Capítulo 8
Em Pôr do Sol, todo sábado era dia de reunir feirantes que eram recebidos na praça central para venderem os mais variados produtos. A seleção ia desde verduras e legumes orgânicos até flores e comidas típicas da cidade.
O que não faltou foi gente curiosa e interessada no que as barracas enfileiradas tinham para oferecer, inclusive Diana e sua madrasta que, naquela movimentada manhã, migravam de estande em estande para abastecer o estoque de legumes, verduras e frutas em casa.
— Você pegou muito — Diana disse em tom de reclamação, assim que a madrasta retornou do caixa com a sacola cheia de maçã e banana.
— Não diga bobagem.
— Mas não vamos comer tudo isso... Vai estragar!
— Chega, Diana! — gritou alto o bastante para fazer algumas cabeças virarem na direção delas. — Não fale comigo como se eu fosse criança. Estou comprando o que precisa ser comprado. Se não gosta, dê meia-volta e vá embora. Ninguém pediu que me acompanhasse! Você veio porque quis!
Constrangida com os olhares fixos nela, Diana encolheu os ombros e baixou os olhos para encarar os próprios tênis, gastos pelo tempo.
— Não precisa gritar — murmurou ela.
— Estou gritando porque se dependesse de você, eu morreria de fome.
— Não é verdade. Não fale assim, por favor... — protestou, embora despreparada para a culpa que alojou-se em seu peito.
— Tome, leve isto para o carro. Está pesado.
Elisa passou-lhe a sacola com tanta força que as frutas bateram com violência em seu estômago. Diana conteve o grito, mas nada a impediu de vacilar sobre os pés e dar um passo para trás a fim de recuperar o equilíbrio.
Antes de ir, olhou a madrasta uma última vez só para ver que esta acabava de dar as costas para visitar o estande seguinte. Não demorou a pegar novos itens que Diana julgou desnecessários.
Dando um suspiro resignado, andou até a pick-up estacionada junto ao meio-fio. A mente estava tomada por inquietações, dentre elas, o fato de Elisa se comportar como se estivessem nadando em dinheiro, quando, na realidade, contavam com um orçamento apertado. Preocupada com a compulsão da madrasta, pensava se o dinheiro duraria até o final do mês. Chegou, inclusive, a cogitar retomar o controle das compras de casa, mas, ao mesmo tempo, tinha medo de agir precipitadamente e trazer mais discórdia para o relacionamento de ambas, já tão fragilizado.
Colocou a sacola no banco de trás do carro e voltou para perto de Elisa. Mesmo nos momentos em que mais quis reclamar de seu exagero, ao vê-la adquirir coisas em quantidades inequívocas, manteve-se calada. Em silêncio, rezava para estar errada e sua preocupação ser à toa.
A apreensão de Diana ia se transformando em diversão conforme entretinha-se com os produtos em exposição. O lado ruim era ter de lidar com a vontade de comprar algo, sem necessidade, quando viu-se apaixonada, por exemplo, por um delicado abajur em cerâmica com cúpula de tecido bege. Nessas ocasiões, para refrear a vontade, pulava rápido para o próximo estande.
Ao ver embalagens de plástico com belos morangos vermelhos, Diana elogiou para a dona da tenda:
— Parecem saborosos.
— Não tão saborosos e suculentos como você.
Ela não precisou olhar para saber que era Luiz Cavalcanti. A repugnância que a voz lhe causara foi sua confirmação.
— O que fez com seu cabelo?
— Não é da sua conta.
— Estou tentando me decidir, mas acho que gostei.
Como se ela se importasse com a opinião dele! Quando sentiu dedos intrusos mexendo em seus fios, presos no rabo de cavalo, golpeou a mão para longe e fulminou-o com o olhar.
— Não me toque, a não ser que queira que eu grite.
— O único lugar em que quero vê-la gritando é num quarto... comigo — ele disse e deu um sorriso de canto, o olhar cheio de segundas intenções. — Posso ter o dobro da sua idade, menina, mas tenho muito vigor.
Diana ficou enjoada ao vê-lo insinuando-se sexualmente para ela.
— Ouvi dizer que um tal de Fernando está na sua mira. É verdade?
A intromissão enervou-a.
— E se estiver, o que é que tem?
Inesperadamente teve o cotovelo agarrado e Luiz colocou o rosto irritado bem próximo ao dela.
— Não me importo se quiser ficar brincando com esses homens por aí, contanto que pare de se fazer de difícil para mim. Estou ficando cansado, Diana. Considere isto um alerta — murmurou entredentes. Depois, soltando o braço dela, disse: — Ah, olhe o que me fez fazer! Eu não deveria estar me comportando desse modo em público, mas você não me dá escolha.
Ela pensou em retrucar, porém não se atreveu a provocá-lo e acabar recebendo outro aperto no braço. Pior... na frente de todas aquelas pessoas. Tinha quase certeza de que os moradores de Pôr do Sol só não cotaram Luiz para seu noivo por causa da fama de mulherengo e de infiel, as quais perceberam que em nada atraíam-na.
Luiz gesticulou para os produtos expostos.
— Escolha o que quiser, minha princesa, e eu comprarei para você.
— Só tem uma coisa que eu quero de você: distância — declarou, séria.
Afastou-se sob as risadas de Luiz, aliviada que o cafajeste não a seguiu. Ficou perambulando pela feira, até deparar com um caixote de madeira cheio de margaridas frescas.
— Que flores lindas! — exclamou ela.
O expositor sorriu para ela, envaidecido.
— Foram colhidas hoje de manhã. Quer comprar?
Antes que pudesse desculpar-se e murmurar sua ensaiada recusa, foi salva por uma inesperada e ágil resposta:
— Sim, quero um buquê com quinze para a moça.
— O senhor! — ela disse com a surpresa expressa no rosto enquanto encarava os olhos de Fernando, em pé a seu lado. — O que faz aqui?
— O mesmo que você, imagino. O mesmo que qualquer pessoa que tenha vindo aqui — ele supôs, levantando a espessa sobrancelha.
Percebendo a estupidez da pergunta, ela corou e desviou o olhar para observar o expositor escolhendo e embalando as margaridas. Ele não estava falando sério quando disse que compraria o buquê para ela, estava? Só podia ter entendido errado...
— Foi bom tê-la encontrado — ele disse sem nenhuma sombra de hesitação.
Diana olhou para o lado.
— Foi? Tão bom que está sorrindo?
Fernando desfez o sorriso imediatamente.
— Não posso nem sorrir que já acha que é por sua causa? Como é convencida!
Ela começou a rir. Uma risada espontânea e divertida que chamou a atenção das pessoas que transitavam nas proximidades. Fernando, que voltava a sorrir enquanto a contemplava, não percebeu as várias tentativas do dono da barraca de entregar-lhe o ramalhete de flores que havia ficado pronto.
O vendedor teve que pigarrear.
— Aqui está, senhor.
Somente, então, Fernando olhou para ele e apressou-se a pegar o buquê.
— Obrigado, amigo. Em quanto ficou?
Enquanto ele pagava, Diana aproveitou para olhá-lo de perfil. Notou o contorno marcante da mandíbula e a sombra de barba começando a aparecer na pele escura. No momento em que ele baixou o rosto, uma mecha do cabelo negro espesso e ondulado caiu por sua fronte quando tirou o dinheiro da carteira. Diana teve o ímpeto de arrumá-la no lugar, mas, antes que fizesse essa besteira na frente de todo mundo, fechou as mãos com força.
— São para você — ele disse, entregando-lhe gentilmente o belo buquê.
Com as flores na mão, Diana ficou sem saber para onde olhar.
— Eu... obrigada — agradeceu enquanto enrubescia da cabeça aos pés. Era a primeira vez que recebia flores de um homem. Subitamente consciente de que este gesto, em geral, tinha uma conotação romântica, ficou ainda mais vermelha.
Como se tivesse lido seus pensamentos, Fernando esclareceu, sério:
— Só porque te dei flores não quer dizer que quero casar com você.
— Eu não me atreveria a ir tão longe assim. Fique sossegado.
— Encare como um agradecimento... por cuidar do meu carro.
Sorrindo, Diana acenou com a cabeça para Fernando e cheirou as margaridas em seus braços.
— Adorei de verdade as flores. Para ser honesta, é a primeira vez que um cliente me presenteia como forma de mostrar gratidão.
O que era para ser visto como gratidão logo foi interpretado como demonstração de uma inevitável paixão pelos olhos atentos dos fofoqueiros de plantão. O dono da barraca de flores deu o alarde para a barraca vizinha e, a partir de então, a notícia correu depressa pela feira. Até quem jurou não entrar no jogo caiu em tentação, acirrando as apostas.
Como se mergulhados em um mundo paralelo, Diana e Fernando caminhavam totalmente alheios aos olhares furtivos lançados a eles.
— Está sozinha? — ele quis saber.
— Na verdade, estou com alguém...
— Aí está você! — exclamou Elisa, surgindo em frente à Diana. — Fiquei te procurando o dia todo! Por que sumiu?
"O dia todo" certamente era exagero, uma vez que chegaram fazia menos de uma hora, pensou Diana. Antes que pudesse responder a pergunta, viu-se tendo que segurar inúmeras sacolas.
— Segure, sim? Não tenho mais idade para ficar carregando coisas pesadas. Não deveria ter desaparecido desse jeito! — censurou. Então, percebendo o homem ao lado de Diana, sua expressão irritada rapidamente desmanchou-se em um sorriso deslumbrante. — Quem é seu amigo, querida?
— Este é Fernando Guerra. Cliente meu na oficina — ela explicou enquanto ajeitava o buquê e as sacolas nos braços. — Você já deve ter ouvido falar dele...
— Então é você o tal Fernando que estão insinuando por aí que será o quarto noivo da minha filha.
— Filha? — Fernando endereçou à Diana um olhar inquisidor.
— Elisa é a minha madrasta.
— Designações! Não são nada além disso, pois às vezes me sinto a própria mãe dessa menina. Conheço-a o suficiente para saber, agora que lhe conheci pessoalmente, que são incompatíveis demais para acontecer algo entre vocês. — Ela deu uma risadinha, pontuando: — A pessoa que inventou esta aposta descabida devia estar muito entediada com a vida!
Diana ainda lutava com as sacolas. Em uma atitude cavalheira, Fernando tirou-lhe boa parte do peso, ainda que sob seus protestos.
— Bem, verdade? — ele indagou depois de voltar-se para Elisa.
— Vai negar que não combinam?
A esta pergunta, Fernando olhou para a jovem mulher carregando o ramalhete de flores de forma desajeitada. Aparentemente, nem quando estava fora da oficina ela abria mão do macacão, porém, em vez do uniforme, usava um macacão jeans, sem mangas, que cobria-lhe até os tornozelos, as bainhas dobradas. A camisa rosa de manga curta conferia certo ar delicado e os cabelos, longos e intensamente ruivos, estavam reunidos em um rabo de cavalo preso por um lenço vermelho.
Ele sorriu. Com aquelas roupas, o penteado e o rosto juvenil, ela parecia uma menininha. Uma menininha que o teria feito ir para a cadeia com as indecências que lhe provocou na mente.
— O senhor Fernando sabe que não temos absolutamente nada a ver um com o outro — Diana respondeu por ele, interrompendo-lhe os pensamentos. — Depois de uma esclarecedora conversa, nós dois chegamos à conclusão de que os moradores de Pôr do Sol ficarão completamente decepcionados com o desfecho de nossa relação, que não passa de algo meramente profissional. — Ela olhou-o como se buscasse por confirmação.
— Primeiramente, pare de me chamar de senhor. O "senhor" é o que está no céu. Me chame de Fernando. Segundo, Diana está certa — concordou ele, virando-se para Elisa, embora estivesse começando a duvidar da teoria de ausência completa de atração pela mecânica.
Com as mãos na cintura, Elisa estudou as roupas de marca do homem à sua frente.
— Perdoe-me a sinceridade, mas, só de olhar, sei que um homem como você deve estar acostumado à elegância e boa educação, duas qualidades que minha Diana tem grande dificuldade em exercitar. Não por falta de esforço meu — salientou, abrindo um sorriso cansado como quem se desculpa pelos modos deselegantes da filha postiça. — Antes de Alexandre, o pai dela, morrer, prometi que a criaria como se fosse minha. Mas não importa o quanto eu tente, não consigo livrá-la desta rudeza.
Um estranho ar perpassou o semblante de Fernando antes de argumentar com voz calma:
— A simplicidade também pode ser encantadora.
— Quem dera fosse simplicidade em vez de grosseria! Diana tem a sensibilidade de uma porta. É desconcertante. Para uma mulher, digo. Por isso eu disse lá atrás que vocês dois não dariam certo. Com tantas mulheres lindas e sofisticadas à sua disposição, não faz sentido escolher uma criatura selvagem que pode envergonhá-lo na frente das pessoas.
— Por favor, basta — Diana interveio com nítido constrangimento.
— Não quis ofendê-la, querida! Falo isso na melhor das intenções... para incentivá-la a melhorar. Independente do seu jeito, sabe que tenho carinho por você, não sabe?
— Meu anjo!
Os três olharam na direção do chamado. Com os ralos cabelos presos em grampos e um óculos de sol cujo tamanho era desproporcional ao seu rosto, foi Brígida quem apareceu para juntar-se ao grupo.
— Meu anjo? — Foi a vez de Diana olhar interrogativamente para Fernando.
Ele apenas sorriu, dispensando explicações.
— Desde que descobri que Fernando é um emérito investidor, com vasta experiência em recuperar negócios predestinados à falência, ele tem me ajudado bastante dando dicas sobre gestão hoteleira — Brígida replicou, toda sorrisos para o homem a quem via como seu anjo da guarda. Até levantou os óculos para poder admirar melhor seu salvador.
Os olhos de Elisa iluminaram-se de repentino interesse.
— Que interessante! Quer dizer que mercado financeiro é sua especialidade? Deve ser uma aventura trabalhar neste ramo.
— Para falar a verdade, na maioria das vezes é bem chato. A parte emocionante, para mim, é quando de fato consigo o resultado desejado. Poder olhar de perto uma empresa, que todos juravam estar destinada ao fracasso, reerguer-se e voltar a funcionar a todo vapor, é impagável.
— Imagino que deva ter muitos negócios dos quais é sócio — Elisa comentou com quem não quer nada.
— Tenho alguns — ele confirmou, dando de ombros.
Diana teve a sensação de que Fernando estava sendo modesto, mas não seria logo ela a interromper o rumo da conversa, que felizmente não girava mais em torno de sua personalidade e modos femininos reprováveis.
Em determinado ponto do diálogo, Brígida lamentou-se ter que se despedir e perguntou a Fernando se ele voltaria para o almoço, ao que este negou. Explicou que tiraria a tarde para conhecer um dos recantos naturais mais famosos de Pôr do Sol: a Cachoeira Platina. Então, sem que Diana esperasse, dirigiu-se a ela para lhe dizer:
— Quando eu disse mais cedo que foi bom tê-la encontrado, é porque eu precisava justamente de um guia turístico para me mostrar o lugar. Pensei que poderia ser você.
Pasma, ela piscou.
— Eu? Ser sua guia?
— A não ser que tenha outra coisa para fazer. — O olhar severo indicava preferir que ela não tivesse.
— Ninguém melhor do que Diana para levá-lo até lá... Esta garota conhece a cidade na palma da mão! — Brígida incitou, dando leves batidinhas na lateral do braço de Diana.
— Faríamos uma parada para pegar o almoço e depois iríamos direto para lá. Em outras palavras, quero comprar a sua tarde — ele falou tranquilamente, com a frieza de quem lidava com apenas mais um negócio.
Diana sentiu a cutucada de Brígida.
— Então? — ele exigiu.
— Sim... acho que posso levá-lo à cachoeira — ela respondeu segundos depois, sentindo-se estranhamente pressionada sob o olhar da velha senhora.
— Assim é que se fala, garota! — Brígida baixou os óculos escuros, preparando-se para partir. — Vou andando agora. Levarei as verduras para Margarida fazer o almoço. Divirtam-se vocês dois! Até mais, Elisa...!
— Para variar, parece que vou almoçar sozinha — choramingou a madrasta.
— Amanhã poderemos almoçar juntas, se quiser — sugeriu para compensar sua ausência de hoje.
A outra agitou a mão no ar, dispensando a oferta.
— Esqueça. Já estou acostumada a ficar sozinha. Rafaela era minha única companhia fiel e agora se foi... Viver naquela casa sem ela tem sido uma solidão sem fim.
Imediatamente a culpa atormentou Diana, pois sabia que gastava mais tempo no trabalho do que em casa.
— Eu... acho que podemos dar um jeito nisso... Você não precisa ficar sozinha — ela murmurou, titubeante, considerando remarcar o passeio.
Fernando, que assistia à chantagem emocional com impaciência, pegou Diana pelo braço e colocou ponto final na situação:
— Hoje você almoça comigo, então amanhã almoça com ela e fica tudo certo. Ninguém vai morrer por causa disso. Agora, leve-me ao seu carro. Vamos guardar estas compras. Você deixa sua madrasta em casa e depois volta para me encontrar no hotel. Entendeu o que tem que fazer?
Desnorteada com tantas ordens, ela só conseguiu sacudir a cabeça em afirmativa.
— Perfeito! — Enquanto andavam na direção do veículo dela, ainda agarrando-lhe o braço, Fernando cochichou em seu ouvido: — Não ouse mudar de ideia. Faltam menos de duas semanas para minha partida e esta é uma das raras chances que tenho de aproveitar as belezas de Pôr do Sol. Não me prive disso, Diana — argumentou, sem poder deixar de fazer sua chantagem barata, pois tinha medo de que a moça mudasse de ideia no meio do caminho.
— Você comprou flores! — disse a madrasta para Diana, sentada no banco dianteiro da pick-up enquanto os observava, com a porta aberta, pousarem as compras nos bancos de trás. — E pensar que queria me dar lição de moral sobre economizar... — insinuou acidamente.
— Elas foram presente de Fernando.
— De qualquer forma, é um lindo arranjo. Ficará perfeito na estante da nossa sala de estar. Cuidarei delas com todo carinho... — E deu um sorriso dúbio.
Após ter guardado a última sacola, Fernando tomou o buquê de Diana.
— Ei, o que está fazendo? — ela indagou, confusa.
— Acabo de me dar conta que lhe dei as flores, porém esqueci de dar o vaso. Devolverei seu buquê quando tiver resolvido este lapso.
— Por favor, não se incomode! — Ela balançava as mãos diante do peito, sorrindo completamente sem graça.
— Faço questão. Nos vemos daqui a pouco, sim?
Ela acenou com a cabeça e deu a volta para subir na pick-up. Com as margaridas aninhadas no braço, Fernando ficou ali parado até ver o carro desaparecer no fim da rua. Ele pensou em suas últimas impetuosidades:
Primeiro, comprou flores para Diana alegando uma desculpa qualquer.
Depois, veio do nada com a ideia de fazer um passeio. E cismou que Diana tinha de ser sua guia turística.
Para fechar, tomaria conta das flores dela até encontrar um vaso à altura do ramalhete. Isso porque queria retardar a ardilosa madrasta de colocar as mãos no presente da filha postiça.
As decisões feitas em cima da hora contrariavam seu perfeccionismo por planejamentos, o que o deixou um pouco estressado. Em compensação, o iminente passeio veio a calhar. Confessava estar curioso para ver a tão elogiada cachoeira e apreciar a natureza... mas não mais do que estava ansioso para rever a doce jovem que, sem saber, começava a bagunçar deliciosamente sua vida.
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