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Capítulo 5


"Tome mais cuidado da próxima, Alene." As suas palavras ainda ecoam dentro de mim. Não pelo tom preocupado, algo que também foi uma surpresa, e sim pela forma como meu nome saiu de seus lábios. Se é possível ver ternura em uma voz rouca e grossa? Depois de hoje, eu não duvido. Além de que a beleza desse homem é diferente de tudo o que eu havia visto.

É rústica. Selvagem. Intensa.

Quando Aloys joga o cabelo para trás, vejo como o seu braço é musculoso. Nada exagerado mas, com certeza, chama atenção. O cabelo liso e castanho beija sua face com delicadeza, quase atingindo seus ombros largos e ocultos pela camisa firme contra o peitoral.

Foi inevitável não tirar os olhos dele.

Mas não estava analisando apenas a sua beleza, também percebi a forte amizade entre ele e o seu amigo, Tristan. Que, por sinal, também é belo. O longo cabelo ruivo caía feito uma cascata em seu corpo modelado. Pelo visto, os treinos fazem bem a esses homens.

Diferente de Aloys que, em alguns momentos, parece uma fera por causa do tamanho e as cicatrizes no rosto; Tristan tem expressões suaves e agradáveis. Facilmente me apaixonaria por ele se acreditasse, de verdade, em amor. Mas esse é um sonho inalcançável para mulheres como eu. E não serei tola novamente em acreditar em um homem.

Depois daquele encontro com o príncipe, optei por retornar ao quarto. Chega de fortes emoções por hoje.

No outro dia, as garotas não paravam de comentar no jantar particular que cada uma teria com o príncipe. Cada dia da semana destinada a uma das concubinas com o intuito de ter uma noite de prazer. Céus, esse homem tem tanta energia assim? Ele é algum tipo de animal insaciável?

Rapidamente afasto a imagem do príncipe com menos roupas do que deveria. Mas é inevitável o leve rubor em minhas bochechas.

— Não está ansiosa pela sua vez? — pergunta Abbie olhando para mim enquanto passeamos pelo castelo.

Joana havia permitido que saíssemos um pouco dos quartos, então convenci a jovem a me acompanhar até a biblioteca. Era mais fácil não suspeitarem de mim dessa forma.

— Talvez. Eu não sei. — digo como se fosse uma mentira, mas há uma voz irritante dentro de mim que nega. Uma voz que acha que Aloys seria diferente dos homens que já me deitei, mesmo sendo mentira. Sei de sua fama como boêmio e não abaixarei a guarda diante desse maldito. — Emma já foi chamada para o quarto dele, certo? Ela comentou alguma coisa?

— Infelizmente, não. Emma acha que estamos aqui para jogar pelo coração do príncipe, então não fala nada para ninguém, o que é uma grande bobagem. Ele vai se casar com uma princesa ou duquesa, não alguém como nós.

Arqueio a sobrancelha.

— Que eu saiba, você não é camponesa. E nem a Emma. São da elite de Valfem, então podem ser concorrentes em potencial.

Abbie ri com graciosidade, o que estranhamente combina com seu vestido rosa de seda. Por outro lado, uso um vestido marrom justo ao meu corpo, onde mal posso respirar com o espartilho apertado. Mas é necessário, já que exibe o volume dos meus seios. Um atrativo perfeito para sedução. Homens só pensam em peitos e poder, no final das contas.

— O príncipe vai escolher alguém do topo da elite. Acredite em mim.

Não escondo o desgosto na expressão.

— Que homem frívolo.

— Mas essa é a regra, Alene. Ele precisa seguir a tradição pelo bem do seu povo.

— É por isso que não se importa em abrir as pernas para ele? — pergunto de forma tão natural, esquecendo por um instante que não posso revelar que sou uma prostituta. Seria expulsa imediatamente do castelo. — Digo... Não é assustador perder a honra com alguém que não a ama?

Se ficou assustada com minha expressão, não demonstra. Sinto que aqui é um jogo de máscaras.

— E acha que vou perdê-la com o grande amor da minha vida? Sou uma nobre, Alene. O meu futuro marido só estará comigo por três motivos: fortuna, status e gerar herdeiros saudáveis. Prefiro perdê-la com alguém que sei que não tem nenhum desses objetivos comigo. Se ele resolver me levar para sua cama, é porque quer. E não porque precisa.

Não havia pensado dessa forma. Até então, olhei esse harém com olhos julgadores, mas agora tudo parece diferente. São jovens querendo viver um momento curto de libertinagem antes de ter a vida inteira tomada por obrigações. Mesmo que não concorde com essa tradição ridícula, não vou me opor ao pensamento delas.

Ninguém aqui é obrigada a se deitar com alguém. Por isso, luto contra a pontada de inveja brotando em meu peito.

— Acho que você tem razão.

— Então, não se sente nervosa com esse momento? Dizem que dói um pouco.

Dói. Dói muito. Principalmente quando esse momento que devia ser especial é preenchido por um homem nojento encima de você, violando-a como um animal no coito.

Pisco os olhos para afastar as lágrimas, abrindo as grandes portas de madeira da biblioteca.

— Você é forte, Abbie. Vai aguentar a dor.

Pelo menos não levará essa dor para a vida toda, como eu.

O assunto é encerrado assim que entramos na biblioteca, pois me encontro sem palavras. Há uma variedade de livros nas enormes estantes de cinco compartimentos. Algumas escadas estão dispostas ao final de cada corredor. No centro da biblioteca, um longo tapete dourado adorna o local junto com um círculo de poltronas da mesma cor. As janelas são enormes e nos dão uma visão ampla de todo o reino.

Definitivamente esse é o meu local favorito do castelo.

— Nossa, Alene. Será que o príncipe leu tudo isso?

Deixo escapar uma risada seca.

— Príncipes não se importam com livros, Abbie. Eles só querem saber de guerras, mulheres e poder.

Ela ignora meu comentário para passear entre as estantes. Aproveito sua distração para encontrar algum livro com o mapa de Valfem. Ou melhor, o mapa do castelo.

As prateleiras são organizadas por assunto e, depois, ordem alfabética. Pego um livro sobre a história de Valfem e outro contendo o mapa da região. Talvez não tenha nenhuma informação realmente relevante, mas é inadmissível ficar parada enquanto o futuro está em minhas mãos.

❀❀❀

Estou nervosa para o jantar, porque preciso obter informações o quanto antes. Se o príncipe encontrar uma noiva digna antes dos seis meses, tudo acabou. Por isso, preciso seduzi-lo com todas as armas possíveis — sendo elas baixas ou não.

E a primeira arma é a aparência.

O longo vestido cinza de seda possui um decote generoso, desta vez sem qualquer fenda para expor minhas pernas — mas concentra muito bem a atenção em outro ponto — junto com um espartilho dourado. O cabelo está preso em uma trança ao redor da cabeça. Como sempre, sem nenhuma joia ou maquiagem exuberante, fora o leve brilho nos lábios.

A sala de jantar é basicamente uma mesa extensa com uma variedade absurda de vinho e, acima, um belo lustre com pedrinhas de diamantes. Em suma, toda a riqueza que eu e minha amiga Izobel nunca poderemos usufruir na vida.

Aloys encontra-se na ponta da mesa, conversando com o cozinheiro real. Ele possui traços tão joviais e sorriso descontraído que, às vezes, a imagem de rei se destoa para um garotinho imaturo. Talvez seja por isso que o chamam de príncipe das desgraças, a sua falta de responsabilidade é a ruína de seu povo.

Maldito rei arrogante.

Ao notar minha presença, Aloys se levanta e apoia a mão no peito, reverenciando-se. Em outras circunstâncias, ficaria surpresa com seu ato, mas já fui informada pelas demais moças — já que sou a sexta a ser chamada — que ele fez o mesmo movimento para todas. É óbvio, a sua única intenção é se deleitar conosco na cama.

Mas escondo o desgosto com um sorriso gentil, retribuindo a reverência.

— Estava ansiosa para vê-lo, Alteza. — minto em um tom doce. — Desde aquele dia, não parei de pensar no senhor.

Ele arqueia ambas as sobrancelhas.

— Em mim? Por que?

— Ora, porque o senhor me salvou. Eu nunca conheci uma pessoa tão gentil em toda a minha vida. — digo escondendo uma mecha solta do cabelo atrás da orelha. — Não sei como agradecê-lo.

Esperava vê-lo sorrindo após inflar seu ego, mas me surpreendo com sua expressão séria.

— Isso é o que qualquer um faria.

— Qualquer um com bom senso, grandão. — responde uma voz conhecida que acompanha uma longa cabeleira ruiva. Tristan acena com um largo sorriso ao parar do outro lado da mesa, estando frente à frente comigo. — Olá, Alene. Que bom vê-la novamente.

Por um momento, deixo a máscara cair expressando surpresa. Pensei que esse jantar seria à dois. Mas para quem quer apenas trepar, acho que suas intenções ficarão mais claras no quarto.

— Olá... Tristan, certo? Que prazer ter sua companhia.

Desta vez, não preciso forçar um sorriso. Realmente gosto de sua presença. A forma como conduz a conversa de maneira leve me deixa à vontade.

Com um gesto permissivo do príncipe, nós três nos sentamos

A refeição se segue normalmente. Tristan é quem mais fala, contando algumas piadas e histórias engraçadas sobre seus treinos. Estou muito concentrada em minha missão para rir, porém é inegável como toda a tensão se dissipa com a presença do ruivo.

Ao final do jantar, nós três seguimos pelo corredor do segundo andar, onde se encontra os quartos da família real e dos visitantes. Pelos corredores, noto algo peculiar nos quadros. Há alguns rostos rabiscados, ocultando sua identidade.

O quadro que chamou minha atenção é de uma família composta por quatro pessoas. O homem alto de barba grossa posso deduzir ser Dominic Rilley, rei de Valfem. Ao seu lado, há uma bela mulher de cabelos cor de cobre presos em um coque. Um jovem de sorriso largo estava ao lado do pai. Ele é tão parecido com Aloys, exceto pela ausência de cicatrizes e o corpo mais magro. Por fim, há um garotinho.

Estranhamente, a mulher e o garotinho possuem o rosto rabiscado.

— Por que fez isso? — deixo a pergunta escapar.

Os dois homens param a caminhada e trocam olhares significativos.

— Essa escolha de contar é sua, amigo. — comenta Tristan dando um aperto solidário no ombro do príncipe. — Nos vemos depois.

Tristan não se dá o trabalho de uma despedida, entrando em seu quarto.

Há um silêncio desconfortável entre mim e o príncipe; e logo sinto falta da áurea acolhedora do ruivo.

— O passado deve ficar no passado, senhorita. — responde com um sorriso gentil, mas sou inteligente o suficiente para saber que está mentindo.

Ele quer me enganar para concluir suas intenções libidinosas na cama? Devo fingir cair em sua mentira? Se fizer isso, conseguirei extrair informações no futuro? Afinal, homens tendem a abaixar a guarda perto de garotas bobas.

— O senhor está certo, Alteza. Mas...

Não, Alene. Não faça essa pergunta. Ele vai suspeitar. Ele vai...

— Se mantém esse quadro no corredor é porque quer lembrar da sensação de dor. Quer se lembrar de quem o faz sofrer. Por que alguém que vive em um palácio cheio de luxo quer alimentar a mesma dor de alguém que vive em uma masmorra?

Ele para. Não de andar, mas sim respirar. O seu peito musculoso não se move.

Droga. Estraguei tudo. Ele vai me punir por tamanho desrespeito.

Mas não. Tudo o que Aloys faz é apoiar a mão no quadro, dando outro sorriso... Um sorriso triste.

— Prefiro reviver a lembrança da dor que eles me causaram do que não lembrar de nada. É, eu prefiro mil vezes sentir agulhas perfurando meu coração do que lidar com o vazio que encontro dentro de mim todas as noites.

Agora é ele quem me faz paralisar. Quero acreditar que suas palavras são mentiras lançadas com sorrisos vazios. Mas como posso pensar nisso se ninguém é capaz de fingir a tristeza no olhar?

— O caminho da dor é um caminho sem volta.

— É o único caminho para mim. — dizia retornando à caminhada. — Boa noite, senhorita.

Pisco os olhos, confusa. Rapidamente, acompanho seus passos erguendo um pouco a barra do vestido.

— Espera! Não vai dormir comigo?

Ele pisca os olhos uma. Duas. Três vezes.

— Perdão?

— Eu estou aqui para servi-lo, Alteza. — digo parando na sua frente, apoiando ambas as mãos em seu peitoral musculoso. Posso sentir o calor de seu corpo através da camisa azul. — Esperei ansiosamente por esse momento.

De maneira delicada, ele retira minha mão de seu peitoral e lança um sorriso sem graça.

— Está tarde. É melhor você ir dormir.

Ele só pode estar brincando. É algum joguinho para ver a mulher implorar?

— Mas como sua concubina, eu...

— Pelas estrelas, aquele é o Tristan pelado?! — exclama apontando para um ponto atrás de mim.

Assustada, olho em direção ao maldito ruivo, mas não o vejo. Espero alguns segundos até ajustar a visão ao escuro e confirmo que o príncipe deve ter enlouquecido.

— Alteza, eu acho que... Alteza?

Aloys já havia sumido. Aperto os punhos com força trincando os dentes. O maldito me enganou direitinho mas não vou desistir tão fácil.

Terei esse príncipe na palma da minha mão e será hoje.

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