Capítulo 24 (Bônus)
Achei alguns gifs que "correspondem" a cenas que pensei no capítulo anterior. Fiquei tão feliz!
Acima temos um "Dixon" não acreditando nas palavras que dissera a Ally no capítulo anterior. E, abaixo temos uma "Ally".... Sendo Ally (não consigo ter raiva dela por ser bobinha. Ela vai atrás do que é dela)
DIXON
As coisas não poderiam estar saindo do rumo. Não agora!
Sai da sala deixando Ally atordoada, quebrada. Eu não conseguia imaginar o que se passava na mente dela, e isso me deixava frustrado. Por que os meus pensamentos sacudiam a minha mente de uma forma desesperadora.
Eu não tive intenção de deixar Ally daquela maneira. Jamais!
No caminho até meus aposentos, detive-me ao passar na galeria de fotos da família, em momentos onde eu não encontrava respostas para as situações eu sempre ficava naquela galeria, como uma forma de entender as coisas absurdas que eu fazia na vida.
Olhando retrato dos meus pais, meus olhos se fixaram na minha mãe e seu sorriso apaixonado olhando para meu pai. Seus olhos castanhos avermelhados - eu fui prestigiado por ter herdado os olhos dela - brilhavam transmitindo aquilo que só ela entendia. Meu pai tinha um sorriso pequeno nos lábios, era certeza que minha mãe havia dito alguma coisa que o fez sorrir para a câmera.
Uma lágrima solitária banhou meu rosto.
Eu a amava tanto. E, agora outra pessoa entrara em minha vida sem aviso prévio. Eu não diria bagunçando tudo, mas sim me mostrando como organizar o que já estava em desordem.
— Por que não consigo impedir minhas lágrimas? — indaguei olhando para retrato de meus pais, mesmo sabendo que resposta não obteria. — Naquela época perdi tanta coisa que não sei se serei capaz de suportar isso mais uma vez. Agora percebo que a única mulher em minha vida pode não ser capaz de me perdoar. Mesmo que as lágrimas cubram meus olhos não posso deixa-la ir, mas mantê-la aqui também pode não ser bom. Não aguentaria vê-la sofrer.
Eu era um tão desprezível!
— Mãe, pior que não ter nada, é ter tido e ver perder. Ally está mais quebrada que eu, e nem sabe disso.
Enxuguei minhas lágrimas, ao ouvir o som de passos se aproximando.
— Sabia que te encontraríamos aqui.
Steve parou ao meu lado enquanto Demitri fixou seu olhar em um quadro de nossos pais do outro lado da sala. Tinha sido a nossa última foto em família.
— Este é o lugar que você mais fica quando não está no escritório... Ou tocando piano — concluiu.
Há tempos eu não entrava na sala de música.
— O que aconteceu agora pouco, Dix?
Demitri aproximou-se, colocando as mãos dentro do bolso da calça.
— Vou sequestrar seu coração. Fazer o seu pensamento de refém, e pedir um beijo como resgate — respondi usando as palavras da Ally.
— Ela, abertamente e livremente, em uma linguagem humana disse isso pra você? — Demitri estava espantado. Steve e eu, não deixamos de observa-lo assentir pensativo.
— Ally, é uma caixinha de surpresas — comentou Steve. — Dix, não havia necessidade de rejeita-la da forma que fez. Foi baixo de sua parte usar Solange como uma desculpa.
Eu sabia que eles estavam à escuta.
— Foi a única maneira. Backer é obstinada e isso poderia e quase me fez ceder à aceita-la.
— Se o sentimento é reciproco, qual o problema em ceder? — Demitri segurou meu braço direito. — É evidente que você sente o mesmo em relação à colorida.
Sorri, pensando nos cabelos de Ally. Ela sabia mesmo se destacar, seja na atitude ou em aparência física.
— Como posso, se a imagem que ela tem da minha pessoa é outra? O que me mata é saber que, mesmo assim ela está disposta a estar ao meu lado.
— Dixon! — Steve elevou a voz em três oitava, logo abaixando o tom novamente para prosseguir: — Entendo que se sente culpado pelas cicatrizes nas costas da Ally, mas aquilo não foi obra sua. O susto que você deu nela levando-a para a sala de tortura levaram-na a pensar que você é o culpado. Mas, essa não é a verdade! Por que insiste em fazê-la acreditar nisso? Porque fazê-la pensar que Matou Solange quando a mesma não suportou o fato de que estava sendo deixada e tirou a própria vida?
Suas perguntas me fazia refletir os acontecimentos. Na noite que chamei Ally durante a madrugada e a levei na sala onde havia alguns instrumentos de tortura, ela desmaiou pelo susto. Com uma ligação urgente, onde só eu podia ir deixei ela deitada em uma cadeira e pedi que as mulheres me acompanhassem.
Na mesma noite, quando voltei para casa atordoado pelo que encontrei na câmara de deputados, voltei e não encontrei Ally em lugar algum. Com a ajuda do Steve e alguns dos meus homens fomos a sua procura. Encontramos Ally em um matagal a sem quilômetros, desacordada com as costas marcada.
Não fazíamos ideia de quem poderia ter feito aquilo a ela. Quando ela acordou e disse a Mirian e Steyce que eu era o culpado, deixei que ela continuasse com aquele pensamento a respeito da minha pessoa. Eu tinha parte da culpa de qualquer forma. Ela não teria fugido se não estivesse em um ambiente desconhecido.
Com o passar dos dias sem um sinal de quem tirou ela da mansão no meio da noite e a levou até o matagal para mata-la, continuamos acreditando que foi algum inimigo, mas recebemos uma gravação anônima e juntamos as peças. Quando Solange dizia que ia viajar na verdade ela estava aprontando as escuras. E Ally pela segunda vez havia sido sua vítima.
O vídeo mostrava Solange amarrando Ally em uma árvore e deixando suas costas expostas enquanto alguém a chicoteava. O único rosto aparente era o de Solange, então entendi o porquê de Ally achar que eu tinha participação na agressão. Solange chamava por seu querido.
E na frente dos demais eu era chamado dessa forma. O que Solange não fazia ideia era que seu plano de manter Ally longe não havia dado certo. E quando descobriu que Ally era sua antiga colega de escola, surtou tirando a própria vida antes mesmo que pudéssemos tirar a arma de sua mão.
Toda essa descoberta foi no mesmo dia que vi as imagens da traição na câmera de Ally. Aquilo foi o balde de água para terminar de vez uma relação que eu nem sabia que ainda estava envolvido. Solange e eu já não ficávamos ou dormíamos juntos, então tecnicamente não a trai quando beijei Ally pela primeira vez. Eu poderia ser um homem chifrudo, mas não pagaria na mesma moeda.
E por todos esses maus entendidos, eu estava com esse turbilhão de pensamentos certos e incertos.
— Por que isso me faz pagar pelo meu maior erro em relação à Ally! — respondi com pesar.
— Dix!
— Steve — Demitri pediu espaço para falar. — Dix, somos seus irmãos e sabemos quando algo está errado. E, agora, temos certeza de que não sabemos alguma coisa... Uma coisa muito importante a ponto de fazer você mesmo privar sua felicidade para esconder o que te atormenta.
— Quem tem uma batalha mais difícil do que aquele que se esforça para vencer a si mesmo? — indaguei retoricamente. — Acredite em mim, eu mereço que Ally pense coisas ruins a meu respeito.
— Estamos falando de Ally Backer, Dixon. Ela é a garota mais compreensiva que eu já conheci em toda minha vida.
E era isso que eu temia. Ally tinha uma essência só dela que, mesmo em momentos difíceis e desesperadores, ela não perdia o que fazia dela uma pessoa especial. Eu não podia ferir a garota que pouco sabia sobre o mundo afora. Que estava feliz em assistir desenhos animados e fantasiar coisas bobas, levando a vida o mais suavemente possível sem deixar que os problemas afetasse sua essência.
Eu tinha consciência do porque estar fazendo isso. Se envolvesse Steve e os outros, eu jamais me perdoaria. A amizade deles não podia ser atingida por negligência minha.
— Obrigado pela preocupação, eu resolverei meus assuntos. Demitri aproveite e divirta-se com sua família enquanto está aqui. E, Steve, vai tirar sarro do Justin e da Lua.
Estava preste a sair da sala quando Demitri chamou novamente.
— Aonde vai?
— Prometi jogar com James.
— Não. James fará indagações a respeito de você e Ally. Por enquanto, deixemos que ele prossiga pensando que estão comprometidos.
— Não pode mentir para o seu filho.
— Não é uma mentira. É só uma prévia da verdade.
— O quê?
Steve franziu o cenho completamente confuso.
— Explico depois. Preciso falar com você Steve — respondeu Demitri. — Dix, vou dizer ao James que está em péssimas condições emocionais para prestar atenção em jogos agora. Ele vai entender, ele é um Wisentheiner.
— Vou respeitar sua decisão — eu disse.
— Só mais uma coisa Dixon. Os segredos pesam e quanto mais ocultos, mais eles pesam. E tem mais, se você não abrir os olhos outra pessoa vai tirar Ally de você. Isso você não poderá evitar, a garota é raridade.
Sem qualquer comentário os deixei. Eu sabia que cedo ou tarde os segredos seriam revelados. Eu só precisava de um sinal para decidir qual seria o meu próximo passo a respeito de Backer.
Sorri, me lembrando de que aprendi sobre sinais com ela.
— Um sinal, e eu dou meu próximo passo, Ally. Espere por mim.
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Olá, tudo bem?
Entenderam um pouco o Dix? Mesmo que um pouquizinho?
Obrigada pelas mensagens que me enviam. Eu não sei dizer nada além de obrigado (triste)
Fiquem com Deus!
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