentiu quando foi vê-lo no deserto. - lembro a ela.

Chirevo se cala. Não possui forças para protestar.

- Por que minha irmã vai morrer? - Nigde sussurra.

- Ela não vai morrer. Vai voltar para Zoí.

Me aproximo. Chirevo suspira em sua fraqueza.

- Você fez isso a ela? Trouxe ela de volta. - Chirevo pergunta.

- Sim. Vou fazer o mesmo a você. Diga a Zoí que mandei lembranças.

Toco sua tempora com meu polegar. Uma luz avermelhada envolve o corpo de Chirevo, fazendo Nigde se afastar.

O corpo dela é elevado ao nível das árvores e só depois ela se desfaz em poeira.

Nigde permanece inconsolável. Mas ainda não posso deixar que ela descanse.

Preciso buscar Ziul.

- Existe algo que preciso que faça por mim. - digo a ela. - Vai ajudar a resolver parte das coisas que estão erradas. Depois vou deixar que descanse.

Ela concorda com um gesto, limpando as lágrimas que não param de cair. Caminho em direção as montanhas no limite do litoral com o mundo humano.

Enquanto Nigde se recompõe, observo as ondas tão calmas e o brilho do pôr do sol sobre elas.

Eu desejei esse tipo de paz. Ainda desejo, bem lá no fundo.

Será que alcançarei em algum momento?


Observo a montanha. Posso ver as linhas de feitiço. Posso ver como Nigde mantém os exilados aqui.

- Eu reconheço o padrão mágico. - ela sussurra. - Parece até que fui eu quem fez isso.

- É por isso que preciso da sua ajuda. Desfaça o padrão.

Nigde hesita.

- Existem magos inocentes e moribundos presos nessa montanha. Se eu tentar quebrar o padrão mágico e destruir a montanha eles não vão sobreviver. E quero eles vivos. - explico.

Ainda não tenho controle sobre o que sou. Não vou arriscar matar todos agora. Preciso saber se ele resistiu.

- Está bem. Vou tentar.

Ela levanta voo e analisa o cume da montanha. Observo, enquanto tento sentir a energia de Ziul. Está fraca. Ele está fraco, como todos os inocentes presos aqui.

Nigde paira sobre a montanha. Ela abre os braços e sussurra seu próprio nome repetidas vezes, como um mantra. Observo, enquanto vejo a energia azul flutuar de seu corpo e envolver a montanha. Esse feitiço é realmente grandioso como imaginei.

Em uma explosão de energia azul, a montanha começa a se desfazer em poeira.

Aguardo, já sem paciência, até que a montanha se desfaz por inteira. Nigde pousa no chão ao meu lado. Está tonta. Faço com que sente ao lado de uma árvore.

- Fique aqui. Volto logo.

Mas a situação é bem poir do que imaginei. Há um choro de lamento envolvendo os exilados.

Todos, sem exceção, estão só pele e ossos. Os olhos saltados, a cor da pele doentia. Deitados em um chão fétido, eles choram sem derramar lágrimas.

Ando entre os corpos, na esperança de reconhecer algum rosto ou alguma voz, mas todos eles são como estranhos. Todos eles.

Ajoelho e fecho os olhos, preparando um feitiço de cura.

- Ali? - ouço uma voz rouca e familiarmente infantil me chamar.

Procuro o dono daquela voz. Na minha ânsia, começo a chorar como eles.

Ziul está deitado próximo ao limite da montanha que já não existe mais. Assim como todos aqui, esta deitado sobre sua vergonha. Tão humano quanto qualquer um que eu conheça.

Somos iguais, Sublimes e Humanos. Mesmo na hora da morte.

Não consigo dizer seu nome. Não consigo me aproximar. Só consigo externar o choro que ameaça romper meu corpo ao meio.

- Você está aqui, não está? Viva? Poderosa! - ele sussurra.

Respiro fundo, mas não consigo me acalmar.

- Eu vou ficar bem. Quero ver minha mãe!

A mãe dele está morta. Não posso conceber o que ele está me pedindo. Não posso deixá-lo morrer.

- Eu quero vê-la! Por favor! Não me salve. - ele insiste.

Olho para os outros. Não posso sequer ouvir meus pensamentos. Coloco Ziul sentado ao meu lado, escorado em meu corpo. Toco o chão onde estão deitados.

Aos poucos, deixo minha magia limpar o chão, limpar e curar seus corpos.

- O Deserto e a Floresta são de vocês. Evitem o mundo humano. - pronuncio.

Não espero que me perguntem o que fazer. Seguro Ziul contra mim e voo na direção do litoral.

1271 palavras.

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