Capítulo 39
Música do vídeo: Just Walk away, Celine Dion
Não me deixem!
O salão já estava um caos. Os disparos entre homens e mulheres tornava-se cada vez pior. Mia se aproximou ferozmente no momento em que eu me levantava. Dixon tinha sido cercado e o tumulto sobre ele o afastou de mim.
— Agora você está em minhas mãos! — Ela desferiu um soco em meu rosto, deixando minha visão turva. — Chegou sua hora. Você está morta!
Olhei para todos os lados em busca de ajuda, mas não havia ninguém que pudesse me tirar das mãos de Mia. As mulheres corriam juntas de seus filhos para o lado oposto onde uma porta estava aberta. Não tinha como eu correr até onde elas estavam. A única opção que me restou foi deixar todos para trás e correr para fora. Ou acabaria morta.
Mas, quando cheguei na porta, não pude sair. Noah!
Tirei o sapato rapidamente e corri em direção ao quarto. Ao olhar para trás meu desespero intensificou vendo Mia pegar uma arma no chão e me seguir.
— Meu Deus, por quê? — Cambaleei ao apressar meus passos.
Mesmo desesperada e com a visão embaçada, abri vagarosamente a porta do quarto, não podia acordar Noah. Precisava escondê-lo, ou Mia o mataria também.
— Não adianta de esconder de mim, Ally! — Uma porta foi aberta abruptamente. Por que Mia estava fazendo aquilo?
Agarrei Noah, ele ainda dormia tranquilamente. Repetindo o nome do meu filho eu procurava algum lugar para nos esconder.
— Noah meu amor, perdoe a mamãe, não posso deixar que nada aconteça a você — enrolei-o em seu cobertor e coloquei no fundo do closet. Eu não deixaria meu filho morrer. — O papai vai te achar, eu prometo.
Deixei Noah no fundo do closet e me retirei encostando a porta, deixando uma fresta aberta. Se eu o carregasse, Mia poderia matar a nós dois. Um pequeno estilete sobre a cômoda foi a única opção que encontrei para deixar um sinal para Dixon vasculhar o closet e encontrar o filho.
Cortei minha mão e, com o sangue, fiz um sinal discreto para dentro do closet. Ele encontraria. Por mais que minha raiva por Dixon estivesse me corroendo, a situação só me permitia depender dele.
— Se matando sozinha, Ally? — Com o susto o estilete caiu das minhas mãos.
— Mia, espere — toquei minha mão na porta do closet num movimento sútil.
— Sua morte não pode esperar mais!
Como esperado Mia olhou ao redor, e sem ver Noah ali ela continuou a gritar. Arriscando corri para o lado oposto e consegui sair do quarto.
— Pare com esse esconde-esconde. Você não vai escapar de mim, Ally!
Chegando à sala de estar, abri a porta e corri pelo jardim em direção ao portão. Eu não corria para fugir só de Mia, mas sim de todos.
Eu precisava sair dali.
Um tiro passou por mim arranhando meu braço. Meu grito foi tão alto que alguém poderia ter ouvido de dentro da mansão, já que ao lado de fora não havia ninguém. Mais um tiro Mia disparou em minha direção, dessa vez, para desviar, cai batendo onde o primeiro tiro havia atingido.
Mia parou ao meu lado e chutou minhas costas. Gemi com a dor aguda, em sua segunda tentativa segurei seu pé e puxei. Mia caiu. Subi em cima dela tentando pegar a arma de sua mão. Naquele momento a dor deveria ser ignorada, ou eu perderia a minha vida.
— Eu não te dei motivos para querer me matar, sua traíra — dei um soco de mau jeito em seu rosto. — Eu gostei de você quando cheguei aqui, sua falsa. Desmiolada! O quê deu em você?
Mia riu tentando me tirar de cima dela.
— Desde o momento em que você pisou na mansão, eu te odiei até os ossos. Você tirou de mim o que é meu! — Ela gritou. — Dixon! Você o tirou de Mim!
— Eu não tirei ninguém de você! Você não o merece. Traindo um amigo por meros caprichos e desejos — eu não tinha forças para usar o tom de voz que ela usava. — Você! — Bati, mais uma vez em seu rosto. — Vocês mataram minha família!
Mia conseguiu me tirar de cima dela com uma joelhada em minhas costas. Sua arma estava apontada para meu rosto, qualquer movimento que eu fizesse, minha cabeça seria estourada.
— Eu darei amor ao meu filho e ao meu homem. Noah sempre foi meu! — Ela disse, olhando pra mim como se já tivesse ganhado os dois.
— Não, Noah nunca foi seu e nunca será! Desista Mia, você...
— Dixon também! Ele só ainda não sabe. Agora vá se juntar aos répteis dos seus pais.
— Rep...
E tudo aconteceu em um borrão. A arma já não estava mais em suas mãos e sim nas minhas apontando para ela.
— Você vai engolir o que disse. — Eu já não pensava direito. Puxei o gatilho atirando em sua perna. Mia gritou se encolhendo. — Já fui boazinha demais com você. Peça desculpa.
— Nem morta! — Ela conseguiu rir em meio à dor. — Você não vai me matar Ally. Você é inofensiva, todos na mansão concordam comigo. Até mesmo meu Dixon.
— Isso é uma pena. Mostrarei quem é a inofensiva começando por você — pisei em sua perna. — Não te matarei de uma vez, não te deixarei livre da dor e sofrimento. Não foi assim que fizeram aos meus pais?!
Ela se contorcia, mas não deixava as lágrimas de dor banhar seu rosto. Ela não era uma simples empregada, tinha sido treinada.
— Você falou o que não devia Mia. — Mais um tiro em sua outra perna. — Nunca tente uma pessoa boa demais, ela pode ser pior que um assassino. Já estou cansada, não quero mais ouvir sua voz.
— Não! — Ouvi a voz de Greice.
— Não se intrometa! — Avisei, direcionando a ela um olhar ameaçador.
— Me mata! — Gritou Mia, rindo como uma psicopata. — Prova que você não é inofensiva.
— Não Ally, eu não deixarei você ser uma assassina. — Greice olhava para mim, sem desviar seus olhos dos meus. Mandy estava ao seu lado chorando assustada.
— Eu disse não se intrometa, Greice!
— Atira, Ally!
Greice atirou no peito de Mia.
— Isso era eu quem faria! — Gritei, olhando para o corpo de Mia imóvel.
— Não estou te reconhecendo Ally.
Eu ri, é claro que não!
— Por favor, vamos voltar — Ela jogou a arma que segurava no chão. — A Mandy está assustada.
— Não voltarei! E se você não quiser morrer, sugiro que faça o mesmo.
Meu peito doía, nunca pensei em coisas ruins aconteceria comigo. Tudo era perfeito, mesmo quando passei a viver na mansão por vontade própria.
— Ally... — Mandy me abraçou receosa.
— Vocês sabiam? — Perguntei seca. Sentia-me traída.
— Não... Demitri nunca me contou — respondeu Greice. Mandy chorava ainda mais alto agarrada em meu corpo. — Acho que nenhum deles sabia também, só...
— Preciso ir pra casa.
— Não volte pra lá Ally, só te trará mais dores.
— Não tente me impedir!
Afastei Mandy, joguei a arma em cima do corpo de Mia, e comecei a andar.
— Iremos com você! — Mandy disse enxugando o rosto. — Greice sabe dirigir?
— Eu não irei de carro — eu disse. — Se quiserem me acompanhar terão que ir de táxi.
— Mas não temos dinheiro...
— Eu tenho. — Greice interrompeu. — Sempre carrego dinheiro comigo.
Ela levantou seu vestido e mostrou uma bolsinha presa na perna direita.
— Vamos! — falei, caminhando descalços pelo asfalto frio.
Demorou alguns minutos para conseguirmos um táxi, o motorista olhou para nós tentando entender o motivo de uma estar com o rosto marcado pelas lágrimas, outra sem expressão e a última preocupada e descalça. Ele dirigia e olhava para trás, a cada dois minutos, como se quisesse perguntar o que estava acontecendo, mas não ousou e agradeci mentalmente por isso.
A raiva e a tristeza cresciam dentro de mim só de pensar que não encontraria minha mãe abrindo a porta para eu entrar. Arrependia-me por pensar que seria melhor ter saído de casa. A voz de minha mãe, ouvida pelo celular do prefeito, ecoava novamente em minha mente. Ela pensou em mim em seus últimos minutos de vida. Em mim!
As lágrimas não derramadas causava um aperto na garganta. Eu me odiava, quantas vezes havia chorei por idiotices. Dixon não mereceu minhas lágrimas, e quem merecia não as tinha.
Eu desejava imensamente chorar.
— Chegamos Ally. — A voz pós-choro de Mandy, despertou-me.
Olhei pela janela do táxi a minha humilde residência com as luzes apagadas e, por um momento, não quis descer do carro. Mas, precisava, tinha ido até ali para provar a mim mesma que eu não estava chorando porque aquilo tudo era um pesadelo em noite de Halloween.
Eu sai. Não esperei Greice pagar o taxista, me adiantei logo à frente para ver se a chave que minha mãe prometera sempre deixar debaixo do vaso para mim ainda estaria lá.
E estava!
Ela deixava.
Apertei a chave em minhas mãos buscando força emocional para abrir a porta. Greice se aproximou colocando uma das mãos em minhas costas, e Mandy copiou o gesto, me incentivando a abrir.
A essência de meus pais estava impregnada por toda a casa. Coloquei meus pés dentro da sala escura, acendi o interruptor e a luz iluminou o ambiente. Tudo estava arrumado no lugar onde parecia nunca ter saído.
Um vento forte soprou sobre o meu corpo pela porta aberta. Sem pedir licença, a saudade dolorosa entrou ainda mais forte. Cai de joelhos no chão e só então as lágrimas desceram.
Mandy fechou aporta e se aproximou com Greice abaixando-se ao meu lado deixando também suas lágrimas rolarem. Meu coração chorava. E então o desespero. Levantei-me e corri para o quarto deles em busca de alguma coisa. Qualquer coisa. Eles não podiam me deixar assim.
— Pai! Mãe! — comecei a gritar. — Estou aqui, eu voltei!
— Ally...
Mandy correu atrás de mim.
— Por favor, onde vocês estão? Não podem ter me deixado. Pai, podemos comer nhoque de novo?
Era como se aquela casa me fizesse desacreditar de tudo que eu ouvira. Abri o guarda-roupa encontrando a caixa onde minha mãe guardava os vários cartões de memórias com os vídeos que eles costumavam gravar do nosso dia-a-dia. Peguei o cartão que eu mais gostava e fui até o meu notebook.
— Ally, ficar vendo isso só vai ajudar a piorar. — Greice disse, enxugando as lágrimas.
— Eu quero ouvir a voz deles. Eu quero... eu preciso. Eles podem... podem estar vivos.
Liguei o aparelho desajeitadamente por causa das minhas vistas embaçadas. Parecia demorar uma eternidade para iniciar. Quando ligou inseri o cartão e deixei passar...
Meu pai apareceu na tela rindo de alguma coisa que eu fiz quando tinha sete anos. Foi a idade mais feliz da minha infância. A câmera focou no que eu tinha feito: um desenho de um babuíno desengonçado com as nádegas vermelhas em tamanho desproporcional.
Minha mãe ria atrás da câmera.
— Querida dois — disse meu pai —, seu desenho deveria estar em museus de alta classe. Não é querida um? — ele perguntou a minha mãe.
— Sim, o babuíno é incrível, querido. Terei de colocar em um quadro de recordação.
E minha mãe colocou. O quadro estava na parede esquerda do quarto deles, em uma simples moldura, mas que significava tanto.
— Pai, mãe... Voltem, por favor — eu implorava. — Desculpe decepcionar vocês. Desculpe querer sair de casa. Voltem, não me deixem...
As gargalhadas sinceras de minha mãe soavam pelo quarto. Lembranças, memórias, tantos sentimentos. Aquilo era praticamente um diário da minha infância onde eles não deixaram passar nenhum detalhe.
— Querida, por que está chorando? — Indagou minha mãe, no vídeo.
— Não quero crescer, é ruim ser grande — minha voz saiu embargada. Minha mãe acariciou meus cabelos e me chamou para sentar-se ao seu lado.
— Quem disse isso? — Ela sorriu, compreensiva.
— Na escola, a professora disse que nós vamos deixar de morar com os pais por que vamos casar e ter outra família — fiz uma careta fazendo minha mãe rir.
— Meu amor, sua professora só está dizendo a verdade. — Ela passou o polegar em meu rosto.
— Mas eu vou crescer!
— Para os outros sim, para mim e seu pai você será sempre a nossa pequenina, doce e gentil, Ally Backer.
— Promete de mindinho? — perguntei estendendo o dedo para ela, que fez o mesmo.
— Para sempre!
O vídeo acabou.
— Onde está o outro? — perguntei a Greice.
— Mandy levou para o seu antigo quarto. Por favor, Ally, você precisa descansar. Deixe-me ver seu braço.
— Eu não quero dormir.
Não queria dormir, mas meus olhos já pesavam.
Não percebi quando adormeci com a cabeça doendo e agarrada as minhas amigas.
*** ~ ~ ~ ***
Acordei ao som de vozes vinda da sala, como se estivessem discutindo de alguma coisa. Olhei para meu braço enfaixado, não me lembrava de ter cuidado do ferimento. Sem tempo para lamentar, meu coração se fechou e a raiva tomou conta de mim ao ouvir a voz de Dixon.
— Não sabe o quanto ela chorou toda essa madrugada Dixon. — Dizia Greice. — Você sabia e escondeu isso dela. Não sabe como a encontramos ontem, ela estava fora de si.
— O que houve? — Sua voz em tom preocupado. Cretino!
— Mia a perseguiu até a rua e atirou... Não, Dixon! O tiro pegou de raspão. Tive que espera-la dormir para cuidar do ferimento.
— Deixe me vê-la, Greice.
— Por favor, me entenda, não quero ambos feridos mais do que já estão. Não digo só fisicamente. Por favor. — Greice insistia. — Onde estão as crianças? E Noah, me diz que ele está bem?
Noah. Meu Deus!
— Os deixei com sua mãe — era a voz de Demitri. — A mansão já foi limpa, os corpos já foram levados. Ally está...
— Eu ainda não consigo acreditar estava tudo indo tão bem. Como houve essa reviravolta desastrosa? — Ela interrompeu o marido. Seu tom de voz mostrava o quão estava inconformada.
— Simples! — Entrei com tudo na sala. Mandy se assustou.
Estavam os cinco que mentiram para mim na sala. Eles ainda vestiam as roupas da festa. Os olhares pousaram em meu braço enfaixado.
— Você está bem? — Dixon se aproximava. — Nenhum deles sabia, sou o único culpado.
— Não dê mais um passo, ou não responderei pelos meus atos — ameacei, não me preocupava se ele me mataria por reagir de maneira indiferente, gélida. — Vocês ainda tiveram a cara de pau de virem ver o meu estado deplorável? Querem que eu diga que são amáveis?
— Eles não sabiam de nada, sua raiva deve ser dirigida a mim. Ally, eu não podia... Eu não conseguia...
— Eu confiei em você Dixon, e o que ganhei em troca?! — Eu ri secamente. — Uma vida sozinha...
— Você não está sozinha. — Ele estendeu a mão em minha direção.
— Não? Onde... onde estão meus pais?
— Eu sinto...
— Não, não sente! Se sentisse teria me contado, mas estava ocupado demais me fazendo de idiota. Eu chorei por você, Dixon, em meio a tudo te entendi, mesmo quando eu me declarei e você jogou na minha cara que ainda gostava de uma morta... eu não desisti. Ainda pensei ter conseguido sequestrar seu coração... Tudo não passou de uma mentira para não ter que me dizer a verdade.
— Não entenda errado, por favor. Estou aqui me humilhando tentando dar explicações.
— Se humilhando? Desde quando você se humilha pelos outros Dixon?
— Você não me conhece.
Sua voz estava carregada em dor.
— Exato, eu não te conheço.
— Eu não quis dizer nesse sentido, Ally.
— Não há outro sentido. Agora me diz o que pretendia escondendo sobre meus pais? Era essa a pior tortura que tinha que me causar?
Nenhum dos outros falavam nada, apenas assistiam a cena.
— Porque não ouvi falar sobre a morte deles. Diga-me o que fez!
— Você precisa se acalmar amor...
— Não ouse me chamar de amor! — Me aproximei ficando a poucos centímetros dele. — Me responda!
Dixon passou a mão nervosamente pelo cabelo.
— Poderiam nos deixar a sós? — Ele perguntou aos outros, hesitante eles deixaram a sala com olhares indecifráveis. Talvez não quisessem me fazer se sentir pior do que já estava.
Fiquei calada esperando Dixon se pronunciar.
— Sei que a casa não é minha, mas gostaria de se sentar? — Olhei para a poltrona de meu pai e fui me sentar. — Ally, não imagina o quanto me dói saber que essa noticia chegou até você da maneira errada, no dia errado e pela pessoa errada. Dói-me vê-la dessa maneira, sei como...
Ele se interrompeu com minha risada sem humor.
— Eu não quero saber como se sente, Dixon. Quero saber o que fez para que eu não descobrisse.
— Eu paguei para que mudassem a história — Ele abaixou a cabeça.
— Você o quê? — minha voz falhou.
— Acidente de carro. Eu...
— Tudo faz sentido. — Lembrei-me da noticia que não consegui ouvir na primeira vez que estive na organização. — Então aqueles de quem falava no rádio eram eles... — apertei minhas mãos em punho. Meu Deus! Meus pais estavam mortos há muito tempo.
Levantei-me com tudo e fui para cima de Dixon, ele deixou que eu o batesse em seu peito. Ele não se defendeu, ficou parado de olhos fechados.
— Você é um cretino!
— Não digo o contrário.
— Cala a boca! — Peguei um vaso e arremessei em sua direção, ele desviou e o vaso se espatifou ao colidir com a parede. Os outros vieram correndo de onde estavam e me seguraram. — Me soltem!
— Deixem-na! — Ordenou Dixon, ríspido. — Não toquem nela.
— Saiam da minha casa. Agora!
— Não a deixarei aqui – Dixon falou três oitavas mais altas. — Eu cuidarei de você, sou seu noivo.
Eu ri debochando.
— Noivo? Acha mesmo que voltarei pra você? Dixon, aqui está a sua aliança de noivado — tirei a aliança e joguei em cima do sofá. — Já fui trouxa o bastante.
Todos me encaravam estáticos.
— Por favor, não faça isso, temos um filho, por favor — sua reação foi de ter sido bombardeado. — Eu tentarei me redimir, só não jogue tudo o que sentimos um pelo outro assim para o alto.
— Você quem jogou, e Noah continuará sendo meu, mas você está livre. Onde está Noah? Você não...
— Antes de ver sua mensagem de sangue, eu a vi correndo para cima. Quando consegui ir atrás de você, você já tinha partido. Meu Deus! Como senti medo — confessou. — Você protegeu nosso filho, quando eu não pude fazer nada. Mas está destroçada agora. Deixe-me cuidar de você, Ally.
— Você não cuida, você usa. Acabamos aqui.
— Não tirarei minha aliança — Dixon prosseguiu.
— Não quero ver você, vai embora.
Ele fez um sinal para que os outros o seguissem até a porta. Greice assentiu para Demitri e ele saiu.
— Serei eternamente seu Ally Backer. — Dixon fechou a porta e se foi.
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