Talvez eu devesse escrever isso e te dar pessoalmente, ou sequer tentar mostrar o que sinto... Mais uma vez. 

Diferente das outras que lhe dei, esta não fala sobre o amor que sinto por você. Quer dizer, em partes sim, mas o lado ruim disso. Neste momento, sinto um nó na garganta e um aperto no peito. Você se afastou mais uma vez, e a única que te digo é que eu sinto cada vez menos. Menos amor, porque ele esvai com o tempo, menos rancor, porque eu me deixei levar e me entregar. Toda as vezes que olho em seus olhos, é como se ainda faltasse algo. Você disse que já amou, e que nenhum se comparava a mim. Mas diferente de você, o meu amor foi de infância e talvez eu tenha gostado do mesmo menino por longos anos, mas realmente só te amado. E ao mesmo tempo que tenho todas as palavras pra um discurso eu as perco no meio do caminho.

  Maldita foi a noite em que deixei me levar, quando beijei seus lábios e me forcei a sentir. Eu ainda me pergunto como cheguei a esse estado, em que suas palavras agressivas me fazem tanto mal como um soco no estômago. Há tantas coisas que gostaria de falar, mas nenhuma palavra seria o suficiente. Ao seu lado eu enxergo a lua e as estrelas, mas quando você me apresenta a escuridão, tenho medo do que pode fazer. Não medo de você, mas do que vai me forçar a sentir. 

Quando aprender a força que as palavras têm talvez você meça suas palavras, talvez você engula seu egoísmo e sua ironia mal traçada. Eu sinto ódio por aceitar isso, mas não se preocupe, aos poucos eu me reconstruo. Raiva pelo seu jeito que em menos de um ano eu assisti. É claro, eu errei também, e em comparação do que me fez, as borboletas mortas no meu estômago nem se comparam às flechas que me acertou.

 Espero que um dia você entenda o que é entregar seu corpo e alma a alguém, e ela te machuque com os piores espinhos e depois sua frieza te congele por dentro, mais do que você mesmo. Só assim talvez entenda a como tratar as mulheres que te amam, é claro, se alguma insistir em ficar.