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Capítulo 17

Alguns dias depois, Fernando parava o carro no estacionamento privativo do edifício onde morava.

— Chegamos.

Sua companheira de viagem lançou-lhe um olhar receoso.

— É bem grande... Muitas pessoas moram aqui?

— Algumas dezenas.

— É chique também — Diana deixou escapar quando, ao descer do banco, deparou com carros de luxo ocupando vagas do estacionamento.

Fernando abriu o porta-malas, notando a maneira como ela torcia os dedos em nervosismo. Não havia dúvida, ela estava apreensiva com a mudança recente. Sair de uma cidade pequena e pacata para uma maior e turbulenta poderia mexer com a cabeça de qualquer pessoa. Mas depois dos últimos dias em Pôr do Sol, em que viveram a tormenta de prestar depoimentos à polícia local sobre o ocorrido, Diana mostrara uma força admirável enquanto prosseguia, firme em seus objetivos, em fechar o ciclo na cidade antiga para iniciar um novo no lugar que passaria a ser seu lar.

Dentro da moça havia coragem e bravura, uma vontade de lutar pela vida. Por isso Fernando sabia que, com o devido tempo, ela conseguiria adaptar-se ao ritmo acelerado da capital. E ele daria todo o apoio e força que ela precisasse, pois se havia alguém querendo que Diana saísse vitoriosa, esta pessoa era ele.

Ao ver que ela ainda encarava os carros dos condôminos, Fernando disse, enquanto tirava a bagagem do porta-malas:

— Não se deixe abater. São apenas carros. Chegará um dia em que você se acostumará e olhará para todos eles com enfado.

Diana deu uma risadinha e foi ajudá-lo com as malas.

— Não conte com isso. Sou mecânica, esqueceu? E das mais bobas pela profissão... Isso quer dizer que você terá de me aguentar toda vez que eu ficar maravilhada com essas belezinhas. Minhas mãos chega coçam para mexer nelas!

— Você não existe! — comentou ele, contemplando-a com um sorriso enternecido.

Os dois seguiram para o elevador carregando as bagagens. Quando as portas de metal fecharam-se, Fernando observou a figura adorável a seu lado.

— Há tantas coisas que eu quero lhe falar e mostrar... Você terá de me dizer para parar se eu estiver indo muito depressa — ele murmurou.

— Não se preocupe. Eu aprendo rápido! — Diana devolveu, os castanhos olhos repletos de energia e de garra.

Era bom vê-la otimista depois de tudo pelo que passou. Quando Luiz Cavalcanti a contradissera no interrogatório, negando a participação de Elisa na tentativa do crime, Diana ficara arrasada. Isto até perceber que, ao deixar a madrasta impune, aquele era o modo perverso dele de continuar atormentando-a e punindo-a por ter se recusado, em todo aquele tempo, a deitar-se com ele. A justiça era falha, entretanto, o fato de o médico estar aguardando seu julgamento com o registro cassado trazia algum alento.

Independente de o otimismo de Diana ser passageiro ou não, Fernando estava disposto a dar-lhe razões para manter sempre as esperanças e jamais desistir. Estava apaixonado por aquela mulher. Amava suas qualidades e defeitos. A harmonia que tinha com ela era quase assustadora e o fazia compreender, com base na experiência pessoal, sobre a metáfora das metades que se completavam.

Quando o elevador parou no andar deles, prosseguiram andando com as bagagens pelo corredor. Um casal cumprimentou Fernando no meio do caminho, fazendo-o colocar a bolsa de viagem no chão para apertar a mão que o conhecido lhe estendera.

Depois, pressionou suavemente o ombro de Diana.

— Diana, este é Túlio. E esta é Bruna. São os nossos vizinhos.

A mecânica assentiu de leve com a cabeça, sorrindo e dizendo um tímido olá.

— "Nossos"? Quer dizer que ganhamos uma nova vizinha? — perguntou a mulher, curiosa, enquanto segurava um hiperativo labrador pela guia.

— Diana é de Pôr do Sol. Saiu de lá para morar comigo — explicou Fernando.

— Que interessante! Foi um grande passo.

— Diga-me, Diana — Túlio começou, a mão no ombro de Fernando —, o que este investidor chato e mal-humorado aqui fez para convencê-la a deixar sua cidade?

Os três olhavam para ela em expectativa.

— Parou de ser chato e mal-humorado — ela respondeu, provocando risos do casal e se divertindo a valer quando Fernando se fez de indignado.

Como se quisesse fazer parte da brincadeira, o labrador latiu e enroscou-se nas pernas de Bruna.

— Ei, meninão! Cuidado ou você vai me derrubar!

— Posso tocá-lo? — indagou Diana, já abaixando-se.

— Se quiser ser babada, fique à vontade — disse Túlio.

Ao perceber uma mão se aproximando, o cachorro, que não parava de balançar o rabo peludo, começou a lamber freneticamente os dedos de Diana.

— Isso quer dizer que ele te acha gostosa — brincou Bruna, usando duplo sentido.

Fernando sorriu e replicou distraidamente:

— Concordo com o cachorro.

Corada, Diana endereçou-lhe um olhar de súplica.

— Pessoal, foi um prazer revê-los — ele disse, atendendo-a prontamente em seu pedido tácito —, mas precisamos levar estas malas até o apartamento e depois voltar para pegar o resto.

— Também temos que ir — falou Túlio.

— Precisamos marcar de sair um dia desses. Um encontro de casais! — Bruna sugeriu, animada. — O que acham? É a desculpa perfeita para conhecermos melhor nossa vizinha.

Fernando fitou Diana, que abriu um largo sorriso para a mulher.

— Será um prazer. Obrigada.

— Vou cobrar, hein?

— Vamos, amor — chamou Túlio, segurando a mão da companheira e puxando-a na direção do elevador. — Vamos logo antes que você assuste Diana igual assustou Fernando quando ele começou a morar aqui...

Em poucos segundos, o casal entrou no elevador.

— Falando em assustar — Fernando disse, voltando-se para Diana —, minha mãe está aqui para conhecê-la.

— Oh, meu Deus! Por que não me avisou antes? — Aflita, passou a mão nos cabelos desarrumados pelo vento que pegara na estrada horas atrás. — Devo estar horrível... O que ela vai pensar de mim?

— Que chegou de viagem agora há pouco e está acabada.

— Mas... Fernando! — ela reclamou antes de recomeçar a segui-lo pelo corredor.

— Você não estava preocupada com a aparência quando conheceu nossos vizinhos. Nem quando me conheceu. Você tinha graxa no rosto, lembra?

— Estamos falando da sua mãe. Não quero causar má impressão.

— Ora, deixe de besteira... você está linda!

Lindamente bagunçada. Ainda assim, linda.

— Pronta? — indagou ele após girar a maçaneta do apartamento.

— Sim.

Assim que Fernando abriu a porta, Diana avistou uma mulher negra, de estatura mediana, apressando-se na direção deles para ajudá-los a colocar as malas para dentro.

— Que bom que chegaram!

— Diana, esta é Margarete, minha mãe. Mãe... Diana.

— É um prazer conhecê-la. — Sem saber como agir, Diana estendeu a mão para a mulher, porém foi esmagada em um caloroso abraço que a fez sentir-se acolhida.

— O prazer é todo meu, querida! Não imagina como estive ansiosa para conhecê-la. Fernando me contou tudo a seu respeito...

— Tudo? — Ela se preocupou.

— Apenas o essencial — foi a resposta dele. — Como o fato de que demoramos para pegar a estrada porque estivemos detidos pelos trâmites da polícia.

— Quase tive um ataque quando Fernando mencionou polícia, mas depois ele me explicou o que aconteceu. — Margarete tomou gentilmente a mão de Diana e olhou-a nos olhos. — Sei que acabamos de nos conhecer e que teremos muito tempo pela frente para nos entrosarmos, porém eu não poderia deixar de dizer, neste primeiro momento, que você pode contar comigo para o que precisar.

A seriedade que a mulher mais velha demonstrava não dava margem para dúvidas, e Diana apenas assentiu com a cabeça enquanto batalhava para conter a emoção.

Fernando tocou-a de leve nas costas.

— Este é seu lar agora, meu amor.

— E sua família. Estaremos torcendo e vibrando por você — completou a mãe dele. — Agora, tenho tantas perguntas a lhe fazer! Estou morta de curiosidade, mas sei que devem estar cansados da viagem, então vou deixá-los a sós para que possam descansar.

Antes de Margarete afastar-se, Diana envolveu a mão dela entre as suas num gesto de gratidão. O que poderia dizer àquela mulher que mal conhecera mas por quem já tomara enorme afeição?

— Obrigada por tudo. Volte em segurança.

Em seguida, Fernando acompanhou a mãe até a porta.

— Gosto da honestidade nos olhos dela — Margarete cochichou para o filho, quando este abria a porta.

— Diana é uma joia rara.

— Trate bem essa moça, meu filho.

Um sorriso surgiu nos lábios dele, e Fernando meneou a cabeça.

— Sabe que não precisa me pedir isso, dona Margarete.

— Sei. — Ela suspirou e correu os dedos pelo rosto do filho, abraçando-o em seguida. — Desejo, do fundo do meu coração, que sejam muito felizes juntos. Depois nos falamos... Até mais, querido!

Ao voltar para perto de Diana, ele enlaçou-a por trás.

— O que achou da sua nova casa?

— Moderna e aconchegante. Acha que sua mãe gostou de mim?

— Gostou tanto que é capaz de me bater se ela achar que fiz algo ruim a você.

Diana não conteve o sorriso de alegria por ter sido aceita por Margarete. Agira de forma contida, um tanto sem jeito, pois tinha acabado de conhecê-la. Entretanto, tinha o pressentimento de que, terminada a timidez inicial, iriam tornar-se boas amigas.

E o que dizer de seus receptivos vizinhos? Tudo estava tão perfeito. Ganhara um lar e uma família no mesmo dia... Parecia até que era Natal!

Virando-a para si, Fernando ergueu-lhe o queixo.

— Nossa jornada só começou, meu amor.

— Sim, e estou feliz que vou trilhá-la com você a meu lado.

— Te adoro, moça. Sabe o quanto, não sabe?

— Não, mas você pode me mostrar...

Fernando aceitou o desafio com impetuosidade. Um beijo avassalador distraiu Diana enquanto era carregada até o quarto, onde nem o cansaço impediram-nos de se entregarem à paixão que pulsava em seus corpos.

Ao final do ato, Fernando pressionou a palma da mão dela contra seu coração, que batia desenfreadamente.

— Ele é todo seu. Sempre foi. Te amo, minha fada. Te amo...

— Oh, Fernando! — Diana murmurou, os olhos cheios de lágrimas da mais pura felicidade. — Também te amo. Amo-o loucamente. Desesperadamente. Sabe disso, não sabe?

Com os lábios torcidos em um sorriso bonito, Fernando aproximou o rosto para sussurrar no ouvido de sua amada:

— Não... mas você pode me mostrar.

"Eu percorri um longo, longo caminho para longe de casa (...)
Eu tentarei, só preciso de um pouco de tempo (...)
Para ver o mundo através de olhos diferentes"
Fading Like A Flower,
Roxette

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