Capítulo 16
Um nova história se inicia em um dia de diversão.
Parte I
Acordei com uma disposição milagrosa. Não estava com preguiça de sair debaixo dos cobertores. Rapidamente me impulsionei para fora da cama, recordando a conversa que Dixon e eu tivemos na noite passada.
Corri até o banheiro agilizando minhas higienes matinais. Se Dixon estivesse na mansão eu aproveitaria para chama-lo para sair. Eu não queria ficar na mansão, e talvez ele também estivesse pensando o mesmo.
Sai do banho indo em direção a janela ver como o tempo estava cooperando comigo na manhã de um sábado cheio de expectativas. O clima estava perfeito: o sol raiava com seu esplendor magnifico.
Vasculhei o closet em busca de uma roupa especifica para a ocasião: um vestido vinho, dois palmos acima do joelho era o mais casual para sair. Suspirei ao olhar meus joelhos expostos. Eu não gostava de deixa-los amostra por causa de uma pequena cicatriz que me aborrecia.
- É só por hoje Ally - disse a mim mesma.
Sai do closet depois de pegar um sapato e sentei-me na cama para despentear meu cabelo. Dividi-o de lado deixando as mechas mais expostas. Perfeito!
Pronta para saber se toda aquela arrumação e vontade valeriam a pena, peguei uma bolsinha coloquei dentro minha câmera e desci procurando por ele na sala, mas não o encontrei.
Dirigi-me até a cozinha torcendo para que desse tudo certo e que Dixon estivesse em casa.
- Ally, bom dia querida - disse Mirian, ela me avaliou de cima abaixo. - Vai sair?
Mia e Steyce olharam para mim esperando uma resposta também.
- Bom dia. Na verdade eu estou procurando Dixon, para saber se podemos ir a algum lugar.
- Eu ainda não o vi hoje, mas acho que ele ainda está em casa - disse Steyce, olhando seu relógio de pulso. - Sente-se, se for sair precisa ao menos tomar café da manhã.
Sentei-me colocando em meu prato um pedaço de cada coisa posta na mesa. Mirian, falava algumas coisas e perguntava outras. Eu respondia com "sim", "quem sabe" ou assentia, observando Mia olhar de segundo em segundo para a porta.
Será que ela está esperando alguém?
Eu batia os sapatos no chão freneticamente, sem fazer barulho para não estressa-las ou curiosas sobre o motivo de tanto nervosismo. Mesmo que elas soubessem a verdadeira intenção de eu estar o fazendo, não queria responder a indagações.
- Bom dia Senhoritas!
Dei um pulo da cadeira.
- Dixon!
A sua expressão deixou claro que minha atitude não era esperada, mesmo assim ele abriu um pequeno sorriso. Eu não ficaria no vácuo dessa vez.
- Bom dia Backer - ele se aproximou passou a mão sobre a minha cabeça. Todas ao redor olhavam para nós dois sem entender absolutamente nada.
- É... Bom Dia - seu gesto tão inesperado me deixou surpresa. Nem em um milhão de anos, eu imaginaria Dixon tendo uma atitude daquela na frente dos demais.
Estávamos caminhando para outro nível.
- Tem problemas se eu comer aqui? Não quero ser um intruso no assunto de mulheres - ele perguntou.
- Pare com isso meu filho, já fizeste isso tantas vezes - disse Mirian, adicionando mais um copo e um prato à mesa.
- Mirian tem razão - concordou Mia, sorrindo amarelo.
Mia parecia gostar muito dele. Dixon sentou-se na cadeira ao lado da minha. Enquanto mordia um pedaço de bolo, eu pensava em como perguntar a ele se podíamos sair.
- Está toda arrumada. Qual a ocasião? - ele perguntou.
Era minha chance!
- Você quer sair comigo?
Mia se engasgou, Steyce e Mirian se surpreenderam. E, Dixon me olhou surpreso.
- Não, não sair! - Agora toda a atenção da mesa se voltou a mim toda enrolada para falar. - Quero dizer, é sair - suspirei. - Vamos passear em algum lugar?
- Se enrolou toda para pedir pra ir eu com você?
- Não queria que entendesse de outra maneira.
- E por qual motivo eu entenderia da "outra maneira"? - ele gesticulou em sinal de aspas.
Isso era algum tipo de provocação?
- Sabe como é difícil chamar alguém do sexo oposto pra sair, quando não se tem intimidade com a pessoa? - respondi com outra pergunta.
Mesmo com a aproximação que estávamos tendo, ainda não era o suficiente para tentar saber mais a respeito se eu poderia ir para casa, ou como meus pais estavam.
- Se continuar com essa expressão Backer, a fórmula secreta não terá efeito em seu rosto.
Sorri minimamente.
- Vamos almoçar fora então, Mirian. Não há necessidades de preparar o almoço - ele avisou antes de levar um pedaço de bolo à boca.
- Você não precisa fazer isso. Podemos voltar mais cedo e almoçar aqui.
- Quer se livrar de mim tão cedo, sem ao menos termos colocado pé na rua Backer?
- Não é isso.
- Hoje deixarei você abusar de mim - ele disse. Mesmo que bem pouco, o som de sua voz saiu descontraída.
- Vou terminar minha refeição.
- Não há necessidade de se apressar. Quer morrer engasgada e perder o passeio?
Todas na mesa começaram a rir. Abaixei minha cabeça envergonhada.
- É apenas ansiedade Dixon. Ansiedade.
- De todo jeito morreria. Já ouviu falar que ansiedade mata?
- Era o que eu mais ouvia - murmurei.
- Ontem a srta. Backer elogiou vocês - ele olhou para Mirian. "senhorita" parecia sair automático da boca dele quando ia falar sobre mim.
- Sério? O que ela disse? - Mirian perguntou.
- Que aqui temos as melhores cozinheiras.
Era perceptível que antes de eu começar a viver sobre o mesmo teto que Dixon, a convivência que ele tinha com os demais não era de empregado e chefe. A conversa entre eles fluía naturalmente.
- Ally? - Mirian chamou.
- Hum? - olhei para ela.
- Viajou? - ela perguntou rindo.
- Só estava pensando - respondi.
- Agradecemos os elogios. Você é uma moça maravilhosa e excepcional. O rapaz que ter você como esposa será um homem de sorte.
Meu corpo enrijeceu, olhei para Dixon bebericando seu suco como se não tivesse escutado as palavras de Mirian. Eu não queria ver a sua reação, mas meu sonho sempre foi me casar com alguém da Darker. No entanto, outrora, Dixon disse que eu nunca mais sairia da mansão para viver a minha vida. Se isso era mesmo verdade, as chances de me casar já não existiam mais? Ou o mais importante: as chances de eu ver os meus pais já não existiam mais?
- Bom ele terá que me aturar e gostar de tirar fotos - não era totalmente mentira, mas nenhum garoto me queria como eu me casaria um dia? - Ele será meu modelo particular.
- Imagino - disse Mia, empolgada. - Precisa encontra-lo rapidamente.
Pressionei os lábios arqueando as sobrancelhas. Ela acreditava que eu voltaria para casa?
- Dixon, podemos ir? - perguntei, tentando não pensar muito e estragar o dia sem antes ter começado. Dixon já não tinha mais nada em seu prato e nem eu.
- Sim, claro - ele pareceu voltar das nuvens de seus pensamentos.
Levantamo-nos e ajeitamos as cadeiras no lugar e sai atrás de Dixon.
- Tem algum lugar especifico que queira ir? - ele perguntou antes de abrir a porta da sala.
- Na verdade, se estiver tudo bem pra você, eu queria ir a um parque. Tem um por aqui? - perguntei mordendo os lábios.
- Tem um no centro da cidade, próximo ao Shopping.
- Ah! Pode ter paparazzi por lá e...
- Não se preocupe com isso - ele me interrompeu, ele me deu passagem para passar enquanto segurava a porta. - Foque apenas no que está indo para fazer lá.
Assenti.
Na garagem Dixon escolheu outro carro, para ele era "simples e perfeito" para irmos ao parque. Não comentei a respeito, era difícil entender o gosto de pessoas afortunadas.
No carro eu tagarelava e ele me ouvia atentamente, vez ou outra sorria de alguma coisa engraçada que eu falava. Uma hora de falar dando a chance de ele dizer alguma coisa sobre ele. Isso não aconteceu. Embora, ele estivesse sendo mais atencioso, não chegava a fazer tudo que eu pensava que faria. Ontem foi uma dose de "se abra" que caiu sobre ele, deixando-o emocional.
- Como você está comigo hoje, quando se cansar do parque eu a levarei para escolher um notebook. Mas, terá algumas restrições antes de eu entrega-lo a você - ele disse.
- Restrições?
- Falaremos disso mais tarde, tem a minha palavra.
- Homem de palavra - brinquei, ainda querendo saber ao certo que tipo de restrição ele se referia.
- Sempre srta. Backer, sempre.
- Você conseguiria, sei lá... parar de falar formalmente comigo? Vamos quebrar essa barreira entre nós - fui direta.
- Não gosto de ser informal. Se isso a deixa incomodada posso me esforçar a não ser tão formal quando estiver apenas com você - ele respondeu remexendo-se no banco.
- Será bem melhor. Você não tem medo de nenhum brinquedo, não é?
- Não. No entanto, se eu ver que não é seguro não deixarei que ande neles.
- É seguro, você vai ver.
A alguns metros já era possível ver a montanha russa e a roda gigante em movimento. Eufórica e sem ter consciência de meus atos apertei a coxa de Dixon, só percebi quando ouvi quando ele calmamente chamou minha atenção olhando para minhas mãos.
- Desculpe, lugar errado - não fiquei envergonhada pelo ato, apenas ri da força que coloquei na mão.
- Tudo bem, crianças costumam se desligar ao avistarem um brinquedo a poucas distâncias - ele debochou.
- Em um parque você tem que se tonar uma criança, literalmente.
- Sendo assim, já deixo avisado que não quero ninguém pedindo colo, se tiver esgotada.
- Você deixou avisado sobre colo. Então me carregar nas costas não será um problema.
- Nada que envolva subir em meu corpo. Vamos descer aqui, o carro será estacionado mais a frente - ele abriu a porta e saiu, estendendo a mão para me ajudar a sair.
Dixon andava ao meu lado até a entrada do parque, recebendo olhares de algumas pessoas que passavam por nós. Ele não se incomodava, continuava andando como se não estivesse sendo observado.
Eu não disse nada até ele pagar nossa entrada e entrarmos. A sensação de estar no parque era não maravilhosa que, por um instante, quase surtei querendo furar aquelas enormes filas para ir primeiro.
O incentivei a me acompanhar no barco Viking, de todos a fila dele era a "menorzinha". Antes de entrarmos tirei minha câmera da bolsinha e pedi que ele apenas ficasse parado. Fiquei um pouco mais perto e pedi que ele sorrisse para câmera, senti ele se remexer. Bati a foto.
- Olha essa foto ficou linda - o chamei para ver, porque ele não pediu e talvez quisesse ver.
- Postura Ally, não me envergonhe - ele disse, sorrindo tão abertamente que seus dentes ficaram extremamente a mostra.
- Estamos em um parque, permita sentir um pouco dessa alegria contagiante.
Aproveitei a oportunidade que ele fechou os olhos por alguns segundos para e bati uma foto dele sozinho. Dixon era fotogênico, não precisava fazer poses para sair bem em uma foto. Seus cílios tão grandes eram tão belos, destacando-se em sua pele branca e bem cuidada.
Tirando os olhos da câmera, meu olhar cruzou com os de umas garotas cochichando entre si sem disfarçar olhando para Dixon.
- Tem alguma coisa a dizer? - perguntei a ela, já prestes a entrar na roda gigante.
Eu não estava com ciúme, mas era deselegante uma mulher olhar um homem que estava acompanhado. Garota nenhuma gostaria que seu namorado fizesse isso, porque então não acatava suas próprias exigências?
- Não, nada - ela respondeu virando-se para sentar-se.
- Vem, é a nossa vez - puxei Dixon de leve para um dos últimos assentos.
- O que perguntou para a moça? - Dixon perguntou.
- Eu sei que você ouviu - falei.
- Não se incomode com isso.
- Okay. Vamos bater mais uma foto?
- Não sou modelo de parques de diversões, Ally.
- Só quero guardar de recordação. Você mesmo disse que momentos acontecem para serem gravados. E, eu não quero ficar só pra mim, quero mostrar ao Steve.
- Mostrar isso a ele, vai deixa-lo magoado por não ter vindo também.
- Na próxima podemos vir juntos.
- Se eu não estiver ocupado, quem sabe.
O barco começou a se movimentar aos poucos.
O frio que estava começando a dar em minha barria me fez guardar a câmera e segurar em Dixon. A sensação me fazia virar de lado, mas Dixon empurrava meu corpo para ficar de frente sentindo a sensação prazerosa e agoniante ao mesmo tempo.
r[9A
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro