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Outubro: Conto - O Preço de Uma Vida (Parte 1)





Roberto Mourão / Sônia Pacheco Mourão
Sérgio, Carlos e Daiane Mourão
''Michel'' / Carina Ferreira / Márcio Ximenes

- DAIANE! DAIANE - Roberto gritava a plenos pulmões.

     Seus dois filhos mais velhos, Sérgio e Carlos, o acompanhavam na procura pela irmã que acabara de sumir. A pequena garota foi com algumas moedas comprar um algodão doce. O parque de diversões não estava muito cheio aquela noite.

- SÔNIA! ACONTECEU UMA COISA HORRÍVEL - Roberto gritava enquanto sua esposa vinha em sua direção - LEVARAM A DAIANE, ELA SUMIU!

     No rosto da mulher a dor tomou posse. Os quatro parentes, formaram um coro a procura da garota. Agora eles avisaram a segurança do local e estavam pedindo ajuda para todos que vissem passar.

- Casaco rosa? Óculos roxo?
- SIM! SIM! MINHA FILHINHA - Dizia Roberto para o homem.
- Ela estava no colo com um cara de casaco preto - E antes do homem terminar, todos os quatro foram para o portão perguntar se os seguranças tinham visto alguma coisa.

- 1,80 imagino, loiro e com tatuagem no pescoço, ele levou a garota para uma mini van branca. - Disse um deles.
- Placa, placa, não conseguiu ver? - Perguntava Sônia desesperada.
- Não, passam milhares de carros por aqui...e como estava afastado, creio que nem o serviço de câmerasuiu pegar a van.

     ''Bem, mas o sujeito entrou no parque e foi visto, além de ser filmado'' pensou Roberto. Bem seria fácil então, ele conhecia muito bem o sujeito que raptara sua filha, era Michel, um cara ''do trabalho''.

//

     Horas depois de serem interrogados pela policia, a família Mourão já estava de volta em casa. A casa estava porém mais vazia do que jamais estivera. Sônia chorando na cozinha, Roberto pensativo na sala sem luzes acesas e os meninos fingindo estarem dormindo no quarto.

- Ei, Sérgio.
- Que foi Carlinhos?
- Tomara que Daiane apareça logo. Tô com medo...
- Não seja burro - exclamou ele parecendo aliviado - a princesinha sempre se dá bem.
- Queria saber o motivo de não gostar dela.
- Eu gosto...mas sei lá, se ela só não voltasse seria ótimo.
- Papai e mamãe ficariam muito triste se te ouvirem.
- Problema deles, problema dela...
- Vou é ficar com a mamãe, ele deve estar muito mal.
- Vai mesmo, assim não enche o saco.

     Assim que Carlinhos saiu do quarto e o barulho de seus pés foi ficando mais baixo, Sérgio guardou um aparelho celular dentro de um espaço oco em uma réplica de Darth Vader. Após isso, o garoto engoliu um micro chio que ali estava dentro.

/

     Desconsolado, era o estado de Roberto. Assim que sentiu o abraço de seu filho mais velho, ele finalmente começou a chorar compulsivamente.

- Por que? Por que? - Murmurava o homem bem baixinho.
- Pai não é sua culpa, se acalma. - Tentava Carlinhos.
- É minha culpa, minha culpa... - E chorava sem parar.

//

     Já era quase 8:40 da manhã daquela segunda feira em setembro. O inverno estava prestes a terminar porém algo em Sônia dizia que a primavera jamais voltaria a seu coração. Cada célula e átomo em seu corpo, mesmo em meio ao seu choro, dizia que nada de bom iria acontecer.

     O telefone residencial toca e ela sai em desespero para atender.

- ALÔ, PELO AMOR DE DEUS, QUEM É. - Dizia ela quase caindo ao atender.
- Roberto. Queremos falar com Roberto. - Uma voz com efeitos.
- QUEM É, QUEM QUER FALAR? É SOBRE A MINHA FILHA? - Continuou.
- Rua Joseph Germanotta, casa 1986, cep 80936-732...chame o Roberto.

     Ele que já estava do outro lado da linha, puxou o aparelho das mãos de Sônia e atendeu.

- Quem tá falando, por favor, minha filha. - Disse ele quase calmo.
- Você falhou com a gente, Roberto, estamos muito decepcionados -
- Desculpe, mas tragam-na de volta pelo amor de tudo quanto é sagrado, minha filha não, vocês não tinham o direito

     Sônia não entendia nada o que se passava e percebeu que uma situação estava armada.

- Apreciamos os seus serviços nesses 8 anos, acredite. Porém faltar conosco foi rude de sua parte, agora estamos chateados.
- Qual o próximo passo? - Disse ele numa expressão fria.
- Você vai passar na boca do jacaré e levar pó de chinês para o grande espetáculo. Hoje as 20 horas na arena principal.
- NÃO. TEM UM SHOW HOJE LÁ, VAI TER MUITA GENTE.
- Você já soube que Michel levou sua filha? Soube que ele não gosta muito de crianças...
- POR FAVOR, NÃO. NÃO POSSO TROCAR MINHA FILHA POR DESGRAÇAR TANTAS OUTRAS VIDAS

     Então Sônia dá um puxão no braço dele e é repreendida.

- Você sabe o quanto precisou de nós, estamos apenas pedindo de volta.
- EU FIZ! 8 ANOS! ISSO QUE VOCÊ ESTÁ ME PEDINDO É ASSASSINATO.
- Faça sua escolha, querido, 20 horas a sua filha estará em uma das entradas e nós esperamos que você mate pelo menos 20 pessoas essa noite. Bom dia.

- MAS QUE PORRA FOI ESSA, ROBERTO? QUE QUE VOCÊ TÁ FALANDO?
- Mamãe? - Perguntou Carlinhos sem entender a revolta.
- Sobe Carlinhos! Me responde agora!

     Enquanto Carlinhos ia subindo as escadas, Roberto sentou-se a mesa.

- Eu não trabalho dirigindo caminhões.
- Como é? - Disse ela sentando-se perplexa.
- Desde que o Sérginho precisou operar, eu conhecia um cara, ele me ofereceu dinheiro...muito, fizemos a cirurgia...e ele queria que eu trabalhasse em uma coisa com ele...
- COM UMA COISA O QUE?!
- Armas.
- ROBERTOO?!
- Quando eu viajo muito tempo, estou nos países vizinhos, trabalhando com armas que eles vendem pelo continente e oriente.
- E QUANDO VOCÊ VIAJA POUCOS DIAS OU SÓ VAI E VOLTA NO MESMO DIA?
- Estou estudando e trabalhando em protótipos melhores.
- Onde você aprendeu isso? E já sabe que estamos divorciados né?
- Por favor não - Disse enquanto se ajoelhava - Eu precisava...
- Como você foi fazer isso Roberto? Você mal conserta as coisas de casa.
- Eu disse que a operação não ajudou, tivemos nossa Daianasinha e só isso ajudou ao Sérgio além dos remédios caríssimos...eles me ajudaram a bancar.
- Ainda não sei em que ponto da sua vida você virou esse expert em armas.
- Eu só ajudava a traficar, foram me ensinando a tentar fabricar e fazer modelos diferentes, fui muito bem sucedido com isso...
- A foi...olha onde chegamos...o que ele no telefone queria?
- Que eu fosse até uma das bases e voltasse com bombas, ele quer fazer um atentado.
- ATENTADO? TERRORISTA? PRA QUE? ROBERTO?
- É assim que eles se vingam, assim que humilham...obrigam a cometer crimes terríveis...
- Qual a sua traição? - Disse ela que voltou a chorar.
- Amar vocês. Amar vocês demais...
- Por isso nos mudamos não é? Por isso minhas amigas viam você andando por ai quando você dizia estar no trabalho.
- Sim, meu amor.
- TIRA AS MÃOS DE MIM - Disse enquanto saia de perto e ia para o outro lado da cozinha. - NÃO PODERIA SER OUTRA MULHER? NÃO PODERIAM SER OUTROS FILHOS? MEU DEUS, VOCÊ É UM MONSTRO, TERRÍVEL, TERRÍVEL.
- O que eu faço, amor?
- Você conhece o numero da policia - Falou num total tom de enojada - Vai trazer a nossa filha ou eu faço questão de ir presa junto a você só para fazer do resto da sua vida um infeeeerno!!!

     Enquanto isso fora da casa.

- Pegou tudo, Márcio?
- Tudinho, chefe, é só mandar.
- Positivo, o delegado vai amar o que descobrimos. - Disse a policial com um aparelho de escuta.

(Continua...)

TEXTO E REVISÃO: Raphael Maitam

Uma nova era de contos chegou 👀

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