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Capítulo 22

Acordo em um sobressalto, apoiando a mão sobre o peito. O meu corpo balançava de um lado para outro mas, ao menos, consegui captar o ar para os pulmões. Aos poucos, a visão voltava ao normal e, assim, percebo estar dentro de uma carruagem.

— Mas o que... Ah! — grito ao notar a figura no banco à frente. O cabelo loiro, olhos cinzas, fardamento verde e sorriso perverso. Eu o reconheceria diante de uma multidão. — O que está acontecendo, Dalibor? Por que fui sequestrada?

Há uma calma assustadora pairando esse homem.

— O nosso rei queria conhecê-la pessoalmente. Estamos arriscando demais nessa missão para confiar em uma qualquer, Alene.

Sento-me no banco, acariciando o pescoço. Pelo visto, dormi em uma má posição por muito tempo.

— Não havia uma forma menos violenta de "conversar"?

Os seus lábios se curvam em um sorriso alinhado e maldoso.

— Métodos de Velstand. Você já deveria estar familiarizada.

Opto pelo silêncio, virando-me para a janela. Lembrar de que essa é a minha terra natal causa certa estranheza. Afinal, nunca senti que esse fosse o meu lar.

Pela janela, visualizo as ruas largas e movimentadas de Velstand. Houve boatos que, após a guerra, o povo passa por situações de extrema pobreza. É notável o quanto a escassez de recursos afeta esse reino, visto que há poucos comerciantes nas ruas e as verduras em suas bancas parecem estragadas. Ainda assim, há uma multidão envolta desses alimentos deploráveis.

Tudo por uma chance de sobreviver.

Entendo essa situação, mas guardo a empatia no fundo do meu coração. O meu pai morreu por esse reino, há anos atrás, e nunca recebemos um stan sequer por seus serviços. O rei Avery tratou os heróis de guerra como meros lixos, assim como fez com seu próprio povo ao longo dos anos.

Velstand não é e nunca será o meu lar.

O castelo real é enorme, como qualquer outro. As pedras estão desgastadas com o tempo. As torres altas e finas são revestidas por telhas vermelhas. É um castelo com muitas janelas e portas, mas apenas uma dá acesso à entrada, onde precisamos passar por uma ponte. A água corrente abaixo da ponte está repleta de peixes tão mortais quanto animais selvagens.

Descemos da carruagem bem diante de entrada fortificada por guardas com o brasão do reino. Ignoro o maldito brasão que veio junto com o corpo do meu pai, anos atrás.

Apesar da aparência mórbida do lado de fora, o interior do castelo é bem iluminado. As diversas escadarias levam para caminhos diferentes, mas Dalibor contorna a parte de baixo da escadaria principal, conduzindo-me para uma enorme porta banhada à ouro.

— O nosso rei é um homem mais tolerante do que Avery. — dizia Dalibor quebrando o silêncio. Mesmo dirigindo as palavras à mim, seu olhar tenso continua focado nas espirais da porta. — Mas não o contrarie. Ele é pouco tolerável com mulheres.

Entendo o seu recado, assentindo. Automaticamente, crio uma proteção emocional entorno do meu coração.

Nenhum homem vai me atingir.

Repito esse mantra quando Dalibor abre a porta. Continuo repetindo quando seguimos pelo vasto tapete vermelho até o centro do salão real. As palavras sondam minha mente mesmo quando faço uma reverência, parando poucos metros das escadas que dão acesso para os dois tronos dispostos no centro.

Ao erguer o olhar, deparo-me com o rei. O homem não deve ter mais do que trinta e cinco anos. O seu cabelo loiro descia com leves ondulações até abaixo das orelhas. O maxilar bem marcado por uma barba clara. Os seus olhos verdes e intensos são destacados pelas sobrancelhas grossas. A bela coroa de ouro encrustada por rubis vermelhos combinava com o manto dourado que descia por seus ombros largos.

— Majestade. — saúda Dalibor apoiando a mão no peito.

O homem permanece em silêncio com a cabeça erguida.

Ao seu lado, há uma mulher franzina e bastante jovem. Deve ser uns cinco anos mais velha do que eu, apenas. Ela traja um longo manto preto que cobre seu corpo. Os longos cabelos negros estão trançados e descem como uma cascata até o seu quadril. A mulher inclina o corpo, analisando-me com seus vívidos olhos verdes. Não há nenhuma coroa em sua cabeça, mas o pescoço e os braços são revestidos por várias correntes de ouro. Por sinal, há uma tiara de ouro contornando a sua testa.

— Ele é Kendric Aengus Wensington e ao seu lado a rainha consorte Arabella Wensington. — sussurra Dalibor.

— Majestades. — digo com outra reverência, mais breve do que a anterior.

— É você quem está espionando o príncipe? — o rei Kendric é curto e direto.

— Sim, Majestade.

— Recebi um relatório interessante sobre Valfem, mas não é o suficiente. Estou arriscando o restante do meu exército para derrubar esses malditos, e não estou disposto a sacrificar o meu povo por um erro cometido por uma... — ele contém o termo pejorativo, suspirando com pesar. — ... qualquer. Precisava saber o quão leal você é por Velstand.

Não devo a porra da lealdade para ninguém, muito menos um maldito arrogante, penso sem tirar o sorriso gentil.

— Meu lugar é Velstand, Majestade. O senhor já deve ter sido informado disso.

— Há traidores dentro do castelo de cada rei, Alene Evans. Se acha que sou tolo em acreditar nesse discurso, está enganada.

Mordo o interior da bochecha, xingando o monarca de nomes pouco propensos para uma dama.

A mulher ao seu lado estica o braço fino até o trono do marido, tocando sua mão.

— Querido, ela não será infiel ao seu reino. Confie em mim.

Ele lança um olhar severo para a consorte.

— Calada, Arabella. Esqueceu que não tem permissão de falar em meus interrogatórios?

Rapidamente, ela recolhe a mão e assente.

— Perdão, querido.

Mas há uma gentileza amarga em suas palavras. Algo responsável por um estranho calafrio em minha espinha.

— Não temos muito tempo. Aloys está conquistando a confiança do seu povo e fortificando laços com os reinos vizinhos. — Kendric retoma a conversa, voltando-se para mim. — Ele assumiu seu trono após sofrer o maior ato de traição existente. Acha mesmo que vai acreditar em uma mulher só porque abriu as pernas? Poupe-me de tamanha tolice. — ele unia as mãos frente ao rosto, tornando as expressões mais rígidas. — Precisa da total confiança dele.

Abaixo o olhar para os próprios pés, analisando as sapatilhas douradas.

— Eu estou tentando, Majestade.

Kendric bate no braço do trono. O barulho alto ecoa pelo salão, fazendo-me recuar um passo.

— Tentar não é o bastante, sua puta! Terá dois meses para conseguir o plano de guerra de Valfem, ou irei matar você e sua amiga vagabunda. Entendeu?!

Fecho os olhos com força, tentando bloquear seus insultos. Esse rótulo me perseguirá a vida inteira e preciso ser forte o suficiente para tolerar o peso dessas palavras.

— Claro, Majestade.

— Ótimo. — ele se ergue gesticulando para Dalibor. — Temos que organizar nosso exército. Tempo é crucial nesse momento.

— Sim, Majestade. Estarei ao seu dispor. — dizia Dalibor o seguindo para uma porta ao lado, provavelmente a sala de reuniões do rei.

Então, encontro-me sozinha com a rainha. E finalmente posso ver a máscara cair.

O semblante inocente muda para uma perversão nefasta. Os olhos verdes cintilam quando ela se ergue, o ouro brilhando com os raios solares atrás de seu corpo alto. Conforme desce os degraus, Arabella retira o longo manto revelando um belo e comprido vestido preto que valoriza as curvas do seu corpo. O decote generoso ia até metade do abdômen, acentuando a curvatura dos seios medianos. As ombreiras do vestido são feitas de pedrinhas de ouro, descendo com mangas compridas e esvoaçantes. O final das mangas é composto por um tecido tão vermelho, como se junto com seus passos graciosos o próprio inferno a acompanhasse.

Ao final da trança, há uma argola apertada de ouro abraçando o cabelo sedoso. Quando a rainha para à poucos metros de mim, noto as sardas cobrindo as bochechas pálidas. A brisa brinca com algumas mechas do cabelo, onde pude notar os brincos de esmeraldas verdes.

— Dá para acreditar nele? Tão tolinho, coitado. — dizia de forma suave. A sua voz é como o cântico das cobras. Sedutor, mas perigoso. — Acha que irá conquistar o príncipe das desgraças com sexo. Os homens confiam em qualquer mulher para dar-lhes prazer, mas não nos momentos em que são tomados por medo ou desespero. Nesses momentos, só confiam nas pessoas que amam. E o amor é algo mais complicado do que sexo.

Endireito a minha postura. Algo nessa mulher me faz levantar a guarda.

— Majestade, creio que saiba muito mais do que queira me dizer.

Os lábios rosados e finos dela se curvam em um sorriso discreto.

— Fui eu quem dei a ideia de usá-la para seduzir Aloys, é claro que esse idiota nunca admitirá que a ideia veio de uma mulher. Homens têm essa necessidade de receber o mérito por coisas grandiosas. Quanta tolice. — ela sorri enquanto ergue a mão e a apoia no rosto. Nesse momento, percebo que no lugar de anéis, seus dedos são revestidos por garras feitas de ouro. — Eu enchi a cabeça de Kendric com a possibilidade de seu reino, detentor de poucos soldados, ser arruinado por um príncipe boêmio. Sim, é um reino de poucos soldados... Fieis a ele.

Pisco rapidamente os olhos.

— Mas quanto a senhora...

— Há um massivo exército disposto a dar a vida por sua rainha. — ela se deleita com as palavras, como se saboreasse o mais delicioso vinho. — Aquela que deu apoio ao seu povo nos momentos difíceis enquanto o rei só sabia nomear aqueles que marchariam para a morte.

— Desviou toda a atenção da crueldade para o rei. Assim, conseguiria a aliança do povo com base na sua miséria. — concluo. — Deixou que Velstand se afundasse em desgraça nas mãos do rei Kendric para que virasse o próprio povo contra ele.

Ela assente com aquele sorriso felino.

— Garota esperta. Sabia que nos daríamos bem, Alene Evans.

Ignoro o seu elogio, estreitando os olhos.

— Planeja destruir Velstand também.

— Eu pretendo reconstruir o reino e torná-lo meu por direito. Kendric não disse, mas ele é primo de Aloys, ou seja, o próximo na sucessão caso o príncipe das desgraças falhe em ter um herdeiro.

Nesse momento, todo o meu corpo trava. Não oculto a expressão surpresa.

— Por isso quer distraí-lo da busca por uma rainha, pois assim não terá como ter um herdeiro até vocês tomarem Valfem.

Ela apoia as mãos na cintura fina. A longa trança está jogada por cima do ombro esquerdo, roçando em sua mão.

— Sou rainha apenas por suportar seus abusos, mas ter meu corpo violado por um homem nojento é algo pior que qualquer guerra. Creio que saiba bem do que estou falando.

Fecho os punhos ao lado do corpo, permanecendo em silêncio.

— Kendric toma Valfem das mãos de um príncipe irresponsável e, misteriosamente, o povo de Velstand se rebela contra o rei. E assim temos um novo acessório na praça: a cabeça de um homem maldito.

— Será rainha por direito ao extinguir toda a linhagem real. Poderá começar uma nova e...

Ela estica a mão e a lâmina do seu "anel" roça em meus lábios.

— Está enganada, querida. Não pretendo iniciar nenhuma linhagem, só quero que o meu povo prospere nas mãos de uma rainha. Ou talvez mais de uma. — o seu sorriso malicioso me deixa em alerta. — Não acha que está na hora de derrubar esses reis arrogantes?

Queria dizer que Aloys não é arrogante, pelo contrário, é o homem mais humilde que já conheci. Contudo, Arabella é alguém que sofreu na mão de pessoas ruins e não está tendenciosa a acreditar em qualquer discurso contrário às suas convicções. É bem provável que minha cabeça vá parar em alguma guilhotina se a contrariar.

— Sou apenas uma espiã, Majestade. A minha opinião não importa.

— É a sua opinião que decidirá o futuro desse jogo. Sabe que vai ter que ir além de sexo com Aloys, ele precisará se apaixonar perdidamente por você. E essa é uma faca de dois gumes.

— Eu não vou me apaixonar por ele. — digo sentindo o gosto amargo da mentira.

A quem eu quero enganar? Estou gostando do Aloys, mas preciso evitar que isso se torne algo maior.

Ela arqueia a fina sobrancelha.

— Kendric acha que suas informações são insuficientes, mas elas representam algo que passou despercebido por meu querido marido. O quanto a confiança do príncipe está aumentando. É só questão de tempo para que ele confie os seus segredos mais profundos.

Não sinto prazer nenhum em concordar com suas palavras. Também notei que Aloys está abaixando cada vez mais a guarda ao meu lado. E, se antes isso era motivo de comemorar, agora estou aflita. Não quero destruir o lar desse príncipe gentil e bondoso.

— Aloys não é um bom lutador, pelo o que ele me disse. Por isso, a tomada de poder não precisa ser tão violenta, Majestade.

— Já sentindo empatia por ele, Alene?

— Só busco evitar derramamento de sangue dos dois lados.

— Todo trono é erguido com sangue de inocentes, a diferença é que os únicos inocentes que vão perecer são dos inimigos. Eu farei o que for necessário para estar no poder e evitar mais tragédia em Velstand.

— Acha o rei Kendric tão péssimo assim?

— Todos os homens são, querida. Eu só estou semeando um pouco de caos de ambos os lados, vendo-os tão aflitos como ratos em um labirinto. — ela sobe a garra afiada pelo meu rosto, passeando pela bochecha. Uma risada anasalada ressoa pelo curto espaço que nos separa. — Se Aloys é o príncipe das desgraças, eu serei a rainha do caos.

É verão, um dia quente e caloroso de verão. Porém, a presença dessa mulher traz uma sensação gélida ao redor. Ela é como a própria morte brincando com um tabuleiro de xadrez, derrubando peça por peça até atingir seu objetivo. A fachada de rainha submissa deu espaço para uma mulher ardilosa, disposta a vender a própria alma para obter o trono somente para si.

Passos firmes me tiram dos meus devaneios. Uma figura trajando armadura prateada se aproxima. A mulher de longos cabelos brancos e soltos possui uma pele pálida, olhos azuis e lábios rosados. O som metálico para somente quando ela se coloca ao lado de Arabella. Dessa distância, posso avaliar melhor a longa arma presa em sua cintura, onde os dedos — revestidos por uma luva preta e cobertos pela armadura — repousam no cabo.

— Lyanna, você voltou tão cedo da expedição. — dizia Arabella e noto uma singela alegria, algo que não imaginei que uma cobra como ela pudesse sentir.

A albina vira-se para a rainha, abrindo um largo sorriso. Há um sutil rubor em suas bochechas.

— Senti saudades, Majestade.

— Ora, pode dispensar as formalidades. Eu já me apresentei adequadamente para a nossa querida convidada, Alene Evans. E Alene, essa é Lyanna Harroway, a capitã do meu exército.

O destaque em suas palavras é um recado claro: Lyanna é uma aliada dela, e não do rei. Ou seja, há mais traidores dentro da própria corte.

Não sinto um pingo de empatia pelo final que Kendric terá. O único monarca que me preocupo está bem longe daqui.

— A espiã. — deduz Lyanna voltando o olhos azuis celeste em minha direção. O seu tom de voz é mais firme, apesar dos traços joviais do seu rosto. — É uma honra conhecer aquela que irá destruir o príncipe das desgraças. Menos um maldito no trono.

Estou cansada de ouvir ofensas contra Aloys. Mordo a língua até sentir o gosto metálico, como se isso pudesse conter qualquer desconforto.

— Prazer, senhorita Harroway.

— Por hora, até ser totalmente minha. Logo, ela será a rainha Lyanna. — dizia Arabella tocando a bochecha da albina com uma das garras douradas. — Não acha que combina contigo, querida?

A cavalheira vira-se para a mulher, fazendo com que a longa capa cinza em suas costas se mova ao redor do corpo dela.

— Ser sua já é o maior título que eu poderia sonhar.

Arabella sorria antes de envolver os braços entorno dos ombros da albina, puxando-a para um beijo. Lyanna apoia as mãos em sua cintura, mantendo a rainha contra si até se afastar devido à falta de ar.

— Por favor, Bella. Temos plateia.

A rainha umedece os lábios, passando a ponta dos dedos pelo pescoço da mulher.

— Não tenho vergonha de mostrar o nosso amor. — então, olhava de canto para mim endurecendo o semblante. — Entende o que está em jogo, Alene? Precisa fazer com que Aloys fique aos seus pés, literalmente falando se for preciso. — ela se afasta de Lyanna para caminhar até mim, segurando meu rosto com firmeza. As garras cravam em minha bochecha, arrancando gotas de sangue. — Não sou tão generosa quanto Kendric que acabará com sua vida rapidamente. Eu vou fazê-la reviver o seu pesadelo até que implore para ser morta.

— Tão adorável. — comenta Lyanna com um sorriso bobo.

— Eu vou... Dar o meu melhor. — digo com dificuldade, ficando na ponta dos pés por causa da diferença de altura entre nós duas. Maldito salto que essa vagabunda está usando. — Só preciso de tempo.

— Vou conseguir o tempo que tanto precisa, mas não ache que esquecerei do nosso acordo. Você trabalha para mim, e não para o incompetente do Kendric. — profere com firmeza. — Lyanna, meu amor, trouxe aquilo que eu pedi?

— Claro, querida.

Lyanna se abaixa, puxando um frasco pequeno de dentro da sua bota. Em seguida, entrega à rainha e apoia as mãos nas costas, mantendo o olhar intenso focado em nós duas.

— Essa poção de ervas tornará o príncipe infértil, se tomada de forma constante. Torne-o incapaz de dar herdeiros enquanto encontra o plano de guerra. Cada monarca o esconde em um lugar diferente, então seja sábia e discreta em sua procura. Aloys está cercado de guerreiros bastante peculiares. — comenta balançando a poção azul com a mão livre antes de colocá-la em minha mão. — Não falhe. Prove que é mais do que uma prostituta. Você é uma mulher que quer lutar pela sua liberdade. Sirva a mim e eu prometo que poderá ir para um lugar seguro quando a guerra começar.

Não sei porque deveria acreditar em suas palavras. Homem ou mulher, ela é só uma pessoa sedenta pelo poder; mas não serei eu quem vai enfrentá-la. Preciso pensar em um plano que não comprometa a minha vida, de Izobel e do Aloys. Por isso, limito-me a assentir com a cabeça, sendo solta e recuando alguns passos.

O sangue pinta minhas bochechas, escorrendo pelo queixo.

— Sim, Majestade. Eu estarei do seu lado.

Faço uma promessa que, no fundo, não pretendo cumprir. Trair Aloys está destruindo minha alma aos poucos, e não sei se sou forte o suficiente para suportar tamanha angustia.

— Ótimo. Nos veremos em breve, Alene Evans. — profere Arabella antes de seguir para uma porta atrás do trono.

Lyanna abre um sorriso cortês.

— Uma carruagem a espera na frente do castelo. Aconselho retornar logo para Valfem, ou o príncipe ficará chateado que um dos seus brinquedinhos sumiu.

Ela segue a sua amada, deixando-me sozinha no salão principal.

Caio de joelhos no chão, apoiando as mãos sobre a cabeça enquanto me curvo até tocar a testa no piso brilhante. O único reflexo que visualizo é o meu rosto sangrando com lágrimas escorrendo pelos olhos. Não contenho o soluço e o estado de vulnerabilidade, pois sei que caí em uma rede de mentiras e traições.

E não tem como fugir. 

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