Capítulo 20
(Aviso importante no final, para você escritor(a) )
Reencontro inesperado
Por volta das duas da madrugada voltei para meu quarto. Durante a noite eu me remexia por conta da cólica que me atormentava. Quando o sol já começava a raiar consegui dormir. Ou acho que consegui.
— Acha mesmo que isso é possível?
— Quem é você?
Eu não conseguia ver ninguém.
— Seu pior pesadelo. Dixon sempre será meu Ally. Não há espaço pra você no coração dele. Desista!
— Não!
— Dixon nunca será seu! — gritou a voz.
Solange!
— Me deixe em paz!
Acordei em um sobressalto, suando. Alguém batia na porta. Levantei-me ainda grogue e abri a porta dando de cara com Steyce de cenho franzido, me analisando.
— Nossa! O que foi? — ela perguntou.
— Estou com cólica — não era mentira, ainda estava sentindo algum incomodo. Mas, eu não contaria a Steyce sobre meu sonho. — Por que está aqui?
— Estão todos te esperando para o café da manhã, e pediram que eu a chamasse já que não tínhamos sinal de você.
— Pode avisa-los que estou indisposta esta manhã? Não sei se sairei do quarto hoje.
— Claro. Vou ver se tem algum remédio.
— Obrigada Steyce.
Fechei a porta, e olhei em volta do meu quarto. O sonho parecia tão real. Solange estava com o mesmo vestido que foi morta. Sua pele estava vermelha. Era como se eu tivesse visto as marcas das minhas costas nas dela.
Ainda tinha Greice. Não podia ignora-la por muito tempo. Cedo ou tarde ela viria me procurar, ela sempre foi assim. Eu precisava de distração, ou acabaria maquinando as cenas de Solange em minha cabeça.
Steve tinha dito que eu poderia acessar a internet para ver coisas de entretenimento. Acessei um site de filmes fui direto para a categoria comédia, eram filmes que me distraiam facilmente de meus próprios pensamentos.
O primeiro filme que me chamou a atenção foi o tal de "vovozona" ele parecia legal, e ainda tinha continuação. Tempo ocupado durante algumas horas. Coloquei para carregar enquanto ia fazer minha higienização, mas parei com outra batida na porta. E, novamente, fui abrir.
— Mia? — ela segurava uma badeja. — O que faz aqui?
— Dixon pediu que trouxesse alguma coisa para você comer quando lhe der fome — explicou. — E aqui está o remédio para cólicas.
— Ah, obrigada. Onde está Steyce?
— Pedi que ela me deixasse trazer para ver como você estava.
— Estou bem, é só uma cólica.
— Hmm. Então estou indo.
Assenti, ignorando seu olhar intenso sobre mim. Ela veio me ver só o que dissera era "Hmm". Mia tinha uma maneira esquisita de demonstrar que estava preocupada.
Voltei para o banheiro e tomei um banho para tirar o suor. Tudo o que eu precisava fazer era ocupar o meu tempo e não sair por algumas horas, até o tédio tomar conta de mim.
Sentei-me na cama e dei play no filme. Já no inicio comecei a rir. Peguei a bandeja que Mia deixou e coloquei em meu colo para saborear a refeição enquanto assistia.
Cenas e mais cenas e eu me acabava de rir do cara. Ele conseguia ser um idiota completo. As pessoas ao redor eram muito idiotas e despercebidas. Era tão eu. Eu ria que não me aguentava, o que podia ser um problema se alguém passasse no corredor e achasse que em meu quarto tinha uma hiena engasgada.
E o primeiro filme foi concluído. Eu queria assistir o próximo, mas também queria sair do quarto e ver o movimento que estava na mansão. Ninguém tinha batido na minha porta desde que Mia saiu. O que poderiam estar fazendo?
Calcei minha rasteirinha e baguncei meus cabelos um pouco. Eu gostava de como ele ficava volumoso.
Caminhei pelo corredor segurando a bandeja em uma mão e o copo na outra. Meus passos quase não faziam barulho, e quando cheguei na cozinha Mirian e as outras não notaram minha chegada.
— Oi — acenei, com a bandeja. — O café estava ótimo.
— Oi, meu bem. A dor passou? — Mirian perguntou, pegando a bandeja e o copo das minhas mãos.
- É, parece que ela vai se preparar para me infernizar no próximo mês - respondi sentando-me na cadeira. - Tem alguém aqui a não ser nós?
- Sim, estão todos lá em cima. A cunhada do Dixon perguntou por você.
Não era surpresa alguma, ainda assim estava curiosa.
— O que ela queria saber de mim?
— Steyce disse que você estava indisposta, então ela ficou preocupada.
— Preocupada — murmurei debochadamente. Elas me olharam confusas. — Dependendo da situação as o palavras se tornam engraçadas.
— Você acha? — Mirian, sorriu.
— A senhora nem imagina. E como se chama o irmão do Dixon?
— Demitri.
Minha boca se abriu em um "O" perfeito.
— A mãe deles teve um bom senso de escolha para nomes. Qual deles é mais serio?
— Dixon! — Mia respondeu rapidamente fazendo todas rirem.
— Essa foi rápida Mia.
— Em falar em rápido, Ally. Desde quando Dixon e você estão juntos?
Engasguei com a pergunta.
— De onde tirou essa ideia?
— Não sei, me diz você. Ultimamente, desde que Solange despareceu, vocês andam mais juntos e até trocaram beijos na festa de aniversario dele.
A maneira que Mia colocou a situação fez eu me sentir uma aproveitadora.
— Assim você faz parecer que eu queria que ela sumisse para assumir o seu lugar — falei.
Elas não sabiam que Solange tinha desaparecido para sempre. Mesmo assim, isso não era o que parecia.
— Ally, o que eu vou dizer agora pode te deixar chateada, mas espero que entenda — Mia levantou-se chegando mais perto. — Não sei como dizer... — ela suspirou fechando os olhos com força. — Gosto muito do patrão. De verdade. Acontece que assim que Solange morreu vocês dois se aproximaram muito rápido. É como se você estivesse se colocado no lugar dela.
As palavras dela tiveram efeito imediato sobre mim.
— Eu não estou me colocando no lugar de ninguém — minha voz se elevou, sem que eu percebesse.
— Ally, eu só estou falando o que eu acho. Não fique assim, fale com Dixon sobre isso.
— Nós não temos nada. Tudo é apenas de momentos.
Levantei-me da cadeira, eu precisava respirar um pouco. Desde o dia do parque as coisas estavam tomando um rumo diferente, e qual seria o final de tudo?
— Ally...
Mia segurou meu braço.
— Eu vou tomar um ar.
Sai da cozinha e fui para o jardim. Greice tinha acabado de chegar. Eu me escondi no pequeno arbusto e esperei ela entrar na casa. Sentei-me ali mesmo e deixei me levar pelos pensamentos aleatórios que invadiam minha mente.
Eu precisava falar com Steve. Eu conseguia me abrir com ele, era mais fácil processar quando uma segunda pessoa opinava.
Novamente me levantei e voltei para dentro. Quando virei-me, Dixon, Steve e um homem de cavanhaque com os olhos castanhos avermelhados iguais os de Dixon, desciam as escadas. Seu semblante era mais suave e ele parecia sorrir mais. Demitri.
— Ally! - exclamou Steve caminhando a passos largos em minha direção, quando fechei a porta — Se sente melhor?
— Bem melhor.
— E quem é essa Dixon? Sua namorada? — a voz de Demitri se fez presente. Ele tinha uma bela voz. Podia fazer parte do coral mafioso.
Olhei para Dixon esperando a resposta que ele daria.
— Não, ela é...
— Ah, aquela que você sequestrou — o irmão dele interrompeu. Eu era chamada de sequestrada em suas conversas?
Não ousei abaixar a cabeça, isso só mostraria que tinha me afetado.
— Eu tenho nome, e posso garantir que não é sequestrada. Sou Ally Backer!
— Sou Demitri, irmão mais velho de Dixon — ele estendeu a mão, que ficou no ar. Ele olhou para Dixon e tirou a mão do ar. — Gostei dela Dixon, melhor que aquela...
Perfeito! Estava sendo comparada a Solange.
— Você não sabe ficar quieto Dimi? — Steve esbravejou.
— Dimi sem brincadeiras, agora. Você está melhor Ally? — Dixon perguntou.
Assenti, pressionado os lábios. Se eu falasse alguma coisa eles perceberiam minha voz embargada.
— Amor?!
Estremeci. Greice caminhava em nossa direção.
— Greice querida já está de volta. Eu vou à Darker com meus irmãos e mais tarde voltamos para o almoço — Demitri se aproximou dela e deixou um beijo em seus lábios, em seguida cochichou algo em seu ouvido.
Eu sentia o olhar de Dixon sobre mim, mas fingi não perceber. Não queria olhar para ele.
— Eu posso falar com você agora? — sussurrei no ouvido de Steve. Ele assentiu.
— Senhores eu preciso ficar. Não poderei acompanha-los hoje.
— Não? Por quê? — Dixon perguntou confuso.
— Já que vocês estarão fora, quero aproveitar essa oportunidade para me declarar para Ally — ele passou a mão atrás da minha cintura.
— Se declarar? — os dois irmãos perguntaram juntos. Demitri olhou para Dixon.
— Sim, declaração de amor. Sabem o que é? — Steve me cutucou por trás.
— Eu sei, mas não vai se declarar para a Ally — disse Dixon.
— E por que não? — rebateu Steve.
— Steve você vem com a gente! — ordenou Dixon.
— Mas...
— Por favor, Steve, só venha. Ally, nós conversaremos quando eu voltar — avisou Dixon.
— Não temos nada para conversar — falei dando de ombros.
— Prometi que te daria explicações e farei isso — Ele aproximou-se e beijou minha cabeça. — Espere por mim, por favor.
— Espero que se junte a nós para o almoço — disse Demitri saindo atrás de Dixon.
Eu não poderia fugir, já que precisava me virar e enfrentar o meu mais novo problema. Greice.
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Boaaa Noite! Tudo bem, com vocês?
Antes eu tinha um capítulo de indicações, e ainda o tenho. Irei postar no domingo. Você que tem uma obra, eu quero ajudar a divulgar. Aqueles que tem, mas vai postar em breve pode deixar avisado que eu indicarei também.
Me chamem no privado. Lembrando que, o intuito dessa indicação é fazer com que vocês percebam que aqui nos comentários há escritores incríveis e vale a pena ler a obra de cada um.
Vamos ajudar uns aos outros? Vocês me ajudaram agora está na hora de retribuir o favor.
Estarei postando Domingo.
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Fiquem com Deus! E não se esqueçam de agradecer pelo dia de hoje. 🙏
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Plágio é crime!
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