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Novembro: Conto - Os Velhinhos: Betão "Arrependido"

Esse é o meu quarto conto (de 5) sobre moradores de um mesmo asilo e suas histórias pessoais.

     No pátio. Era lá onde Ana Paula tinha contato com seu pai Antônio Alberto, mais conhecido como Betão. O homem que escondia a emoção por trás de sua grande barba grisalha e secava os fios de lagrimas nas suas habituais camisas sociais batidas, perguntava da vida da filha como se fosse um espectador a espreita de alguma revelação surpreendente sobre a trama. Betão se fazia fã dos personagens dessa trama, seus dois netos que ele apelidara de Countinho e Coutinha, um casal de nome Alexandre e Silvia porém não era fã daquele que se fazia vilão da trama, o marido de sua filha, Marcos.

                             .               .               .

     Depois de ficar semanas sem visitar seu velho pai, Ana Paula resolve ir ao asilo no sábado que viria. Seus filhos que pouco tinham contato com o avó, contudo não tinham um carinho menor ou se quer esqueciam dele. Assim que foi contato sobre a visita que viria por seguir, queriam até levar o cão cor de caramelo, ''ruffles'', para o encontro.

     Marcos nunca gostara de seu sogro, achava Betão um velho ''bêbado, duro e podre'' que não era válida a aproximação de ''sua'' família e muito menos de seus filhos com o velho. Assim que soube da ideia da visita, logo fez cara feia e disse que não fazia caso de ir até lá.

     Ana Paula era filha única de seu pai e sua mãe Josefina, sempre foi a princesa da casa e o maior motivo para seus pais se preocuparem e trabalharem tanto para dar a ela além de comida e educação, um lar tranquilo de dívidas e misérias. Mas a vida de ninguém é fácil, e isso inclui a vida deles. Josefina faleceu pelo decorrer de um ataque cardíaco, o que deixou a pequena família, menor ainda.

      Antônio Alberto na época, de coração totalmente destruído pela perda, caiu num profundo choque. Começou a beber tanto, mais tanto, que sua filha de já 19 anos era chamada de madrugada para buscar seu pai. A situação só piorava quando ela o via com várias mulheres nos momentos em que estava bêbado. Depois de um tempo, notou que ele não traia a memória de sua mãe, mas que procurava em cada mulher ali, algo que pertencesse ou mais o lembrasse de Josefina.

     Cansado de conviver com a filha sendo testemunha de seus ataques de birita, ele resolveu mandar sua princesinha para um castelo distante que infelizmente eles nunca mais foram capazes de se aproximarem. Ana mudou-se para casa de tias em MG. Somente retornou para o Rio já grávida e casada...achava que seu dever era estar próxima de seu pai.

     Porém, ao conhecer o sogro e ver o estado em que ele estava, Marcos logo tomou antipatia pelo homem. Normalmente as pessoas tem avesso por estados físicos ou mentais abalados, acham logo feio e que no fundo não há pelo que sentir compaixão e querer ajudar. Sendo assim, ele evitava ao máximo a presença de Antônio em sua casa. Quando o velho já podia se aposentar, ele resolveu colocá-lo no asilo de um conhecido para não precisar pagar aluguel para o homem.

    Três asilos se passaram, ele morava no último, no quarto 2. Fez amigos como Seu Osmar e Tia Claudia, ganhou apelido de Betão pelos outros amigos. Com o tempo, aprendeu a chamar aquele local de seu lar. No seu quarto, com as fotografias do que um dia fora sua família e fotos recentes de seus netos, ele observava como um telespectador pronto a fazer sua própria versão, uma fanfic já que nada nesse mundo o fazia ser chamado para o elenco principal.

     Ele ria, brincava...mas quando estava sozinho, não via necessidade em continuar vivo...tanta gente talentosa e jovem falecendo e ele lá...sendo evitado e sendo colocado de lado. Ver nos netos a lembrança de seu rosto com traços germânicos era algo que ele achava engraçado, sabia que não tinha perdido a guerra de ser esquecido de fato. Sempre ria com os meninos contando suas história e no mesmo momento olhava para Ana Paula que sempre soltava um sorriso tímido...já cansaram de pedirem desculpas um para o outro, o tempo já havia curado as mágoas mas eles ainda precisam de tempo para perder vergonha e correr um para o abraço do outro.

TEXTO E REVISÃO: Raphael Maitam

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