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Capítulo 40

A música desse capítulo é: The sun is rising, Britt Nicole.

Por um momento apenas, me deixe chorar

Continuei onde estava, olhando para a porta. As coisas não tinham que ser daquela maneira, não precisava. Nunca gostei de segredos, sendo eles bons ou ruins. Mas, o que me fora presenteado em meu aniversário não era um bom. Me machucou mais saber que meus pais foram motivo de chacota daqueles...miseráveis!

Por Deus! Aquilo era demais para suportar.

Caminhei até o vaso fragmentado no chão, me sentindo na mesma situação: quebrada. Recolhi alguns cacos para jogar no lixo. O frio da manhã entrava pela janela bagunçando ainda mais meus cabelos. A agonia de sentir o remorso por não ter feito cada minuto valer a pena me invadia intensamente.

— Vou preparar nosso café da manhã. — Mandy se pronunciou, naquele silêncio triste, melancólico.

— Deixe que eu limpe isso. — Greice se ofereceu, levantando-me do chão. — Sente-se e descanse mais um pouco.

— Eu sou horrível, não sou? — Greice me olhou tentando entender o que eu estava falando. — Fui uma péssima filha. Deixei meu filho, e...

— Não, você não é! — ela se aproximou pegando minhas mãos. — Você está se culpando demais Ally. Depois de perdermos alguém, há sempre uma dor forte que invade nosso coração, embora palavras não apaguem o sofrimento sentido. Noah está bem e esse ferimento em sua mão é a prova que você se sacrificaria ainda mais pelo seu filho.

— É só que meus pais eram os únicos do mesmo sangue que eu, e já não tenho mais ninguém. Eu fui tão egoísta deixando eles para ir a Londres. Agora não fiquei com nada... nada.

— Ally, pare! Se culpar não vai fazê-la superar. Não diga que está sozinha... seus pais não gostariam de vê-la se torturando dessa maneira. Além deles, você ainda tem uma família que te ama, você tem a nós. Para Sempre!

— Eu queria que eles conhecessem Noah, o meu primeiro filho, queria apresentar o Dixon. Eu tinha tantas coisas a realizar com eles...

— Não pense demais...

— Parar de pensar é uma tentativa inútil. Esse é meu castigo?

— Não, não é! Agora...

— Eu vou ao Sótão — a interrompi. Meu corpo tremia como se estivesse com frio.

— Tudo bem, não demore lá em cima... — Greice soltou minha mão relutante.

Eu queria ouvir pelo menos algumas músicas clássicas instrumentais que meu pai gostava. Ele costumava guardar os discos no sótão e quando queria descansar subia para ouvi-los. Quando eu estava muito cansada, me deitava em seu colo e ficava apreciando as profundas melodias. Eu tinha uma favorita, embora parecesse triste, eu amava. Quando ouvi princess the Moon de Bandari pela primeira vez, chorei sem parar sendo acariciada pelas mãos gentis do meu pai. Agora, só me restava à melodia e a sensação imaginaria de mãos acariciando minha cabeça.

— Eu disse pai que era triste — falei para o nada, quando a primeira nota ecoou dentro daquele pequeno cômodo. — Queria sentir suas mãos me acariciando... uma última vez? Não podiam me esperar?

As notas agudas pareciam facas que abriam minhas mais profundas lembranças de momentos felizes. Uma tortura angustiante. Segurando meus soluços para que Mandy e Greice não ouvissem eu tapava minha boca com uma blusa de frio velha do meu pai.

"Um espirito guerreiro é aquele que mantém de pé em meio às fraquezas" ele disse uma vez.

— Pai, não... — soltei o ar engasgado. — sei o que fazer...

Eu não passava de uma garotinha assustada.

Suspirando pesadamente e forçando-me a cessar os prantos, para que nenhumas das meninas subissem para ver meu estado deplorável, devolvi a blusa à cadeira e desliguei o som. Aquelas melodias me lembrariam para sempre o meu maior e primeiro "herói" favorito.

Antes de descer e ir ao encontro de minhas amigas, fui até o banheiro lavar meu rosto. Aquela pessoa refletida no espelho não era eu, não podia ser eu. Desviei o olhar para a porta sentido o maravilhoso cheiro do café da Mandy, mas eu sentia a falta do cheiro único de café da minha mãe. Os barulhos das panelas que me acordavam durante a manhã.

— Ally — a voz de Greice estava repleta de carinho, quando me viu entrar na sala.

— Onde meus pais foram sepultados? — Foi a única pergunta que consegui formular naquele momento quando vi a foto deles no quadro sobre a escrivaninha. — Preciso me despedir.

Não esperava ter esse tipo de despedida na verdade. Quando tentava falar minha voz embargava, mesmo assim não cederia às lágrimas.

— Acredito que Dixon tenha sepultado onde toda a família dele está — Greice respondeu.

Um suspiro alto escapou dos meus lábios antes que pudesse conter.

— Pode me levar até lá, amanhã? Tenho esse direito, por favor.

— Claro, eu a levarei. Por hoje, descanse.

— Obrigada por cuidar de mim — apontei para o meu braço e minha mão. — Não fui muito gentil ontem — tentei esboçar um sorriso.

— Somos amigas, cuidamos uma das outras, você me ensinou isso.

— Sabe, um dia antes dos homens do Dixon me levarem para a mansão, eu ouvi os meus pais conversando sobre algo. Minha mãe queria me contar, mas meu pai pediu um tempo a mais.

— Acha que é sobre o que houve ontem? — Greice chamou para eu me sentar no sofá.

— Não sei. Jamais me passou pela cabeça que meus pais fossem envolvidos com esse tipo de coisa — respondi, olhando para a um retrato dos dois sobre a estante. — Sei que existe uma explicação pra isso.

— O que pretende fazer de agora em diante?

— Uma pergunta que no momento ainda não sei responder. Espero ter a resposta amanhã.

— Amanhã? O que tem amanhã?

— Decidirei o que fazer da minha vida.

— Terá o nosso apoio — ela apertou gentilmente a minha mão. Embora eu soubesse que ela me apoiava de verdade, eu podia ver que ela também estava com medo da minha decisão. Tinha muita coisa em jogo. — Vamos a Mandy deve ter terminado o café.

— Pode ir à frente, eu vou pegar uma coisa.

Relutante ela me deixou.

A aliança já não estava mais jogada no sofá. Eu sabia que Mandy não a deixaria jogada, assim como eu fiz. Um objeto tão pequeno, com tamanho significado. Peguei-a de cima da cômoda e a observei. Flashbacks da noite maravilhosa e inesquecível com Dixon inundaram minha mente.

Minha primeira aliança, do meu primeiro amor. O pedido de noivado, a forma que ele cuidou de mim quando estávamos em um momento só nosso.

A luz que passava pela fresta da pequena Janela da sala iluminou aquele pequeno diamante na aliança.

"serei eternamente seu Backer"

Porque ser meu se já o deixara?

Deixei a aliança em cima da estante e fui atrás das garotas. Desde que coloquei os pés na casa, não tinha entrado na cozinha. Lembrei-me da minha mãe brigando comigo quando subi na cadeira para pegar um Cupcake escondido enquanto ela enfeitava os outros. Quase cai com o susto e isso foi uma brecha para não levar um sermão.

— Ally! — Olhei para Mandy, ela se afastou da mesa e me envolveu em seus braços. — Eles ainda estão aqui —, ela colocou a mão em coração. — jamais te deixarão.

Eu não sabia o que dizer, só conseguia olhar para ela e piscar vagarosamente.

— Venha, sente-se — sentei-me na cadeira onde sempre me sentava desde minha infância.

Cada movimento que eu fazia me trazia lembranças. Era como se tivesse que relembrar tudo para que eu deixasse de estar tão triste.

— Obrigada pela refeição Mandy. Posso te perguntar algumas coisas, só para me distrair?

— Vai em frente.

— Me conta sobre você e o Louis? — Ela riu cutucando a panqueca em seu prato.

— Você disse para ir ao aeroporto me despedir. Eu fui. Fui ainda mais cedo, porque estava com uma sensação estranha desde o momento que deixei você voltar para casa sozinha. Então quando cheguei ao aeroporto, não encontrei seus pais e nem você. Fiquei com raiva achando que você ainda não tinha saído de casa e fui atrás, encontrando sua casa com alguns homens do Dixon olhando — ela sorriu, contida — Louis quem ficou encarregado de me persuadir a esperar o momento que Dixon me deixaria vê-la. Todos eles foram gentis, até estranhei, como pode mafiosos ser bom? Então me lembrei da vez que vimos um noticiário aqui na sua casa, sobre a Darker Than Black ter sido considerada justiceira. Na época nós nunca tínhamos visto rosto de nenhum deles. Foi engraçado quando Louis me disse o nome da organização e eu caçoei dizendo que era a filha do presidente, mas ai ele ficou sério e percebi que ele não brincava.

— Até eu desacreditaria, eles nunca mostram o rosto, qualquer um pode dizer que é um — argumentou Greice. — Sei que não é o momento certo para falar isso, mas estou feliz por ter a amizades de vocês novamente. Acredito no que Dimi disse, sobre uma segunda chance pra mim.

Eu suspirei, Demitri estava certo.

— Greice você vai mesmo embora? — Qualquer assunto eu tinha que prolongar para me distrair — Eu não esqueci que você falou a James e Karl que após meu aniversário iriam partir.

— Era o que estava previsto, mas não podemos deixar vocês agora como estão. E eu também já não quero mais voltar. Eu sou sozinha na Rússia, as amizades, se é que posso chamar assim, são por causa do status e dinheiro.

— Mas e Demitri? Ele é o chefe da organização de lá.

— Pretendo conversar com ele sobre isso, mas como mulher dele eu o seguirei independentemente de sua escolha.

— Viu porque não quero me casar! — Mandy estalou os dedos do ar.

— Então pretende enrolar o Louis?

— Não, eu só não quero pensar em casamento agora. E acho que ele também não quer dar esse passo enorme. Somos jovens minha querida.

— Está me chamando de velha? – Greice olhou para ela, que riu. — Somos da mesma idade, só muda que tenho filhos, sua sem noção.

Olhar as duas debatendo sobre o assunto me animava, mesmo sendo um assunto que eu deveria me preocupar.

— Vamos tomar o café — disse Greice pegando sua panqueca nas mãos. — Não preciso de etiquetas quando não há nenhuma alma fresca por aqui. — Mandy olhou a olhou chocada.

— Diz a que sempre foi educada — alfinetou Mandy recebendo uma cotovelada. — Use esses braços com seu marido, pode ser mais útil.

— Você não tem jeito. — Greice respondeu.

*** ~ ~ ~ ***

— Estão todos sepultados conforme o dia e o ano, então seus pais estarão mais a frente. — Greice avisou — Deixaremos nossas condolências, e te daremos privacidade.

— Obrigada.

O cemitério era completamente diferente dos que eu já tinha visto. As lápides eram em forma de esculturas correspondendo ao que cada membro da organização gostava. A primeira era um Cadillac dos ancestrais de Dixon. Mais adiante tinha uma com uma foto de uma garota jovem, muito bonita. Cloe. Parei para olhar as semelhanças que ela tinha com Steve, eram muito parecidos. Então me lembrei de que ela também havia sido assassinada no aniversário dele, quando era criança.

Dixon, Steve e eu, todos nós perdemos quem amava de maneira cruel. Mas, havia algo diferente: os dois presenciaram o assassinato, eu já não tinha visto nada. Deixei minhas condolências a jovem e sai a procura das lápides dos meus pais.

Continuei andando até achar as de Rachel e Luca Backer, ambas com flores e fotos dos dois. A mensagem esculpida me chamou atenção. "Justiceiros até o fim".

Deixei-me escorregar escorando minhas costas na lápide, quando o desespero de saber que eu estava acima dos corpos sem vidas dos meus pai.

— Oi — minha voz saiu como um sussurro esganiçado. — Vocês me deixaram sem saber o que fazer. — abracei minhas pernas. — Eu sinto muito por tudo, sei que não fui boa o suficiente e me arrependo por isso. Queria poder voltar no tempo para mudar as coisas. Queria poder abraça-los só mais uma vez. Digam-me o que eu faço!

Era impossível não chorar, mesmo depois de ter chorado tanto.

— Por um momento apenas quero um pedacinho de tempo para poder descansar esse peso do mundo que estou sentindo. Um tempo onde não me perguntem nada, nem me peçam nada, apenas me permitam o direito de dar razão ao pranto que venho engolindo com o café da manhã, enquanto eu visto a máscara "olha eu sou valente e forte". — apertei mais minhas pernas contra meu corpo. — Quero voltar a ser a criança que podia chorar livremente para ser acariciada por vocês até dormir profundamente. Quero me aventurar na busca dos sonhos, sem ter que vê-los pintados com as cores do desânimo, ou coloridos com as cores do impossível...

Parei para tomar fôlego.

—... quero poder brincar com os meus sonhos sem precisar me procurar com as consequências... A minha dor é real, única... Mesmo que eu ainda não saiba lidar com ela, eu só quero dizer: está doendo sim! Sem assustar ninguém, causando uma revolução tão grande que meu mundo pareça desabitado. Daqui a pouco... — levantei meu rosto para olhar o céu limpo. — tudo vai parecer diferente e novo, eu sei. Vou secar as lágrimas e vou à luta outra vez. Porque sou uma Backer, e da dor hei de ressurgir mais forte... Então, por favor, por um momento apenas, neste meu pequeno momento humano quero chorar até que eu sabia o que fazer.

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As coisas estão bem tristonha para Ally, e ainda ela nem sabe o que a espera 😢

Como vocês estão? O que estão achando?

Ah, não se esqueçam de deixar sua estrelinha e seu comentário!

Fiquem com Deus!

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