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Capítulo 11


O castelo encontrava-se irritantemente chato.

E não era devido à ausência do príncipe.

Durante a viagem de Aloys à Astana, a segurança do reino diminuiu em metade. Já não havia guardas em rondas noturnas e, por isso, aproveito a situação de fragilidade para conhecer mais cômodos do castelo. Quando era pega andando pelos corredores no meio da madrugada, afirmo ter sido autorizada pelo próprio príncipe a vagar livremente pelos arredores.

Como Aloys havia dito, ninguém ousou questionar sua ordem.

Em determinada noite, uma figura esguia e de cabelereira preta surge no meio da escuridão do corredor. Com um sobressalto, apoio a mão no peito. Quando a luz da tocha oscila em minha direção, posso visualizar um rosto desconhecido.

Infelizmente, não era o rosto o qual meu interior, de forma inconsciente, desejava ver.

O homem de entorno de trinta anos e feições sérias me encarava de cima à baixo.

— Pensei que já tivesse coletado informações importantes.

Abro a boca para questionar sua identidade, mas ele é rápido em responder.

— Sou de Velstand. Fui enviado pelo sir Dalibor para transmitir as informações que a senhorita deveria ter reunido. Pelo visto, falhou nessa missão mais simples. E em Velstand, falhas não são amigavelmente admitidas... — sussurra puxando algo brilhante de dentro da sua camisa cinza de linho.

— Espere! Eu prometo que conseguirei informações valiosas. Aos poucos, estou ganhando a confiança do príncipe, tanto que já possuo livre acesso à várias áreas do castelo. Mas qualquer tipo de espionagem requer tempo, e não posso ser apressada jogando fora todo o meu esforço.

Aquele olhar mortal pondera as minhas palavras. Logo, guardava a adaga e dava um passo para trás. Antes de sumir na escuridão, profere:

— Tens um mês para trazer algo valioso. Ou sua amiga Izobel pagará as consequências.

O meu sangue gela. As pernas fraquejam e me apoio na parede para não desabar no meio do corredor.

Dalibor sabe que, em partes, meu sacrifício se fez por causa da Izobel. E agora que descobriu meu ponto fraco, vai usá-lo como a areia de uma ampulheta a meu desfavor.

❀❀❀

— Você está comendo tão pouco, Alene. Deveria se alimentar melhor. — aconselha Abbie.

Estávamos na enorme sala de visitas, todas as concubinas. Emma e suas amigas — um grupinho escolhido à dedo pela loira, onde somente as mais ricas faziam parte — comentavam sobre as belezas do castelo e a noite incrível que tiveram com o príncipe.

Noite essa que nunca existiu para nenhuma delas.

Era engraçado pensar que todas mentiam umas para as outras, apenas para manter o disfarce pedido por Aloys. Iria rir dessa situação se não estivesse preocupada com o bem-estar da minha amiga.

— Esse reino de Astana é longe, não é? O príncipe ainda não retornou...

Há um brilho malicioso no olhar da jovem ao se inclinar na mesa.

— Já com saudades dele, Alene?

Tenho raiva de sua acusação, mas a maior raiva é por ter corado diante dessas palavras.

— De forma alguma. Eu sou uma pessoa curiosa, só isso.

Abbie finge acreditar em mim, ajeitando-se na cadeira antes de partir um pedaço de pão ao meio, levando-o aos lábios carnudos.

— Vossa Alteza está começando a participar de viagens diplomáticas agora. Ao ser coroado finalmente como príncipe, a sua prioridade foi receber o povo de Valfem de braços abertos no castelo.

— Por que?

— O irmão dele, Amis, foi o último rei e digamos que o povo viveu tempos obscuros...

Já havia sido informada da história de Valfem. O rei Dominic, pai de Aloys, foi um governante justo apesar da fama que o precedia em guerras. Ele tinha laços estreitos com o antigo rei de Velorum, mas era um grande amigo do rei de Aryan. Após a sua misteriosa morte, Aloys seria o sucessor legítimo do trono, mas sumiu sem deixar rastros.

Amis foi destronado e morto com a ajuda do rei Lorcan onde, em seguida, Aloys surgiu reivindicando o trono. Desde então, vem se esforçando para reconquistar a confiança do seu povo.

— Gostaria de saber o que aconteceu com o príncipe Aloys durante esse tempo. Ele simplesmente abandonou o povo à mercê de um rei tirano?

Após engolir o pão, Abbie atacava as uvas sem tirar os olhos de mim.

— O meu pai disse que o príncipe foi exilado. Onde e o que passou, não sei dizer; mas tenho a impressão de não passou os meses longe em uma cama confortável com servos ao seu dispor.

Encaro o meu prato, suspirando com pesar. Uma estranha curiosidade sobre o passado de Aloys crescia em meu peito. Sinto que as suas cicatrizes e o jeito único de ser possuem razões bem justificáveis, mas reconheço que é inútil descobrir sua história. Para mim, só preciso saber das informações confidenciais do seu reino.

E só havia uma pessoa próxima o suficiente do príncipe para saber.

— Ele e aquele ruivo são amigos?

— O Tristan? São assim. Eu tive o prazer de conhece-lo melhor. — dizia com um suspiro bobo, olhando para o lustre de diamantes no teto. — Ele foi tão delicado.

Pisco os olhos, confusa.

— Você... Você dormiu com ele?!

— Ora, fale baixo! Já não basta as más línguas desse castelo, Alene. E não, não houve nada tão... Intenso. O senhor Tristan apenas me beijou. — murmura focando nos próprios dedos que, inquietamente, os movia sobre a mesa. — Foi o meu primeiro beijo e sinto que nunca irei esquecê-lo.

— Desculpa ter me exaltado, Abbie. Eu só não fazia ideia de que vocês tivessem se aproximado tanto.

— Ele é uma pessoa muito gentil e alegre. O único problema é que o coitado não parava de falar sobre o seu trabalho durante nossa caminhada. Ainda bem que sou uma ótima ouvinte.

O desânimo some em um estalar de dedos. Estive pensando demais em me aproximar de Aloys que havia esquecido do seu amigo, fiel escudeiro e, provavelmente, detentor de quase todas as informações de Valfem.

Se eu quero descobrir mais sobre o reino, a resposta é simples: usar o Tristan.

❀❀❀

Após o retorno do príncipe, ele sequer apareceu nos corredores do castelo. Segundo os empregados, Aloys encontrava-se preocupado demais em seu escritório para qualquer outra obrigação. As concubinas, como o previsto, estavam desanimadas e reclusas em seus quartos.

Mas, para mim, era o momento perfeito para "atacar".

Encontrei Tristan nos corredores, após um jantar com seus colegas da guarda real. Ele se portava de forma descontraída com uma camisa branca, aberta até metade do peitoral definido, e uma calça preta colada às pernas torneadas. O som de suas botas de cano longo ecoava pelo ambiente, mas param de forma abrupta ao me encontrar vestindo uma camisola de seda colada ao corpo.

Tinha consciência de que o tecido é quase transparente. Dalibor me deu para usá-lo com o príncipe, só que os planos mudaram um pouco de rumo.

— O que faz aqui, jovem?

É frustrante que ele não lembre o meu nome. Engulo o desconforto para umedecer os lábios, sorrindo inocentemente.

— Estava a sua espera, senhor Tristan.

Ele arqueia as sobrancelhas, apontando para si.

— Por mim? Por que?

Não dou motivo para pensar demais, pois avanço em seus lábios em um beijo repentino. O ruivo trava por breves segundos mas, como o previsto, segura minha cintura retribuindo o beijo. Então, dou um salto entrelaçando as pernas em sua cintura enquanto sou guiada para o seu quarto no final do corredor.

Sou jogada na cama e não perco tempo em abrir as pernas, fazendo com que note a ausência de roupa de baixo. Pelo brilho em seu olhar, percebo que o fisguei por completo.

Fácil demais.

Quando seus lábios descem por meu corpo, fecho os olhos pronta para me perder em memórias do passado. Mas isso não acontece, a minha mente se joga para um par de olhos cor de mel e sorriso de canto.

Um maldito sorriso causador de formigamento em meu estômago.

A voz grossa do Aloys ressoa em meus ouvidos, mesmo tendo ciência de que ele não está nesse quarto.

— Abra as pernas para mim, Alene. — sussurra no meu ouvido. A rouquidão da sua voz reverbera até a ponta do meu pé. Imediatamente, estremeço e obedeço. — Isso, boa garota.

Os lábios dele percorrem um caminho demorado por meu corpo, distribuindo beijos lentos até atingir a região entre minhas pernas. No momento em que sua língua invade meu interior, arqueio ao mesmo tempo que gemo baixinho. As suas mãos firmes seguram minhas coxas trêmulas conforme adentra minha região sensível.

Nunca havia sentido tamanho prazer. Era a primeira vez que me entregava completamente para um homem.

— Isso... É tão bom....

O aperto nas minhas coxas deixa minhas pernas mais fracas. É uma fraqueza boa. Demonstrar vulnerabilidade diante desse homem não parece ser um problema.

— Alene, você é tão...

—... gostosa. — profere Tristan ao me invadir, apoiando ambas as mãos ao lado da minha cabeça.

Dou-me conta de que estava excitada, não pelo belo ruivo em cima de mim; mas sim por um homem detentor de intensos olhos cor de mel e corpo escultural.

É em Aloys que eu penso ao gozar. O seu nome está na ponta da língua mas, por sorte, consigo controlar esse tolo impulso.

Ainda assim, encontro-me preocupada pois é a primeira vez que alguém invade meus pensamentos sem permissão. É a primeira vez que meu corpo pede para ser entregue de forma total.

Poderia facilmente me apaixonar por alguém gentil e belo como Tristan, já que possui as duas características que raramente andam lado à lado em homens. Mas não é nele que eu penso ao me desmanchar em seus braços.

Só consigo pensar em Aloys.

❀❀❀

— Então, eu e o Aloys pulamos o muro para fugir de outra aula chata, mas o idiota calculou errado a altura e caiu de cara no chão. Você precisava ter visto como ele ficou com o rosto cheio de lama. — comenta entre altas risadas, puxando-me contra seu peito.

Abbie estava certa. Tristan não parou de falar depois que fizemos sexo, mas nada referente ao reino. Ele estava narrando suas aventuras com Aloys na infância. Sei que deveria fazê-lo falar o que realmente importava para a minha missão, porém não controlei a curiosidade em conhecer mais sobre Aloys. Não o príncipe cheio de responsabilidades, mas a criança que acreditava em contos de fadas.

Descobri que, na adolescência, Aloys era rejeitado por todos por causa da sua aparência pouco atrativa e o fascínio por livros. É difícil acreditar em alguém capaz de rejeitar esse homem.

Reprimo o pensamento, pois associá-lo à perfeição é algo que nunca farei.

Tristan também conta que o príncipe era um garoto tímido e retraído. O seu porto seguro era o rei Dominic, o qual o apoiava veementemente na paixão pelos livros.

Um sorriso involuntário surge em meus lábios ao pensar no pequeno Aloys sorrindo ao lado do pai.

— Uma pena que ele está ocupado demais com as alianças.

Finjo uma falsa curiosidade boba.

— Com o casamento?

— Quem me dera. Aloys está em busca de reinos aliados para nos fortalecer na economia. Está sendo difícil, já que a notícia do golpe de Valfem está sendo espalhada de forma errônea. Muitos acreditam que o próprio Aloys esteve de acordo com as jogadas do irmão, e outros estão longe demais para saber que houve, de fato, um golpe.

Não imaginava que depois de longos minutos ouvindo histórias de infância, obteria informações valiosas.

— Nenhum reino é aliado de Valfem? — pergunto sentando-me na cama e cobrindo parte do corpo com a coberta. — Que triste!

— Velorum é nosso único aliado militarmente falando e, apesar do exército forte, estão distantes demais para fornecer qualquer ajuda.

Ou seja, Valfem está em estado de vulnerabilidade de forças. Basta descobrir se há uma lacuna na economia também.

— Bem, e quanto ao dinhe--...

— Essa conversa sobre política me deixou com sono. — boceja o ruivo, deitando a cabeça no macio travesseiro e fechando os olhos. — Vá dormir, mocinha. Já está tarde.

Dispensada após satisfazer um homem. Como em todas as outras vezes.

Recolho meu vestido e ajeito rapidamente o cabelo, antes de sair do quarto. Porém, paro diante da porta o olhando por cima dos ombros, esperando alguma palavra carinhosa. Uma fagulha de esperança que, inutilmente, tento alimentar.

Só ouço o ronco de Tristan como resposta.

Ninguém a tratará como uma princesa de conto de fadas, Alene. Pare de ser boba.

Seco uma lágrima fugaz e sigo para o meu quarto.

❀❀❀

Observo as flores do belo jardim. A primavera em Valfem é marcada pelo clima quente e, mesmo no final da estação, a brisa de verão beija minha face. Encolho-me no belo vestido branco de mangas longas e largas. Por cima, uma camada de tecido vermelho com cordas na cintura — como um espartilho — delineava as minhas curvas. Balanço os pés, cobertos pelas botas de couro, enquanto o vento afastava algumas mechas do meu cabelo solto.

— Quer dizer que gosta de flores, senhorita. Devo ficar surpreso?

Sobressalto com a voz grossa próxima de mim. Olhando para cima, vejo quem é o dono da alta silhueta que cobre o Sol.

Aloys, como sempre, estava belo com suas roupas de treino. A calça marrom de montaria e camisa branca de manga curta deixava exposto o corpo musculoso. O cabelo bagunçado enquanto algumas gotas de suor escorriam pelo seu rosto. A pele morena reluzia à luz do Sol, dando-lhe um brilho etéreo.

— Está dizendo que sou previsível, Alteza? — brinco.

O seu sorriso é tão brilhante quanto o próprio astro acima das nossas cabeças.

Aloys contorna o banco e senta ao meu lado de maneira despojada, como se não fosse o homem mais importante daquele reino.

— Pelo contrário, daria uma moeda pelos seus pensamentos.

— Você tem dinheiro até para decidir o que vou pensar.

Ele ria alto jogando a cabeça para trás antes de virar o rosto em minha direção.

— Eu prefiro a moda clássica, perguntando. Então, o que anda pensando, Alene?

Em como você invadiu meus pensamentos durante o sexo. Em como gozei ao imaginar sua língua e seus dedos entre minhas pernas.

— Em como é solitário esse lugar.

— Ora, pensei que tivesse permitido a sua saída por todo o castelo.

Forço um sorriso. Não pelo seu escritório particular, Allteza.

— Mas já vasculhei todos os cantos. Não há nenhum lugar para conhecer.

Aloys apoia a mão no queixo, pensativo.

— O que me diz de um passeio para fora do castelo?

— Achei que uma concubina não pudesse sair daqui. — digo esticando a mão para tocar suavemente seu rosto. Não fazia ideia de como sentia falta do calor de sua pele. — O meu lugar deveria ser em sua cama, alteza.

Noto como ele cora e a forma em que seu corpo se retrai. Quando começo a desviar o olhar do peitoral firme para a região entre as pernas, Aloys se ergue em um pulo.

— Esteja pronta após o almoço no portão do castelo. Vou mostrá-la que seu lugar é onde desejar.

Aloys deixa-me sem palavras enquanto sumia pelo vasto jardim.

❀❀❀

Não havia muitas opções de roupa, por isso utilizei um vestido verde de decote considerável na região dos seios. O seu tecido fino e quase justo ao corpo chamava menos atenção do que àqueles repletos de babados e brilho. Desta vez, prendi o cabelo em um coque alto e optei por uma sandália simples.

Aloys surgiu na porta do castelo com seu cavalo branco de patas pretas. O animal trajava uma cela dourada com pedrinhas brilhantes ao redor. A imponência dele estava presente até mesmo na forma como galopava de cabeça erguida, como se estivesse acima de todos. Por outro lado, o príncipe trajava uma simples camisa marrom de mangas compridas e calça verde escura, combinando com as botas pretas de cano longo. As suas mãos estavam revestidas por luvas pretas e, automaticamente, retraio o corpo ao imaginar o calor de seu toque através do couro.

Foco, Alene. Não desvie da sua missão.

— Que lindo! A conexão de vocês é intensa, pelo visto.

Pegasus recua um pouco, estranhando minha presença, mas basta uma leve carícia do príncipe em sua crina que ele fica mais calmo.

— Não consigo me ver sem meu grande amigo.

Admiro o brilho no olhar do rapaz ao falar do animal. Logo, Aloys ajeita a postura e estica a mão.

— Vem.

— Eu... Eu nunca andei à cavalo.

Ele franze o cenho.

— Mas todas as damas da nobreza sabem de equitação.

Abaixo o olhar para os meus pés, respirando fundo. Poderia mentir e falar que meu pai rico queria preservar a filha de futuros acidentes em um cavalo. Ou também poderia dizer que tenho medo de altura e, por isso, evitei a equitação.

Mas, por incrível que pareça, optei pela verdade.

— Eu não faço parte da nobreza. Perdoe-me por nunca ter dito isso, Alteza. — sussurro reverenciando-me.

Espero ser dispensada e ter que fugir com Izobel antes que Dalibor nos encontre. Porém, a minha formulação de plano de fuga é interrompida pela voz grave do príncipe.

— Não tem problema. Eu só quero uma boa companhia para o passeio. E creio que você seja essa companhia, Alene.

Ergo a cabeça, encarando-o totalmente surpresa. De forma automática, seguro o seu braço e sou puxada para a sela, encaixando-me entre as pernas de Aloys. Inexplicavelmente, relaxo o corpo como se precisasse estar ao seu lado para abaixar a guarda.

Sei que é errado, mas não consigo controlar as reações do meu corpo, principalmente quando apoio a cabeça em seu peitoral enquanto ele inicia a cavalgada para fora do castelo. A brisa suave batia em meu rosto, levando consigo qualquer preocupação momentânea.

Talvez esse passeio sirva para colher mais informações. Repito esse pensamento quantas vezes são necessárias para acreditar.

— Você deveria me dispensar, como qualquer príncipe faria...

Praguejo-me por ter exposto meu pensamento, o que pode dificultar a aproximação com Aloys.

— Se um príncipe escolhe manter próximo alguém por mera classe social, duvido muito que ele se importe verdadeiramente com seu povo. — dizia repousando a mão em minha cabeça, puxando-me mais ainda contra seu peito, onde posso ouvir e sentir as batidas do seu coração.

O meu coração teimoso segue as batidas que escuto, estando tão acelerado que preciso apoiar uma mão sobre o peito para certificar de que não sairá pela boca.

Levanto um pouco a cabeça para encará-lo, vendo como o vento batia em seu rosto afastando as mechas do cabelo. Nessa posição, a cicatriz cortando o canto da sua boca torna-se mais visível.

Droga. Por que até mesmo a sua cicatriz é atraente?

— Está falando como se saísse de um conto de fadas, onde um príncipe se apaixona por uma mera plebeia. É adulto o suficiente para saber que...

— Isso não é real, já sei o que vai dizer. Deixe-me ser um tolo que ainda acredita em contos de fadas. — comenta abaixando a cabeça, dando-me a visão do seu largo sorriso. — E, por acaso, está insinuando que teremos uma história de amor, Alene? Que interessante.

Sinto o meu rosto queimar e volto a escondê-lo em seu peito.

— Q-Que bobagem... Eu só citei o livro que você estava lendo.

— Corrigindo, o livro em que você estava lendo comigo. Por sinal, gostaria de continuar nossa noite de leitura.

— Então, a terceira noite será na biblioteca também?

Ele ria de maneira descontraída e vejo-me obrigada a encará-lo novamente. Odeio como a beleza de seu rosto atraía perigosamente os meus olhos.

— Não, Alene. A terceira noite será hoje.

Ergo as sobrancelhas, confusa.

— O que faremos?

O sorriso de canto a se projetar em seus lábios causa-me formigamento interno.

— Será uma surpresa.

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