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Abril: Conto - GLAM POP ROCK SHOW [Parte 1]

Emílio está caminhando para seu último ano escolar, ele recebeu um convite para algo que pode levá-los para os holofotes que ele e seus amigos tanto procuram ficar de fora. Será que seu amor pela dança vai domar sua timidez?

    ELENCO:

Emílio Santini / Thamires Tamira / Thomas Silveira
Diego Bastos / Bernardo Santini / Patrícia Amorim / Luiz Santini
Jurado Grisalho / Jurado 1 / Jurado 2

       O silêncio foi abruptamente interrompido pelo despertador. Eram 6 horas da manhã de uma quarta-feira pretensiosa. A mãe de Emílio entra cuidadosamente e abre os cortinas. Vê s ele já está acordando e lhe dá um beijo e carinho.

- Boa sorte no teste, boa aula e eu te amo.
- Obrigado, mãe. Vai dar tudo certo.

     O rosto já iluminado pela luz que entrava pela janela, mostrava o sorridente Emílio que nunca se sentiu tão contente e esperançoso. Ele tinha confirmado um teste para a peça de teatro escolar que uma amiga lhe contou. ''GLAM POP ROCK SHOW'' tendencioso título que fez Emílio fazer maratona de filmes como Guardiões da Galáxia e The Rocky Horror Picture Show, de séries como The Get Down e mais uma desculpa para ouvir Kiss, Queen e antigos sucessos dos anos 70 e 80.

     Após levantar-se e de ter ido tomar banho, Emílio toma seu café da manhã com seus pais e seu primo Luiz. Ambos o incentivam ao máximo nesse dia tão importante. Após um mês inteiro de ensaio para o personagem desejado, ele ainda sentia que algo poderia dar errado ou dos jurados não ''irem com a sua cara''.

- Não há nada de errado com você, filho. Bonito, inteligente, tudo vai dar certo. - Repetia sua mãe.
- É, tia. E finalmente ele vai poder mostrar os passos que ensaiou esse tempo no quarto. - Brincava Luiz.
- São passos inspirados nos clipes, se eu passar vou me dedicar aos passos da peça. - Dizia Emílio.
- E vai passar não é, pessoal? Filho, vai dar tudo bem. - Aconselhou calmamente seu pai

     E mesmo que naqueles minutos seu coração estivesse mais tranquilo, ao escovar os dentes e ver a si mesmo no espelho, Emílio via o rosto de um garoto com Síndrome de Down e ao olhar para baixo via seu corpo que era um tanto corpulento. Então ele concordou consigo mesmo que seria o que tiver que ser e a aprovação na peça não poderia machucá-lo mais.

///

     Na escola era sempre a mesma coisa, os amigos Diego e Thom eram os mesmos, as garotas que os evitavam, os outros alunos que os apelidavam eram sempre os mesmos. Os meninos até mesmo passaram a brincar entre si usando os apelidos que receberam no colégio. Espinhenthom, Cíclope e DownMílio pois assim soaria menos mal quando dito pelas outras pessoas.

     Dois tempos de biologia, um de história e mais dois de matemática, o que era um dia sacrificante para os demais, para os meninos até soava bem a ser encarado. Cada um tinha uma certa aptidão para uma dessas matérias e eles se ajudavam quando necessário. O recreio entre as aulas era o momento de ficar de baixo de alguma árvore, sem querer muito contato com os outros alunos.

- O que você pretende apresentar hoje? - Thom.
- Queria começar com I Don't Wanna Lose You da Tina (Turner) e finalizar com Drain You do Nirva(na). - Respondeu Emílio tentando arrumar o cabelo enquanto ventava.
- Talvez devesse trocar não acha? - Indaga Diego.
- Ora, por quê? - Disse Emílio.
- Você vai fazer medley então? Vai dublar? - Diego.
- Ah vou tentar não enrolar muito e dublar sim. - Ele responde.
- E você sabe dançar agora? Muitos ensaios? - Brincou Thom.
- Sei ué, um pouco mas sei, vai ser o suficiente. - Emílio.
- Tendi, vamos poder assistir ou vai ter ataque de timidez? - Brincou Diego.
- Acho que é fechado para os jurados. Se eu passar, vocês até podem assistir os ensaios. - explicou Emílio.

     Ao final das aulas, Emílio teria uma hora e meia para almoçar e ter que ir esperar ser chamado para a audição. Estava tão nervoso que comeu escondido barras cereais de seus personagens de desenho animados favoritos. Recebeu uma ligação de sua mãe que o tranquilizou mais ainda.

     Saiu daquele que fez seu esconderijo, entre as pilastras. Foi para o corredor ao lado da secretária e viu uma fila com cerca de 16 jovens, segundos depois entrou sua amiga Thamires que lhe tinha contado sobre a peça.

- É bom te ver aqui, Em. Sei que você tem grande potencial. - Disse ela.
- Obrigado, boa sorte para nós então. Foi ótimo esse mês ensaiando, obrigado por contar sobre a audição. - Respondeu
- Que isso, mas me conta sobre o namorado do seu primo, ele ficou doente foi? - Perguntou Thamires.
- Ah, o Pedro. Nossa foi mesmo, Luiz dormiu lá em casa esses dias e contou sobre o resultado do exame. Esqueci o nome da doença agora, mas causa perda de memória, alguma coisa assim. - Ele responde.
- Poxa, imagina que chato ir vivendo as coisas, mesmo boas ou ruins e de repente ''puff'' elas somem sem data para voltar - Completou ela
- Verdade verdade, o Luiz disse estar confiante e preparado para isso. Eles se amam muito ao menos - Terminou Emílio.
- Amam sim, são um grande exemplo, é difícil ver algo sincero como eles - Diz ela.

     Então após concordar e acenar com a cabeça, Emílio começa a ficar nervoso e sente sua barriga ficar mole por dentro como se houvessem borboletas lhe fazendo cócegas. Enquanto o tempo ia passando tão devagar, ele ia vendo a fila indo e os candidatos voltando tristes. A fila atrás dele ia enchendo cada vez mais ''parece que cantar e atuar ficou rápido na moda'' pensa ele em tom de brincadeira.

     Thamires seria a próxima, após ser chamada e de dar um abraço apertado nele. Emílio começava a ficar preocupado se um deles não passasse, com mais chances dela ser chamada e ele não. Afinal, eles eram muito amigos desde o primeiro ano e era uma das únicas que pessoas que não evitava a ele ou seus outros amigos, costumavam ficar trocando sugestões de livros e HQs.

///

     Após 30 minutos, Thamires sai com um vestido branco totalmente Marylin Monroe e chora nos ombros de Emílio.

- O que houve, meu deus? - Ele pergunta nervoso.
- Eles amaram! Vogue (Madonna) e Man! I Feel Like A Woman! (Shania Twain) funcionou!

     E antes de poderem estenderam a conversa, ele é chamado para o teste e recebe um beijo de boa sorte na bochecha. Ao entrar, pela porta azul, ele passa por um corredor repleto de fios e elementos cenográficos até chegar ao centro de um grande círculo branco no chão que supos ser o palco.

     Perdido olhando para cada canto do lugar, ele é chamado atenção pelo jurado grisalho. Pediu desculpas, trocou de sapatos e colocou o cd com suas musicas da audição no pequeno aparelho de som. E ali ele sentia que sua vida poderia mudar.

- Tô vendo aqui, pela ordem é o Emílio Santini não é? - Pergunta um dos jurados.
- Ah sim, sim. Posso começar então? - Diz bastante nervoso.
- Por favor! - Responde o mesmo jurado.

     Ao final da apresentação, ele notou não ter empolgado muito os jurados. Então enche o peito de ar e espira para manter-se calmo, olha atento para a bancada dos jurados e espera que ao menos não seja expulso e no mínimo alguma crítica construtiva pelo esforço dedicado nas últimas semanas com os ensaios.

- Tem boa presença, realmente. Mas falta algo... - Disse o primeiro jurado.
- Francamente, falta emoção! - Disse o segundo.
- Talvez ele tenha lido o nome da peça errado, gente. Não é o ''GLAM POP ROCK SHOW'' , é o karaokê de final de festa. - Completa o jurado grisalho.
- Desculpa, eu acho que fiquei um pouco nervoso e... - Emílio tenta consertar.
- O problema não é o nervosismo, até porquê já fizemos teste de 16 pessoas hoje e muito mais nos dias anteriores. Garoto, você só não soube se apresentar - Diz o segundo jurado.
- A menina que veio antes de você, focou em um ponto fixo. Soube dividir os momentos e tornou cada parte épica - Falou o primeiro jurado.
- Garoto, por quê você está nervoso? - Perguntou o jurado grisalho.
- Acho que não comi direito...(respirou fundo e)...olha, eu amo arte dos anos 70 e 80. Sou gordo, tenho síndrome de down, olha o meu jeito de falar...mas toda vez que eu ouço alguma musica, sinto que fosse a coisa certa a fazer, e essa coisa é dançar, interpretar, que seja...

     Após risadinhas dos jurados, ele foi convencido a tocar novamente as musicas escolhidas, boa parte das luzes foram desligadas e tinha um grande holofote especialmente para ele. O medo de Emílio ainda era sobre ele mesmo, mas sentia que daquela vez, naquela vez exata poderia soltar e descontar toda raiva e mágoa usando sua interpretação e amor pela musica.

     Antes mesmo de terminar a segunda música, ele já notava uma certa felicidade e aprovação nos rostos dos três jurados. Ao terminar Emílio sentia-se tão completo e certo do que estava fazendo, realmente aquele dia mudaria sua vida.

- Isso sim foi uma apresentação, garoto - Disse o jurado grisalho.
- Para você ver, não tem essa coisa de ''eu sou isso'', ''eu sou aquilo'', você pode dançar, você pode interpretar. Isso é um grande dom e você tem, me orgulho e quero muito que você esteja na peça. - Disse o segundo jurado.
- Parabéns, mesmo. Concordo e acho que já pode se empenhar mais para o grande show.

     Emílio não sabia mais palavras para agradecer e tinha um sorriso tão grande e satisfeito em seu rosto. Saiu dalí radiante a procura de algum rosto conhecido. Diego e Thom o estava esperando ao final da audição, e receberam um grande abraço do contente garoto. Após brincadeiras e elogios, todos continuavam tão felizes. Finalmente um dos garotos escondidos, iria ser o centro das atenções no colégio.

TEXTO E REVISÃO: Raphael Maitam

Nota 1: Luiz e Pedro são personagens do conto: Histórias Para Lembrar

Nota 2: As imagens usadas nesse texto não são de minha autoria, apenas retiradas da internet.

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