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Capítulo 30

Nada poderia estragar a paz que eu sinto.

Passei o dia com Aloys em seu quarto alternando entre conversas aleatórias, como o seu problema com alguns membros da corte e a falta de um cardápio mais abrangente na cozinha. Em compensação, falei sobre a vida no campo, quando eu cuidava do jardim e fazer as flores crescerem em segurança era a minha única preocupação. O príncipe ouviu cada palavra com atenção, sem tirar os olhos de mim.

Pela tarde, ele foi solicitado para uma reunião com Noah e pediu desculpas por sair de forma tão abrupta. Como uma tola, só pude assentir enquanto me vestia. As memórias da noite passada surgem em minha mente, fazendo a região do meu ventre ferver.

Será que transaremos de novo? E por que estou tão ansiosa?

— Você sumiu o dia inteiro e eu fiquei preocupada! — exclama Abbie indo ao meu encontro, puxando-me para seus braços quando chego no quarto. O pôr do sol tornava o ambiente alaranjado. — Por onde esteve?

— Com o príncipe.

Ela se afasta um pouco com os olhos arregalados.

— Vocês dormiram juntos!

Concordo com a cabeça.

— Pela Grande Estrela, Alene! Eu sabia que você conseguiria a atenção dele, mas não imaginei que ele estivesse tão entregue a você.

— Aloys não está entregue, ele só está suprindo suas necessidades como qualquer homem.

— E você ainda o chama pelo nome! Se a futura rainha souber disso, será um problema.

Controlo o desconforto interno com esse assunto. Enquanto retornava ao meu quarto, ouvi comentários de que hoje à noite o príncipe terá um jantar especial com uma princesa do oriente. Uma grande candidata ao posto de rainha.

— Não me importo com o que a futura rainha pensa, Abbie.

Suspirando, a morena senta de forma repentina em minha cama. Os belos cachos se movem contra seu rosto. Ela comprime os lábios carnudos, balançando a cabeça em sinal de negação.

— Alene, eu amo histórias de amor, mas não coloque seu coração onde sabe que sairá machucada. O príncipe Aloys não irá escolher uma concubina.

— Parece a maldita da Emma falando. — resmungo cruzando os braços.

Abbie repousa as mãos, cobertas por delicadas luvas de renda branca, sobre o colo. Ela exala uma áurea de pureza e fragilidade.

— Emma é cruel em suas palavras, mas não mente quando diz que precisamos nos colocar em nossos lugares. Até a governanta Joana disse a mesma coisa!

Sento-me ao seu lado, encarando o quadro na parede. A pintura retrata um belo campo de margaridas e, por um instante, lembro da minha mãe. Ela saberia o que dizer em um momento como esse, mas preciso tomar minhas decisões sozinha.

— Não estou apaixonada pelo Aloys, Abbie. Eu gosto da companhia dele, apenas isso. Já passei por muita coisa para acreditar em finais felizes. Eu... — abaixo o olhar para as próprias mãos, percebendo como estão trêmulas. Em como estou à beira de um colapso. —... Estou longe de ser uma princesa. Não tenho nenhum título, dote ou sobrenome importante. Tudo o que posso oferecer ao príncipe é o meu corpo.

Abbie toca meu rosto. Seus dedos finos e macios trazem uma sensação de familiaridade, como se eu estivesse em casa. Os olhos de corsa amendoados transmitem o mais sincero sentimento de paz.

— Você tem tanto a oferecer, Alene. Basta encontrar a pessoa certa que irá aceitá-la do seu jeito.

Fecho os olhos, descansando o rosto na palma da sua mão.

— Que as estrelas te ouçam, Abbie.

❀❀❀

Não consegui dormir, virando de um lado para o outro na cama. Depois de ter sonhado com Aloys se casando com uma bela princesa, perdi completamente o sono. Por isso, decido ir até a biblioteca terminar de ler aquele romance recomendado por Aloys.

Só não esperava encontrar o príncipe no divã, usando um robe cinza e segurando um livro de capa roxa enquanto deitava de forma despojada.

— Aloys?

Ele ergue o olhar, parecendo igualmente surpreso.

— Alene? O que faz aqui a essa hora?

— Eu pergunto o mesmo.

Aloys abaixa o olhar para o livro em suas mãos.

— Estava sem sono e decidi que um bom livro iria me ajudar a organizar os pensamentos.

— Livro sobre estratégias? — questiono ao me aproximar, sentando ao seu lado. Instantaneamente, sou atingida pelo seu cheiro amadeirado e intenso.

— Um romance com algumas batalhas, na verdade. Deixo o livro de estratégias quando o momento é necessário.

— O príncipe lendo romances escondidos, quem diria. — brinco e ele me acompanha na risada. Logo, lembro do maldito sonho e o sorriso morre aos poucos. — Seria um certo jantar que aflige a sua mente?

— Com a princesa Ishani?

Esse nome causa uma leve dor de cabeça. Fecho as mãos no colo, virando o rosto para o lado.

— Sim, com essa tal princesa, que é bem provável que seja a futura rainha deste castelo. Será uma escolha prudente, Alteza. Não consigo pensar em uma dama mais bela do que ela.

Aloys estica o braço pelo divã, a ponta dos dedos roçando em minhas costas.

— Eu consigo. Ah, se consigo.

— O que...

— Leia um pouco daquele romance, Alene. Eu gostaria de ouvir a sua voz.

Ignoro as batidas rápidas do meu coração.

— Então, essa seria...

— A nossa quarta noite. O que me diz?

Nem percebo que estou sorrindo.

— Tudo bem.

Abro o livro pronta para iniciar a leitura, mas as mãos fortes de Aloys envolvem minha cintura puxando-me para seu colo. Vermelha, lanço um olhar surpreso em direção à ele.

— O que isso significa?!

— Gostaria que lesse em um local mais adequado. Lembra do último capítulo que paramos? — pergunta e assinto, relutante. — O próximo será um pouco... Intenso. Pode iniciar a leitura, Alene. Eu sou todo ouvidos.

Mordo o lábio, voltando minha atenção para o livro e passando para a próxima página.

" Mesmo se você tivesse tropeçado e caído de cara no chão, eu ainda iria te desejar. Sussurra contra seu ouvido, a mão firme apertava fortemente o seio farto da jovem."

Dou um leve pulinho ao sentir a mão de Aloys cobrir o meu seio, por cima da camisola.

— Mas o que...

— Shhh... Continue lendo. — sussurra em meu ouvido.

Assinto engolindo em seco.

"A outra mão ia entre as pernas da dama..." — leio sentindo a mão do príncipe se alojar na minha intimidade, fazendo leves carícias na região. Deixo escapar um breve gemido. — Aloys, você...

— Quero que você continue a leitura, Alene. É uma ordem.

A minha voz falha em tentar ler. Para piorar, cada cena do livro era perfeitamente reproduzida pelo príncipe. Em determinado momento, ele ergue minha camisola para passar a ponta dos dedos pela minha intimidade já molhada. Controlo o gemido o máximo que posso, mas se torna impossível quando ele insere um dedo dentro de mim, masturbando-me em um ritmo prazeroso.

— Vamos. Continue, minha doce Alene. — a sua voz rouca agracia meu ouvido.

"Ele move cada vez mais rápido os dedos dentro dela até parar subitamente e..."

Estou quase atingindo o ápice, mas Aloys para de se mover. Em seguida, resmungo baixinho mas só recebo um "continue" baixo como resposta.

— "Decide tirar a..." — umedeço os lábios quando Aloys abaixava a calça e o sinto, duro e imponente, contra mim. — "... roupa para reivindicá-la como sua. E em um único movimento, ele a tomava para si, dizendo as seguintes palavras: Eu sempre pensei que os deuses me odiassem, mas nós (...)"

Confirmando que estou molhada, o príncipe dá um beijo demorado em meu pescoço antes de se colocar dentro de mim, pulsando e moldando-me com esse simples movimento. Aperto o livro com força enquanto contorço o corpo, sendo tomada por toda a sua extensão.

— Céus!

"(...) Possuímos o encaixe perfeito." — sussurra em meu ouvido, lendo o livro por cima dos meus ombros. O seu quadril começa a se mover lentamente contra mim e cada estocada rende um gemido manhoso dos meus lábios. — Hum... Isso eu tenho que concordar. Que encaixe maravilhoso.

Os meus lábios são tomados pelo seus em um beijo intenso. A língua de Aloys dança sensualmente na minha enquanto suas mãos se firmam em minha cintura. As estocadas tornam-se cada vez mais intensas, fazendo meus seios balançarem a cada movimento.

Tento inutilmente segurar o livro com as mãos trêmulas. As palavras diante dos meus olhos parecem serem escritas em outra língua, afinal a mente só conseguia se concentrar na respiração ofegante do príncipe.

"E as duas almas se conectaram, como... Como..." — a voz sai trôpega quando o sinto tocar meus pontos mais sensíveis. — Aloys, você está indo tão fundo. O livro...

— Para o inferno o livro!

Aloys afasta minhas pernas com suas coxas até me deixar completamente aberta. Então, ele apoia ambas as mãos atrás dos meus joelhos, segurando-os enquanto se move dentro de mim. Repouso a cabeça contra seu ombro largo, deixando os gemidos fluírem pelo cômodo.

A preocupação em sermos pego mistura-se com a excitação, tornando esse sentimento mais intenso. Involuntariamente, movo os quadris e deixo o livro cair no chão para enroscar os braços entorno do seu pescoço.

— Isso... Isso!

Quando ele toca novamente meu ponto sensível, a explosão de prazer é liberada em um intenso orgasmo. Arqueio o corpo enquanto preencho o ambiente com os gemidos mais obscenos possíveis. Aloys envolve minha cintura com o braço, aumentando o ritmo das estocadas, fazendo-me revirar os olhos de prazer. Então, com um último movimento profundo, o príncipe desmancha-se dentro de mim.

E assim passamos longos minutos, parados e ofegantes.

O momento de silêncio é quebrado pelo beijo no príncipe em meu pescoço.

— Vossa Alteza é tão depravado. — brinco.

Aloys repousa o queixo em meu ombro, encarando-me com um sorriso de canto.

— Você acha? Porque eu estou apenas começando... — sussurra contra minha pele. O hálito quente causando agradáveis calafrios. Então, a mão grande dele segura meu rosto o guiando até estar próximo ao seu. E quando nossas bocas se encontram, esqueço tudo ao redor.

Fecho os olhos saboreando a sensação agradável de sua língua acariciando a minha. Das suas mãos passeando pelo meu corpo, como um escultor preparando a argila para moldar a mais bela obra de arte.

Por um instante, acredito ser a inspiração de um artista. Acredito com todas as forças de que posso ser mais do que me rotularam por tanto tempo. E faço uma prece silenciosa às estrelas.

Permitam-me que essa felicidade dure.

❀❀❀

Estico-me preguiçosamente na cama macia. Os enormes lençóis brancos abarcam meu corpo magro que, na verdade, ganhou um pouco de peso após a alimentação saudável do castelo. As longas cortinas bege balançam com as janelas recém-abertas pelo príncipe. Aloys traja um roupão bege que toca até metade de suas coxas grossas.

Em silêncio, admiro a beleza matinal do príncipe. Sua pele brilhante e morena reflete a luz do Sol. Os olhos cor de mel se destacam como gotas de ouro.

Após uma noite intensa de sexo, mal sinto minhas pernas. Não que eu esteja reclamando. E reflito em como ter uma relação íntima consensual é maravilhoso.

O meu olhar foca na bandeja de frutas ao lado da cama e, involuntariamente, acabo sorrindo. Em pouco tempo, descobri o quanto Aloys é atencioso depois do sexo, desde os seus toques suaves até os mínimos gestos.

— Duas noites na cama de Vossa Alteza. Isso vai render comentários no castelo. — comento em um leve tom de ironia misturado com preocupação.

Aloys olha-me por cima dos ombros e exibe um de seus típicos sorrisos radiantes, onde vejo a fileira de dentes brancos.

— Não precisa temer, Alene. Há tanta coisa para a corte se preocupar que quem se enrosca em meus lençóis é o menor dos problemas de Valfem.

Afundo mais ainda a cabeça no macio travesseiro de plumas.

— Crise econômica no reino?

— Graças às estrelas, não. Com muito esforço, Valfem tem mantido uma estabilidade econômica aceitável. O problema é a ameaça externa.

Subitamente, o meu corpo fica tenso.

— Velstand...?

Comprimindo os lábios em uma linha fina, ele assente com a cabeça. Vê-lo tão preocupado com seu reino só aumenta meu sentimento de culpa.

— Aloys, tem certeza que é uma sábia escolha lutar contra Velstand? — comento aflito, sentando-me na cama e puxando o lençol até a altura do peito. — Creio que os boatos sobre a fraqueza desse reino sejam uma armadilha.

Em passos lentos, Aloys contorna a cama ficando ao meu lado. Os seus dedos se enroscam em uma mecha do meu cabelo, acariciando-a suavemente.

— Não sou um especialista em batalhas como o Lorcan, mas tenho uma equipe tão competente quanto a dele. Além de que, não luto para manter a minha coroa.

Inclino a cabeça para o lado, piscando os olhos confusa.

— E pelo o que você luta?

— Luto pelo meu povo. Valfem já sofreu demais nas mãos de Amis e Roseta. Crianças inocentes foram jogadas de penhasco, mendigos assassinados e professores proibidos frequentar as academias.

Lágrimas formam-se em meus olhos. Aperto mais ainda o lençol contra o peito, em uma tentativa falha de conter a dor. Quanto mais conheço a história de Valfem, mais entendo a responsabilidade nos ombros do príncipe. Aloys perdeu parte da sua vida treinando para ser um rei e outra parte vendo aqueles que, supostamente deveriam amá-lo, roubando seu lugar.

Abaixo o olhar para o meu colo, sentindo a vergonha de tê-lo traído. De continuar o traindo. Sei que faço isso pelo bem de Izobel e do nosso futuro, mas me sinto egoísta em condenar um reino pelo bem de duas prostitutas.

— O seu irmão e Roseta... Como eles puderam? São seu sangue!

O sorriso triste de Aloys é como uma faca cravada em meu peito.

— Roseta envenenou o meu pai, dia após dia, com uma poção. Em Canopeia, quando disse que a medicina possuía seu lado oculto, estava falando disso. O meu pai vendia venenos da melhor qualidade para outros reinos, utilizando dos conhecimentos de Canopeia para produzi-los. O pai de Alyssa não aceitou bem a ideia. Eles salvam vidas, não as tiram.

Umedeço os lábios, sentindo a garganta seca.

— Como se formou uma união tão improvável?

— O rei Gael compartilha da mesma visão de investir em conhecimento. O meu pai formou um acordo em que comercializavam conhecimento ao invés de armas. Eu era pequeno quando os laços formam firmados, mas lembro muito bem das inúmeras visitas em Canopeia.

— E assim nasceu sua amizade com a princesa.

O seu rosto torna-se suave. Nostálgico até. E sinto uma pontada incômoda no peito. Alyssa conhece o antigo Aloys, o príncipe totalmente ingênuo e que acreditava em conto de fadas.

— Alyssa sempre foi a melhor na sua academia e buscava constantemente por mais conhecimento. Foi uma jogada genial do seu pai mandá-la para Valfem para aprofundar os estudos.

— Uma forma discreta de fortificar laços. — concluo.

Ele assente.

— Você falou que o rei foi envenenado... — murmuro já sentindo um nó se formar em minha garganta. — O que aconteceu depois?

Aloys inspira profundamente, ajeitando-se na cama. Ele apoia os cotovelos nas coxas e o olhar vazio foca no tapete bege.

— Roseta mandou seus guardas, aqueles malditos traidores, me trancarem em uma cela no porão. Ela e Amis pensaram em tudo. Em como eu seria considerado um covarde por fugir após a morte do meu pai, e que o irmão doce e inocente seria um conforto para o povo. — dizia fechando os olhos. Posso detectar a dor perpassar por sua face. — Não durou muito para a máscara cair, mas já era tarde demais. Valfem se afundou na era de terror dos dois.

Cada palavra dita é cortante, fria e sombria. Aloys parece uma pessoa diferente ao lembrar do passado, mas não o julgo. Sei como é essa sensação de vazio. Às vezes a encontro olhando no espelho.

— Quanto tempo você passou trancado?

— Um ano.

— Céus! — exclamo apertando o lençol até os nós dos dedos ficarem brancos. — O que você passou lá?

De canto, Aloys me lança um olhar vazio. Sem qualquer resquício do príncipe radiante de antes.

— Não é algo que eu quero relembrar. Desculpe.

Com a mão trêmula, repouso-a em seu ombro fazendo uma suave carícia. O corpo robusto dele relaxa conforme meus dedos passeiam por sua pele quente.

— Eu entendo, Aloys. Saiba que eu estou aqui para o que precisar.

Ele segura minha mão, beijando-a com ternura.

— Queria acreditar nisso. Pelas estrelas, como eu queria.

O homem à minha frente está quebrado, de uma maneira que nunca vi. Ser uma messalina me fez ver mulheres se partindo dia após dia, definhando nos cantos escuros da taverna ou nos becos apertados. Porém, nunca vi ninguém definhar com sorrisos e abraços calorosos.

Aloys me fez entender que a dor tem várias faces e, muitas vezes, se esconde em um sorriso.

— Onde esteve Tristan, Noah, Alyssa e Ayumi nesse tempo? — questiono tentando conter a raiva ao pensar nos amigos de Aloys o abandonando.

— Canopeia não teve nenhuma notícia do golpe de Roseta, então Alyssa passou o ano inteiro sem saber o que aconteceu comigo. Ayumi é do oriente e só aparece quando sua presença é solicitada, então Roseta fez o possível para mantê-la longe de qualquer informação.

— Mas ela não desconfiou? Ayumi me parece uma mulher inteligente.

— Ela é. Mas acredito que, naquela época, havia outros assuntos pessoais de seu interesse. Sei muito pouco sobre Ayumi, mas suspeito que seu passado seja conturbado.

Pela forma como mata friamente, disso eu não tenho dúvida.

— E os demais?

Aloys ergue-se jogando o cabelo para trás. Não canso de achar sensual esse gesto. A forma como seus músculos se contrai e as mechas macias deslizam pela face...

Foco, Alene!

— Tristan foi exilado. Quase morto, na verdade. Ele tentou me salvar da cela, mas Roseta tinha muitos apoiadores e eu não o incentivaria a continuar nessa missão suicida. Pedi para ele e Noah saírem o quanto antes de Valfem.

— E ele aceitou deixá-lo sozinho?!

— O suficiente para conseguir apoio em outros lugares e, principalmente, informar à Canopeia. O rei Gael mandou reforço o quanto antes. Mas quando retornaram, eu tinha fugido e Roseta contratou o rei Lorcan para me matar.

Arregalo os olhos. Todos sabem da fama sanguinária de Lorcan. Ele é o homem que deixa um rastro de sangue por onde passa.

— Como...

—... Eu sobrevivi? Lorcan já suspeitava do plano de Roseta e, quando me encontrou em um abrigo com Tristan, disse que não me mataria. Pelo contrário, iria me ajudar a reconquistar o trono de Valfem.

— Então, foi ele que matou Roseta e seu irmão?

Noto o maxilar tenso do príncipe.

— Sim. Com a minha permissão.

Um silêncio desconfortável se instaura no cômodo. Há tantas informações para digerir que só consigo olhar para o nada, refletindo sobre as palavras de Aloys. Tudo o que ele passou é um reflexo de quem é agora, do príncipe justo e responsável para com seu reino. E muitos o julgam como imaturo por causa da idade.

Eu também pensava assim. Que grande idiota eu fui.

Estou diante de um verdadeiro rei. Mesmo que não use nenhuma coroa, as suas ações já o tornam um grande monarca.

Pena que ele ainda não se vê dessa forma.

— Como vai retomar a estabilidade em Valfem?

Um sorriso sagaz surge em seus belos lábios.

— Tenho uma carta na manga, Alene. E está mais do que na hora de usá-la.

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