Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

Capítulo 15

Se abra comigo

Eu não via Dixon e Steve há dias, desde que estive na máfia pela primeira vez. E, desde que Solange já não fazia parte mais da vida de nenhum de nós, eles também já não conversavam comigo.

Todos os empregados se comportavam normalmente com sorrisos no rosto. Eles sabiam que Solange não colocaria mais os pés na mansão novamente, mas não sabiam que sua existência foi apagada completamente do mundo.

Meu passatempo era ouvir Mia contar algumas coisas sobre sua vida amorosa, ela parecia mais radiante que em meio aos afazeres ela cantarolava baixinho.

Com a ausência de Dixon e Steve, aproveitei mais para explorar a mansão e achei uma enorme sala com as luzes perfeitas para ser um estúdio de fotografia, mas não fiquei tão animada. Eu me sentia sozinha, Dixon não havia devolvido a minha câmera e sem ela eu não poderia fotografar nada.

Era Sexta-feira e com a consulta na fonoaudióloga cancelada, passei a tarde inteira entediada. Já estava noite, e novamente estava sozinha. Os guardas em seus postos não se importavam com a minha presença perambulando pela mansão.

Depois do ocorrido na reunião e com Solange, eu passei a observar mais as coisas. Pensava em Dixon mais vezes do que eu poderia contar. Em uma delas, achei que por pena dele poderia estar começando a nutrir sentimentos por ele.

Sentei-me na escada e escorei minha cabeça no corrimão, olhando para o enorme relógio no centro da sala, com seu tic-tac alto pelo ambiente silencioso. As coisas estavam acontecendo tão silenciosamente, e eu queria que passasse mais rápido. Queria saber as surpresas da vida para mim. Eu torcia para serem coisas boas.

O ranger da porta, chamou minha atenção. Dixon entrava sozinho, sem Steve. Ele não tinha notado minha presença, na escada. Fiquei observando-o parado após fechar a porta, encarando a mesma, como se algo nela fosse mais interessante que subir. Talvez, para ele fosse, não sei. Seu sobretudo preto, feito sobre medida, o deixava tão bonito.

Em meus dias aqui, eu não tinha visto nenhum deles com roupas casuais. Todos estavam sempre de roupa social preta.

— Dixon? — o chamei suave para não assusta-lo, mesmo sabendo que ele não se assustaria.

— Oi — ele respondeu baixo. — O que faz acordada? — ele perguntou ainda no mesmo tom. Se a sala não estivesse apenas com o som do relógio seria impossível ouvir sua voz.

— Está tudo bem? — respondi com outra pergunta, vendo ele se aproximar lentamente.

Ele estava estranho, diferente. Nada com sua atitude superior.

— Não sei dizer...

Ele sentou-se ao meu lado, entrelaçando suas mãos uma na outra olhando fixamente para elas.

— Por quantas vezes, eu não soube em que acreditar, ou sonhar. Em meio a tantas fugas, eu teimei em me apegar, para me esquivar de tudo...

Eu não entendia suas palavras, mas não queria comentar e perder a chance de saber o que ele sentia dentro de si. Ele estava se expondo, diferente da vez em que dormimos no mesmo quarto.

— Eu sou um mafioso — prosseguiu. Suas palavras soaram como perguntas descrentes de si mesmo. — Posso lidar com tudo o que a maioria das pessoas tem medo. Passei por vários perrengues. — Dixon me olhou e sorriu, talvez, pelo fato de estar usando a palavra da minha maneira. — Sou ser humano, como todo mundo, tenho sentimentos. Mas fico perdido, em meio ao oceano, tentando entender o que sinto e ver se consigo chegar a terra. Quantas verdades eu criei sem medo de errar pra me esquivar, mas na verdade sei que a verdade dói. Algumas vezes dói. Eu não consigo sozinho.

Eu queria manda-lo parar. Era como se o lado sentimental não combinasse com ele.

— Agora sei que o que senti por Solange não era amor. Eu nunca falei tais palavras a ela. Foi macumba!

Pisquei os olhos incontáveis vezes pasma, e com uma imensa vontade de rir. Estavam tão profundas suas palavras, e no final ele acabou com uma brincadeira. Era tão estranho. Ele não queria ficar assim? Ele se arrependera de ter se exposto tanto?

Não era errado, querer saber o que era amor. Para quem foi enganado, era normal desconfiar que nunca tenha tido o mais lindo e puro sentimento. Mas ele... ele mesmo disse que não amava Solange.

Porque estaria com ela então?

Olhei para seu rosto, tentando, mesmo com a pouca luz, ver se ele estava chorando silenciosamente. Não estava. Pelo contrário, sua voz estava sentimental, mas seu semblante estava frio. Não tinha vestígios do meio sorriso, que ele me dera minutos atrás.

— Eu sinto muito por tudo, Dixon — foi só o que saiu dos meus lábios.

Em um gesto impensado, levei minhas mãos até seus cabelos lisos sedosos e acariciei. Talvez, porque eu tenha me lembrado de quando eu estava triste e minha mãe acariciava meus cabelos.

Tirei as mãos de seus cabelos.

— Não faça isso, não sinta pena de mim.

— Não estou com pena, longe disso.

— Sei que você e Steve estão próximos, então para que você não fique esperando por ele, deixo avisado que ele ficará fora por mais alguns dias. Sendo assim ficarei em seu lugar, te fazendo companhia. Claro, somente quando não estiver ocupado com meus assuntos.

— Não há necessidades em se preocupar comigo. Não existe um lugar para você ocupar — pelo seu silêncio me senti mal por ele ter entendido de outra maneira e logo tratei de me explicar: — Por mais que uma pessoa seja ruim, se ela passou por sua vida, deixou o seu lugar marcado e ninguém pode substituir, porque é para sempre.

— Sábias palavras Srta. Backer.

— Por que às vezes me chama de Ally, e outras de Backer?

— Se não sou chegado à pessoa, uso o segundo nome e também gosto de formalidades. No seu caso, gosto do seu primeiro nome, mas Backer é cativante.

Sorri. Backer era um nome incomum na Itália.

— Obrigada. E o seu sobrenome pode me dizer?

— Wolks! — respondeu rápido.

— Dixon Wolks, vilão da vida real.

— Ally Backer, a garota que se apaixona por vilões.

A indireta de seu comentário me pegou de surpresa.

— É... Já jantou? — perguntei mandando de assunto.

Meu estômago estava acordando novamente.

— Sim. Você está com fome?

— Sim.

Dixon se levantou.

— Se permitir, posso te fazer companhia.

Sorri em resposta.

Na cozinha fiquei indecisa se pegava algo para beber ou esperava que Dixon o fizesse. Ele colocou um pano nobre o ombro e começou a vasculhar o armário.

— Alguma preferência entre doce ou salgado? — ele perguntou. Hoje estava tudo estranho, até mesmo ele próprio na cozinha dos empregados andando para lá e para cá, era estranho. — Vou pegar um pedaço de torta de frango pra mim.

— Vou acompanha-lo na torta — respondi. — Vou pegar algo para bebermos. Preferência? Ou você tem seu próprio frigobar?

— Se está se referindo bebidas alcoólicas, eu não bebo.

— Não? Mas eu achei que quem trabalha com coisas pesadas tem fetiches por bebidas.

— Não sou todos os "quem". Até as doses mais moderadas acabam com sua saúde.

— Uau! — murmurei. — Então o que vai querer?

— As bebidas ficam por sua escolha.

Na geladeira o suco tinha o meu suco predileto.

— Vou pegar suco de cenoura. Faz bem a pele — falei.

— Claro.

— Dixon, aproveitando que estamos dialogando, há algo que tem me deixado curiosa.

Dixon deixou a torta sobre o balcão e sentou-se. Sentei-me na cadeira de frente para ele e esperei ele colocar uma porção em meu prato.

— Diga-me o que tem te deixado curiosa Backer.

— Além da organização, você tem alguma outra coisa como sustento?

— Eu sou empresário, além da organização as empresas Wisentheiner também são minhas e do Steve.

— A Wisentheiner? Ela é de vocês?

Estava explicado porque as mulheres eram gamadas nos homens da empresa. Eram eles!

— Então o nome é falso?

— Não. Na organização uso apenas Wolks e fora Wisentheiner. De nascimento sou Dixon Wolks Wisentheiner.

Assenti. Sem dizer nada, não esperei por Dixon e ataquei o primeiro pedaço.

— Estava mesmo faminta, Backer.

— Não me olhe assim, não é todo dia que comemos obras primas feita pelas melhores cozinheiras.

Esse momento eu queria guardar — assim como o da noite em que ele foi esfaqueado — para sempre. Momentos onde Dixon não se mostrava durão. Que contradição com o que pensei antes. Vai entender.

— Isso é estranho. Você e eu comendo juntos tão normal — comentei.

— Entendo, que para você seja estranho.

O clima estava tão calmo que a falta de dialogo entre nós me incomodava.

— Hmm... Só vive você e o Steve aqui?

Não inclui Solange na pergunta.

— Raramente paramos em casa. Mas, Steve e eu passamos o nosso tempo jogando conversa fora no ambiente de trabalho. Ou, passamos a tarde com as moças da cozinha.

— Não consigo imaginar. A propósito, obrigada pela câmera e as outras coisas. Acontece que a câmera não pode ficar com as fotos por muito tempo. Eu falei com Steve que precisava de um computador.

— Ao Steve... entendo. Amanhã eu devolvo sua câmera, e quem sabe eu dê um computador.

Assenti concordando.

Conversamos assuntos aleatórios. Dentre eles, Dixon perguntou sobre meus relacionamentos, para ele era estranho eu nunca ter beijado um homem naquela idade. Na verdade, nunca houve um que se atraiu por mim a ponto de querer ao menos ficar comigo por alguns minutos. Meu jeito estranho e gostos afastava o sexo oposto.

Dixon se levantou, recolheu os pratos e permaneceu na frente da pia. Levantei-me também para ver o que ele estava fazendo, e a cena me deixou admirada.

— Por que o espanto Backer? — ele arqueou uma única sobrancelha.

— Você...

— Lavando a louça?

— É.

— Sei fazer algumas coisas que uma mulher faz — ele se gabou.

— Não precisa jogar na cara. Eu também sei, mas da maneira pobre.

— E existe uma maneira pobre?

Assenti. Ele secou as mãos e secou no pano em seus ombros.

— A questão não é fazer mais coisas e sim fazê-las com amor. Agradeça por ter o que comer.

— Isso foi uma lição de um rico para uma pobre?

— Vamos Backer você precisa descansar.

Deixamos a cozinha e, no corredor, quando Dixon estava prestes subir as escadas ele voltou para trás. Caminhou até uma das portas próxima a do meu quarto.

— Não vai dormir? — perguntei.

— Vou dormir mais próximo do seu quarto.

— Obrigada.

Eu não sabia especificamente pelo que estava agradecendo, só senti a necessidade de fazê-lo.

— Você sempre agradece pelas pequenas coisas?

— Minha mãe me ensinou, principalmente pelas mínimas coisas — respondi.

A expressão no rosto de Dixon se tornou impassível.

— Está tudo bem? — perguntei. Falar em mãe com ele não era uma coisa boa.

— Sim.

Limitou-se ao sim.

— Você tem a minha idade, não é?

— Adicionando mais cinco anos — ele respondeu indiretamente.

— Vinte e oito anos!

Ele apenas assentiu.

— Qual a fórmula secreta? — eu queria distrai-lo por algum tempo até ter certeza que ele esquecera a palavra mãe. Mas era estranho, a conversa acontecer no corredor.

— Agora você pareceu o plankton, quando quer muito saber sobre a fórmula secreta do hambúrguer de Siri.

— Um mafioso que assiste Bob Esponja? — eu ri.

— Assim como você assistia Megamente — rebateu. — Não existe idade para parar de assistir desenhos animados.

— Eu não cresci tanto mentalmente — sorri, olhando para os meus pés antes de encara-lo novamente. — Qual é a formula secreta que você usa para aparecer tão jovem?

— Sorriso.

— Âhn?

A cada minuto eu descobria que Dixon podia ser tão estranho quanto eu.

— Isso sorrir, mas tem que ser espontâneo, não force Backer.

— Que fórmula mais secreta hein! — debochei. — Você nem sorri.

— Está tarde, vamos dormir — ele desviou o assunto.

Antes de ele abrir a porta o chamei.

— Dixon!

Ele me olhou sem tirar a mão da maçaneta.

— Sobre o que você falou de não conseguir sozinho — ele tirou a mão da maçaneta para me olhar atentamente. — Eu não posso dizer que tudo está bem, porque você não está. Eu não posso prometer tirar a sua dor, mas posso tentar te fazer sorrir. Serei a força que você não teria sozinho, porque quando você estiver pra baixo e o seu tempo esgotar, e você pensar que perdeu a luta, deixe-me estar ao seu lado.

Ele começou a se aproximar vagamente, mesmo assim não deixei de falar. Eu estava disposta a ajuda-lo.

— Eu sei que parece que sua fé vai se esgotar, porque é tão difícil continuar acreditando, mas se eu puder trazer um sorriso de volta ao seu rosto... Se por um momento, você se esquecer de tudo que te deixa abatido, quero ser a primeira ate contar que ainda há uma esperança e ...

— Por que isso?

Ele me interrompeu.

— Eu não quero mais ver você como meu agressor.

Calei-me quando Dixon, finalmente, chegou perto de mim. Seus olhos pela primeira vez estavam levemente lacrimejados. Em um gesto inesperado, fui envolvida em seus braços, em um abraço apertado.

— Perdão Backer.

— Só vamos esquecer isso — acariciei suas costas.

— Mesmo que esteja aqui conta sua vontade, eu agradeço por isso.

Eu o afastei depois de alguns segundos, segurei seu rosto e depositei um beijo em sua bochecha. Ele fez o mesmo comigo. Em seguida, deu um beijo em minha testa e se afastou.

— Hoje conheci um lado seu que me impressionou. Estamos dando um passo para uma boa amizade, não é?

Ele suspirou.

— Haja o que houver jamais perca sua essência, Backer — eu não sabia se era um sim ou um não, mesmo assim sorri. — Boa noite.

Ele se afastou entrando no quarto rapidamente. Sorrindo também entrei no meu quarto e adormeci.

**************************

Capítulo surpresa, porque é a partir dele que Dixon e Ally se tornarão mais próximos

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro