vinte e dois.
https://youtu.be/UInU1_BFGp0
(Back To You - The Mayries)
O verão pressiona as bordas da noite com entusiasmo sobre Seven Heavens. Rotas de cores atravessam o céu cálido, dando a impressão de que teremos, pela primeira vez no ano, a luminosidade esmeraldina do céu número seis. É difícil não me sentir pegajosa quando o ar parece estar saindo de uma chaleira. Apesar de gostar do verão, me sinto mais cansada do que esperava estar.
Não posso colocar toda a culpa no calor se arrastando pela minha pele. Fiquei acordada a noite passada inteira terminando o meu estudo de apresentação para Stanford.
Tenho a minha conclusão inconclusiva: nossas cores no céu são causadas por graus diferentes de poluição do ar. Mas, apesar de ter indícios de alguns poluentes e suas variáveis de cores contra a refração da luz solar, que é consideravelmente mais forte na estação mais quente do ano, não consigo identificar de onde as nossas mais múltiplas formas de poluição estão surgindo.
Esfrego a franja, erguendo os olhos do caderno e dando de cara com o berço de Hendrix Júnior. Acumulei mais uma função: babá. Preciso de um celular e não quero que a minha mãe use o dinheiro do seguro com isso. Estamos economizando para recomeçar. E enquanto ela dá duro na Story Coffe, eu fico com Hendrix Junior quando Lola e Matthew Hendrix decidem fazer alguma coisa que pessoas muito ricas fazem.
Uma lista de responsabilidades pesa sobre os meus ombros e faz com que eu feche os olhos, recostada à poltrona em formato de concha marinha.
Georgia decidiu o tema do nosso baile de formatura: NOSSOS SETE PARAÍSOS.
Ela quer que o baile tenha as cores de cada céu da cidade. Com todas as meninas usando vestidos de alguma cor encontrada nos nossos sete céus.
Fiquei empolgada com o tema ser tão parecido com a minha pesquisa e, naturalmente, tive uma ideia brilhante, mas exaustiva: eu sugeri que tivéssemos nuvens. E que as fizéssemos com nitrogênio. O que me levou a ter que calcular não só os gastos com a festa, mas os níveis de oxigênio dentro do nosso ginásio de gelo suficientes para não matar ninguém asfixiado.
E, além disso, estou no meio de um plano secreto com Gillian Rosenstock para pegarmos Taylor Hastings em suas mentiras. A minha intuição elevou Taylor para o posto de principal suspeita. E Gillian sugeriu que a pegássemos através de uma armadilha.
Reabro os olhos. As cores dançam em coral e dourado no teto do quarto do bebê, chocando-se com o azul oceano das paredes. Há peixes, conchas e corais desenhados por todo lugar e as luminárias são em forma de cavalos marinhos.
"Ela fala em uma rádio vinte e quatro horas por dia." A voz de Jilly rebate contra minha memória. "Vamos gravá-la, cortar as palavras e formar um áudio genérico, mas convincente. Ligaremos para Marie Belcher com ele. Se era com ela que Marie estava falando na festa de posse do meu pai, a própria Marie vai entregar Taylor. Se não for... Então denunciaremos Henry para o meu pai e deixaremos que ele o investigue pelas vias legais."
Do outro lado do quarto, para onde empurro o meu rosto, há um espelho imenso que ocupa toda a parede ao lado do closet. E apesar de haver tantos peixinhos adesivos colados contra o vidro, eu ainda consigo ver a garota me encarando no reflexo.
Cabelo loiro jogado no mais bagunçado de todos os coques em forma de rosquinha. Um leve bronzeado adquirido no meu último dia explorando os campos de algodão para analisar a poluição atmosférica, com nariz vermelho que não estava ali na semana passada. Olhos turvos e pesados escondendo pupilas de diâmetros diferentes. E uma expressão que me diz que tudo o que eu preciso é que Seth não esteja mais magoado comigo.
E ele ainda está. Eu quero contar a ele sobre Taylor, mas acho que ele contaria para Carson tentado proteger o irmão. E Carson zombaria da minha desconfiança, desabafando com Taylor sobre isso. Então, ela escaparia do meu plano com Jilly.
A campainha da nova mansão dos Hendrix toca de um jeito estridente, me assustando. Arrasto minha saia verde floresta para cima num impulso e puxo a camisa para baixo. Os latidos de Lady Di, a poodle gigante que os Hendrix compraram, desafiam o silêncio e acordam Hendrix Júnior. Choro emocionado se junta à sinfonia ruim ecoando nas paredes de mármore e preciso de alguns segundos para respirar fundo e não começar a gritar de desespero enquanto me arrasto para o berço.
― Oi Junior. ― Franzo o nariz quando ele chora ainda mais. ― Seth tem razão. Esse é um nome horrível. Vamos mudar nossos nomes, certo? Você vai ser Pip, de Phillip. Que nome quer que eu tenha? Olivia? Oh, obrigada! É um nome incrível!
Agarro Pip Junior do berço e ele suspira, chorando um pouco menos. Há um papel sobre uma das cômodas em formato de baleia. São recomendações sobre como ministrar calmantes para fazer o bebê dormir em tempo integral. Deixado pela própria senhora Hendrix. Eu tento alcançá-lo, mas Lady Di late novamente com a campainha e o papel alcança voo entre o móbile de cavalos marinho.
― Não vamos tomar calmantes essa noite. ― Afasto as lágrimas do rosto dele, mudando-o de braço e atravessando o quarto. ― Nós dois vamos dispensar a nossa visita, entupir a princesa Diana aqui de porcaria canina e correr por toda essa mansão gigantesca.
A enorme Poodle dos Hendrix nos segue pelo corredor assim que nos vê. Ela parece assustada com a campainha e choraminga na minha direção. Encaixo os braços em Pip Junior e o deslizo pelo corrimão da escada, fazendo-o gargalhar em meio às últimas lágrimas de seu choro. Quando salto o último degrau, ergo o bebê no ar e giro com ele, ganhando uma risada ainda maior.
Puxo a maçaneta dourada da porta gigantesca dos Hendrix, acomodando Pip no meu abraço. A figura de Seth, sua camisa social amarrotada e seus cabelos penteados de um jeito desconexo me surpreendem com um sorriso. Ele parece exausto dos treinos no hóquei, mas está muito mais como Seth Rowan de novo do que com um atleta da St. Vincentti.
― Oi, querida. Eu esqueci as minhas chaves. ― Ele avança sobre meu espaço pessoal, segura o meu maxilar e me dá um beijo rápido antes de sorrir para o bebê. ― Caramba, nós temos um bebê! Eu mal notei que você estivesse grávida. Eu estava bêbado durante nove meses? Oi, Pip.
― Seth? O que está fazendo?
― Não diga "Seth, o que está fazendo". Diga: boa noite querido. Tivemos um bebê pela cegonha. Ele desceu hoje a tarde pela chaminé. ― Seth encaixa as mãos embaixo dos braços do bebê dos Hendrix e o pega. ― Você parece cansada, aliás. Não seria o caso de trocarmos a encomenda e pedirmos outro neném?
― Olha quem fala. ― Estreito os olhos. ― Você se parece com alguém que brigou em um bar.
Ele pisca um dos olhos na minha direção. Justamente o que está rodeado por uma sombra rósea. Imagino que ele tenha tido uma briga no gelo. Entreabro os lábios, mas Seth inclina-se sobre mim novamente. Ele me beija de novo, demorando muito mais dessa vez. E, só para variar, meu coração derrete em uma força motriz que empurra meus calcanhares para cima e faz os meus dedos agarrarem seus cabelos.
Seth tem aquele cheiro de banho de espuma que me arranca um sorriso entre o beijo. Ele sorri de volta, o que aumenta o meu desejo de beijá-lo de novo. Mas a pequena mão de Pip Junior pressiona o meu rosto, me empurrando.
― Rude. ― Sussurro para o bebê. Ele abre e fecha a mão na minha direção, se inclinando para os meus braços. Quando o tomo de Seth e ele me abraça, eu me sinto genuinamente querida. ― Certo, vou perdoar Pip Junior por interromper o momento em que você pede desculpas por ter sido tão bobo comigo nos últimos dias.
― Me desculpe. ― Os dedos de Seth beliscam o meu rosto gentilmente. ― Fiquei com ciúmes. E estou convivendo com muita testosterona congelada. E, para me redimir... Trouxe nosso jantar. Você já comeu?
― Na verdade, não.
Seth agarra uma sacola de papel do chão e entra sem cerimônia.
― Eu estava ensinando Pip a deslizar no corrimão. Eu o transformei no futuro dos escorregadores de corrimão do país.
― Você é a melhor mãe que Pip poderia ter.
Não consigo evitar rir de Seth enquanto ele brinca com Lady Diana. Nós seguimos para a cozinha e eu o ajudo a esvaziar a sacola, trocando Pip de braço para colocar todas as coisas na pia brilhante dos Hendrix. Acho que eles nunca estiveram naquela cozinha, a propósito. E imagino que até as mamadeiras de Pip têm sido enviadas por alguém através de algum serviço de comida.
― Você não deveria estar descansando para o grande jogo de amanhã? ― Abro algumas gavetas dos armários metálicos.
Eu não vejo Seth desde o nosso encontro no dia anterior, na Story Coffe. Ele está mesmo empenhado em se tornar o astro dos Ice Cage em menos de uma semana para o fim das aulas.
― Tenho sido um péssimo namorado e membro ausente da comissão de formatura. Estou aqui para passar um tempo com você antes do jogo. Ficar em casa não ajuda muito porque sinto raiva por Carson estar saindo com Taylor Hastings.
― Então eles estão namorando?
― Não. Carson disse que deixa Taylor pensar o que quiser. E que ele aproveita porque ela é o melhor que ele já conseguiu por aqui. E eu estou me matando para tentar fazer com que ele volte para o hóquei e pare de treinar posições sexuais com a garota que teve um caso com o meu pai no passado. Você acha que isso pode piorar?
Engulo as minhas suspeitas sobre Taylor. Desvio os olhos tão rapidamente que rezo em silêncio para que Seth não perceba que estou escondendo algo.
― Pode piorar com esse cardápio. ― Balanço Pip, me inundando com um sorriso. ― Você vai comer sardinha?
Forço os lábios com o dorso da mão, mas minha gargalhada escapa. Seth sorri de lado, batendo o braço no meu.
― Tenho que comer essas coisas para ser um jogador musculoso agora. E isso não é sardinha. É um salmão do Alaska, ok?
― Urgh, você é tão rico e tão fresco. ― Beijo o pescoço de Seth e ele se encolhe, me puxando para um abraço. Meu coração dá uma cambalhota com nossos corpos colados, mas Pip Junior nos separa de novo. ― Você tem um plano para o jogo?
― Eu coloquei Conor no banco. ― Eu o encontro completamente triunfante depois que coloco Pip sobre ilha no meio da cozinha. ― Também peguei algumas câmeras espiãs da companhia de tecnologia Rowan. Vou filmar, finalmente, todos os pênis do vestiário e Carson poderá fazer sua tabela de tamanho peniano.
― Você é um idiota. ― Dou uma gargalhada e Seth me abraça outra vez. Os braços dele parecem feitos de ferro e sinto seus músculos retesarem contra o meu corpo. ― Sua dieta está fazendo efeito. Não conheço esse músculo aqui.
Ele me solta e eu puxo a sua camisa para cima. No pequeno espaço de tempo em que Seth me deixa ver seu abdômen, além de perceber que seus músculos estão rígidos e desenhados contra a pele, meus olhos alcançam também um hematoma horrível abaixo das costelas.
― Ei, baby! Não podemos começar isso na frente do Pip. ― Ele puxa a camisa para baixo de novo e leva o polegar até minha expressão preocupada, varrendo as rugas em minha testa. ― Não se preocupe. Estou cheio desses. Você não viu a minha bunda ainda. Quem sabe depois do jantar eu mostro a você meus novos hematomas. Depois que o bebê parar de tentar se matar pulando do balcão de mármore.
― Jesus Cristo!
Eu agarro Hendrix Junior no ar antes que ele caia de cara no chão. Ele começa a gargalhar sua risada de bebê nos meus braços e sorrio com ele, aliviada por sua cabeça ainda estar inteira. Quando Junior esfrega os olhos e deita com o rosto contra o meu imagino que ele ainda deve ter calmantes da noite passada no organismo para ter tanto sono acumulado.
― Vou fazê-lo dormir. ― Sussurro. ― Lady Diana vai ser sua companhia.
― Por que eles não trouxeram Lady Gaga?
― Disseram que Lady Gaga era vira-lata demais para se encaixar na nova vida de poder e riqueza dos Hendrix. Ela mora com os Rosenstock agora.
Subo as escadas com Junior, embalando-o até seu pequeno corpo ceder. Ele ressona baixinho no meu pescoço e eu o balanço um pouco mais no corredor. É ridículo, mas cantarolo brilha, brilha estrelinha para ele enquanto entramos em seu aquário particular. E quando o coloco delicadamente entre os lençóis macios, Junior se vira, entreabre os lábios e suspira profundamente, se rendendo a um sono profundo e completamente livre de medicamentos.
https://youtu.be/uNuOS-qwM0Q
(Hurt Somebody - Noah Kahan e Julia Michaels)
Estou muito orgulhosa de mim quando volto para a cozinha. Eu não dopei o bebê. Eu acho que é um grande feito levando em conta que os próprios pais da criança têm feito esse tipo de coisa.
― Eu ouvi. ― Seth sorri de lado enquanto corta legumes. ― Você cantando para o nosso bebê.
O calor fica ainda mais forte sobre o meu rosto. Aperto os lábios em um sorriso e arrasto minhas meias de um lado para o outro, montando uma pequena mesa de jantar na ilha de pedra alva da cozinha.
O cheiro dos grelhados de Seth me faz salivar. Estou tão cansada que esqueço por um momento que os Hendrix não aprovariam a minha invasão à adega deles. E quando volto com a primeira garrafa de vinho que encontro, decido que a única aprovação que importa é a que está desenhada no rosto de Seth.
Nós jogamos conversa fora enquanto ele termina o jantar. O vinho tinge as taças e os nossos lábios. Seth quer saber sobre o Baile de Formatura e eu conto a ele sobre a exigência de cores para vestidos. Eu pergunto sobre hóquei e ele diz que está sendo interessante experimentar a adrenalina do gelo de novo, mesmo que ele não goste de ser um jogador. Eu reviro os olhos, porque ele definitivamente joga com qualquer coisa e só não gosta de admitir que sempre há uma chance de perder. Ele rebate dizendo que ainda quer uma revanche na sinuca. E eu pinço minha camisa de um jeito convencido porque estou certa que vou vencê-lo novamente.
― Sabia que a arquiduquesa da Áustria, Leopoldina, amava jogar bilhar? Ela era muito boa. ― Ergo as sobrancelhas e Seth suspira. ― Maria Leopoldina, imperatriz do Brasil, mulher de Dom Pedro I. Vocês não estudam colonização das América no St. Vincentti?
― Um pouco. Não lembraria do nome deles no meio de tantos.
― Não são nomes de pessoas aleatórias. É importante para conhecer a história do mundo e formação da sociedade moderna.
Seth fica muito bonitinho me explicando história geral com um pano de prato no ombro e verificando panelas enquanto eu enrolo o meu cabelo e tomo vinho. Espero que ele não descubra que estou sorrindo porque eu amo o modo como ele se empolga me ensinando sobre o passado e não porque estou empolgada sobre a imperatriz Maria Leopoldina.
Quando a comida finalmente fica pronta, Seth nos serve e se senta em um banquinho ao meu lado, passando um dos braços ao redor do meu ombro. Meus dedos se encaixam em sua mão e eu pesco um pedaço do filé de peixe com o garfo. A carne derrete suculenta na minha língua, explodindo sabores de ervas e manteiga. Gemo de satisfação, o que o deixa orgulhoso.
― Eu poderia me acostumar com isso.
― Com peixes de qualidade que não causam mau hálito apodrecido? ― Seth pesca um brócolis. ― Ter um namorado musculoso e inteligente ao mesmo tempo? E que cozinha!
― Isso também, mas tudo isso aqui. ― Giro o garfo no ar, mastigando meus brócolis crocantes. ― Uma casa bonita, um bebê bonzinho, um marido que faça o jantar. Até mesmo um cachorro com o cabelo da Shakira e com nome da realeza.
Quando olho para Seth, espero um olhar que me defina como maluca. No entanto, ele se acomoda um pouco mais perto e eu vejo seu rosto acender em vermelho quando ele sorri. Seus olhos estão brilhando mais do que qualquer lustre da mansão Hendrix. Eu me pergunto se o efeito é culpa do vinho, mas o meu coração batendo quente e bombeando sangue fervente por cada extremidade do meu corpo responde que as sensações estão transitando entre nós.
― Então vamos combinar uma coisa. ― Ele sussurra. ― Se você não encontrar nada melhor por aí, eu me casarei com você e então teremos tudo isso. Sem a Shakira e com um pouco menos de espaço. Mas com um bebê sortudo por ser embalado ao som de brilha, brilha estrelinha e uma mulher incrível dividindo o dia dela comigo enquanto tomamos uma garrafa de um ótimo vinho.
― Você está me pedindo em casamento futuramente?
― Isso. Eu acho que estou um pouco bêbado agora. Mas é exatamente isso. Você quer se casar comigo futuramente?
― E se você encontrar algo melhor? ― Eu finjo que não tem uma banda inteira tocando dentro do meu peito. Pisco algumas vezes apenas para ter certeza de que as luzes amarelas e brancas da cozinha estão formando um caleidoscópio ao redor do rosto de Seth, deixando-o ainda mais bonito. ― Onde eu me encaixo nisso?
― Olivia. Se eu chegar a achar que encontrei algo melhor será única e exclusivamente por não ter perspectiva alguma em ter você. E se você aparecer e dizer que eu sou o seu melhor, eu farei você ser mais do que qualquer coisa para mim. Você quer casar comigo futuramente ou não?
Encosto a lateral do meu nariz no de Seth e fecho os olhos.
― Eu quero me casar com você futuramente.
― Então vamos nos casar futuramente, futura senhora Rowan. ― Ele sussurra.
Ergo o queixo e alcanço os lábios de Seth com um beijo. Então começo a rir e acho que estou rindo de nervoso porque começo a chorar. Não sei que tipo de pensamento Seth tem a respeito disso, mas ele sorri ainda mais, empurrando minhas lágrimas e beijando os meus olhos.
― Eu te amo, Seth Rowan.
Escorrego os meus braços pelos ombros dele, meu nariz tocando a ponta do nariz redondo e vermelho de Seth. Eu me sinto zonza e quente e não consigo parar de sorrir. As mãos de Seth me puxam e eu giro para sentar sobre seu colo.
― Não, é sério. Eu te amo. Acho que estou um pouco bêbada também. No meio de um trabalho importante e não devia estar bebendo. Preciso de água agora. Para deixar de estar zonza. Mas é que eu te amo. Não amo um conceito que tenho sobre você. Não amo uma percepção sobre você no mundo. Não amo o que você pode se tornar e suas perspectivas. Eu te amo hoje. Agora.
― Eu também te amo agora. E futuramente.
― Espera. ― Pego um pouco de ar. ― Eu acho que o tempo vai mudar nós dois. Talvez a gente evolua. Talvez possamos fazer isso juntos ou não. E eu quero me casar com você futuramente, mas não quero pensar em nada além do que temos agora. Não quero que você me prometa nada em troca por isso. Porque eu te amo por você e as promessas que você é capaz de fazer hoje não mudam nada sobre o quanto eu te amo no momento certo.
Seth distribui alguns beijos rápidos sobre os meus lábios.
― Imaginar o futuro com você é só algo que eu tenho feito corriqueiramente. Você e o tempo que quisermos são as únicas coisas que fazem sentido.
― Definitivamente estamos bêbados. ― Sussurro.
― Só um pouco bêbados. ― Ele ri, me fazendo rir junto. ― Nós acabamos de ficar futuramente noivos. Temos que comemorar.
Eu colo o meu peito no de Seth e ele me abraça com a sua nova força física e sedutora. Rezo em pensamentos para que os Hendrix continuem o seu longo passeio e não cheguem naquele momento em que estou beijando o meu namorado na cozinha deles depois de tomar algumas taças de vinho e tendo a Princesa Diana Canina como expectadora.
Esqueço disso assim que meus dedos encontram os cabelos de Seth. Tenho tudo o que preciso agora. Mas tenho futuro escondido em algum lugar me esperando. E Seth está com ele. Não transformando-me na melhor parte dele. Mas na única possível.
Agora que as imagens estão carregando, vou deixar a foto de como imaginei a roupa da Liv nesse capítulo.
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